Tag Archives: Gravidez na adolescência

Estudo ressalta importância da discussão sobre sexualidade com adolescentes

Terapeutas ocupacionais no Recife analisam resultado de uma interação com jovens do 8º e 9º do Ensino Fundamental

Em artigo publicado na última edição da Revista Saúde e Sociedade, da Faculdade de Saúde Pública da USP, as pesquisadoras Anna Sena, Rosana Monteiro, Vera Facundes, Maria de Fátima Trajano e Daniela Gontijo apresentam a avaliação de uma pesquisa feita com jovens pernambucanos matriculados no 8º e 9º ano de uma escola pública do Recife.

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Família evita que adolescente grávida se sinta abandonada

A experiência de uma gravidez precoce, não planejada, muitas vezes gera angústia e conflitos para as adolescentes. Entrevistas realizadas após o parto reforçam a importância do apoio familiar e indicam a necessidade de melhorar o atendimento a adolescentes grávidas. A constatação é parte dos resultados de uma pesquisa desenvolvida na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP.

Segundo a enfermeira Lígia Gonzaga Ramos Laudade, autora da dissertação Maternidade na adolescência: Apoio social da família para o cuidado materno e autocuidado na perspectiva das adolescentes, a partir do momento em que a jovem conta com o respaldo da família, ela se responsabiliza, de fato, pelos cuidados do recém-nascido, e se mostra capaz de exercer a função de mãe. “Ela também percebe que deve se cuidar para que esteja bem e cuide, de forma satisfatória, do filho”, conta.

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Adolescentes grávidas são vítimas frequentes de violência

Estatísticas epidemiológicas confirmam que 60% das mulheres que já engravidaram foram vítimas de algum tipo de violência doméstica por parceiro íntimo no decorrer da vida conjugal, e 20% destas sofreram violência psicológica e física grave durante a gravidez como, por exemplo, socos, queimaduras e ameaças envolvendo o uso de arma. Quando se trata de adolescentes grávidas, a situação se complica ainda mais. É o que aponta a pesquisa coordenada pela professora Dora Mariela Salcedo Barrientos, do curso de Obstetrícia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP.

O estudo foi realizado junto a 61 adolescentes grávidas cadastradas no Hospital Universitário (HU) da USP e que compareceram ao Pronto Atendimento de Obstetrícia durante três meses, de outubro a dezembro de 2012. As entrevistas foram gravadas e transcritas, garantindo o anonimato e o respeito à privacidade e à intimidade das jovens, oferecendo-lhes a liberdade de participar ou declinar desse processo no momento em que desejassem. Dentre os resultados identificados, pôde-se observar nos discursos das entrevistadas alta incidência de violência intrafamiliar em um momento de maior vulnerabilidade e suscetibilidade da adolescente.

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