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Casos de dengue este ano superam os de 2023 em cinco estados e no DF. Maior número é do Distrito Federal com 117.588 casos prováveis

Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde mostram que pelo menos cinco estados e o Distrito Federal já acumulam mais casos de dengue nas primeiras semanas de 2024 do que em todo o ano de 2023.

Até esta segunda-feira (4), o Amapá contabilizava 1.950 casos prováveis da doença contra 1.237 no ano passado. No Amazonas, são 8.304 casos prováveis contra 6.450.  Em Goiás, a proporção é de 69.737 casos prováveis contra 69.718. No Rio de Janeiro, são 92.445 casos prováveis contra 49.330. Em Roraima, a proporção é de 299 casos prováveis contra 237. Já o Distrito Federal tem 117.588 casos prováveis contra 38.584 em 2023.

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Apenas 32% do público-alvo tomaram vacina contra dengue no DF. Procura pelo imunizante está abaixo do esperado

Quase 20 dias após o início da vacinação contra a dengue no Distrito Federal, apenas 32% das crianças de 10 e 11 anos foram imunizadas. Dados do governo do Distrito Federal (GDF) mostram que, entre os dias 9 e 27 de fevereiro, foram aplicadas 23.502 doses foram aplicadas. A própria pasta avalia que a procura pelo imunizante está abaixo do esperado.

Os números mostram que, das 71.708 doses recebidas do Ministério da Saúde, ainda há 48.206 doses disponíveis para aplicação em todos os 67 pontos de vacinação do Distrito Federal. “Como todo imunobiológico, a vacina da dengue também tem prazo de validade. Os imunizantes estão válidos até o dia 30 de abril”, destacou o GDF em nota.

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Goiás começa a vacinar adolescentes de 12 a 14 anos contra dengue. Desde o início do ano, estado registrou 31 mortes pela doença

A partir desta sexta-feira (1º), adolescentes de 12, 13 e 14 anos também podem se vacinar contra a dengue em municípios goianos selecionados para a imunização. Até então, apenas crianças de 10 e 11 anos estavam recebendo a dose contra a dengue em Goiás.

Em nota, o governo do estado informou ter distribuído  158.505 doses da vacina para 134 municípios. Até o momento, entretanto, apenas 20.753 crianças foram imunizadas – o equivalente a 13% da população-alvo.

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Anvisa vai priorizar análise de pedidos de registro de repelentes. País registra 991.017 casos prováveis de dengue

Em meio à explosão de casos de dengue no país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que vai priorizar a análise de pedidos de registro de produtos cosméticos do grupo repelentes de insetos. É possível acompanhar a fila de petições de registro e de mudança de registro (pós-registro) no site da agência.

Em nota, a Anvisa informa que a eficácia dos repelentes na prevenção da doença é destacada no manual do Ministério da Saúde para diagnóstico e manejo clínico da dengue.

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Entenda a diferença dos sintomas de dengue e de covid-19. País atravessa período de aumento de casos das duas doenças

Em meio a uma explosão de casos de dengue e o aumento de infecções por covid-19 no Brasil, sintomas como febre, dor de cabeça e mal-estar passaram a assustar e gerar muitas dúvidas. No atual cenário epidemiológico, é importante saber diferenciar os sinais de cada enfermidade.

Em entrevista à Agência Brasil, o infectologista do Serviço de Controle de Infecção do Hospital Albert Einstein, Moacyr Silva Junior, lembrou que, embora igualmente causadas por vírus, dengue e covid-19 são transmitidas de maneiras completamente diferentes. Enquanto a infecção por dengue acontece pela picada do mosquito Aedes aegypti, a infecção por covid-19 se dá por via aérea, por contato próximo a uma pessoa doente, como tosse ou espirro.

