Tag Archives: Covid-19

Sars-CoV-2: Rede detecta linhagens com potencial de maior transmissibilidade

A Rede Genômica Fiocruz divulgou, nesta segunda-feira (13/6), novos dados a respeito das linhagens e variantes do vírus Sars-CoV-2 no Brasil. Os dados são computados semanalmente na plataforma da Rede com a obtenção de dados da plataforma EpiCoV da Global Initiative on Sharing All Influenza Data (Gisaid), uma plataforma internacional para compartilhamento de dados genômicos dos vírus de influenza e Sars-CoV-2. Os dados se referem ao período de 20 de maio a 2 de junho. A atualização da Rede Genômica Fiocruz informa a caracterização genômica de sete casos confirmados por RT-PCR de coinfecção pelos vírus Sars-CoV-2 e influenza e ainda 69 casos de reinfecção, 48 dos quais associados à reinfecção pela Ômicron. Os novos dados também destacam a substituição da linhagem BA.1 pela linhagem BA.2 e o aumento na detecção entre os meses de maio e junho das linhagens BA.4, BA.5 e BA.2.12.1, que têm características genômicas que podem levar a uma maior transmissibilidade viral.

Até o fechamento desta atualização, a Rede Genômica Fiocruz já produziu e enviou, para as vigilâncias e laboratórios estaduais, um total de 709 relatórios, que continham 45.657 genomas. A produção de genomas foi realizada por 6 das 8 unidades da Fiocruz habilitadas para esta função. Destes genomas, 43.197 foram depositados na base de dados EpiCoV do Gisaid pelas oito unidades de sequenciamento. Esse trabalho é feito pelo Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no Rio de Janeiro, e os laboratórios integrantes da Rede Genômica Fiocruz em outros sete estados (Amazonas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Piauí, Paraná e Pernambuco). Esses oito centros de monitoramento atendem aos 26 estados e ao Distrito Federal.

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Imagem destacada: Elza Fiúza/Agência Brasil

Cientistas usam leite materno para tratar COVID-19 prolongada em paciente com imunodeficiência grave

Mulher é portadora de doença genética que causa desregulação do sistema imune, prejudicando a resposta inflamatória e a produção de anticorpos. Vírus foi eliminado graças à ingestão, durante uma semana, do leite de doadora imunizada contra o SARS-CoV-2. Caso foi relatado na revista Viruses por grupo da Unicamp

Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) recorreram a um método nada convencional para tratar a COVID-19 em uma paciente com uma doença genética rara que torna seu sistema imune incapaz de combater vírus e outros patógenos. Durante uma semana, ela foi orientada a ingerir 30 mililitros de leite materno – de uma doadora vacinada contra o SARS-CoV-2 – a cada três horas. Após esse período, o resultado do teste de RT-PCR – que há mais de 120 dias vinha indicando a presença do RNA viral – finalmente veio negativo.

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Foto destacada: Pixabay

Taxa elevada de enzimas nos pulmões agrava casos de covid-19

Os pesquisadores encontraram uma quantidade muito maior das enzimas metaloproteinases MMP-2 e MMP-3 nos pulmões de pacientes com covid-19 grave ou que foram a óbito pela doença.

A atividade aumentada das metaloproteinases nos pulmões de pessoas com covid-19 – em estado grave ou que foram a óbito – explica o agravamento da doença e também abre perspectivas para novos tratamentos

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4ª onda de covid: como se proteger diante de aumento de casos no Brasil

Os casos de covid-19 voltaram a subir no Brasil. De acordo com as informações do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), o país está atualmente com uma média móvel de 31 mil novos casos por dia. Há pouco mais de um mês, no final de abril, essa taxa estava em 12 mil.

O coronavírus também parece estar por trás da maioria das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nos hospitais brasileiros: segundo o Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), a covid-19 já é motivo de 59,6% das hospitalizações por infecções nas vias aéreas registradas nas últimas semanas.

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Webinar chama atenção para o desafio da Covid longa

O Observatório Covid-19 Fiocruz promoveu, nesta quinta-feira (2/6), o webinar A pandemia de Covid-19 no Brasil – balanços e desafios. O evento integrou as comemorações pelos 122 anos da Fiocruz, completados no último dia 25, e reuniu pesquisadores para debater a situação da pandemia. O encontro abordou questões como a gestão da saúde, a vigilância, a assistência, situações envolvendo populações em favelas e povos indígenas, os trabalhadores da saúde, a comunicação e a informação durante a pandemia, apresentando os esforços da Fiocruz e das instituições públicas no enfrentamento da emergência sanitária.

