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Saúde mental indígena: IdeiaSUS publica capítulo de livro em guarani

Fiocruz é SUS: rodas de saberes, práticas compartilhadas é o novo livro da Plataforma IdeiaSUS da Fiocruz. A publicação apresenta cinco notáveis experiências do Sistema Único de Saúde (SUS), que foram acompanhadas durante um ano pela equipe da curadoria em saúde da IdeiaSUS Fiocruz. A grande novidade dessa publicação fica por conta de um capítulo inteiro traduzido para o guarani sobre uma prática diferenciada de acolhimento das demandas de atenção à saúde mental dos povos indígenas do Distrito Sanitário Especial Indígena Interior Sul (Dsei Isul) do Polo Base de Araquari, em Santa Catarina (SC).

Publicação apresenta cinco notáveis experiências do SUS e conta de um capítulo inteiro traduzido para o guarani (foto: Jeferson Mendonça / IdeiaSUS Fiocruz)

A experiência nasce da aproximação e do diálogo entre profissionais de saúde da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) e a comunidade indígena, formada por 664 indígenas de 12 aldeias. Os profissionais observam que a alimentação tem forte influência sobre a saúde física, mental, emocional e espiritual dos indígenas. E, de forma inovadora, constroem conjuntamente um guia alimentar, trazendo os costumes e as tradições Guarani. O processo de elaboração do Cardápio Alimentar Guarani considerou, especialmente, a sua inclusão em ambientes hospitalares da região de saúde do Dsei Isul. A tradução do capítulo foi realizada pela comunidade da Aldeia Tarumã, pertencente ao Polo Base de Araquari, e estudantes da Escola Indígena de Ensino Fundamental Tupã Poty Nheé.

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Estudo revela ineficácia em adultos da vacina BCG contra tuberculose

Estudo da Fiocruz publicado na revista britânica The Lancet – Infectious Diseases, nesta segunda-feira (26/2), revela a ineficácia da vacina BCG aplicada em adultos contra a infecção inicial por Mycobacterium tuberculosis, agente causador da tuberculose. O imunizante é tradicionalmente aprovado para prevenir a forma grave da doença em crianças até 5 anos, porém, a sua eficácia é reduzida ao longo dos anos, tornando-se incerta na fase adulta.

Realizado apenas no Brasil, este subestudo faz parte de um ensaio clínico randomizado maior de vacinação com BCG, que teve como objetivo principal avaliar a eficácia da BCG em trabalhadores de saúde contra Covid-19, conhecido como estudo Brace (NCT04327206). O Brace é financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates e foi conduzido na Brasil, Holanda, Espanha, Reino Unido e Brasil.

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Oficina do MS e da Fiocruz debate a febre oropouche

A Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde (MS) e a Fiocruz promoveram, na última quarta-feira (21/2), em Manaus, a 1º Oficina para Discussão das Ações de Vigilância, Assistência e Pesquisa em Febre do Oropouche. O evento, que teve o apoio da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, contou com a participação de pesquisadores e gestores de instituições dos estados da Amazônia, e dos laboratórios de Referência para arboviroses da Fiocruz e Instituto Evandro Chagas (IEC). A diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis da SVSA, a médica Alda Maria da Cruz, afirmou que o objetivo do encontro foi, além de trocar conhecimentos, desenhar uma estratégia de investigação da doença e estabelecer critérios e métodos que possam ser usados pela comunidade científica, nos aspectos clínicos, entomológicos e apoio diagnóstico. O boletim que informa o cenário de arboviroses do Amazonas mostra que foram confirmados 1.258 casos para oropouche até 15 de fevereiro.

Pesquisadora da Fiocruz e antiga chefe do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Alda Maria destacou o trabalho de vigilância em saúde do Amazonas, que conseguiu identificar, de forma oportuna, que muitos dos casos notificados para dengue eram, na verdade, de oropouche. Nesta caracterização, contou com o apoio do Núcleo de Vigilância  de Vírus Emergentes, Reemergentes e Negligenciados da Fiocruz Amazônia. Para ela, a oficina marca o início de uma caminhada que juntou profissionais da clínica, de laboratórios, gestores, equipes da vigilância e pesquisadores, em um encontro de saberes diferenciados. “Tivemos uma riqueza e densidade de discussões muito grande e agora vamos ter que pensar em como levar adiante os desdobramentos de tudo que foi debatido e sugerido por cada um dos grupos da oficina”, afirmou. Alda Maria agradeceu a parceria da Fiocruz na realização do evento e o apoio da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas.

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Por que covid-19 ainda mata tanta gente no Brasil

Há cerca de duas semanas, um homem de 79 anos deu entrada no pronto-socorro de um hospital particular de Matão, cidade no interior de São Paulo, com falta de ar e dores no corpo.

Primeiro, especulou-se que ele poderia ter contraído dengue – já que o Brasil vive uma explosão de casos desde o fim do ano passado.

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Expedição promove acesso à saúde em comunidades ribeirinhas da Amazônia

As comunidades ribeirinhas de Tabuleta, Carará, Crioulo, Carapanatuba e Malvinas, localizadas a 200 km de Humaitá (AM) e a 400 km de Porto Velho (RO), às margens do rio Madeira, receberam a expedição Saúde Infinita, coordenada pelo Instituto Nacional de Epidemiologia da Amazônia Ocidental (INCT-EpiAmO), sediado na Fiocruz Rondônia. O projeto piloto conta com implantação de infraestrutura básica para realização de telessaúde em comunidade ribeirinha. A proposta é oferecer ao Ministério da Saúde (MS) um modelo de atendimento à saúde em localidades da Amazônia e áreas remotas do Brasil, que sofrem com longas distâncias e dificuldades de comunicação e acesso.

