Tag Archives: Febre Amarela

Ministra da Saúde comemora dados da imunização infantil. Compromentimento dos trabalhadores e combate a fake news contribuíram

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, avalia que a melhoria da cobertura vacinal no Brasil é consequência do comprometimento dos trabalhadores da saúde, associado a iniciativas do governo. Além de acentuar o combate à propagação de fake news e de renovar equipamentos que garantam a conservação de vacinas por períodos mais longos, o governo tem desenvolvido estratégias locais envolvendo a sociedade.

A declaração foi feita em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministra, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Nísia Trindade comemorou os dados divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que fez o país deixar o ranking das 20 nações com mais crianças não vacinadas.

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Melhorias na vacina de febre amarela dobram capacidade produtiva

O Projeto de Melhorias da Vacina de Febre Amarela do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), iniciado em 2008, alcançou um grande marco em fevereiro deste ano. A Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) autorizou a retirada dos antibióticos e a otimização do processo produtivo do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina febre amarela (atenuada).

A retirada dos antibióticos constitui uma significativa melhoria, efetuada a pedido da Organização Mundial da Saúde (OMS). “Há décadas, a gente usava o antibiótico para garantir que os frascos não iriam contaminar e isso acabou ficando no processo. Hoje em dia, as áreas são estéreis e o uso do antibiótico não é mais necessário. Isso não afeta na segurança nem na eficácia do produto”, afirmou a gerente do Programa de Vacinas Virais (PVIR) de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Elena Caride. Gerente do projeto, Ana Claudia Machado Duarte destacou que há um grande esforço da OMS em diminuir o uso em ampla escala dos antibióticos em todo o mundo, por conta dos altos níveis de resistência das bactérias. “Bio-Manguinhos está alinhado a isso”, destacou.

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Fiocruz lança manuais que orientam coleta de vetores da febre amarela e malária

Manuais reúnem orientações para coleta de formas imaturas e adultas de mosquitos silvestres transmissores de febre amarela e malária (Foto: Gutemberg Brito)

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) acaba de lançar dois manuais que podem ajudar os serviços de vigilância do país a implantar e aprimorar o monitoramento de vetores da febre amarela e malária. Com os títulos Procedimento Operacional Entomológico: febre amarela e Procedimento Operacional Entomológico: malária, as publicações reúnem orientações para a coleta de formas imaturas e adultas dos mosquitos transmissores desses agravos.

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Pesquisa traça panorama da febre amarela no Brasil nos últimos 7 anos

Um estudo coordenado por diferentes unidades da Fiocruz reconstruiu a dinâmica de transmissão do vírus da febre amarela que, nos últimos sete anos, causou surtos da doença em diversos estados do Brasil. Publicada na revista Science, a pesquisa rastreou o ressurgimento e a propagação do vírus, por meio da análise de dados epidemiológicos, associada a um estudo filogenético, em que se avaliou a evolução do vírus, examinando amostras provenientes de macacos e seres humanos infectados. Ao todo, foram gerados 147 genomas do vírus, possibilitando aos pesquisadores identificar um novo corredor de transmissão.

“Desde a reemergência da febre amarela, em 2016, vínhamos tentando entender como estava ocorrendo a transmissão. Em um estudo de 2018, já havíamos constatado que se tratava de transmissão silvestre e demonstrado os movimentos do vírus. Na época, contávamos com 50 genomas. Em 2019, em outro estudo, conseguimos mostrar a ocorrência de duas ondas de transmissão. Agora, ao aumentar o número de sequenciamentos, chegamos a 147 genomas, dando-nos a possibilidade de contar melhor essa história”, explica o pesquisador da Fiocruz Minas Luiz Alcântara, um dos coordenadores do estudo.

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Só vacinação pode manter febre amarela longe das cidades. Doença, em sua forma silvestre, não pode ser erradicada.

Antes que sanitaristas como Vital Brazil e Oswaldo Cruz liderassem mudanças no cenário da saúde pública no Brasil, no final do século 19 e início do século 20, o país tinha uma fama assustadora no exterior: “Túmulo de estrangeiros”. O motivo era a enorme quantidade de doenças infecciosas que incidiam de forma epidêmica sobre sua população, causando milhares de vítimas.

Entre elas, uma das mais temidas era a febre amarela urbana, arbovirose cuja letalidade ainda hoje pode beirar os 50% em casos graves. Somente na capital federal da época, o Rio de Janeiro, a doença matava mais de mil pessoas por ano no início do século 20.

