Tag Archives: Exercícios físicos

Internações por inflamações intestinais cresceram 61% em dez anos

Sociedade de Coloproctologia faz campanha para alertar sobre doenças

As doenças inflamatórias intestinais são enfermidades que afetam o trato gastrointestinal e que resultaram, nos últimos dez anos, em 170 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS). 

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Musculação pode aumentar expectativa de vida, indica estudo

Atividades que fortalecem os músculos — como levantar peso — devem fazer parte da rotina semanal de exercícios de uma pessoa idosa, sugere um novo estudo.

Pesquisadores dos EUA descobriram que as pessoas que faziam tanto exercícios aeróbicos quanto de musculação eram mais propensas a viver mais do que aquelas que praticavam apenas um ou outro.

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Por que algumas pessoas sentem náusea e enjoo após fazerem exercícios físicos

Muita gente se exercita para se sentir melhor. Mas, enquanto alguns ficam em êxtase depois de um treino, infelizmente outros saem da academia com náusea.

Embora o mal-estar geralmente seja apenas temporário, ainda assim pode ser desconfortável.

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Programa de exercícios com supervisão remota pode ser alternativa na reabilitação pós-COVID

Um programa de exercícios para ser feito em casa, sem auxílio de equipamentos e sob a supervisão remota de profissionais de educação física se mostrou seguro e eficaz para combater duas possíveis sequelas da COVID-19: o endurecimento das artérias e a perda de força dos músculos envolvidos na respiração.

A constatação foi feita por pesquisadores das universidades Estadual Paulista (Unesp) e Federal de São Carlos (UFSCar) em um ensaio clínico com 32 pacientes que foram hospitalizados após contrair o SARS-CoV-2, entre julho de 2020 e fevereiro de 2021. No grupo havia homens e mulheres, com idade média de 52 anos.

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Combinar exercícios de força e aeróbicos pode reduzir em 28% a mortalidade por câncer, sugere estudo

A prática regular de exercícios de força muscular associados a atividades aeróbicas pode reduzir significativamente a mortalidade por câncer, indica estudo publicado no International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity.

Os autores fizeram uma revisão sistemática de estudos epidemiológicos sobre o tema e concluíram que fazer exercícios como prancha, agachamento e remada diminui em 14% a mortalidade pela doença. Já quando esses exercícios são combinados com outros do tipo aeróbico, o benefício é ainda melhor: 28% menos mortes.

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Número de pessoas com diabetes aumenta 40% em seis anos

No Dia Mundial do Diabetes, comemorado nesta quinta-feira (14), o Ministério da Saúde divulga dados inéditos sobre a doença no Brasil e revela que o número de casos está crescendo. A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2012) revelou um aumento de 40% entre 2006, primeiro ano do levantamento, e ano passado. O percentual de pessoas que se declararam diabéticas passou de 5,3% para 7,4% no período.

O avanço da diabetes está relacionado ao excesso de peso, à falta de exercícios físicos, à má alimentação e o envelhecimento da população. O Vigitel aponta que 75% do grupo de brasileiros convivendo com a diabetes estão acima do peso. Em 2012, pela primeira vez na história o número de pessoas com sobrepeso superou a metade da população, chegando a 51%.

“Os hábitos de vida dos brasileiros sofreram uma profunda mudança nos últimos anos, que estão provocando o aumento de doenças crônicas como o diabetes. Temos trabalhado para preparar o sistema de saúde para lidar com este novo quadro, com ações como a ampliação do acesso aos medicamentos para controle das doenças. Por isso lançamos o Saúde Não Tem Preço, que distribui remédios de graça para o tratamento de hipertensão, diabetes e asma, desde fevereiro de 2011”, destaca o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Depois que a distribuição dos remédios se tornou gratuita, mais que quintuplicou o número de pessoas beneficiadas, saltando de 306,8 mil beneficiários em de janeiro de 2011, mês anterior ao início do Saúde Não Tem Preço, para 1,7 milhão em setembro deste ano. Ao longo do período, já foram 5,7 milhões de diabéticos que recorreram às unidades próprias do Farmácia Popular e às drogarias privadas conveniadas ao Aqui Tem Farmácia Popular para obter o tratamento gratuitamente.

