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Saúde dos olhos de alunos pede atenção na volta às aulas

Médico alerta: visão é responsável por 80% do aprendizado na infância

Com retorno das aulas em escolas de boa parte do país, a saúde ocular dos alunos entra em foco no começo do ano. Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) revelam que cerca de 20% das crianças em idade escolar apresentam problemas de visão. Dentre as alterações visuais mais comuns nessa faixa etária estão miopia, hipermetropia e astigmatismo.

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Ioga ocular: exercitar olhos pode impedir ou atrasar o uso de óculos?

Paul McCartney declarou recentemente ao jornal britânico The Times que pratica ioga ocular para não precisar usar óculos.

Na entrevista, ele revelou que conheceu os exercícios com os olhos na Índia há alguns anos e adotou a prática desde então.

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Veja como fica lista de medicamentos ofertados pelo Farmácia Popular. Remédios incluídos são para colesterol, Parkinson, glaucoma e rinite

A partir desta semana, mais dez medicamentos passam a ser distribuídos de forma gratuita pelo programa Farmácia Popular. A lista inclui remédios para tratar colesterol alto, doença de Parkinson, glaucoma e rinite. Até então, somente medicações contra diabetes, hipertensão, asma e osteoporose, além de anticoncepcionais, podiam ser retiradas de graça em unidades credenciadas.

Com a atualização anunciada esta semana, 39 dos 41 itens ofertados pelo Farmácia Popular passam a ser distribuídos gratuitamente. Para os demais medicamentos e insumos disponibilizados pelo programa, o Ministério da Saúde já arcava com até 90% do valor de referência e o cidadão pagava o restante, de acordo com o valor praticado pela farmácia.

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Em 5 anos, 85 mil brasileiros fizeram cirurgia para tratar glaucoma . Doença é maior causa de cegueira irreversível no mundo

Entre 2019 e 2023, cerca de 85 mil brasileiros passaram pela cirurgia de glaucoma. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), apenas no ano passado, foram realizadas 20.248 cirurgias de glaucoma – uma média de 55 operações por dia. Os estados que mais realizaram o procedimento foram São Paulo (18.545), Pará (15.230), Pernambuco (8.847), Rio de Janeiro (8.809) e Minas Gerais (8.657).

Na última segunda-feira (20), o cantor Marrone passou por um procedimento de emergência após ser diagnosticado com estágio avançado da doença em ambos os olhos.

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Glaucoma é a maior causa de cegueira irreversível no mundo

Neuropatia óptica caracterizada pela perda progressiva do campo visual, o glaucoma representa hoje 12,3% dos casos de cegueira no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. No Brasil, estima-se em cerca de 1 milhão os casos da doença, com incidência de 2 e 3% na população acima de 40 anos, de acordo com dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Dos cerca de 1 milhão de glaucomatosos, 50% ou mais não sabem que são portadores da doença. A estimativa é que até 2020 o glaucoma deverá atingir  80 milhões de pessoas em todo o mundo.

Ao contrário do que ocorre com a  catarata, a cegueira provocada pelo glaucoma é irreversível – e silenciosa, pois a forma mais comum da doença não apresenta sintomas. “A pessoa não se apercebe, a não ser quando já perdeu 90% de seu nervo óptico”, revela o oftalmologista Remo Susanna Jr., titular da disciplina de Oftalmologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. O nervo óptico – que tem cerca de 1 milhão de fibras nervosas – é que faz a comunicação entre o olho e o cérebro, explica o médico.  É ele que leva a imagem que o olho capta para o cérebro interpretar. Ao ser danificado por conta do glaucoma, essa comunicação é interrompida, ou seja, “o indivíduo tem o olho normal, tem o cérebro perfeito, mas eles não se falam, e o indivíduo fica cego por causa dessa lesão no nervo óptico”.

 

Close de um glaucoma – Foto: Divulgação / EBC

 

Ao contrário do que se pensava no passado, o glaucoma é uma doença do nervo óptico, nada tendo a ver com a pressão ocular, pois há casos de instalação da doença mesmo quando a pressão do olho está baixa. “É uma doença do nervo, depende da resistência dele à pressão ocular”, explica o dr. Susanna Jr. Geralmente, a moléstia aparece a partir dos 45 anos – a incidência aumenta na medida em que se fica mais velho. A partir dos 70 anos, a incidência da doença sobe para 10%.

