Tag Archives: Covid-19

Dossiê aborda o impacto da pandemia nos povos indígenas

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), em parceria com a revista Vukápanavo e o apoio da Fiocruz, lançou o dossiê Pandemia da Covid-19 na vida dos povos indígenas. Segundo os editores do dossiê, Braulina Baniwa, Felipe Cruz Tuxá e Luiz Eloy Terena, a Covid-19 desenhou um cenário inesperado não só no campo epidêmico-biológico, mas também no que diz respeito às políticas sociais de cuidados, a prevenção e atenção à saúde dos povos indígenas. A pandemia também trouxe o desafio de compreender seus múltiplos desdobramentos considerando seus impactos econômicos, culturais, históricos e políticos nos cotidianos das comunidades indígenas. A publicação contou com o apoio da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, por meio do projeto Aprimoramento do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, através do desenvolvimento de estudos técnicos, pesquisas científicas e ações estratégicas, essenciais para a diversificação, ampliação e qualidade dos serviços de saúde prestados aos indígenas.

De acordo com Braulina Baniwa, Felipe Cruz Tuxá e Luiz Eloy Terena, o dossiê Pandemia da Covid-19 na vida dos povos indígenas “se insere na percepção que estamos passando por um divisor de águas na história indígena no país concernente à conquista de maior autonomia e autodeterminação, inclusive ao que se destina a produção de memórias indígenas sobre a pandemia”. Eles afirmam que “foi a partir desse pressuposto que buscamos juntar diversidade de reflexões acerca do impacto da pandemia de Covid-19 sobre os povos indígenas”.

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Vacina Covid-19: Fiocruz recebe primeiro lote de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA)

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recebeu, no sábado (6/2), o primeiro lote de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para a produção da vacina Covid-19 Fiocruz. O IFA saiu de Xangai na última sexta-feira, às 7h35 (20h35 de quinta-feira, horário de Brasília) e chegou às 17h50 de sábado (6/2), no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, RIOGaleão. O primeiro lote contém cerca de 90 litros de IFA, armazenados a -55ºC, suficientes para a produção de 2,8 milhões de doses, do total de 15 milhões a serem recebidos ainda este mês. Em vez de uma remessa mensal de dois lotes, a Fiocruz receberá três lotes em fevereiro. A partir do recebimento desses insumos, a Fiocruz tem previsão de entregar ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde (MS), em março, 15 milhões de doses da vacina. A primeira entrega, com 1 milhão de doses, deverá ocorrer na semana de 15 a 19 de março.

“Hoje é um momento muito especial dentro da história para a produção da vacina para a Covid-19 aqui no nosso país. A Fiocruz, que completou 120 anos e começou a sua história respondendo a emergências sanitárias, mais uma vez reafirma esse compromisso de sua missão frente à sociedade brasileira. A vacina é um instrumento de saúde pública, um bem público. Com o início dessa produção, poderemos dar sustentação com essa vacina que já mostrou tanta qualidade, eficácia, segurança, adequação ao sistema público de saúde, o nosso [Sistema Único de Saúde] SUS. Nós estaremos dando sustentação a essa vacinação. Por isso é um momento tão importante”, afirmou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

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Conheça cinco notícias falsas sobre as vacinas contra a Covid-19

Um estudo que analisou notícias falsas recebidas pelo aplicativo Eu Fiscalizo, conduzido no ano passado pelas pesquisadoras da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Claudia Galhardi e Maria Cecília de Souza Minayo, já apontava um número significativo de fake news em tempos de pandemia. Com a chegada das vacinas contra a Covid-19, o app segue recebendo uma série de denúncias de informações não verídicas associadas à doença. Desenvolvido para que usuários notifiquem conteúdos impróprios em veículos de comunicação, mídias sociais e whatsapp, o Eu fiscalizo tem contribuído para que a sociedade tire suas dúvidas e obtenha esclarecimentos com a Fiocruz, de forma simples e rápida, a respeito de informações veiculadas sobre a Covid-19.

