Tag Archives: Fiocruz Minas

Pesquisa analisa gastos com medicamentos no Brasil

Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que a compra de medicamentos representa uma das principais fontes de despesa para os sistemas públicos de saúde. Para compreender os gastos voltados para a assistência farmacêutica no Brasil, pesquisadores de três instituições, entre elas a Fiocruz, fizeram uma análise das compras realizadas pelo Governo Federal no período compreendido entre janeiro de 2006 e dezembro de 2013. O estudo, publicado recentemente na revista Plos One, baseou-se no Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (SIASG), um banco de dados geral de compras, que inclui aquisições de medicamentos realizadas por todos os ministérios e outros entes da federação.

De acordo com a pesquisa, foram gastos, entre 2006 e 2013, cerca de 34 bilhões de reais. Quase 50% desse valor foram destinados a três classes de medicamentos: os imunossupressores (que são os usados no tratamento de doenças autoimunes e na preparação e manutenção de transplantes de órgãos), os antivirais de uso sistêmico (voltados para o tratamento de Aids, herpes, influenza) e os agentes antineoplásicos (que são os medicamentos usados no tratamento de câncer). O estudo também observou que, embora liderem o ranking das despesas, essas três categorias começaram a ser adquiridas principalmente a partir de 2009, apontando uma mudança no perfil de aquisições.

Leia Mais

Cientistas e sociedade civil unem-se contra arboviroses em Minas

Movimentos sociais feministas de Minas Gerais, profissionais de saúde que atuam no Programa de Saúde da Família (PSF) e gestores de saúde do estado são os protagonistas de um projeto que vem sendo desenvolvido por meio de uma parceria entre a Universidade de York (Inglaterra), Fundação João Pinheiro e a Fiocruz Minas. A partir de um enfoque das ciências sociais, o trabalho visa levantar e compreender as principais dificuldades enfrentadas pelos agentes comunitários, diante da tarefa de evitar a propagação das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti (dengue, zika, chikungunya, febre amarela), também conhecidas como arboviroses. Ao final do processo, pretende-se elaborar estratégias de ação no âmbito das políticas públicas, bem como fornecer novas ferramentas que, ao refletirem as reais demandas, possam gerar uma compreensão mais aprofundada dos desafios colocados pelas epidemias.

Com o título Movimentos Sociais feministas e a resposta à síndrome de zika no Brasil: mitigando negligências por meio de abordagens centradas na comunidade, o projeto tem como um dos diferenciais o envolvimento da Articulação das Mulheres do Campo de Minas Gerais, um espaço de interlocução que envolve diferentes movimentos, organizações e redes do estado. A intenção é dar voz a essas pessoas, de forma a descobrir demandas que possam refletir as interseções entre gênero e raça, desapropriação econômica, vulnerabilidade ambiental, demandas e acessos aos serviços de saúde e formas precárias de vida ligadas à produção agrícola em meio rural e urbano que interferem nos aspectos sociais ligados à epidemia.

Leia Mais