Quando nos dizem que vamos pegar uma gripe, a primeira coisa em que pensamos são nos sintomas físicos: dores musculares, tosse e febre. No entanto, o que realmente nos faz sentir mal é o cansaço extremo, a apatia, a irritabilidade e aquela névoa mental que parece que vai permanecer para sempre.
Este conjunto de sintomas é conhecido como comportamento de doença — e, embora desagradável, tem uma finalidade importante.
Leia MaisFiocruz conclui sequenciamento genético de vírus monkeypox detectado no Rio de Janeiro
A Fiocruz, por meio de sua Rede Genômica, concluiu o sequenciamento genético do vírus monkeypox (MPXV) coletado de uma amostra proveniente do Rio de Janeiro. A técnica permite o detalhamento do DNA do patógeno, contribuindo para um melhor entendimento do atual surto – que já ultrapassa 4,7 mil casos pelo mundo, segundo dados reunidos pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC/EUA).
O sequenciamento foi realizado a partir do vírus detectado em amostras do primeiro caso com resultado positivo analisado pelo Laboratório de Enterovírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), chefiado pelo virologista Edson Elias. O laboratório é referência para o Ministério da Saúde para diagnóstico laboratorial de casos suspeitos da doença. O paciente, do sexo masculino, foi atendido no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), em Manguinhos (RJ), em meados de junho.
Leia MaisLivro explora relação entre genética, alimentação e saúde
Professor da Faculdade de Saúde Pública é um dos autores da primeira obra brasileira sobre genômica nutricional
Os estudos de genética humana, de expressão gênica, de nutrigenômica, de nutrigenética e de epigenética estão revolucionando o conhecimento atual ao demonstrar a importância da relação dos nossos genes com a alimentação e seus efeitos na saúde. Marcelo Rogero, docente do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, publicou a primeira obra brasileira sobre genômica nutricional, em parceria com as professoras Cristiane Cominetti e Aderuza Horst, além de dezenas de colaboradores nacionais e internacionais. Trata-se do livro Genômica Nutricional: dos fundamentos à nutrição molecular (Editora Manole, 2017, 552 p.).
Leia MaisAusência de gene está ligada a disfunção na síntese proteica
Pesquisa do Instituto de Biociências (IB) da USP sugere que a ausência do gene que codifica a proteína colibistina (CB) tem relação com a disfunção da via de sinalização intracelular mTOR, responsável pela síntese de proteínas em células do sistema nervoso. De acordo com o trabalho da pesquisadora Camila de Oliveira Freitas Machado, o hiperfuncionamento da via mTOR e a produção aumentada de proteínas em células neurais pode estar relacionada com o quadro clínico de deficiência intelectual e autismo em pacientes com deleção no gene CB. A partir do estudo orientado pela bióloga Andrea Laurato Sertie, pesquisadora do Instituto de Ensino e Pesquisa (IIEP) do Hospital Israelita Albert Einstein, pretende-se agora estudar os efeitos dessa disfunção em células neurais, bem como se fármacos que modulam a via de sinalização mTOR podem reverter as anormalidades encontradas nas células neurais in vitro.
O ponto de partida da pesquisa foi a identificação de um paciente brasileiro com deficiência intelectual severa e autismo no quadro clínico que apresentava ausência (deleção) do gene que codifica a proteína CB, deleção esta identificada pela técnica de array CGH. “Na literatura científica há relatos da relação entre variantes genéticas (mutações) no gene da CB e a deficiência intelectual”, explica Andrea, que estudou o papel do gene na síntese de proteínas em células neurais durante o pós-doutorado no IB. “A atuação da proteína é muito conhecida em sinapses e no agrupamento de receptores de neurotransmissores inibitórios, mas seu papel na via mTOR e no controle de síntese de proteínas em neurônios era desconhecido”.
Leia MaisPesquisa pode auxiliar no estudo dos distúrbios no sono
Pesquisa publicada pela Revista Científica Plos One e coordenada pelo professor Mário Pedrazzoli, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP revela que um gene denominado Per3 parece estar associado à diurnalidade — ficar acordado de dia e dormir durante a noite — em todos os primatas, incluindo o homem.
Os estudos do grupo liderado pelo pesquisador têm mostrado que os horários de dormir e acordar das pessoas são mais influenciados pelo padrão temporal dia/noite do que pelas horas no relógio, ou seja, os horários de dormir e acordar podem estar em desacordo com o fuso horário. Pessoas que vivem num mesmo fuso horário, mas estão em latitudes e longitudes diferentes, expressam temporalidades biológicas diferentes. “Podemos citar como exemplo a população no Rio Grande do Norte, que tende a acordar e dormir mais cedo do que a do Rio Grande do Sul, vivendo sob o mesmo horário do relógio, ou seja, no mesmo fuso horário”.
Leia MaisCampanha leva conhecimentos de genética a usuários do metrô
Uma iniciativa do Instituto de Biociências (IB) da USP vai levar conhecimento científico sobre genética aos paulistanos que usam o metrô e também aos estudantes de Ensino Médio de todo o Estado de São Paulo. O Centro de Pesquisa sobre Genoma Humano e Células-Tronco, um dos Centros de Pesquisa Inovação e Difusão (Cepid) ligados à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), criou cartazes e um hot site para divulgar a campanha “Semelhantes, mas diferentes”, dentro do Projeto Semear Ciência. A intenção dos organizadores é despertar a curiosidade do público para os assuntos ligados à genética, dando conta de uma de suas missões, que é a difusão do conhecimento.
“Os centros de pesquisa da Fapesp têm que cumprir três funções: ‘pesquisa’, ‘transferência de tecnologia’ e ‘educação e difusão’. Dentro desses pilares, surgiu a ideia de levar um pouco dos conhecimentos científicos de genética para a população em geral”, conta a professora Eliana Dessen, uma das criadoras do projeto. A campanha alerta as pessoas sobre a semelhança genética que outros seres vivos guardam com o ser humano, reafirmando a teoria da evolução das espécies concebida por Charles Darwin, ainda no século 19.
Leia MaisFotos de expressões faciais podem revelar problemas genéticos, diz estudo
Pesquisadores da Grã-Bretanha criaram um programa de computador que reconhece expressões e traços faciais e também detecta problemas genéticos a partir das estruturas do rosto do paciente.
O diagnóstico pode ser feito em apenas algumas horas com a ajuda de uma simples foto de família.
Leia Mais