O doutor Susanna Jr. revela que casos de glaucoma possuem um componente hereditário importante. Não por acaso, portanto, pessoas com parentes glaucomatosos apresentam chances até dez vezes maiores de desenvolver a doença. Por isso, é importante que todo ano façam visitas periódicas ao oftalmologista, pois é a única forma que se conhece de detectar o glaucoma e tratá-lo. O oftalmologista dá uma dica importante: sempre perguntar ao médico sobre a pressão do olho e – ainda mais importante – a respeito de como está o nervo óptico.

 

Foto: National Eye Institute, National Institutes of Health / Public Domain via Wikimedia Commons

 

Para quem não tem casos da doença na família, uma visita ao oftalmologista no mínimo a cada dois anos é suficiente. Uma vez detectada, a moléstia é tratada com colírios – caso isso não funcione, apela-se para o laser. De 10% a 15% dos pacientes que ficam cegos devido ao glaucoma não aplicaram o colírio corretamente. Também há casos em que a cirurgia é indicada, assim como a colocação de implantes no olho. O dr. Susanna Jr. esclarece que já existe um implante totalmente nacional, a um custo menor do que o existente nos EUA.

No Brasil, a preocupação com a doença é tanta que, em 26 de maio passado, comemorou-se  o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. Já nos Estados Unidos, uma pesquisa deixou claro que os dois maiores temores da sociedade são: desenvolver um câncer incurável e perder a visão.

Glaucoma está entre as principais causas de cegueira

Começa com uma perda na visão periférica. Essa perda muitas vezes não é perceptível, pois a visão central, que é onde focamos os objetos, continua normal. Se não for tratado, o glaucoma vai se agravando até que a pessoa passe a enxergar como se estivesse olhando por um cano. É o chamado campo visual tubular. Com o agravamento da doença, a pessoa pode ficar completamente cega. O glaucoma é uma das principais causas de cegueira em todo o mundo.

Foi assim que perderam a visão a mãe e o avô de Nadja Alves Massa, aposentada de 68 anos que reside no Distrito Federal. Ela está com o diagnóstico de glaucoma há 10 anos. “Comecei a ter dificuldade para ler, então fui ao oftalmologista”, relata Nadja. “A gente sente muita dor no globo ocular causada pela inflamação do nervo óptico. Além de sentir um cansaço na vista e dor de cabeça”, explica a aposentada.

Mesmo com os casos de glaucoma na família, dona Nadja não seguia o tratamento como deveria. Ela não costumava usar os colírios para controlar a doença e evitar a perda da visão. Achava que com ela seria diferente, e só veio a se preocupar de verdade quando a mãe perdeu a visão, pouco antes de morrer. Hoje, Nadja tenta evitar a perda do restante da visão com o uso de colírios.

Apesar de não ter uma causa específica, a hereditariedade é um fator de risco importante no caso do glaucoma. E quem perdeu parte da visão não recupera mais. Por isso a importância em descobrir o diagnóstico desde cedo para evitar as complicações. “O médico disse que já perdi 40% da visão do olho esquerdo, além de boa parte da visão periférica”, explica Nadja.

A doença – O glaucoma é uma neuropatia do nervo óptico, que causa sua inflamação, sendo crônica e sem cura. A doença costuma atingir principalmente as pessoas mais velhas, negras e com casos em parentes próximos. Porém, não se restringe a esses casos e todos devem fazer um acompanhamento oftalmológico regular, desde criança, principalmente com o avançar da idade.

O médico oftalmologista Mizael Augusto Pinto, do Hospital Federal da Lagoa, no Rio de Janeiro, recomenda que as consultas sejam feita especificamente com um médico oftalmologista, e não com técnicos de ópticas que medem a pressão ocular. “Não é só medir a pressão ocular, tem que fazer o exame do fundo de olho, além de outros exames que possam acusar a doença”, explica Mizael. Ele lembra que a pressão ocular é um fator importante para determinar o glaucoma, mas existem casos em que a doença aparece mesmo sem a pressão ocular elevada.

Farmácia Popular – O programa Farmácia Popular do Ministério da Saúde fornece medicamentos com até 90% de desconto para o tratamento de doenças como glaucoma, colesterol, rinite, osteoporose, doença de Parkinson, dislipidemia, anticoncepção e fraldas geriátricas. Além de medicamentos gratuitos para o tratamento de asma, hipertensão e diabetes.

Para retirar os medicamentos, basta apresentar o documento de identidade, CPF e receita médica dentro do prazo de validade. Para proporcionar mais opções ao paciente no momento de retirar o medicamento, importante a prescrição tenha o nome do princípio ativo.