No segundo dia de comemorações (4/9) pelos 60 anos da ENSP, o painel Da resistência à retomada – Período de 1970-79 (de Médici à anistia) contextualizou o momento político vivido no país – marcado pela ditadura militar -, e a história da Escola perante os acontecimentos da época. Na área de saúde, os casos do ‘Massacre de Manguinhos’ e do ‘Grupo de Campinas‘, eventos conhecidos pela perseguição aos pesquisadores de medicina social, foram consequências deste período. Estiveram presentes ao evento o ex-aluno e professor da ENSP Eduardo Costa, o ex-diretor da ENSP, Arlindo Gomes de Souza, os ex-professores da Escola, Akira Homma, Hélio Uchoa e Ana Maria Tambellini, além de Sérgio Goes de Paula, ex-pesquisador da Fiocruz.
Eduardo Costa, em sua fala, analisou a estruturação da ENSP até os dias atuais. Conforme destacou ele, a partir do Decreto 66.624 de 22 de maio de 1970, a Fundação passou a se chamar Fundação Instituto Oswaldo Cruz e a ENSP se tornou Instituto Presidente Castello Branco. Após esse decreto, segundo o coordenador da mesa, Arlindo Gomes de Souza, houve a retomada da Escola Nacional de Saúde Pública, momento marcado pela inauguração do prédio nomeado Ernani Braga, em homenagem ao ex-diretor da ENSP. “Não conseguimos falar sem emoção dessa fase”, disse Arlindo.
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