Tag Archives: Desenvolvimento Sustentável

Mudanças climáticas no Brasil devem trazer prejuízo e pobreza

Secas mais intensas, prejuízo na agricultura, diminuição do pescado, reformulação da matriz energética – esses são alguns dos impactos que as mudanças climáticas devem gerar no Brasil. E os mais afetados serão os brasileiros de classes econômicas menos favorecidas.

Esse é o cenário descrito no sumário executivo do Grupo de Trabalho 2 (GT2) do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), divulgado sexta-feira (25/10) na Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), no Rio de Janeiro. O documento aborda os impactos das mudanças climáticas nos sistemas naturais e socioeconômicos, bem como suas consequências, além de opções de adaptação ao novo cenário.

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Seminário apoiará implantação de agendas sociais na Bocaina

Uma pesquisa coordenada pela Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) fomentará a implantação local das agendas sociais – Agenda 21 e Cidades Saudáveis – como ação estratégica fundamental para diminuir as iniquidades e promover o desenvolvimento sustentável nas comunidades tradicionais que compõem o Mosaico da Bocaina, na região da Costa Verde do Estado do Rio de Janeiro, onde estão municípios como Angra dos Reis e Paraty. A região, que integra o Corredor da Biodiversidade da Serra do Mar, uma área prioritária para conservação, está ameaçada no mais alto grau, contendo pelo menos 1,5 mil espécies endêmicas de plantas. Além disso, estima-se que se tenha perdido cerca de 80% de sua vegetação original, a Mata Atlântica. Para apoiar a implementação das agendas, a Fiocruz, por meio do Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis do Mosaico Bocaina, realizará o seminário Territórios sustentáveis e saudáveis do Mosaico Bocaina, no dia 9 de outubro, às 9h, na Ensp.

 

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Princípios do SUS podem nortear agenda pós-2015

O objetivo abrangente de saúde deve maximizar vidas saudáveis em todos os estágios da vida. E aí começa o grande confronto com quem diz que a cobertura universal deveria ser objetivo do desenvolvimento sustentável.” O tom crítico da fala do coordenador do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz (Cris), Paulo Buss, durante a aula inaugural da ENSP, na quarta-feira (3/4), foi direcionado aos que defendem que apenas a cobertura universal deve orientar a saúde na Agenda de Desenvolvimento pós-2015. Ele, que convocou estudantes, pesquisadores, professores e toda a comunidade Fiocruz para a defesa de um sistema de saúde universal, equitativo, integral e de qualidade, revelou que a Fundação pode se associar à Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável como um centro de apoio

Com o tema Saúde na Agenda do Desenvolvimento pós-2015: desafios nacionais e globais, o ex-presidente da Fiocruz esmiuçou o documento resultante da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (CNUDS), a Rio+20, intitulado “O Futuro que Queremos”. Além disso, defendeu que não se assegura desenvolvimento sustentável sem a garantia de uma população saudável. “Temos presente, na nossa visão de sociedade, que saúde e desenvolvimento estão conectados. Uma população mais saudável contribuirá para o desenvolvimento, da mesma forma que populações menos saudáveis terão dificuldade em crescer economicamente e progredir. Sem a preocupação com a saúde, o desenvolvimento será pífio. Não terá sentido se não contribuir para o bem-estar, qualidade de vida e saúde”, afirmou Buss, exemplificando algumas das diversas evidências sobre a relação entre os campos.
Conforme mencionado pelo palestrante, o relatório oficial da Rio+20 inclui a dimensão da saúde como um importante componente. A declaração reconhece que “a saúde é uma precondição para, um resultado de, e um indicador de todas as três dimensões (econômica, ambiental e social) do desenvolvimento sustentável”.  O documento traz nove parágrafos sobre o tema e, segundo Paulo Buss, será um orientador do processo de elaboração da Agenda de Desenvolvimento das Nações Unidas pós-2015, pois reconhece a importância de estabelecer Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), que devem ser coerentes e integrados à agenda.
Para embasar a construção da Agenda de Desenvolvimento pós-2015, foi criado, em julho de 2012, pelo secretário-geral das Nações Unidas, um Painel de Alto Nível na intenção de assessorar o estabelecimento de um marco de referência à sua construção. De acordo com Buss, o painel irá apresentar seu relatório ao secretário-geral em setembro de 2013. O intuito é avaliar o progresso com relação aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) e discutir as opções para o pós-2015. As 11 consultas temáticas são as seguintes: desigualdades, governança, saúde, sustentabilidade ambiental, dinâmica populacional, água, crescimento e desenvolvimento, conflito e fragilidade, segurança alimentar e nutricional, educação e energia.
No caso da consulta para a saúde, o processo está sendo liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em colaboração com os governos da Suécia e Botsuana. Os objetivos dessa consulta temática são três: avaliar os avanços e as lições aprendidas com os ODMs relacionados com saúde; discutir o posicionamento da saúde no marco de referência para a Agenda de Desenvolvimento pós-2015; e propor objetivos e metas de saúde para essa agenda, incluindo recomendações para sua implementação, medida e monitoramento.

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A insustentabilidade ambiental em debate no Centro de Estudos da ENSP/Fiocruz

Governança global do desenvolvimento, governança ambiental global, suas consequências, projeções e previsões. Esses foram os temas norteadores da palestra Desgovernança e sustentabilidade, proferida por José Eli da Veiga, professor dos programas de pós-graduação do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (IRI/USP) e do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE). As questões foram discutidas durante a segunda sessão do Centro de Estudos da ENSP (Ceensp) em 2013. O palestrante informou que, desde o seu surgimento, a governança global do desenvolvimento e a governança ambiental global caminham separadamente. E isso, alerta José Eli, gera uma desgovernança sobre o campo.

O tema da palestra Desgovernança e sustentabilidade também é o título novo livro de José Eli, que deverá ser lançado em maio. De acordo com o autor, o livro terá basicamente quatro capítulos e outros complementos para elucidação dos leitores.

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