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Fiocruz atua no esclarecimento de óbito por influenza suína no Paraná

O Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) atuou no esclarecimento de um caso de óbito no Paraná causado pelo vírus influenza A(H1N1)v de origem suína. A paciente possuía diagnóstico prévio de câncer e vivia próximo a uma fazenda de suínos. Os sintomas – febre, dor de cabeça, dor de garganta e dor abdominal – tiveram início em 1º de maio. No dia 3, foi necessário realizar hospitalização devido à evolução do quadro para infecção respiratória aguda grave. No dia 4, a paciente foi transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu e faleceu no dia seguinte.

Durante a internação, uma amostra de swab nasofaríngeo foi coletada para teste de influenza e Sars-CoV-2, como parte das atividades regulares de vigilância de vírus respiratórios. O exame, realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do Paraná, detectou que se tratava de um vírus influenza A/H1.

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Importação de vacina expõe dependência tecnológica

A epidemia global da influenza H1N1 (conhecida como “gripe suina”), em 2008 e 2009, teve seus efeitos previstos com antecedência pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que coordenou uma estratégia mundial de vacinação para prevenção da doença, seguida inclusive pelo Brasil. Porém, uma pesquisa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP mostra que o controle da doença evidenciou a depedência do País de vacinas e tecnologias de produção vendidas pelos grandes laboratórios farmacêuticos internacionais. A geógrafa Mait Bartollo, que realizou o estudo, recomenda que o Brasil aumente os investimentos nos institutos de pesquisa nacionais para poder produzir suas próprias vacinas.

O trabalho orientado pelo professor Ricardo Mendes Antas Júnior, da FFLCH, investigou o circuito espacial envolvido na produção, distribuição e consumo da vacina contra a influenza H1N1, e os agentes que participaram do processo, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), fabricantes de vacinas e, no Brasil, o Ministério da Saúde (MS) e as secretarias estaduais e municipais de saúde. “A pandemia teve início em 2008, no México, de onde se espalhou pelo mundo. De acordo com a OMS, foram registrados em 2009, 504 mil casos da doença e cerca de 6.300 mortes”, relata a geógrafa. “No Brasil, o MS tem registro de 44.544 casos e 2.051 mortes, em 2009 e 2010. Cabe lembrar que muitos países não possuem um sistema de saúde organizado, capaz de realizar de modo eficaz a notificação de casos da doença, o que torna os números da OMS subestimados, especialmente sobre a H1N1 na África e Ásia”.

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