Tag Archives: Gestantes

Número de mortes de gestantes com covid-19 tem preocupado os especialistas

O número de mortes de grávidas com covid-19 no Brasil tem preocupado os especialistas. Segundo números de meados de julho, divulgados pelo Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), cerca de 200 mulheres morreram nos últimos meses na gestação ou no pós-parto depois de serem diagnosticadas com covid-19, e pelo menos 1.860 casos da doença foram notificados nesse grupo de mulheres.

“Apesar da demora em serem apontadas como grupo de risco, nós já esperávamos que gestantes e puérperas tivessem uma resposta mais grave ao vírus”, conta ao Jornal da USP no Ar Rossana Francisco, professora associada do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina (FM) da USP e chefe da Divisão de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Universitário (HU). “Tínhamos uma referência do H1N1, quando houve um pico de mortalidade materna, mostrando que as gestantes eram, sim, sensíveis ao vírus. Outra questão é o fato de gestantes terem um risco maior para tromboembolismo, e a covid se associa a essas situações de trombose.”

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Placenta no início da gravidez é mais sensível à infecção por zika

Células da placenta nos três primeiros meses de gravidez possuem receptores que facilitam a entrada do vírus

A placenta das gestantes com até três meses de gestação é até 30 vezes mais sensível à infecção pelo vírus zika do que no fim da gravidez, revela estudo do Instituto de Química (IQ) da USP e do Instituto Butantan em parceria com a Universidade de Missouri (Estados Unidos). A pesquisa utilizou células-tronco para reproduzir as células da placenta jovem e identificou genes de quatro receptores virais, que favorecem a entrada do vírus. A placenta jovem também não possui interleucinas, moléculas de defesa contra vírus. O estudo, descrito em artigo da revista PNAS, ajudará no desenvolvimento de marcadores genéticos de propensão da infecção em gestantes e no desenvolvimento de testes para um soro protetor contra o vírus.

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Zika pode lesar o cérebro de bebês mesmo no fim da gestação

Resultados de estudo da Rede Zika foram divulgados na ‘Clinical Infectious Diseases’; em outro artigo, publicado no ‘American Journal of Transplantation’, grupo descreveu manifestações da doença em pacientes transplantados (imagem: FreeImage.com/Ozgur Sezer)

Um estudo brasileiro publicado na revista Clinical Infectious Diseases revelou que a infecção de gestantes pelo vírus Zika pode representar um risco para o desenvolvimento neurológico dos bebês mesmo quando ocorre poucos dias antes do nascimento.

“Predominava, até então, o paradigma de que a infecção seria preocupante somente se ocorresse no primeiro trimestre da gestação. No entanto, observamos danos cerebrais em quatro crianças cujas mães foram infectadas faltando entre duas e uma semana para o parto”, afirmou Maurício Lacerda Nogueira, professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) e integrante da Rede de Pesquisa sobre Zika Vírus em São Paulo (Rede Zika).

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Brasil e EUA vão avaliar risco de zika para grávidas e fetos

Dez mil mulheres grávidas serão acompanhadas em diversos países onde há circulação do vírus, sendo quatro mil brasileiras

Brasil e Estados Unidos deram início a um estudo internacional para avaliar os riscos que o zika vírus pode gerar para a saúde de gestantes e dos fetos. A análise será conduzida pelo Ministério da Saúde do Brasil, por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a agência governamental do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos.

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Universitários criam aplicativo gratuito para mães e gestantes

Mato Grosso do Sul

Um dos principais assuntos abordados no iMom – e que deu início à pesquisa – é o aleitamento materno, que acabou se tornando o foco principal do aplicativo

Facilitar a vida de mães e gestantes é o principal objetivo do aplicativo iMOM, criado por universitários de Mato Grosso do Sul. O enfermeiro Alexandre Rodrigues Mendonça, colaborador do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), idealizou o aplicativo que disponibiliza, via telefone celular, informações sobre temas que frequentemente geram dúvidas nos períodos gestacional e pós-parto.

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Equipe desenvolve método para a detecção do vírus Zika

Da Assessoria de Comunicação do ICB

Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP desenvolveram novo teste para diagnosticar infecções por Zika vírus a partir da identificação de anticorpos específicos no sangue do paciente.