Para esclarecer a população acerca da imunização contra a doença e desmistificar as diversas notícias falsas que têm circulado a respeito, o Informe Ensp conversou com a pneumologista da Escola, Patrícia Canto. Conheça abaixo cinco fake news sobre as vacinas contra a Covid-19, notificadas pelo Eu fiscalizo, e entenda por que elas não são verdadeiras:

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Covid-19: Fiocruz publica nota técnica sobre vacinação de idosos e cuidadores

Os pesquisadores do Comitê de Saúde da Pessoa Idosa da Fiocruz lançam a nota técnica Acesso prioritário à vacinação contra a Covid-19 para as pessoas idosas com limitações funcionais e seus cuidadores(as) para chamar atenção sobre os critérios de prioridade da vacinação contra a Covid-19. O grupo propõe que idosos com limitação da capacidade funcional sejam considerados prioridade independentemente de sua faixa etária; assim como a adoção de estratégias para vacinar idosos com dificuldade de sair de casa; e atenção à vacinação dos cuidadores de idosos que atuam nos domicílios, sejam estes um familiar ou uma pessoa contratada.

De acordo com a nota, “no Brasil existem 5, 2 milhões de idosos que necessitam de ajuda para as suas atividades da vida diária. Em pelo menos 80% dos casos, o cuidado é prestado por algum familiar e em 20% este é prestado por uma cuidadora remunerada. Estima-se, portanto, que cerca de 4,2 milhões de familiares cuidam de idosos e 1 milhão de cuidadores sejam contratados ou remunerados”.

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Vacina Covid-19 Fiocruz tem eficácia geral de 82%

Novos dados divulgados sobre a eficácia da vacina Covid-19 de Oxford-AstraZeneca, que a Fiocruz vai produzir no Brasil, reforçam a necessidade de se manter o protocolo de duas doses e o intervalo longo entre as doses, de três meses. Os dados foram publicados em artigo, no formato ainda em preprint, submetido à revista científica The Lancet.

De acordo com os estudos, a primeira dose da vacina já garante eficácia geral de 76%, dos 22 aos 90 dias após a aplicação, uma informação importante que pode subsidiar decisões dos planos de vacinação, já que o número de vacinas disponível ainda é escasso em todo o mundo.

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Vacinas contra covid: OMS promete ao Brasil até 14 milhões de doses a partir de fevereiro; entenda

O Ministério da Saúde anunciou, no sábado (30), que o Brasil deve receber de 10 a 14 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford contra a covid-19 a partir de meados de fevereiro, por meio do consórcio internacional Covax Facility.

Segundo a pasta, a estimativa para o envio dos imunizantes foi recebida por meio de uma carta da aliança internacional ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS). A Covax Facility é definida como uma ação que tem o objetivo de difundir a distribuição justa e igualitária das vacinas contra a covid-19. A iniciativa define que a imunização mundial contra o novo coronavírus é uma corrida na qual “ninguém ganha até que todos ganhem”.

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Reinfecção mais grave por variante do coronavírus traz novo alerta sobre as mutações, diz cientista

A virologista Marta Giovanetti tem acompanhado de perto duas das três variantes do coronavírus que vêm preocupando o mundo nas últimas semanas.

A cientista italiana chegou ao Brasil em 2015 e já realizou pesquisas sobre os genomas dos vírus da chikungunya, zika, dengue, febre amarela e, desde o ano passado, do Sars-CoV-2.

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MonitoraCovid-19 tem novo site

