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Reciclagem traz ganho ambiental, mas desgasta saúde

Eles trabalham de sol a sol a procura de papelão, garrafa pet. Buscam um emprego menos perigoso, dentro de uma cooperativa, mas temem que a renda diminua. Querem que a importância da reciclagem se sobressaia à invisibilidade social enfrentada. Dentro deste cenário estão os catadores de materiais recicláveis, que foram alvo de um estudo realizado pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP. Os resultados apontam que eles sofrem com problemas osteomusculares, ansiedade, estresse e complicações derivadas de acidentes de trabalho. Além dos problemas de saúde, estão entre os principais desafios da classe o improviso de instrumentos de trabalho e a obtenção de melhores recursos financeiros.

Na pesquisa, realizada entre os meses de maio e dezembro de 2013, a enfermeira Tanyse Galon entrevistou um grupo de 23 catadores autônomos de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. “Com 10 deles trabalhamos com fotografias, a fim de discutir o seu cotidiano de trabalho e condições de saúde.”

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Homens alcoolizados causam mais acidentes no trânsito

Pesquisa realizada na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP aponta que 92% dos acidentes de trânsito, envolvendo consumo de bebidas alcoólicas são causados por homens, de baixa renda (79,3%), e baixa escolaridade (52,4%).

Para a pesquisadora Carla Andrea Gondim Lemos, a prevalência do sexo masculino entre as vítimas de acidentes de trânsito, principalmente aqueles que envolvem álcool, “é fruto da cultura brasileira, pois os homens apresentam comportamento mais arriscado no trânsito e consumo habitual de álcool mais frequente que as mulheres”.

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Cuidador informal sofre com sobrecarga física e emocional

A maior parte dos cuidadores informais de idosos é composta por mulheres e elas sofrem com acúmulo de atividades, como tarefas do lar e a função de cuidar. É o que mostra pesquisa realizada na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP. O estudo também constatou que quanto maior a sobrecarga do cuidador, maiores são os sintomas de ansiedade e depressão observados.

As informações fazem parte da tese de doutorado Validação de Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal, realizada pela enfermeira Edilene Araújo Monteiro, com orientação da professora da EERP Rosana Aparecida Spadoti Dantas.

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Violência cometida por parceiro afeta 17,6% de gestantes

Pesquisa aponta que 17,6% das gestantes de Ribeirão Preto sofreram Violência por Parceiro Íntimo (VPI) na gestação e que as chances delas apresentarem pensamentos suicidas são 6,29 vezes maiores do que as que não passaram por esse transtorno. Os resultados do estudo, realizado pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, também mostram que as grávidas que foram violentadas fisicamente, psicologicamente ou sexualmente por seus parceiros têm 4,43 vezes mais chances de apresentar sintomas depressivos, e 5,25 vezes de apresentar indícios de transtorno de estresse pós-traumático.

Segundo a pesquisadora Mariana de Oliveira Fonseca-Machado, a prevalência do pensamento suicida durante a gestação foi de 7,8%. “O suicídio e as lesões autoinflingidas estão entre as principais causas de morte e incapacidade das mulheres durante a gravidez. Isso ocorre, especialmente em países em desenvolvimento, devido às normas e aos valores socioculturais, como, por exemplo, a desigualdade de gênero”, diz Mariana.

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Transplante de fígado requer didática da equipe de saúde

Pesquisa realizada na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP aponta necessidade dos profissionais de enfermagem assumirem o papel de educadores de transplantados de fígado. O objetivo, segundo o estudo, é o de suprir a falta de informação dos pacientes que realizaram esse tipo de transplante.

Para a pesquisadora, enfermeira Luciana da Costa Ziviani, esta cirurgia envolve procedimentos os mais complexos da medicina moderna. Por isso, adianta ela, requer uma posição diferente dos profissionais da saúde. “É preciso desenvolver estratégias de ensino-aprendizagem voltadas ao receptor do órgão” uma vez que o paciente sofre modificações significativas em seu comportamento e estilo de vida.

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Câncer infantojuvenil compromete orçamento familiar

Estudo na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP apontou que o orçamento das famílias diante do cuidado de seus filhos com câncer fica comprometido e que o apoio social fornecido por familiares, amigos e vizinhos é fundamental para o tratamento. Esse drama é relatado por uma das mães entrevistadas: “Não vou te falar que eu passei fome, porque eu tive gente para me ajudar”. Com a pesquisa, a autora Amanda Rossi Marques-Camargo, conclui que são necessárias políticas públicas que atendam as particularidades do câncer, seja ele infantil ou em adultos.

