Publicado em junho 11, 2014 por gizele
“Jacarezinho, Complexo do Alemão e Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, podem ser considerados como potenciais áreas de alto risco para o desenvolvimento de doenças infecciosas de veiculação hídrica. Isto se deve, principalmente, às condições socioeconômicas precárias em que as populações se encontram, a fragilidade destas áreas diante de eventos climatológicos extremos e a falta de equidade social no âmbito da saúde.” Os dados são da aluna do mestrado acadêmico em Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Juliana Viana. O estudo analisou 11 Regiões Administrativas (RAs) inseridas na área de influência da Estação de Tratamento de Esgoto Alegria (ETE/Alegria). A pesquisa destacou ainda a Região Administrativa de Ramos como de alto risco para o desenvolvimento de doenças infecciosas. Neste caso, o Índice de Sensibilidade ao Risco (ISR) recebe influência principalmente do indicador epidemiológico, com destaque para o risco extremo associado ao número de casos de esquistossomose e leptospirose.
“No município do Rio de Janeiro, independente dos cenários das mudanças climáticas, o setor de saneamento encontra enormes desafios para universalização dos serviços e manutenção de padrões aceitáveis de qualidade, incluindo o atendimento das Metas do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU). Os sistemas de esgotamento sanitário são bons exemplos dessa dificuldade encontrada”, explicou a aluna. Segundo ela, a grandiosidade da escala dos sistemas de coleta e tratamento implantados, a falta de recursos necessários à sua operação e manutenção adequadas e as dificuldades decorrentes das alternativas tecnológicas adotadas associadas às especificidades da cidade, resultaram em enorme complexidade e vulnerabilidade, na gestão das águas urbanas.
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