Especialistas do Ministério da Saúde (MS) e da Fundação Oswaldo Cruz seguem acompanhando a investigação de casos suspeitos de febre amarela silvestre em Minas Gerais. De acordo com os dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) na sexta-feira (13/1), existem 20 casos prováveis de febre amarela silvestre, com dez óbitos prováveis. Ao todo, são 133 casos suspeitos notificados e 38 mortes suspeitas da doença em 24 municípios.
Doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquito, a febre amarela não é registrada em centros urbanos do Brasil desde a década de 1940. Os casos em investigação em Minas Gerais se referem à febre amarela silvestre, presente em regiões silvestres, rurais ou de mata no país. A febre amarela silvestre e a febre amarela urbana são causadas pelo mesmo vírus, mas são transmitidas por diferentes mosquitos.
Leia MaisPesquisa investiga epidemia midiática de febre amarela
Pesquisadora investiga epidemia discursiva durante cobertura midiática de epizootia de febre amarela no verão de 2008
Entre dezembro de 2007 e abril de 2008, o Ministério da Saúde divulgou, por meio de boletim publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, ter recebido 70 notificações de casos suspeitos de febre amarela. Com apenas 40 confirmações, o que se registrou como uma epidemia na época foi, de acordo com a pesquisadora Cláudia Malinverni, da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, um fato social produzido a partir de uma incisiva cobertura jornalística.
Leia Mais