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Pequeno agricultor minimiza efeito do agrotóxico à saúde

Os produtores da agricultura familiar entendem os agrotóxicos como “veneno” para o combate às pragas no campo, mas minimizam seus efeitos sobre o seu próprio corpo e nem sempre seguem as regras da correta utilização do Equipamento de Proteção Individual (EPI). É o que aponta uma pesquisa do Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAP) do Centro de Estudos Rurais e Urbanos (Ceru), sediado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.

“Percebemos que falta um trabalho educacional das associações e cooperativas e do serviço de extensão rural oficial das secretarias da Agricultura, tanto estadual quando municipal, de ir ao campo e ensinar como se utiliza corretamente o agrotóxico, as implicações do uso desse produto para a saúde do trabalhador, a possibilidade de contaminação das águas e solos”, avalia Maria Helena Rocha Antuniassi, pesquisadora do Ceru e autora da pesquisa juntamente com o professor Luis Carlos Ferreira de Almeida, da Unesp em Registro.

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Emoção positiva marca relato de parto normal após cesárea

A análise crítica do discurso de relatos de mulheres, no Brasil e nos EUA, que tiveram parto normal (vaginal) após uma ou mais cesáreas — o chamado VBAC (sigla em inglês para vaginal birth after c-section) — revela o resgate do universo feminino, o aumento do conhecimento sobre si mesmas e seus corpos, além de gerar empoderamento. Os dados estão na tese de doutorado da professora universitária Luciana Carvalho Fonseca, defendida em novembro na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, sob a orientação da professora Stella Esther Ortweiler Tagnin.

Os discursos dos relatos revelam mulheres seguras, felizes, satisfeitas e em paz com o próprio corpo, e que sofreram profundas transformações — todas muito positivas — por conta do VBAC. “Ocorre uma reconstrução da própria biografia: elas reconhecem que a cesárea anterior foi desnecessária e, com isso, vão se fortalecendo. Há um empoderamento que as tornam mais fortes”, conta. Luciana encontrou palavras como “renasci“, “guerreira“, “mulher maravilha“, além de frases como: “Parir é como escalar o Everest“, “Parir é como correr um maratona”, “Eu pari quando o mundo todo disse que eu não conseguiria” ou “Me sinto uma rainha“, entre outras.

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Jovens ainda são conservadores sobre sua sexualidade

Uma geração que se define como moderna, descolada e livre de preconceitos pode, ainda, ser conservadora em vários aspectos. Esse comportamento é muito comum entre os frequentadores de uma uma famosa “balada” indie rock (festas que tocam músicas do rock alternativo) que acontece todos os sábados na região do centro de São Paulo. O tema foi objeto de estudo da antropóloga Ane Talita da Silva Rocha em sua dissertação de mestrado na área de antropologia social, realizada na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.

O objetivo principal da pesquisa é entender como se dá a construção de sujeitos desejáveis dentro da cena indie rock, ou seja, como é a busca por relações afetivo-sexuais por frequentadores de festas especializadas em tocar músicas do rock alternativo, conhecido por indie rock. Para entender os processos, Ane passou um ano frequentando a casa noturna. Foi discutida também a importância do DJ e das músicas, na construção da identidade do jovem.

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Pesquisa traz novo olhar sobre o trabalho escravo

O sociólogo Tiago Rangel Côrtes analisou a história da indústria da costura em São Paulo e o fluxo migratório para o setor, envolvendo principalmente bolivianos e paraguaios, além de acompanhar denúncias de trabalho escravo, sobretudo de uma grife de roupas multinacional e os desdobramentos do caso. A pesquisa, realizada na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, mostra que as soluções apresentadas para os casos denunciados extrapolam o direito do trabalho e têm entrado em soluções de mercado.

“A tendência é tomar medidas que sugerem aos migrantes se tornarem empreendedores, transformando as oficinas de costura em empresas. A questão é que, neste caso, o empreendedorismo muda o campo de problemática das relações de trabalho e livra as empresas das responsabilidades pelos trabalhadores”, explica o pesquisador.

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A embriaguez na conquista da América

Mais do que mera diversão ou escapismo, o consumo de álcool, tabaco e alucinógenos entre os incas e os astecas tinha caráter ritualístico, religioso e até curativo. Já para os colonizadores europeus – embora também acreditassem no poder medicinal de certas substâncias psicoativas – a prática representava a adoração ao demônio e, portanto, deveria ser combatida.

Essa ambiguidade do discurso espanhol sobre o consumo de drogas entre os índios, no período da colonização, é tema do livro A embriaguez na conquista da América. Medicina, idolatria e vício no México e Peru, séculos XVI e XVII, lançado recentemente pela editora Alameda.

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Telhado verde reduz temperatura e aumenta umidade

O uso de telhado verde se mostrou eficiente para reduzir os impactos no microclima no topo de um edifício na região central de São Paulo, como mostra estudo realizado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Telhado verde é o uso de vegetação como gramíneas, arbustos e árvores no topo de telhados comuns ou em laje de concreto.

Os prédios analisados foram o Edifício Conde Matarazzo (sede da Prefeitura de São Paulo), localizado entre a rua Dr. Falcão e o Viaduto do Chá, e que possui um amplo telhado verde; e o Edifício Mercantil/Finasa (rua Líbero Badaró), cuja laje é de concreto. Os resultados indicaram que o edifício com telhado verde chegou a ficar 5,3 graus Celsius (ºC) mais frio do que o edifício de concreto; já a umidade relativa do ar foi 15,7% maior. Os dois edifícios estão no centro de São Paulo.

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