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Viagens longas propiciam uso de drogas por caminhoneiros

A rotina agitada e sem descanso faz parte da realidade da maioria dos caminhoneiros profissionais no País, que atravessam as estradas  durantes dias para a entrega dos mais variados produtos com curtos prazos. Com esse dia-a-dia sobrecarregado, não é incomum relacionarem os caminhoneiros ao uso de entorpecentes, inclusive os ilegais, para se manterem acordados durante longas viagens ou para se acalmarem frente ao estresse da profissão. A dissertação de mestrado da bióloga Daniele Mayumi pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) procurou comprovar o uso de drogas por caminhoneiros no estado de São Paulo, além de identificá-las e procurar variáveis que determinam a tendência ao uso ou não da droga pelos profissionais das estradas.

Também funcionária do Departamento de Medicina Legal da FMUSP, no Laboratório de Toxicologia — supervisionado pela professora Vilma Leyton —, Daniele realizou seu mestrado em uma parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Convidada em eventos de saúde da Polícia, recolhia amostras de urina de caminhoneiros que eram parados na estrada para, posteriormente, realizar testes toxicológicos e comprovar a existência ou não de drogas nas amostras, além identificar as mais presentes. O evento Comandos de Saúde na Rodovia ocorre desde 2006 e é realizado pela PRF quatro vezes ao ano, concomitantemente em todo o Brasil (no mesmo dia e no mesmo horário), em estradas federais próximas a grandes cidades, com o objetivo de melhorar a saúde do motorista, que possui uma rotina agitada e, muitas vezes, não tem tempo de realizar uma consulta médica.

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Exercício trata problema de fala em paciente com Parkinson

Um plano terapêutico fonoaudiológico desenvolvido na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), permite que pacientes com doença de Parkinson possam superar problemas de perda de potência de voz, articulação e fluência da fala. Os exercícios, realizados no Ambulatório de Processamento Motor da Fala, do Serviço de Fonoaudiologia do Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP, levaram os pacientes a melhorarem sua intensidade vocal e o entendimento da fala. Também há um aumento no número de interlocutores e no tempo de conversa, o que conduz a um maior convívio social.

A ideia do plano surgiu a partir do início das atividades do Ambulatório de Disfagia do HC, em 2008. “Entre os pacientes, havia casos de fraturas na face e queimados, mas também de portadores da doença de Parkinson”, diz a fonoaudióloga Fabíola Juste, que participa da aplicação do programa. “Os pacientes com Parkinson traziam queixas relacionadas a perda de potência vocal e fluência da fala, além de dificuldades de comunição, o que motivou a criação de um ambulatório especifíco”. O plano, baseado no Tratamento de Voz Lee Silverman (LSVT), criado nos Estados Unidos, começou a ser aplicado em 2012.

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Estudo liga caminhada à menor pressão arterial em 24 horas

A capacidade de caminhada em pacientes com doença arterial periférica tem uma relação inversa com a pressão arterial ambulatorial: aqueles que caminharam mais durante uma avaliação realizada na Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP apresentaram melhor resposta da pressão arterial ao longo de um período de 24 horas. Os dados são de um estudo realizado pelo educador físico Aluísio de Andrade Lima.

A pesquisa foi realizada com um grupo de 73 pacientes, de ambos os sexos, com doença arterial periférica e idade média de cerca de 63 anos. Os participantes foram recrutados na Divisão Vascular do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).

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Estressores psicossociais influenciam gestação e vida adulta

Projeto da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) acompanhou 900 mulheres grávidas do distrito do Butantã, zona oeste de São Paulo, pertencentes à nova classe C, e constatou que, durante a gestação, 27% sofreram algum tipo de violência (física, psíquica ou sexual), 29% tiveram depressão, 16% ansiedade e 4% dependência de álcool ou drogas. Essas condições estão associadas a uma maior ocorrência de retardo de crescimento intrauterino nos bebês, ou seja, peso e altura abaixo do esperado para a idade gestacional em que o bebê nasceu. “Crianças nascidas nestas condições têm aumentadas as chances de, na vida adulta, apresentarem hipertensão, diabetes, obesidade e transtornos mentais, doenças que têm um custo muito alto para um país”, alerta o médico pediatra e professor da FMUSP, Alexandre Ferraro.

Esses dados fazem parte dos resultados preliminares obtidos pelo Projeto Butantã – Novas Ferramentas na Compreensão do Desenvolvimento Infantil: a Interação gene-ambiente e a Conectividade Neuronal, realizado sob a coordenação de Ferraro e da psiquiatra infantil Bacy Fleitlich-Bylik, do Instituto de Psiquiatria da FMUSP. A pesquisa está inserida no âmbito do Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento para Infância e Adolescência (INPD), coordenado pelo professor Eurípedes Constantino Miguel, da FMUSP. O INPD é um dos Institutos Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação (INCTI) do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

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Estudo analisa crianças e adolescentes com TOC

Pesquisa da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) constatou que crianças e adolescentes portadoras de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) apresentam comprometimento de alguns circuitos cerebrais em decorrência da doença. Apesar de esse comprometimento ainda não ter se manifestado no comportamento, outros dados do estudo sugerem que existe a possibilidade de esses pacientes, ao atingirem a vida adulta, apresentarem dificuldades ou déficits ligados à memória e ao agrupamento semântico (evocar em sequência palavras de uma mesma categoria). “Estudos futuros deverão ser feitos para confirmar esta hipótese”, afirma o autor do estudo, o psicólogo Marcelo Camargo Batistuzzo.