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Brasil se aproxima de 1 milhão de casos prováveis de dengue. Entre eles, 55,3% são de mulheres e 44,7% de homens

Desde o início de janeiro, o Brasil já registrou 920.427 casos prováveis de dengue. O país contabiliza ainda 184 mortes confirmadas pela doença e 609 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência da dengue no Brasil, neste momento, é de 453,3 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, divulgados nesta terça-feira (27) pelo do Ministério da Saúde

Entre os casos prováveis, 55,3% são de mulheres e 44,7% de homens. A faixa etária dos 30 aos 39 anos segue respondendo pelo maior número de casos de dengue no país, seguida pelo grupo de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos.

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Entenda por que hemorragia não é o principal sintoma da dengue grave. Termo dengue hemorrágica deixou de ser usado pela OMS em 2009

Popularmente conhecido como dengue hemorrágica, o agravamento da dengue se caracteriza por uma queda acentuada de plaquetas – fragmentos celulares produzidos pela medula óssea que circulam na corrente sanguínea e ajudam o sangue a coagular – e que geralmente leva ao extravasamento grave de plasma. O termo dengue hemorrágica, na verdade, deixou de ser usado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2009, uma vez que a hemorragia, nesses casos, nem sempre está presente.

De acordo com as diretrizes publicadas pela OMS, as autoridades sanitárias atualmente distinguem as infecções basicamente entre dengue e dengue grave. Enquanto os casos de dengue não grave são subdivididos entre pacientes com ou sem sinais de alerta, a dengue grave é definida quando há vazamento de plasma ou de acúmulo de líquidos, levando a choque ou dificuldade respiratória. Pode haver ainda sangramento grave e comprometimento de órgãos como fígado e até mesmo o coração.

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Aedes aegypt

São Paulo abriga os quatro sorotipos do vírus da dengue

Atualmente, na região macropolitana de São Paulo, circulam os quatro sorotipos do vírus da dengue. Isto indica que há hiperendemicidade da doença no Estado de São Paulo. Além disso, já há casos de infecção por dois destes sorotipos ao mesmo tempo, o que pode estar envolvido em manifestações graves da doença. Com esta situação, semelhante ao que acontece na Ásia, o risco de infecção em crianças aumenta. As constatações são de uma pesquisa feita no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, em parceria com a Faculdade de Medicina de Jundiaí, Prefeitura Municipal de Jundiaí, Prefeitura Municipal do Guarujá e um laboratório particular da região.

“É a primeira vez que uma cidade do tamanho de São Paulo enfrenta este tipo de situação. A maior cidade do hemisfério sul agora tem os quatro sorotipos da dengue. Isso não é uma boa notícia”, explica Paolo Zanotto, professor do Departamento de Microbiologia do ICB e um dos coordenadores da pesquisa. O estado de hiperendemicidade ocorre quando existe a cocirculação de todos os sorotipos do vírus em alta prevalência infectando pessoas em uma área. No caso da dengue, hoje cocirculam na região paulista todos os tipos encontrados no País: o DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Esta situação é mais grave quando se dá em áreas populosas, como é o caso de São Paulo.

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Alerta: com chuvas típicas de verão, é tempo de redobrar o combate ao mosquito da dengue

Com as pancadas de chuva que estão chegando ao Rio de Janeiro nesta semana e as altas temperaturas, a população deve redobrar a atenção no combate à dengue. “Esta é uma semana crucial, porque milhares e milhares de ovos de Aedes aegypti que estavam nas casas das pessoas estão se transformando em larvas e, em uma semana, terão se transformado em milhares de mosquitos aptos a transmitir a doença”, alerta o pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) Ricardo Lourenço. “A ação da população é fundamental durante todo o ano, com vistorias semanais em suas casas e quintais. Especialmente nesta semana de início de chuvas a atuação precisa ser intensificada”, afirma o entomologista.

Além de caixas d’água completamente vedadas, Ricardo chama atenção para a vistoria de criadouros menos evidentes, como calhas de chuva, ralos externos, vasilhas de animais, bandejas de ar-condicionado e de geladeiras, vasos sanitários desativados ou pouco usados, entre outros.

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