A expansão do acesso aos medicamentos contribuiu decisivamente para evitar uma escalada no número de complicações da doença. O número de brasileiros internados pela doença nos hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) caiu 17,4% – de 172,1 mil, em 2010, para 142,1 mil, em 2012. Com isso, a taxa de pacientes internados teve redução de 19%, de 90,26 internações para cada 100 mil habitantes para 73,3 atendimentos hospitalares a cada 100 mil.

Expansão do diabetes – Pelo Vigitel 2012, o diabetes é mais comum em mulheres (8,1%) do que em homens (6,5%). O estudo revela também a educação é um fator importante de prevenção: 3,8% dos brasileiros com mais de 12 anos de estudo declararam ser diabéticos, enquanto 12,1% dos que têm até oito anos de escolaridade dizem ter a doença.

O crescimento ocorreu em todas as faixas etárias, porém na faixa de 35 a 44 anos o aumento foi mais significativo: 26,6% de 2006 a 2012. No ano passado, o percentual de pessoas nessa faixa etária, que declararam ter diabetes, foi de 3,9%, enquanto em 2006 o dado foi 2,9%. Outra faixa etária de destaque foi a de 65 anos e mais que passou de 19,2% para 22,9%, de 2006 a 2012, respectivamente.

O Vigitel 2012 coletou dados nas 26 capitais e no Distrito Federal, ouvindo 45.448 pessoas. A capital com maior percentual de diabéticos é São Paulo (9,3%), seguido de Curitiba (8,4%), Natal (8%) e Porto Alegre (8%0). Os menores índices estão em Palmas (4,3), Macapá (4,9), Manaus (4,9%) e Porto Velho (5,0%).

Academia da Saúde – Para estimular a prática de exercícios físicos nas cidades brasileiras, o Ministério da Saúde incentiva municípios a implantar de polos com infraestrutura, equipamentos e quadro de pessoal qualificado para a orientação de práticas corporais e atividade física e de lazer e modos de vida saudáveis. Atualmente,308 academias já foram concluídas, um total de 2.866 projetos previstos para beneficiar a população de 2.259 municípios. Já foram repassados R$ 173 milhões.

Nos polos, os participantes têm acesso a práticas corporais e atividade física com orientação, promoção de atividades de segurança alimentar e nutricional, promoção da alimentação saudável; práticas artísticas e culturais (teatro, música, pintura e artesanato), práticas integrativas e complementares;educação em saúde; mobilização da comunidade.

Sobre a doença – A diabetes é uma doença crônica resultante do desequilíbrio dos níveis de glicose no sangue. Isso ocorre quando o pâncreas não consegue produzir insulina suficiente (diabetes tipo 1) ou quando a insulina produzida pelo pâncreas não age adequadamente nas células devido a uma resistência do corpo à ação dela (diabetes tipo 2). Quando um destes problemas com a insulina ocorre, a glicose deixa de ser absorvida pelas células, o que provoca a elevação dos níveis de glicose no sangue.

A principal característica da diabetes é a hiperglicemia (elevação dos níveis de glicose no sangue), que pode se manifestar por sintomas como poliúria (excesso de urina), polidipsia (sede aumentada), perda de peso, polifagia (fome aumentada) e visão turva. Esses sinais e sintomas são mais evidentes no diabetes tipo 1. O diabetes tipo 2 em geral é mais “silencioso” e é mais comum na faixa etária dos adultos.

