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Pesquisa traça panorama da febre amarela no Brasil nos últimos 7 anos

Um estudo coordenado por diferentes unidades da Fiocruz reconstruiu a dinâmica de transmissão do vírus da febre amarela que, nos últimos sete anos, causou surtos da doença em diversos estados do Brasil. Publicada na revista Science, a pesquisa rastreou o ressurgimento e a propagação do vírus, por meio da análise de dados epidemiológicos, associada a um estudo filogenético, em que se avaliou a evolução do vírus, examinando amostras provenientes de macacos e seres humanos infectados. Ao todo, foram gerados 147 genomas do vírus, possibilitando aos pesquisadores identificar um novo corredor de transmissão.

“Desde a reemergência da febre amarela, em 2016, vínhamos tentando entender como estava ocorrendo a transmissão. Em um estudo de 2018, já havíamos constatado que se tratava de transmissão silvestre e demonstrado os movimentos do vírus. Na época, contávamos com 50 genomas. Em 2019, em outro estudo, conseguimos mostrar a ocorrência de duas ondas de transmissão. Agora, ao aumentar o número de sequenciamentos, chegamos a 147 genomas, dando-nos a possibilidade de contar melhor essa história”, explica o pesquisador da Fiocruz Minas Luiz Alcântara, um dos coordenadores do estudo.

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Pesquisadores defendem expansão do monitoramento genômico de arbovírus

Pesquisadores de 54 países se reuniram para defender a necessidade de implantar uma vigilância genômica mundial para arbovírus endêmicos de alto impacto. A proposta do grupo é que seja utilizado o modelo e a infraestrutura de monitoramento que foi implementada com sucesso para o Sars-CoV-2, o causador da pandemia de Covid-19. A carta, assinada por 74 estudiosos, foi publicada na conceituada revista científica The Lancet Global Health nesta terça-feira (1º/8). A carta inclui pesquisadores do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco), do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia) e do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

Segundo os autores, os vírus da dengue, zika e chikungunya deveriam ser os primeiros a receber esse enfoque, devido ao seu impacto mundial e ao fato de que eles causam uma pesada carga de doença com sintomas de leves a potencialmente fatais, resultando no curto e longo prazo em substancial morbimortalidade. “Estimativas epidemiológicas destacam o impacto desses vírus, com metade da população mundial em risco de infecção pelo vírus da dengue e cerca de 100 a 400 milhões casos e 20 mil mortes registradas a cada ano”, destacam os autores na publicação. A expansão dos principais vetores – os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus – para novas áreas, em função da urbanização, globalização, mobilidade humana e mudanças climáticas é mais um fator de preocupação apontado.

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Covid-19: Rede Genômica Fiocruz vai sequenciar amostras do vírus no Brasil

A Rede Genômica Fiocruz está participando de um projeto do Ministério da Saúde que vai sequenciar amostras do novo coronavírus em todo o território nacional. Atualmente, apenas três laboratórios centrais (Lacens) nos estados estão aptos a essa tarefa. A Rede reúne pesquisadores de diversos institutos da Fundação para estudar genética e genoma de vírus, bactérias, fungos, parasitos e do ser humano, além de receber apoio da Rede de Plataformas Tecnológicas, com acesso a sequenciadores e bioinformática.

Durante a pandemia causada pelo novo coronavírus, um foco principal do grupo tem sido o estudo do genoma do Sars-CoV-2, causador da Covid-19, e o acompanhamento de suas mutações genéticas, entre outros. O grupo participa da iniciativa internacional de acesso aberto a informações sobre genomas de vírus influenza e coronavírus, a Gsaid, que produziu o infográfico das linhagens de Sars-CoV-2 circulantes no mundo. “No momento todas as nossas atenções, no caso da plataforma de genoma, estão voltadas para o coronavírus, devido à urgência da pandemia, mas a Rede atua também em outras frentes, que foi o que levou à sua criação, visando a integração dessas pesquisas”, salienta o vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas, Rodrigo Correa de Oliveira.

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Covid-19: estudo identifica a circulação de oito linhagens do vírus no Amazonas

Após nove meses do surgimento do primeiro caso de Covid-19 no Amazonas, pesquisadores do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) já sequenciaram 79 genomas do Sars-CoV-2, a partir de amostras obtidas em 18 municípios do estado. A pesquisa contou com a parceria da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS/AM), por meio do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-AM), dentro de uma estratégia de vigilância de vírus emergentes/reemergentes e negligenciados, iniciada há mais de cinco anos.

Liderado pelo pesquisador e vice-diretor de Pesquisa e Inovação do ILMD/Fiocruz Amazônia, Felipe Naveca, o estudo encontrou oito linhagens do novo coronavírus circulando no estado, o que sugere ao menos oito introduções do Sars-CoV-2 no Amazonas. Outra importante descoberta foi a identificação de quatro linhagens que ainda não haviam sido sequenciadas no Brasil.

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Projeto Zibra permite sequenciamento de 54 genomas do vírus zika

Iniciativa que envolve cientistas do Brasil e do exterior sequenciou genomas em cidades do Norte e Nordeste do País

Equipe de cientistas conseguiu realizar o sequenciamento completo de 54 genomas. Zibra Natal – Foto: Ricardo Funari / Zibra

Cientistas do projeto internacional ZIBRA – Zika in Brazil Real Time Analisys concluíram o sequenciamento completo de 54 genomas do zika vírus (ZIKV) em algumas cidades do Norte e do Nordeste brasileiro. Este foi o maior sequenciamento obtido na região e os resultados constam no artigo Establishment and cryptic transmission of Zika virus in Brazil and the Americas, recentemente veiculado na revista Nature. O projeto Zibra, composto de um grupo internacional de cientistas, tem como objetivo sequenciar mil genomas do Brasil para fornecer importantes informações epidemiológicas sobre a disseminação desta doença no País.

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Projeto vai identificar perfil genético de paciente com ELA

O Brasil é um dos países participantes do Project MinE, um consórcio internacional centralizado na Holanda que pretende analisar o genoma completo de pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). A identificação do perfil genético da doença poderá facilitar o diagnóstico e os estudos de futuros tratamentos. A instituição brasileira associada ao consórcio é o Instituto Paulo Gontijo (IPG), que convidou a equipe do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da USP para o desenvolvimento científico da pesquisa.

O Project MinE foi lançado no ano passado e deve analisar, em escala mundial e nos próximos três anos, o genoma de 15 mil pacientes com ELA esporádica (não hereditária) e 7,5 mil controles (pessoas sem a doença), totalizando 22,5 mil amostras. Além do Brasil, participam Estados Unidos, Holanda, Suécia, Austrália, Israel, Portugal, Irlanda, Suíça, Turquia, Reino Unido, Bélgica e Espanha. Outros países ainda podem se associar.

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Instituto de pesquisa na Unicamp abre ambulatório de aconselhamento genômico

O Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia (Brainn, na sigla em inglês), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela FAPESP, está oferecendo aconselhamento genômico a um grupo de pacientes da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O novo serviço inclui exames que permitem identificar predisposições genéticas a doenças e antecipar medidas de prevenção e tratamento.

Por enquanto, o aconselhamento genômico é oferecido gratuitamente a 100 pacientes que participam de pesquisas da instituição, mas a ideia é abri-lo para a população.

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