O MonitoraCovid-19, sistema de informação sobre a epidemia de coronavírus no Brasil, ganhou novo site. Sediado no mesmo endereço, teve seu layout aprimorado para facilitar a navegação e ampliar o seu uso para diversos perfis de usuários. Desde março, quando foi lançada, a ferramenta tornou-se referência no monitoramento de dados sobre a pandemia. Por meio dela, qualquer internauta pode acompanhar, por exemplo, números de casos e óbitos, evolução da pandemia no tempo e no espaço, e percentuais da população que pertencem a grupos de risco.
Também é possível estimar, por local, dias em que a quantidade de casos e de óbitos dobraram. E verificar os percentuais de pessoas e de veículos em circulação nos estados e municípios, aferindo como as populações estão seguindo os protocolos de isolamento social. Mas agora o sistema ganhou também um dado novo importante: a quantidade de testes de Covid-19 realizados nos estados brasileiros, o que ajuda a antever mudanças no perfil social e demográfico da epidemia, além de avaliar a correta distribuição de insumos voltados para a prevenção da doença.
Outra novidade na nova versão é uma nova aba, dentro de Casos e Óbitos, que utiliza dados do eSUS-VE e do Sivep-Gripe para apresentar os gráficos de casos e óbitos acumulados com a respectiva data. Além disso, o gráfico de óbitos é segmentado por cinco diferentes tipos de informações relacionadas à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG): por Covid-19; não especificado; por influenza; por outro agente etiológico; e por outros vírus respiratórios.
Análises técnicas
O MonitoraCovid-19 foi desenvolvido pela equipe do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz), e conta atualmente com cerca de 42 mil usuários assíduos. No ano passado, cerca de 215 mil usuários navegaram por suas páginas. O sistema utiliza mais de dez fontes de dados do Brasil e do exterior e tem atualização diária, de forma automatizada. É bastante utilizado por pesquisadores, acadêmicos, gestores de saúde, imprensa e até mesmo por cidadãos comuns, que desejam saber como está a situação e tendências da epidemia de Covid-19 em suas regiões.
Todos esses dados têm sido analisados por jornalistas e pesquisadores espalhados por todo o Brasil. Além disso, os próprios pesquisadores do grupo produzem notas técnicas usando esses dados para analisar situações específicas que vêm ocorrendo no Brasil, como o processo de interiorização da pandemia; os impactos indiretos da epidemia, que são avaliados calculando o excesso de mortalidade; e as condições de internação nos hospitais em função da origem do paciente e das fases da epidemia, entre outras.
“O MonitoraCovid-19 transformou-se em um serviço de utilidade pública importante para o acompanhamento da epidemia no Brasil. Estamos sempre pensando em como aprimorá-lo e incluir novos dados importantes sobre a Covid-19 – como a vacinação, que começou agora no Brasil. Já estamos vendo como conseguir os dados para colocá-los no sistema”, conta Mônica Magalhães, doutora em saúde pública e coordenadora do Núcleo de Geoprocessamento do Icict.

Vacina Covid-19: Fiocruz libera dois milhões de doses e imuniza profissionais de saúde

Na tarde deste sábado (23/1), a Fiocruz liberou ao Ministério da Saúde (MS) dois caminhões com as dois milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford importadas do Instituto Sérum, na Índia. As doses foram enviadas ao almoxarifado do MS, próximo à Fiocruz, para distribuição aos estados brasileiros. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, abriu a cerimônia de liberação das doses com agradecimentos a todos os atores envolvidos no esforço da vacina e mencionando o recado do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. “Falo em nome do ministro da Saúde, que me pediu para transmitir sua mensagem de satisfação pelo trabalho realizado e pelo compromisso com o Programa Nacional de Imunização, com as vacinas para Covid-19. Neste momento, o ministro está indo para Manaus, levando 5% dessas dois milhões de doses, de modo a atender a população idosa de mais de 70 anos”. Na ocasião da cerimônia, médicos da Fiocruz foram os primeiros a serem imunizados no Brasil com a vacina da AstraZeneca/Oxford.

Com a chegada das dois milhões de doses de vacinas no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), no início da madrugada deste sábado, as vacinas passaram por conferência e avaliação de temperatura para verificar se estavam em perfeitas condições, após o trajeto da longa viagem vindo da Índia. Pela manhã, teve início o processo de etiquetagem de quatro mil caixas, que receberam adesivo com informações técnicas em português, como lote, fabricação, validade, temperatura, entre outras. Cada caixa contém 50 frascos e 500 doses da vacina. Após a etiquetagem, ainda foi feita uma conferência do protocolo de produção e ocorreu a liberação de documentação pela Garantia da Qualidade. Ainda neste sábado (23/1), também foram coletadas amostras pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) para análise de protocolo e liberação do produto para que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) possa distribuir aos estados. Toda a operação para liberação das vacinas seguiu normalmente, sem intercorrências e dentro do cronograma.

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Foto: Wikimedia Commons

Gerenciar cadeia de suprimentos é um dos desafios na distribuição de vacina, afirmam especialistas

Insumos utilizados na produção dos imunizantes são fabricados em diferentes países e estão sujeitos ao risco de desabastecimento, apontaram participantes do seminário Facing the challenges on vaccine distribution, promovido pela FAPESP.

Com a aprovação de uso das primeiras vacinas contra a COVID-19 e o início da imunização no Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, o desafio agora é produzir imunizante em larga escala e distribuir de forma equitativa entre as demais nações para conter a disseminação do novo coronavírus.

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