Os resultados foram obtidos pelo pesquisador na tese de doutorado Ativação cerebral associada à memória episódica verbal no transtorno obsessivo-compulsivo por meio de ressonância magnética funcional defendida na FMUSP. O estudo foi desenvolvido no âmbito do Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento para Infância e Adolescência (INPD), coordenado pelo professor Eurípedes Constantino Miguel, da FMUSP. O INPD é um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT) do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação.

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Proteína pode proteger células em tumor cerebral

Cientistas estão desvendando a relação de uma proteína com um tipo de tumor cerebral letal, o glioblastoma multiforme (GBM). A proteína em questão é a galectina-3 (gal-3). Os experimentos foram realizados in vitro e in vivo e podem auxiliar no melhor conhecimento dos mecanismos de ação da gal-3 no desenvolvimento do GBM.

A pesquisa foi realizada no doutorado do biólogo Rafel Ikemori, no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), sob orientação do professor doutor Roger Chammas, do Departamento de Radiologia da Faculdade de Medicina (FM) da USP, e responsável pelo Centro de Investigação Translacional em Oncologia do ICESP.

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Tecnologia é aliada para identificar distúrbios de fala

O Distúrbio Específico de Linguagem (DEL), que atinge 5 em cada 100 crianças, é o foco das pesquisas que a professora Débora Maria Befi-Lopes, da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) desenvolve no Núcleo de Avaliação da Fala e Linguagem em Crianças com Distúrbios da Comunicação (SLCD) da USP, do qual é vice-coordenadora. Um dos principais objetivos do estudo é utilizar recursos tecnológicos para entender como acontece o processamento da informação verbal nas crianças com DEL e quais as diferenças em relação àquelas com padrão normal de desenvolvimento linguístico, obtendo dados que servirão de base para a elaboração de programas de reabilitação mais adequados.

Embora muito estudado, ainda não se sabe com precisão o que causa o DEL, em especial porque a questão da linguagem envolve múltiplos fatores, não apenas de caráter biológico, mas socioculturais. Além do DEL, o núcleo estuda também distúrbios de comunicação apresentados por crianças com gagueira e síndrome de Down. Os programas terapêuticos, em geral, melhoram muito o desempenho dessas pessoas, mas um conhecimento mais profundo de como ocorre o processamento da informação pode ajudar a melhorar o diagnóstico, fazer uma intervenção mais precoce e elevar a qualidade da reabilitação.

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Pressão sobre pulmão indica efeito da ventilação artificial

Reduzir as oscilações da pressão motriz inspiratória dos pulmões (driving pressure) influencia diretamente a queda da mortalidade entre pacientes submetidos à ventilação artificial em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A conclusão faz parte de uma pesquisa com 3.562 pacientes em seis países, coordenada pelo professor Marcelo Brito Passos Amato, da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). O ajuste da ventilação reduz o risco de inflamação nos pulmões e de sua propagação para outras partes do corpo. O estudo é descrito em artigo publicado no The New England Journal of Medicine no último dia 9 de fevereiro.

Os equipamentos de ventilação mecânica são utilizados em doentes graves que apresentam problemas respiratórios. “A pressão motriz inspiratória, ou pressão de distensão respiratória indica a quantidade de energia mecânica que o ventilador descarrega sobre o parênquima pulmonar ao forçar a entrada de ar até os alvéolos”, conta o professor. “O parênquima é o tecido responsável pelas trocas gasosas no pulmão, recebendo oxigênio e expelindo gás carbônico do organismo”.

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Modelo avalia qualidade do processo de conversão de energia

Pesquisa da Escola Politécnica (Poli) da USP resultou em um modelo para avaliar a qualidade do processo de conversão de energia no corpo humano e seus subsistemas, assim como nos processos bioquímicos do metabolismo. O trabalho foi realizado pelo engenheiro mecânico Carlos Eduardo Keutenedjian Mady em seu doutorado direto, sob a orientação do professor Silvio de Oliveira Junior, do Departamento de Engenharia Mecânica da Poli, e co-orientação do professor Paulo Saldiva, da Faculdade de Medicina (FMUSP) da USP. A pesquisa poderá auxiliar nos diagnósticos médicos e na análise do desempenho esportivo.

“Esta pesquisa parte da ideia de entender o corpo humano como uma máquina térmica, algo semelhante a uma turbina, um motor ou uma termelétrica”, explica Mady, lembrando que o corpo humano, assim como uma turbina, um motor ou uma termelétrica apresenta um determinado desempenho durante a produção de energia.

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Mutação genética pode explicar tumor da suprarrenal

Equipe de pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, liderados pelo professor Sonir Antonini, do departamento de Puericultura e Pediatria, conseguiu identificar problemas em vias de sinalização celular envolvidas no desencadeamento de uma doença que acomete 15 vezes mais crianças e adolescentes brasileiros que os do resto do mundo, o tumor da suprarrenal. O trabalho dos pesquisadores liderados pelo professor Antonini recebeu no último mês de novembro o Prêmio Saúde 2014, na Área de Saúde da Criança, conferido pela Editora Abril.

As glândulas suprarrenais (ou adrenais) estão localizadas próximas à parte superior dos rins. Elas são formadas por dois compartimentos: a medula, que secreta adrenalina e noradrenalina, e o córtex, que produz hormônios esteroides. Entre estes hormônios estão o cortisol e aldosterona, ambos imprescindíveis à vida. Além disso, durante a vida fetal e a partir da puberdade, o córtex suprarrenal secreta também hormônios androgênicos.

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