Comer saudável nunca esteve tão na moda quanto nos dias atuais. São diversos os blogs, sites, colunas e programas de televisão que abordam o tema. Mas como convencer crianças e jovens de 10 a 18 anos a abrirem mão dos atraentes fast-food em troca de mais saúde? Foi pensando em promover a boa alimentação, sem uma rejeição radical àquilo que esse público gosta, que a engenheira de alimentos e pesquisadora da Unidade Agroindústria de Alimentos, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Renata Torrezan tem trabalhado em um projeto que leva este tipo de informação para dentro das salas de aula.
Engenheira de Alimentos, Renata Torrezan é pesquisadora da Embrapa (Fotos: Divulgação) |
Entre os ingredientes dessa deliciosa receita de popularização da ciência estão o suco de uva, a batata palito e o pão francês. Dentro deles, altas doses de açúcares, sódio e gordura que, se reduzidos, podem garantir o casamento perfeito entre prazer e saúde. O projeto, iniciado em 2014 com o suporte da FAPERJ através do programa Apoio à Difusão e Popularização da Ciência e Tecnologia no Estado do Rio de Janeiro, ainda está em desenvolvimento e tem mexido com o comportamento e mente dos alunos de duas escolas técnicas agrícolas – Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ, campus Pinheiral) e Colégio Técnico da Universidade Federal Rural (CTUR) – e a instituição de formação profissional, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RJ).
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Estima-se que haja cerca de 46 milhões de pessoas com demência no mundo, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O mal de Alzheimer acomete, pelo menos, 50% desse total, mas pode ser responsável por uma parcela bem maior. Doença degenerativa comum após os 65 anos de idade, ela se caracteriza pela perda progressiva de células neurais. No início, dá-se a perda da memória recente, que pode progredir até a dificuldade mesmo de reconhecer os parentes mais próximos, entre outros sintomas. Não há, por ora, remédios que possam preveni-lo ou curá-lo. Por conta do crescimento da população de idosos, relatório de 2012 da OMS, realizado juntamente com a Associação Internacional de Doença de Alzheimer (ADI), indica que a probabilidade é de que o número de portadores dobre a cada 20 anos, podendo chegar a 74,7milhões em 2030.
Com a perspectiva de um aumento significativo no número de casos, crescem ao redor do mundo o número de cientistas e de laboratórios que pesquisam formas de identificar e combater o desenvolvimento da doença. No estado do Rio de Janeiro, estudo desenvolvido no Centro de Doença de Alzheimer (CDA), na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), liderada pela pesquisadora Andrea Camaz Deslandes, professora do Instituto de Educação Física e Desportos (IEFD) e do programa de pós-graduação em Ciências do Exercício e do Esporte (PGCEE), ambos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), tem demonstrado que a prática de determinados exercícios físicos amenizam e reduzem sintomas não só do Alzheimer, como também do Parkinson e do transtorno depressivo maior (TDM), que, com frequência, costumam acometer idosos.
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Ao lançar, nesta quinta-feira, 7 de fevereiro, mais dois editais inéditos, a Fundação estará investindo mais R$ 9 milhões em projetos na área da saúde. Com Apoio aos Projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Biotecnológica em Saúde Humana no Estado do Rio de Janeiro – 2013 e Apoio ao estudo de temas relacionados à saúde e cidadania de pessoas idosas – 2013 (Pró-Idoso – 2013), a FAPERJ dá seguimento a seu cronograma, abrindo inscrições para o sexto e o sétimo editais de 2013.
Visando ao desenvolvimento de produtos inovadores na área de biotecnologia, incluindo fitoterápicos, para aplicação nas indústrias farmacêuticas e de produção de ativos biotecnológicos; marcadores moleculares na área de biotecnologia para aplicação nas indústrias farmacêuticas e produção de ativos biotecnológicos; testes diagnósticos para detecção de doenças infecciosas, inflamatórias, tumorais, degenerativas e genéticas; e produtos para terapia celular, o programa de Apoio aos Projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Biotecnológica em Saúde Humana no Estado do Rio de Janeiro – 2013 está voltado a financiar a execução de projetos que objetivem a realização de testes pré-clínicos ou clínicos, nas fases I, II e III.
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