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Como mosquito egípcio chegou ao Brasil e matou 10 mil pessoas

Popularmente conhecido como mosquito da dengue, o Aedes aegypti há mais de um século é o mais temido “inimigo público” do Brasil.

A espécie, originária do Egito, é responsável pela transmissão das arboviroses urbanas mais comuns do país: dengue, chikungunya e zika.

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Fiocruz alerta para ressurgimento do sorotipo 3 da dengue. Há mais de 15 anos vírus não causa epidemias no país

Estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), coordenado pela Fiocruz Amazônia e pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), mostra o ressurgimento recente do sorotipo 3 do vírus da dengue no Brasil, que há mais de 15 anos não causa epidemias no país, o que faz acender o sinal de alerta quanto ao risco de uma nova epidemia da doença causada por esse sorotipo viral.

A pesquisa apresenta a caracterização genética dos vírus referentes a quatro casos da infecção registrados este ano, três em Roraima, na Região Norte, e um no Paraná, no Sul do país. Segundo a Fiocruz, a circulação de um sorotipo há tanto tempo ausente preocupa especialistas.

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Parceria internacional busca inovação contra a febre amarela

Cientistas testaram ação de anticorpos monoclonais contra diferentes linhagens do vírus da febre amarela (Foto: Josué Damacena – IOC/Fiocruz)

Pesquisadores da Faculdade de Medicina Albert Einstein, nos Estados Unidos, em parceria com o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e a Universidade de São Paulo (USP), além de outras instituições, deram um importante passo em busca de uma terapia contra a febre amarela. Considerados tendência mundial, os anticorpos monoclonais sintéticos têm sido alvo de estudos mundo afora. Produzidos em laboratório, esses anticorpos se ligam a uma região específica da partícula do vírus, interrompendo o processo de infecção.

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Imagem destacada: Arte sobre fotos EBC, IOC/Fiocruz e Wikipedia

Estratégia para conter surto de febre amarela em SP entre 2016 e 2019 evitou mais mortes

Análise da difusão da doença mostrou que o método de distribuição de vacinas utilizado na época foi a escolha certa para evitar mais mortes durante o surto ocorrido entre 2016 e 2019.

Cientistas analisaram o processo de difusão do surto de febre amarela entre 2016 e 2019 no estado de São Paulo e concluíram que a estratégia adotada pela Secretaria de Saúde do Estado foi a decisão certa para evitar mais infecções e mortes. A investigação foi conduzida por pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e da Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN) e seus resultados foram publicados em um artigo na revista Scientific Reports.

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Estudo avalia potencial de urbanização da febre amarela

Um estudo liderado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com o Instituto Pasteur, na França, aponta para o potencial de re-emergência de transmissão urbana de febre amarela no Brasil, reforçando a importância de medidas preventivas, como a vacinação e o controle vetorial. Em laboratório, os cientistas mediram a eficiência de mosquitos urbanos e silvestres do Rio de Janeiro quanto ao potencial de transmitir o vírus da febre amarela. Os dados apontam que os insetos fluminenses das espécies Aedes aegyptiAedes albopictusHaemagogus leucocelaenus e Sabethes albipirvus são altamente suscetíveis a linhagens virais tanto do Brasil, quanto da África. A competência vetorial dos mosquitos Aedes também foi verificada em Manaus e, em menor grau, em Goiânia. A capacidade de transmissão desses vetores foi confirmada ainda para a cidade de Brazzaville, capital do Congo.

Mosquitos dos gêneros Aedes, Haemagogus e Sabethes já são conhecidos há décadas pela ciência como vetores do vírus da febre amarela. No entanto, sua eficiência para disseminar a doença pode variar devido à diversidade de populações de insetos e da combinação entre os insetos e as diferentes linhagens virais. Por isso análises locais, como a que acaba de ser realizada, são importantes. “Atualmente o Brasil enfrenta epidemia decorrente do ciclo de transmissão silvestre de febre amarela. No entanto, temos de estar vigilantes sobre o potencial de disseminação do vírus por espécies urbanas de mosquitos. Por isso estudos como esse são fundamentais”, afirma Ricardo Lourenço de Oliveira, chefe do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do IOC e um dos coordenadores da pesquisa. “Os dados indicam que na hipótese de o vírus ser introduzido na área urbana do Rio de Janeiro por um viajante infectado, existem múltiplas oportunidades para o início da transmissão local”, acrescenta o pesquisador. Publicado na revista internacional Scientific Reports, o trabalho também contou com a colaboração do Instituto Evandro Chagas, no Pará.

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