Produto vem sendo desenvolvido na unidade de Bio-Manguinhos
A vacina contra a covid-19 com tecnologia de RNA mensageiro, que está sendo desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apresentou excelente eficácia nos testes em animais.
Produto vem sendo desenvolvido na unidade de Bio-Manguinhos
A vacina contra a covid-19 com tecnologia de RNA mensageiro, que está sendo desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apresentou excelente eficácia nos testes em animais.
São Paulo concentra a maior parte dos casos da doença
O Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre o aumento da transmissão da febre amarela nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins. A nota técnica – encaminhada às secretarias de saúde – destaca que o período sazonal da doença vai de dezembro a maio e recomenda a intensificação das ações de vigilância e de imunização nas áreas consideradas de risco.
Animais doentes não transmitem doença, que tem mosquitos como vetores
A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo confirmou que exames realizados em quatro macacos do campus da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, interior paulista, tiveram resultado positivo para febre amarela.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, avalia que a melhoria da cobertura vacinal no Brasil é consequência do comprometimento dos trabalhadores da saúde, associado a iniciativas do governo. Além de acentuar o combate à propagação de fake news e de renovar equipamentos que garantam a conservação de vacinas por períodos mais longos, o governo tem desenvolvido estratégias locais envolvendo a sociedade.
A declaração foi feita em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministra, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Nísia Trindade comemorou os dados divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que fez o país deixar o ranking das 20 nações com mais crianças não vacinadas.
O Projeto de Melhorias da Vacina de Febre Amarela do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), iniciado em 2008, alcançou um grande marco em fevereiro deste ano. A Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) autorizou a retirada dos antibióticos e a otimização do processo produtivo do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina febre amarela (atenuada).
A retirada dos antibióticos constitui uma significativa melhoria, efetuada a pedido da Organização Mundial da Saúde (OMS). “Há décadas, a gente usava o antibiótico para garantir que os frascos não iriam contaminar e isso acabou ficando no processo. Hoje em dia, as áreas são estéreis e o uso do antibiótico não é mais necessário. Isso não afeta na segurança nem na eficácia do produto”, afirmou a gerente do Programa de Vacinas Virais (PVIR) de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Elena Caride. Gerente do projeto, Ana Claudia Machado Duarte destacou que há um grande esforço da OMS em diminuir o uso em ampla escala dos antibióticos em todo o mundo, por conta dos altos níveis de resistência das bactérias. “Bio-Manguinhos está alinhado a isso”, destacou.
Manuais reúnem orientações para coleta de formas imaturas e adultas de mosquitos silvestres transmissores de febre amarela e malária (Foto: Gutemberg Brito)
O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) acaba de lançar dois manuais que podem ajudar os serviços de vigilância do país a implantar e aprimorar o monitoramento de vetores da febre amarela e malária. Com os títulos Procedimento Operacional Entomológico: febre amarela e Procedimento Operacional Entomológico: malária, as publicações reúnem orientações para a coleta de formas imaturas e adultas dos mosquitos transmissores desses agravos.
Um estudo coordenado por diferentes unidades da Fiocruz reconstruiu a dinâmica de transmissão do vírus da febre amarela que, nos últimos sete anos, causou surtos da doença em diversos estados do Brasil. Publicada na revista Science, a pesquisa rastreou o ressurgimento e a propagação do vírus, por meio da análise de dados epidemiológicos, associada a um estudo filogenético, em que se avaliou a evolução do vírus, examinando amostras provenientes de macacos e seres humanos infectados. Ao todo, foram gerados 147 genomas do vírus, possibilitando aos pesquisadores identificar um novo corredor de transmissão.
“Desde a reemergência da febre amarela, em 2016, vínhamos tentando entender como estava ocorrendo a transmissão. Em um estudo de 2018, já havíamos constatado que se tratava de transmissão silvestre e demonstrado os movimentos do vírus. Na época, contávamos com 50 genomas. Em 2019, em outro estudo, conseguimos mostrar a ocorrência de duas ondas de transmissão. Agora, ao aumentar o número de sequenciamentos, chegamos a 147 genomas, dando-nos a possibilidade de contar melhor essa história”, explica o pesquisador da Fiocruz Minas Luiz Alcântara, um dos coordenadores do estudo.
Antes que sanitaristas como Vital Brazil e Oswaldo Cruz liderassem mudanças no cenário da saúde pública no Brasil, no final do século 19 e início do século 20, o país tinha uma fama assustadora no exterior: “Túmulo de estrangeiros”. O motivo era a enorme quantidade de doenças infecciosas que incidiam de forma epidêmica sobre sua população, causando milhares de vítimas.
Entre elas, uma das mais temidas era a febre amarela urbana, arbovirose cuja letalidade ainda hoje pode beirar os 50% em casos graves. Somente na capital federal da época, o Rio de Janeiro, a doença matava mais de mil pessoas por ano no início do século 20.
Popularmente conhecido como mosquito da dengue, o Aedes aegypti há mais de um século é o mais temido “inimigo público” do Brasil.
A espécie, originária do Egito, é responsável pela transmissão das arboviroses urbanas mais comuns do país: dengue, chikungunya e zika.
Estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), coordenado pela Fiocruz Amazônia e pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), mostra o ressurgimento recente do sorotipo 3 do vírus da dengue no Brasil, que há mais de 15 anos não causa epidemias no país, o que faz acender o sinal de alerta quanto ao risco de uma nova epidemia da doença causada por esse sorotipo viral.
A pesquisa apresenta a caracterização genética dos vírus referentes a quatro casos da infecção registrados este ano, três em Roraima, na Região Norte, e um no Paraná, no Sul do país. Segundo a Fiocruz, a circulação de um sorotipo há tanto tempo ausente preocupa especialistas.