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Dengue: um ano após início da imunização, procura por vacina é baixa

Das mais de 6,3 milhões de doses distribuídas, 3,2 foram aplicadas

Um ano após o início da vacinação contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS), a procura pelo imunizante no país está bem abaixo do esperado. De fevereiro de 2024 a janeiro de 2025, 6.370.966 doses foram distribuídas. A Rede Nacional de Dados em Saúde, entretanto, indica que apenas 3.205.625 foram aplicadas em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo-alvo definido pela pasta.

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Projeto Nudritiva divulga dicas práticas sobre nutrição

Multiplicar boas informações. Essa é a ideia que guiou a aluna Adriana Carrieri, da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP,  ao criar o projeto Nudritiva, uma página no Facebook que divulga assuntos relacionados a alimentação de forma dinâmica e acessível. Estudante do último ano do curso de Nutrição, Adriana percebeu durante sua formação o desconhecimento da população sobre o assunto, principalmente enquanto participava da Liga de Obesidade Infantil no Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina (FMUSP).

“As pessoas, em geral, sabem o básico. ‘Ah, tem que comer salada’, mas não sabem muito bem como, qual salada, como pode variar, que vitaminas aquilo tem ou como aquilo vai agir no corpo”, conta. “E aqui na universidade a gente vê muita ciência e tem muita informação. Este projeto é uma forma de retribuir tudo isso para a sociedade”.

O Nudritiva publica, semanalmente, textos enxutos e despojados com temas relacionados à nutrição, como amamentação, prós e contras do consumo do ovo e a importância dos rótulos dos alimentos. A apresentação gráfica da página e dos quadros foi desenvolvida por Felipe Kenji Teixeira Yamauchi, namorado de Adriana. Segundo a estudante, uma preocupação que estimulou a criação do projeto é a divulgação equivocada de informações pelos veículos de comunicação.

O nome da página faz um trocadilho com o nome da autora, que mostra sempre a preocupação em citar a fonte dos dados divulgados. A futura nutricionista conta que prioriza estudos e informações que possam ter uma aplicabilidade prática no cotidiano das pessoas, ou seja, que possam ter um real efeito na alimentação de quem acompanha as publicações. “Eu quero fazer o meu trabalho pelo bem do próximo”, comenta a idealizadora do Nudritiva.

Embora com apenas dois meses de existência, já é possível observar o comportamento do público: são as receitas que têm obtido destaque. “Acredito que é pelo fato de poderem ser aplicadas. A informação é boa, você assimila, mas o que você pode fazer, de fato, são as receitas”, resume a estudante. Muitas dessas receitas são produzidas pelo Laboratório de Técnica Dietética da FSP.

A recepção do público é acompanhada pela interação das pessoas que acompanham a página, que podem “curtir” as publicações, compartilhar com colegas e comentar, trocando informações e elogios.”Quanto mais curtidas a página tiver, melhor, porque é sinal de ela que está chegando às pessoas e de que eu estou atingindo o objetivo”, diz Adriana. Atualmente, quase 400 pessoas recebem os conteúdos do Nudritiva pela rede social.

Informação para a prevenção
As próprias pesquisas dos alunos de graduação e pós-graduação da FSP também são utilizadas por Adriana, desde que apresentem também uma aplicabilidade. Esse é o caso de uma pesquisa desenvolvida na pós-graduação sobre o consumo de carne vermelha e o impacto no meio ambiente. Como o consumo de carne vermelha na população brasileira é muito alto, Adriana enxergou aí uma oportunidade de trazer a informação da academia para o público e orientá-lo sobre esse aspecto. “A nutrição tem um potencial muito grande na prevenção”, afirma a estudante.

Um dos temas abordados pelo Nudritiva também é em relação à leitura dos rótulos dos alimentos. Durante a Liga no HC Adriana percebeu que as crianças, e mesmo os pais, não tinham noção do que estava contido nos alimentos: “Os pais compravam biscoito recheado para o filho que está obeso e diabético com 7 anos de idade. Você vê que falta informação mesmo”, afirma.

Saúde lança aplicativo que integra SAMU 192 ao Facebook

Ministério da Saúde apresentou nesta quinta-feira (30), na Campus Party, em São Paulo – maior evento de tecnologia e cultura digital do mundo – duas ferramentas que vão qualificar a assistência prestada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e diminuir o tempo de espera para cada atendimento realizado, com mais transparência. O aplicativo, lançado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, permite ao cidadão acionar o SAMU com apenas um toque e acompanhar pelo smartphone ou tablet a sua solicitação ao serviço que inclui, a visualização com auxílio de mapa do trajeto percorrido pela ambulância até chegar ao local do atendimento. O aplicativo integra as redes sociais gratuitas Facebook e Waze e será usado, em fase de testes, no Carnaval de Salvador (BA) e durante a Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014.

