A diretora do Centro Washington de Pesquisa e Controle do Peso, Domenica Rubino diz que tem se sentido frustrada nos últimos três anos com o aumento da percepção de que os medicamentos que promovem a perda de peso – como o Ozempic e Wegovy, da Novo Nordisk, e o Mounjaro, da Eli Lilly – seriam curas permanentes da obesidade.
“A obesidade não é como uma infecção, quando você toma antibióticos e pronto”, suspira ela. “Ela não é diferente da hipertensão, do diabetes ou das muitas outras doenças crônicas que enfrentamos. Você precisa de medicamentos de uso contínuo.”
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Mais da metade dos brasileiros têm excesso de peso, aponta estudo. Taxa chega a 68,5% na faixa etária com idade entre 45 e 54 anos
Estudo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceria com a organização global de saúde pública Vital Strategies alerta que, atualmente, 56,8% dos brasileiros está com excesso de peso. O percentual representa a soma das pessoas com sobrepeso e com obesidade, ou seja, com índice de massa corporal (IMC) igual ou acima de 25. A taxa chega a 68,5% na faixa etária com idade entre 45 e 54 anos e a 40,3% entre os mais jovens, com 18 a 24 anos.
Além disso, 10,3% da população têm diagnóstico médico de diabetes. Os grupos mais afetados são pessoas com 65 anos ou mais (26,2%) e pessoas com até oito anos de escolaridade (15,7%). Quando se trata de hipertensão arterial, 26,6% dos brasileiros receberam o diagnóstico, com maiores prevalências entre mulheres (30,8%), idosos com mais de 65 anos (62,5%) e aqueles com até oito anos de escolaridade (38%). Entre os mais escolarizados, a prevalência cai para menos da metade (15,6%).
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Estudo de células do sistema nervoso pode ajudar a desvendar doenças degenerativas
Efeito do envelhecimento na micróglia, célula do sistema nervoso central, pode elucidar evolução de doenças degenerativas
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Estudo mostra que a micróglia humana tem muitos genes com expressão diferente da micróglia de camundongos, usada em estudos de doenças como Alzheimer. Trabalho foi publicado na Nature Neuroscience (imagem: micróglia humana (células em marrom)
Micróglia é um tipo de célula do sistema nervoso central com função similar à dos glóbulos brancos na corrente sanguínea. As micróglias fazem a vigilância ativa do tecido cerebral e da medula.
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Produção em hortas domésticas é alternativa contra a má alimentação
O Ministério da Saúde alerta que os brasileiros têm sofrido com doenças crônicas – que são aquelas adquiridas muitas vezes por maus hábitos. Muitas dessas complicações, como hipertensão, doenças do coração e alguns tipos de câncer são decorrentes dá má alimentação. Essas patologias, que antes eram mais comuns em pessoas idosas, agora acometem também os jovens e até as crianças. O Brasil está obeso – 23% da população – porque os brasileiros têm trocado a alimentação com base em alimentos in natura por comida processada, industrial. A Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2013, mostra que esse hábito tem começado cedo. Ao todo, 60,8% das crianças menores de dois anos comem bolachas recheadas com frequência. No Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo Ministério da Saúde, a população encontra diretrizes e orientações sobre a importância da nutrição: como e o que devemos consumir.
A Coordenação de Alimentação de Nutrição do Ministério da Saúde entende que, no cotidiano cada vez mais corrido, é mais fácil se alimentar de produtos prontos, industrializados, ultraprocessados. Entretanto, esse caminho mais fácil pode ter resultados irreversíveis para a saúde. “Isso é o nosso grande desafio: convencer a população a preferir os alimentos naturais e a buscá-los no seu dia-a-dia.”, destacou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
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A melhor opção é escolher não exagerar no sal
São tantas as opções atualmente e tantas informações sobre benefícios e malefícios do sal que fica até difícil saber o que levar para casa. Tem gente que usa o sal rosa do Himalaia. Há ainda quem diga que prefere o sal light e sal rosa juntos, afirmando que o light tem menor teor de sódio e o rosa, mais minerais.
Para a costureira Kaline Burlamaque, de 32 anos, o sal refinado é a melhor opção já que, segundo ela, cabe no orçamento da família. Já a nutricionista Leiliane Xavier, de 32 anos, usa a mesma opção de compra, mas escolheu uma alternativa para deixar as preparações em casa mais saborosas e saudáveis. “Eu uso sal de ervas caseiro! Mais saudável já que reduz o teor de cloreto de sódio para temperar e dar sabor aos alimentos”, defende.
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Escolhas alimentares saudáveis aumentam a qualidade de vida
Evidências crescentes têm demonstrado que as doenças crônicas não transmissíveis são influenciadas pela alimentação incorreta, caracterizada pelo consumo frequente de álcool e alimentos com alto teor de gorduras, sal, açúcar, e pela inadequação da prática regular de atividade física.
Os princípios de uma alimentação adequada e saudável pressupõem o consumo diário de uma variedade de alimentos in natura e minimamente processados (como cereais e tubérculos, feijões, frutas, verduras e legumes, carnes) de forma que a alimentação consiga fornecer água, carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, fibras e minerais, para o bom funcionamento do organismo.
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Doenças Crônicas não transmissíveis – Asma
Centenas de milhões de pessoas de todas as idades sofrem com doenças crônicas e de alergias respiratórias em todos os países do mundo e mais de 500 milhões delas vivem em países em desenvolvimento. Elas afetam a qualidade de vida das pessoas, interferindo no período produtivo de suas vidas, podendo causar prejuízos pelo absenteísmo ao trabalho e à escola.
A asma é uma destas doenças que são um problema de saúde pública por afetar parcela significativa da população, principalmente crianças. Para quem sofre de asma, é preciso cuidados especiais nos meses mais frios do ano e nos períodos de seca, quando os sintomas podem se agravar. A asma é caracterizada pela inflamação das vias aéreas inferiores quando a pessoa é exposta a estímulos, como ar frio e seco, alterações climáticas, poeira, fumaça de cigarro e mofo, por exemplo. Mas o quadro asmático pode ser reversível espontaneamente ou com tratamento.
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Acompanhamento leva qualidade de vida a doente crônico
Doenças crônicas sempre estarão presentes na vida de algumas pessoas. No campus de Ribeirão Preto da USP, o Grupo de Investigação em Reabilitação e Qualidade de Vida está propondo uma forma educativa de acompanhamento dessa população que envolve técnicas simples e baratas, como ligações telefônicas. Os resultados garantem melhor qualidade de vida aos pacientes.
O Grupo é formado por pesquisadores da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, da Faculdade de Enfermagem da Unicamp e da Universidade de Washington, de Seattle, EUA. Eles participam de um estudo sobre “o efeito de uma intervenção educativa voltada para o autocuidado com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas”.
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Número de pessoas com diabetes aumenta 40% em seis anos
No Dia Mundial do Diabetes, comemorado nesta quinta-feira (14), o Ministério da Saúde divulga dados inéditos sobre a doença no Brasil e revela que o número de casos está crescendo. A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2012) revelou um aumento de 40% entre 2006, primeiro ano do levantamento, e ano passado. O percentual de pessoas que se declararam diabéticas passou de 5,3% para 7,4% no período.
O avanço da diabetes está relacionado ao excesso de peso, à falta de exercícios físicos, à má alimentação e o envelhecimento da população. O Vigitel aponta que 75% do grupo de brasileiros convivendo com a diabetes estão acima do peso. Em 2012, pela primeira vez na história o número de pessoas com sobrepeso superou a metade da população, chegando a 51%.
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