De 10 a 16 de fevereiro, a equipe composta de 22 pessoas realizou visitas a mais de 60 residências nas cinco localidades. Foram realizadas 58 consultas médicas, distribuição de 125 kits odontológicos, aplicação de 56 vacinas contra Covid-19, influenza e outras doenças preconizadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) do MS, além de exames ginecológicos, inserção de DIU, consultas odontológicas, extração e atendimentos de urgência e emergência com encaminhamento de pacientes à equipe médica do Hospital Regional de Humaitá.

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Artigo da Fiocruz mostra expansão de inteligência artificial contra o câncer

Um estudo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) revela o crescimento acelerado de aplicações de inteligência artificial voltadas para o enfrentamento do câncer. Publicado na revista Nature Biotechnology, o trabalho analisou os registros globais de patentes na área, mostrando a expansão de novas tecnologias, principalmente ligadas a análise de imagens, biomarcadores, detecção precoce da doença e modelagem de expressão genética.

Realizado numa base de dados que reúne informações sobre mais de 50 escritórios de patentes do mundo, o levantamento identificou 749 registros para aplicações de IA na oncologia. As primeiras invenções datam de 1997, porém mais de 95% dos registros ocorreram após 2015. Em sete anos, de 2015 a 2022, o número de patentes saltou de 25 para 749, o que corresponde a uma taxa de crescimento média de 53% ao ano.

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Fiocruz e Uema identificam sete novas espécies de helmintos parasitos de peixes

Sete novas espécies de helmintos, conhecidos popularmente como vermes, foram descobertas por meio de um estudo conduzido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema). Os parasitos foram encontrados em peixes coletados no Acre, Maranhão e Minas Gerais. Os achados foram publicados no periódico Parasite e na Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária.

A nova espécie ‘Cosmetocleithrum ludovicense’ carrega em seu nome homenagem à população de São Luís, no Maranhão, onde foi encontrada (foto: Reprodução)

A descoberta é considerada de relevância para o campo da parasitologia por contribuir para o entendimento da biodiversidade desses organismos. Além disso, o achado tem implicações práticas para a piscicultura nas regiões, uma vez que infestações por esses parasitos podem ser letais para os peixes cultivados. As espécies não oferecem riscos para a saúde humana.

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Fiocruz e UFRJ avançam em inovação capaz de antecipar novos surtos infecciosos

Todos os anos milhares de pessoas são impactadas por surtos de doenças infecciosas. Além disso, segundo documentos da Comissão Europeia, a pandemia de Covid-19 revelou que o atual sistema internacional de vigilância e alerta sobre doenças infecciosas não funciona com velocidade suficiente quando confrontado com um patógeno respiratório de rápida dispersão. Nesse contexto, autoridades e agências de saúde de diferentes países reconhecem que a detecção e resposta mais rápidas a epidemias e pandemias dependem de uma vigilância global robusta, baseada em dados comparáveis.

Publicado (9/1) no Journal of Medical Internet Research (JMIR) Public Health and Surveillance, um estudo liderado pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), em colaboração com pesquisadores de outras unidades da Fiocruz, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Fundação Rockefeller, reconhece internacionalmente o modelo e implementação do sistema ÆSOP, que vem sendo desenvolvido para a vigilância epidemiológica e apoio na identificação e produção de alertas de forma antecipada referentes à ocorrência de possíveis surtos infecciosos, como é o caso da H1N1 e Covid-19.

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Fiocruz lança primeiro edital no Brasil focado em saúde integral nas favelas

Em clima de celebração e de reconhecimento dos trabalhos, a Fiocruz realizou, nesta quarta-feira (20/12), o evento Favela produz saúde, na quadra da Mangueira, para apresentar resultados e lançar um novo edital do Plano Integrado de Saúde nas Favelas RJ, que prevê R$5,5 milhões para organizações sociais que atuem na promoção integral à saúde em favelas do estado. A chamada pública, para 2024, é o primeiro edital do Brasil com este foco. Em um dia de muitos debates, apresentações culturais e confraternização, estiveram reunidas lideranças dos projetos apoiados, representantes das instituições parceiras e da sociedade civil.

Uma articulação entre a Fiocruz, Alerj, UFRJ, PUC-RJ, Uerj, SBPC e Abrasco, o Plano beneficiou, até novembro deste ano, 325 mil pessoas em 90 projetos apoiados em 18 municípios, 136 favelas e territórios de periferias. Foram realizadas, neste ano, 135 visitas aos projetos em favelas, compactuando com uma estratégia participativa e de construção de diálogo e houve a distribuição de 400 toneladas de alimentos.

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Fiocruz e Pfizer assinam acordo que torna mais acessível tratar artrite reumatoide

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) assinou acordo de transferência tecnológica para produção do medicamento citrato de tofacitinibe, clone genérico do Xeljanz®. A parceria foi firmada com a Pfizer Brasil, nesta quarta-feira (20/12), no Rio de Janeiro. O intuito é fortalecer a produção nacional e ampliar o acesso da população ao tratamento de doenças inflamatórias imunomediadas, ou seja, desencadeadas a partir de desequilíbrios do sistema imunológico, como a artrite reumatoide.

“Estamos muito satisfeitos em anunciar essa importante parceria. O acordo é parte de uma estratégia estruturante da Fiocruz pela busca contínua de ampliação do acesso à saúde pela população. Fortalecer o SUS e o Complexo Econômico e Industrial da Saúde é colocar mais medicamentos, vacinas e serviços à disposição dos brasileiros”, afirmou o vice-presidente de Produção, Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger.

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