“Mesmo com os auxílios disponíveis aos pacientes com doenças crônicas, a condição do câncer possui particularidades e deve ser visto de forma especial. Aspectos como a baixa imunidade, características do tratamento e custos familiares devem ser levados em conta na elaboração e aperfeiçoamento das políticas públicas”, afirma. Ainda, segundo Amanda, o apoio formal, aquele dado pelos órgãos públicos, não contempla as particularidades do câncer infantil e que não há iniciativas de proteção social específicas para as condições dos pacientes com câncer infantojuvenil.

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Adversários na luta contra a hipertensão

A população em geral sabe que aspectos emocionais influenciam na saúde física, mas não tem conhecimento de que sentimentos como ansiedade e estresse diminuem a adesão ao tratamento de hipertensão. Esse e outros fatores que comprometem a terapia foram evidenciados numa dissertação de mestrado desenvolvida na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP.
Segundo o autor da dissertação, enfermeiro André Almeida de Moura, além dos sentimentos já citados, a dificuldade de adaptação a um novo estilo de vida e o apoio familiar são decisivos no tratamento da hipertensão arterial. “42% dos entrevistados não conseguem acompanhar o ritmo de dietas e exercícios físicos, que são essenciais para o controle da pressão, e cerca de 13% percebe que a família não está colaborando com o tratamento.”

Realizado na cidade de Santa Helena de Goiás (GO), o estudo de Moura avaliou 138 pacientes atendidos em seis unidades de saúde do município. “Com 100% de cobertura, foi possível detectar que, mesmo com todos os remédios e ferramentas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a adesão ainda era muito baixa”, conta o pesquisador.
Com a coleta de dados realizada entre novembro de 2012 e abril de 2013, o estudo aponta que apenas 21% dos participantes aderiram ao tratamento medicamentoso e 15,9% cumpriam as recomendações médicas que, de acordo com o enfermeiro, eram a alimentação balanceada, prática de exercícios físicos e exclusão de bebidas alcoólicas e tabaco.

Contribuição –
De acordo com a pesquisa, que traçou o perfil das pessoas que sofrem com hipertensão na cidade goiana, a maioria dos hipertensos (65,9%) era composta por mulheres com idade média de 60 anos. “Podemos afirmar que o sexo feminino foi prevalente devido às atividades e responsabilidades que as mulheres possuem, seja na vida profissional ou como mãe ou avó”, diz o enfermeiro.

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Aspectos emocionais afetam tratamento da hipertensão

Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP aponta que a população em geral sabe que aspectos emocionais influenciam na saúde física, mas não tem conhecimento que sentimentos como ansiedade e estresse diminuem a adesão ao tratamento de hipertensão. O estudo também aponta que apoio familiar e dificuldade de adaptação a dietas e exercícios são barreiras. Esse e outros fatores que comprometem a terapia foram evidenciados no trabalho do pesquisador André Almeida de Moura.

De acordo com Moura, além dos sentimentos já citados, a dificuldade de adaptação a um novo estilo de vida e o apoio familiar são decisivos no tratamento da hipertensão arterial. “Entre os entrevistados, 42% não conseguem acompanhar o ritmo de dietas e exercícios físicos, que são essenciais para o controle da pressão, e cerca de 13% percebe que a família não está colaborando com o tratamento.”

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Dores osteomusculares são reduzidas com Isostretching

Com a aplicação do Isostretching, método francês de alongamento e fortalecimento de músculos, pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP reduziu as dores osteomusculares de funcionários do campus de  Ribeirão Preto da USP. No estudo da fisioterapeuta Fabiana Taubert de Freitas foram aplicadas 20 sessões de Isostretching e as queixas de dores diminuíram cerca de 20%.

“A intervenção fisioterapêutica diminuiu significativamente as queixas de dores na coluna vertebral e membros superiores, além da redução da fadiga e aumento da flexibilidade dos trabalhadores”, conta Fabiana. De acordo com a fisioterapeuta, 66,7% dos funcionários relataram dores na coluna vertebral no começo do estudo, sendo 80% delas na região lombar. “Com o Isostretching, a presença da dor foi reduzida para 64%.”

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Acupuntura no SUS sofre com falta de oferta e documentação

Pesquisa realizada na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP analisou a implantação da acupuntura no SUS e detectou que, apesar dos avanços, a falta de oferta do serviço ainda é um problema.  “Isso pode comprometer a consolidação e ampliação da acupuntura nos serviços públicos, como na atenção básica”, alerta a pesquisadora e acupunturista Leandra Sousa.

Os resultados são frutos de análises dos documentos, de 2001 a 2011, do Departamento Regional de Saúde XIII (DRS) do Estado de São Paulo — região de Ribeirão Preto, atrelados a entrevistas com gestores da área da saúde. “A acupuntura foi inserida há nove anos no SUS e, apesar do tempo, existem poucos documentos relacionados à prática”, conta Leandra.

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