Elas estão espalhadas por todo o nosso corpo — do cérebro ao fígado —, e atuam liberando moléculas prejudiciais que degradam os tecidos, afetando a cognição, aumentando a fragilidade e enfraquecendo o sistema imunológico. E seu número aumenta à medida que envelhecemos.
Estamos falando das células senescentes, muitas vezes chamadas de “células zumbis”.
Leia Mais‘Comer bem, dormir e fazer exercício é mais eficaz que qualquer remédio anti-idade’, diz Nobel de Química
Envelhecer e morrer, isso acontece com todos nós e também causa medo a (quase) todo mundo.
Mas por que envelhecemos e morremos? É possível retardar a velhice ou mesmo alcançar a imortalidade?
Leia MaisO efeito sobre o cérebro de soneca durante o dia, segundo ciência
Encontrar um tempo para uma soneca todos os dias é bom para o nosso cérebro e ajuda a mantê-lo maior por mais tempo, dizem pesquisadores da Universidade College London, no Reino Unido.
A equipe mostrou que os cérebros dos indivíduos que cochilam regularmente é 15 centímetros cúbicos maiores — o que é equivalente a retardar o envelhecimento entre três e seis anos.
Leia MaisEspecialistas alertam para “tsunami” de doentes idosos com câncer. Encontro em Chicago reune médicos do mundo inteiro
Com o envelhecimento da população, os serviços de saúde do mundo todo serão atingidos por um “tsunami grisalho” de doentes idosos com câncer, nas próximas duas décadas, alertam oncologistas. Em Chicago, no encontro da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, da sigla em inglês), os especialistas pediram uma ação urgente para aumentar a força de trabalho médica ao alertarem para o fato de que o mundo “não está preparado” para essa explosão.
O tsunami grisalho é uma metáfora usada para descrever o envelhecimento populacional e os impactos econômicos e de saúde associados aos mais velhos. Com o aumento da expectativa média de vida, estima-se que essa cada vez maior população idosa necessitará de cuidados específicos de saúde.
Leia MaisVitamina C, ácido hialurônico e retinol: quão eficazes são contra o envelhecimento da pele, segundo a ciência?
Quais produtos realmente melhoram a aparência da sua pele?
Para aqueles que querem frear a ação do tempo, nem sempre foi tão fácil como é hoje.
Leia MaisDoença pulmonar obstrutiva crônica causa o envelhecimento precoce do sistema imune, sugere estudo
Pesquisa desenvolvida na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e publicada na revista Immunity & Ageing coloca a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) entre as que levam a um envelhecimento precoce do sistema imunológico. O achado pode ser um caminho para explicar o motivo de indivíduos com a doença apresentarem menor resposta a vacinas e serem mais suscetíveis a processos infecciosos, por exemplo.
Os pesquisadores concluíram que pacientes com DPOC apresentam um conjunto de alterações ligadas ao envelhecimento celular, processo chamado de imunossenescência, que afeta os linfócitos T CD4+ e CD8+, prejudicando a resposta imunológica.
Leia MaisMês do idoso: pesquisadora analisa o envelhecimento no Brasil
“Envelhecer no Brasil é muito perigoso”. Em comemoração a mais um Dia Mundial do Idoso (1º de outubro) e ao mês do Idoso, essa é a triste constatação da socióloga Dalia Romero, mestre em Demografia, doutora em Saúde Pública e chefe do Laboratório de Informação em Saúde (LIS) do Instituto de Comunicação e Informação Científica em Saúde (Icict/Fiocruz). E essa conclusão surge a partir de pesquisas e seminários com foco no envelhecimento e saúde do idoso, realizados desde há décadas.
“Cada vez mais, o envelhecimento vai chegar mais cedo no Brasil, devido à grande perda que temos em qualidade de vida em geral, que já vem de antes da pandemia”, comenta Dalia, lembrando que há dois anos, em 2019 – bem antes da chegada Covid-19, portanto – já eram sentidos os indicadores de uma perda da qualidade de vida para as pessoas idosas.
Leia MaisCurta da VideoSaúde concorre na mostra competitiva VerOuvindo
Um retrato delicado, lírico, fruto de projeto de pesquisa sobre as percepções do idoso a respeito do processo de envelhecimento, o documentário A beleza do crepúsculo, que integra o acervo da VideoSaúde e o catálogo do selo Fiocruz Vídeo, foi selecionado para o 6º VerOuvindo – Festival de Filmes com Acessibilidade Comunicacional do Recife. O evento é considerado uma das principais mostras sobre acessibilidade do Brasil e foi vencedora do Primeiro Concurso de Boas Práticas da Sociedade Civil do Mercosul em Acessibilidade Audiovisual (2018). A beleza do crepúsculo concorre na mostra competitiva do VerOuvindo, entre os dias 10 e 15 de novembro, em duas categorias: documentário com audiodescrição e documentário com tradução em Libras.
O filme retrata a vida de alguns dos moradores do Morro do Dendê, Rio de Janeiro, onde falam sobre o envelhecimento, compartilham suas perspectivas sobre vida e morte, suas saudades, alegrias e memórias. Um convite à reflexão acerca da complexidade e subjetividade do envelhecimento. Dirigido por Raíssa Cardoso e Jonas Feitosa, teve como ponto de partida a pesquisa acadêmica Percepções do idoso domiciliado sobre seu processo de envelhecimento, realizada pelo Programa de Residência de Família e Comunidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz).
Leia Mais98% dos idosos não conseguem atravessar a rua no tempo dos semáforos
Estudo destaca que mudanças simples garantiriam mobilidade e maior autonomia para a população de idosos em São Paulo
Poucos metros separam uma calçada da outra. Mas, quando o sinal verde autoriza a travessia de pedestres, cruzar a rua pode se tornar uma façanha, principalmente para as pessoas com mais de 60 anos: o luminoso com o bonequinho vermelho começa a piscar antes que eles cheguem com segurança ao outro lado da calçada.
Leia MaisLançado arquivo on-line que reúne variações genéticas dos brasileiros
Banco de dados com 1,2 milhão de variantes genômicas mapeia a variabilidade existente no Brasil, auxiliando estudos sobre herança genética, envelhecimento e origem de doenças
Dados sobre variações genéticas de populações brasileiras acabam de ser disponibilizados no site do projeto Arquivo Brasileiro Online de Mutações (ABraOM), desenvolvido pelo Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) do Instituto de Biociências (IB) da USP. O objetivo do ABraOM, que reúne mais de 1,2 milhão de variantes genômicas, é mapear a variabilidade existente no Brasil, o que ajudará em estudos sobre herança genética, envelhecimento e origem de doenças. O projeto foi apresentado pelos pesquisadores Guilherme Yamamoto e Michel Naslavsky no seminário BIPMED: One Year And Forward, realizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) em 10 de novembro.
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