“Eu tenho uma preocupação muito grande que a gente possa ter soluções de TI para melhorar a transparência, para que o cidadão possa acompanhar melhor os recursos, o atendimento, como é que é feita a cobrança. Então, estamos lançando esse aplicativo e esperando que vocês (participantes da Campus Party) possam dar sugestões, aperfeiçoar ou criar outras soluções”, disse o ministro.

Ao acessar o aplicativo, o cidadão deverá preencher algumas informações de saúde, por exemplo, se possui plano de saúde, se é hipertenso, diabético ou tem alguma alergia. Os dados ficarão disponíveis para a equipe que prestará o socorro. Como o aplicativo é sincronizado ao perfil no Facebook, o usuário pode escolher familiares ou amigos para serem acionados, automaticamente, em caso de emergência – quando o cidadão solicitar o serviço do SAMU pelo aplicativo. O chamado também será registrado na página do usuário.

A medida deve diminuir o tempo de resposta para cada atendimento, uma vez que o aplicativo fornece de forma automatizada e instantânea para o sistema todas as informações básicas que são solicitadas pelo técnico que atende ao chamado – os dados de identificação e localização precisos são enviados pela Internet.

E-SUS SAMU – A iniciativa é possível por meio da integração do sistema E-SUS SAMU, disponibilizado gratuitamente aos gestores estaduais e municipais que está em funcionamento nas cidades de Salvador (BA), Curitiba (PR) e Londrina (PR). O software proporciona mais controle para os gestores municipais, estaduais e federal, na medida em que os profissionais envolvidos poderão acompanhar cada passo do atendimento ofertado ao cidadão, desde a identificação da unidade que será deslocada, o percurso feito pela ambulância, o acolhimento e até a transferência para uma unidade de pronto-socorro. O sistema substitui o uso de formulários e papel pelo computador, organizando o recebimento das chamadas telefônicas do 192.

Os gestores, em qualquer lugar com acesso à Internet, conseguirão verificar o que está acontecendo em uma determinada central em tempo real e checar, com o auxílio de mapas, quais ambulâncias estão em atendimento, quais estão paradas e o motivo. Os mapas da rede Waze na versão 2.0 são atualizados por GPS, aperfeiçoando a gestão e aumentando a velocidade de resposta do serviço.

As Centrais de Regulação do SAMU que ainda não usam nenhum sistema informatizado serão convidadas a conhecer a ferramenta e implantar o sistema até dezembro de 2014. As centrais que já utilizam outros sistemas de gestão informatizados poderão mantê-los ou solicitar a adequação ao E-SUS SAMU. A partir de março o sistema começa a ser implementado em 76 centrais de regulação de todo o país que utilizam o antigo sistema do Ministério da Saúde e devem migrar para o E-SUS SAMU, como Manaus (AM), Cuiabá (MT), Natal (RN), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Santo André (SP) e Euzébio (CE).

O SAMU 192 conta 3.092 unidades móveis em 182 Centrais de Regulação. As unidades atendem 140,4 milhões de habitantes (72,3%) em 2.671 municípios brasileiros.

Prêmio – O ministro também irá propor aos participantes da Campus Party que criem soluções em tecnologia para a melhoria da saúde pública. As iniciativas devem ser inscritas na 2ª Edição do prêmio Cecília Donanngelo de Ouvidoria SUS, que será lançado no segundo semestre deste ano. A ideia é, principalmente, identificar experiências exitosas para escuta do cidadão (com deficiência auditiva ou visual, por exemplo) e inovações tecnológicas nessa área.

Medicamentos – Durante o evento, o ministro também fez o lançamento do aplicativo MedSUS que facilitará a prescrição e a dispensação dos medicamentos disponíveis na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME). Com ele, o profissional de saúde terá acesso a informações gerais dos medicamentos como o princípio ativo, nome comercial, apresentação e indicação, além de aspectos farmacocinéticos, precauções e contraindicações.

O MedSUS disponibilizará 777 apresentações, entre 427 medicamentos e 19 insumos dos três componentes da Assistência Farmacêutica (Básica, Estratégica e Especializado). O aplicativo poderá ser utilizado em tablets e smartphones.