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Foto destacada: Pexels/Pixabay

Estudo indica que 8% dos atletas desenvolvem sintomas persistentes após contrair a COVID-19

Constatação foi feita por pesquisadores da USP com base na revisão de 43 artigos científicos sobre o tema. Para os autores, achados apontam para a necessidade de uma avaliação criteriosa e personalizada antes do retorno à prática esportiva

Após analisar 43 artigos científicos que descrevem os impactos da COVID-19 em atletas, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) concluíram que, embora a doença seja assintomática ou leve na grande maioria dos casos (94%), algo em torno de 8% dessa população desenvolve sintomas persistentes, que podem afetar o desempenho e até mesmo retardar o retorno aos treinos e competições.

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Síndrome respiratória grave apresenta tendência de alta em 20 capitais. Dados fazem parte do Boletim Infogripe, da Fiocruz

Chega a 20 o número de capitais brasileiras com tendência de aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo o Boletim Infogripe divulgado hoje (26) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A fundação informa que há um sinal contínuo de aumento dos casos de covid-19 em todas as regiões do país. 

A Síndrome Respiratória Aguda Grave pode ser causada pelo SARS-CoV-2 e vem sendo monitorada como parâmetro para acompanhar a pandemia de covid-19 no país desde 2020. Em momentos mais críticos da pandemia, mais de 98% das mortes por SRAG em que havia teste positivo para algum vírus respiratório eram causadas pela covid-19. No boletim de hoje, 48% desses casos de SRAG e 84% dos óbitos atribuídos a casos virais da síndrome estão associados ao SARS-CoV-2, se forem consideradas as últimas quatro semanas.

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Pesquisa da Fiocruz avalia síndrome da Covid longa

Metade das pessoas diagnosticadas com Covid-19 apresentam sequelas que podem perdurar por mais de um ano. Essa é uma das constatações de um estudo longitudinal, desenvolvido pela Fiocruz Minas, que avaliou os efeitos da doença ao longo do tempo. A pesquisa acompanhou, por 14 meses, 646 pacientes que tiveram a infecção e verificou que, desse total, 324, ou seja, 50,2%, tiveram sintomas pós-infecção, caracterizando o que a Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica como Covid longa. O estudo foi publicado na revista Transactions of The Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene

Ao todo, a pesquisa contabilizou 23 sintomas, após o término da infecção aguda. Fadiga, que se caracteriza por cansaço extremo e dificuldade em realizar atividades rotineiras, é a principal queixa entre os pacientes, relatada por 115 pessoas (35,6%). Também entre as sequelas mais mencionadas estão tosse persistente (110; 34,0%), dificuldade para respirar (86; 26,5%), perda do olfato ou paladar (65; 20,1%) e dores de cabeça frequentes (56; 17,3%). Além disso, também chamam a atenção os transtornos mentais, como insônia (26; 8%), ansiedade (23; 7,1%) e tontura (18; 5,6%). Entre os relatos estão ainda sequelas mais graves, como a trombose, diagnosticada em 20 pacientes, ou seja, 6,2% da população monitorada.

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Fiocruz recebe líder técnica da OMS para Covid-19 e delegações da Opas e do Ministério da Saúde

As comitivas da OMS, da Opas e do MS estiveram em laboratórios e participaram de reuniões na Fiocruz (Foto: Peter Ilicciev)

Em visita à Fiocruz na última sexta-feira (6/5), a líder técnica da Organização Mundial de Saúde para Covid-19, Maria Van Kerkhove, debateu os aprendizados e os desafios para manter os investimentos voltados para a pandemia para possíveis novas emergências sanitárias. Após conhecer mais sobre a atuação da Fundação e visitar o Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o Centro Hospitalar do Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz) e a Unidade de apoio diagnóstico (Unadig), a epidemiologista reforçou a relação de cooperação da instituição com a OMS e diz ter constatado a capacidade da Fiocruz de continuar seu trabalho de pesquisa, assistência e vigilância para além da pandemia de Sars-CoV-2. No sábado (7/5), a executiva da OMS visitou a Fiocruz Amazônia.

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Estudo reforça a importância de manter máscaras nas escolas

O uso disseminado de máscaras de alta qualidade, como a N95 e a PFF2, somado ao monitoramento dos casos de COVID-19 e outras medidas não farmacológicas, pode manter muito baixos os níveis de transmissão do novo coronavírus nas escolas até mesmo em cidades com baixa taxa de vacinação. Já em um cenário em que ninguém usa máscaras, variantes mais transmissíveis como a ômicron poderiam infectar até 80% da população. Essas são algumas das conclusões de um estudo publicado na plataforma arXiv em versão preprint (ainda sem revisão por pares).

O trabalho é liderado por pesquisadores do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), em São Carlos.

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