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Ministério da Saúde divulga boletim epidemiológico sobre microcefalia

O maior número de casos foi registrado em Pernambuco (268); em seguida, estão Sergipe (44), Rio Grande do Norte (39), Paraíba (21), Piauí (10), Ceará (9) e Bahia (8).

O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (17) o primeiro boletim epidemiológico sobre microcefalia. Até o momento, foram notificados 399 casos da doença em recém-nascidos de sete Estados da região Nordeste.

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Estressores psicossociais influenciam gestação e vida adulta

Projeto da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) acompanhou 900 mulheres grávidas do distrito do Butantã, zona oeste de São Paulo, pertencentes à nova classe C, e constatou que, durante a gestação, 27% sofreram algum tipo de violência (física, psíquica ou sexual), 29% tiveram depressão, 16% ansiedade e 4% dependência de álcool ou drogas. Essas condições estão associadas a uma maior ocorrência de retardo de crescimento intrauterino nos bebês, ou seja, peso e altura abaixo do esperado para a idade gestacional em que o bebê nasceu. “Crianças nascidas nestas condições têm aumentadas as chances de, na vida adulta, apresentarem hipertensão, diabetes, obesidade e transtornos mentais, doenças que têm um custo muito alto para um país”, alerta o médico pediatra e professor da FMUSP, Alexandre Ferraro.

Esses dados fazem parte dos resultados preliminares obtidos pelo Projeto Butantã – Novas Ferramentas na Compreensão do Desenvolvimento Infantil: a Interação gene-ambiente e a Conectividade Neuronal, realizado sob a coordenação de Ferraro e da psiquiatra infantil Bacy Fleitlich-Bylik, do Instituto de Psiquiatria da FMUSP. A pesquisa está inserida no âmbito do Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento para Infância e Adolescência (INPD), coordenado pelo professor Eurípedes Constantino Miguel, da FMUSP. O INPD é um dos Institutos Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação (INCTI) do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

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Atividade física

Atividade física na gravidez beneficia gestantes

Fazer exercícios físicos durante a gravidez traz benefícios para a gestante, já que provoca um ganho de massa gordurosa menor, como mostra a pesquisa de mestrado da nutricionista Carolina Harumi Kurashima, na Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP. Ela também descobriu que, dependendo do estado físico inicial da mãe, a alteração na sua composição corporal é diferente. Em relação aos bebês, eles nascem com maior peso quanto maior a quantidade de água corporal e o aumento de massa livre de gordura na gestação.

“O fato mais surpreendente foi a atividade física mostrar-se significativa nos resultados”, afirma Carolina, que constatou que, para grávidas, exercitar-se significa prevenir o aumento excessivo de peso que pode ocorrer durante a gestação. Exercícios também estão relacionados a um crescimento mais lento de massa gordurosa e da retenção de líquidos. Quanto maior o Índice de Massa Corporal (IMC) que a gestante tinha antes de engravidar, menos quilos é recomendável que ela ganhe nos 9 meses de gravidez, de acordo com o Institute of Medicine (IOM), da americana National Academy of Sciences.

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Ingestão de folato na dieta de gestantes é inadequada

O folato é uma vitamina do complexo B essencial durante a gestação, pois previne diversos efeitos adversos na saúde materno-infantil. No entanto, pesquisa da Faculdade Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP com 82 gestantes, usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) em Ribeirão Preto (interior de São Paulo), mostra que a ingestão dietética da vitamina não atingiu as necessidades nutricionais estabelecidas para o nutriente. O estudo foi realizado pela nutricionista Lívia Castro Crivellenti, com orientação da professora Daniela Saes Sartorelli, da FMRP.

O folato pode ser encontrado naturalmente nos alimentos, como vegetais folhosos verde- escuros, feijões, grão de bico, frutas cítricas, fígado entre outros, e na sua forma sintética, denominada ácido fólico, que é utilizada nos suplementos vitamínicos e nos alimentos fortificados. “Esta vitamina exerce papel fundamental nas reações do metabolismo do carbono que estão envolvidas na síntese de DNA e divisão celular”, aponta a nutricionista. “O consumo deficiente de folato na dieta de gestantes pode afetar a saúde das mães e dos bebês, resultando em efeitos indesejáveis, como maior risco de anemia materna, pré-eclâmpsia, baixo peso ao nascer, parto prematuro e alterações cromossômicas”.

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