O Distúrbio Específico de Linguagem (DEL), que atinge 5 em cada 100 crianças, é o foco das pesquisas que a professora Débora Maria Befi-Lopes, da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) desenvolve no Núcleo de Avaliação da Fala e Linguagem em Crianças com Distúrbios da Comunicação (SLCD) da USP, do qual é vice-coordenadora. Um dos principais objetivos do estudo é utilizar recursos tecnológicos para entender como acontece o processamento da informação verbal nas crianças com DEL e quais as diferenças em relação àquelas com padrão normal de desenvolvimento linguístico, obtendo dados que servirão de base para a elaboração de programas de reabilitação mais adequados.
Embora muito estudado, ainda não se sabe com precisão o que causa o DEL, em especial porque a questão da linguagem envolve múltiplos fatores, não apenas de caráter biológico, mas socioculturais. Além do DEL, o núcleo estuda também distúrbios de comunicação apresentados por crianças com gagueira e síndrome de Down. Os programas terapêuticos, em geral, melhoram muito o desempenho dessas pessoas, mas um conhecimento mais profundo de como ocorre o processamento da informação pode ajudar a melhorar o diagnóstico, fazer uma intervenção mais precoce e elevar a qualidade da reabilitação.
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