 

Práticas corporais ajudam nos níveis de saúde da população

Dados de uma pesquisa de mestrado desenvolvida na Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP mostram que o alinhamento das práticas corporais com os atendimentos clínicos realizados nos serviços médicos aparece como uma estratégia de cuidado para ampliar os níveis de saúde da população. A ideia foi comprovada a partir de um grupo experimental, de pacientes atendidos no Centro de Saúde Escola (CSE) Geraldo Horácio de Paula Souza, da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, que executou atividades orientadas por um profissional de educação física.

O projeto se baseou na teoria da “Clínica Ampliada e Compartilhada”, do professor Gastão Campos, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que propõe discussões sobre outras maneiras de pensar as ações de promoção de saúde. “Essa teoria traz uma nova forma de compor o processo de trabalho, alterando os objetos e os objetivos dos profissionais de saúde, propondo a incorporação de outros meios de intervenção que não apenas os tradicionais protocolos para qualificar suas práticas”, afirma Valéria Monteiro Mendes, professora de educação física e autora do estudo.

Na investigação desenvolvida no centro de saúde escola Geraldo de Paula Souza, a proposta foi experimentar os conceitos da teoria na tentativa de auxiliar a composição do trabalho do profissional de educação física na área de saúde. O projeto buscou contribuir para uma atuação mais coerente desses profissionais com base nos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e no atendimento das necessidades de saúde das pessoas. “A ideia era discutir como podemos trabalhar com a comunidade de uma maneira fundamentada”, explica a pesquisadora.

Um grupo de práticas corporais foi formado por Valéria para experimentar os conceitos da teoria da “Clínica Ampliada”. Ao todo, 51 pessoas atendidas no centro de saúde fizeram parte do grupo. Nos encontros, os participantes realizavam atividades como massagens, práticas de dança e discussões de orientação para o cuidado com o corpo. “Diferentemente do que observamos nos programas de atividade física que são desenvolvidos atualmente na atenção básica, em que tudo é fragmentado e dividido em grupos muito específicos, formamos um grupo aberto e não segmentado por idade, gênero, doença, que trabalha na lógica das práticas corporais e que pensa outras possibilidades de trabalhar o corpo”. Dessa forma, a pluralidade dentro do grupo garantia uma grande quantidade de experiências diferentes que podiam ser compartilhadas, incluindo diferentes práticas de dança, orientações de cuidado com a postura e rodas de conversa sobre alimentação, vacinação e sexualidade.

Para a pesquisadora, os resultados do estudo aparecem na forma de processo. Alguns participantes do grupo de práticas corporais se mobilizaram para a realização de encontros em dias que o grupo não tinha atividades e se apropriaram de outros espaços. “Visitávamos espaços públicos com o grupo, como parques, praças e avenidas, e algumas pessoas passaram a se reunir para visitar esses locais por conta própria e sem a minha participação. Isso reflete o sentido do profissional trabalhar nesse serviço com a ideia de construção de vínculos, bem como de ações mais autônomas por parte da população”.

Trabalho conjunto
Os pontos positivos observados com as práticas corporais refletem a relevância do trabalho do profissional de educação física no contexto do SUS. Valéria destaca que esse profissional pode realizar atividades de forma conjunta com o conhecimento de outros trabalhadores do serviço de saúde, ampliando a forma de pensar o atendimento de acordo com as necessidades de saúde das pessoas. “A partir do contato com o SUS e de algumas questões sobre a minha formação, que esteve mais voltada para a técnica e menos para o sujeito, eu me questionei se haveria algum papel dentro dos centros de saúde para a educação física tal como havia, por exemplo, para fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos”.

Ela comenta que os resultados revelaram que a principal contribuição do trabalho do profissional de educação física está na possibilidade dele pensar o trabalho em saúde de uma maneira crítica por meio da ênfase no trabalho em equipe, bem como aprender sobre formas de fazer uma ponte entre o individual e o coletivo no dia a dia do trabalho, mostrando a importância do profissional reconhecer a discussão política que envolve o trabalho em saúde.

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Mais informações: valeriamm@usp.br, com Valéria Mendes