Publicados na revista científica The New England Journal of Medicine, os resultados de um ensaio clínico randomizado (RCT, sigla em inglês) apontaram uma redução de 77% dos casos de dengue nas áreas que receberam o mosquito Aedes aegypti com Wolbachia, em Yogyakarta, na Indonésia. Trata-se da mesma técnica utilizada no Brasil pelo Método Wolbachia, iniciativa conduzida no país pela Fiocruz.
O estudo também revela redução de 86% das hospitalizações nas áreas tratadas com Wolbachia e a comprovação de que a eficácia do método é equivalente para todos os quatro sorotipos de dengue. “Este resultado demonstra como a Wolbachia pode ser um novo método para o controle da dengue que é seguro, sustentável e eficaz, exatamente o que a comunidade global precisa”, destaca Cameron Simmons, pesquisador da Universidade de Monash, na Austrália, e um dos coordenadores do estudo.
Leia MaisCasos de dengue caíram 77% com o uso do Método Wolbachia
O estudo utilizou o método de teste negativo para analisar e medir a eficácia da Wolbachia (cepa WMel) em reduzir a incidência de casos confirmados de dengue em um período de 27 meses (foto: World Mosquito Program)
Um estudo realizado pelo World Mosquito Program (WMP), da Universidade de Monash, na Austrália, em parceria com a Tahija Foundation e Universidade Gadjah Mada, na Indonésia, apontou redução de 77% na incidência de casos de dengue, virologicamente confirmados, nas áreas onde houve liberação de Aedes aegypti com Wolbachia, em Yogyakarta, na Indonésia, quando comparado com áreas que não receberam o método. Este é o primeiro teste padrão-ouro que mostra a capacidade de redução de casos de dengue através da metodologia do Aedes aegypti com a Wolbachia. No Brasil, a iniciativa é conduzida pela Fiocruz e já apresenta dados preliminares que apontam redução de chikungunya.
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