Tag Archives: Covid-19

Pesquisadores defendem prática Ubuntu no controle da pandemia

Uma palavra africana, Ubuntu, deveria guiar os líderes mundiais como um princípio para enfrentar a pandemia de Covid-19. A afirmação está no artigo Covid-19 pandemic, R&D, vaccines, and the urgent need of UBUNTU practice, publicada pela revista The Lancet Regional Health – Americas, em sua primeira edição. Esta palavra africana derivada da língua Bantu reflete a humanidade e a interconexão entre os seres humanos. Como exemplo, o texto destaca a urgência em estabelecer modelos alternativos para pesquisa, desenvolvimento (R&D) e produção de vacinas, garantindo seu acesso equitativo. Embora tenha ocorrido um rápido desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19, o acesso a elas no mundo continua desigual em termos de distribuição econômica e geográfica.

O artigo aborda outras recomendações para o enfrentamento da Covid-19, como programas de cooperação internacional na região com o objetivo de expandir sua capacidade científica e tecnológica em saúde, incluindo a produção de medicamentos, ingredientes farmacêuticos ativos, materiais essenciais para a saúde, kits de diagnóstico, equipamentos, juntamente com tecnologias sofisticadas de comunicação e informação; a incorporação de tecnologias para a produção de novas vacinas em acordos regionais, assim como integrar ciência básica, tecnologia e inovação para apoiar capacidades tecnológicas independentes. Isso tudo simultaneamente ao investimento em um Complexo Econômico-Industrial de Saúde regional.

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Estudo alerta para aumento de internações de idosos por SRAG

Ainda em fase de conclusão, um estudo da Fiocruz, divulgado nesta terça-feira (3/8), apresenta um aumento do número de hospitalizações de idosos com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG por Covid-19) no Estado do Rio de Janeiro. A elevação do número de casos ocorre após cerca de quatro meses mostrando queda. A análise indica que, ainda assim, as faixas de 60-69 e 70-79 anos continuam em uma situação bem melhor do que a apresentada em picos anteriores. A preocupação maior é com a população de 80 anos ou mais.

O estudo alerta também que a população de crianças de 0 a 9 anos encontram-se no pior momento. Aponta ainda que a faixa de 30 a 39 anos, apesar de ter registrado uma melhora, esta em uma situação mais grave do que no pico do final do ano passado. A investigação é do grupo de pesquisa para a Vigilância Epidemiológica da Fiocruz (Mave/Fiocruz) e do Observatório Covid-19. As projeções são realizadas com base no Sistema de Informações de Vigilância Epidemiológica da Fiocruz (Sivep-Gripe), do Ministério da Saúde.

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Vacina da UFRJ contra a covid-19 deve ter testes em humanos este ano. Autorização deve ser pedida à Anvisa ainda este mês

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) está desenvolvendo uma vacina contra a covid-19 e deve pedir, ainda este mês, a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os testes clínicos em humanos. A equipe é liderada pela professora Leda Castilho, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe).

Denominada de UFRJvac, os testes com a vacina em animais foram promissores, segundo a professora. “A vacina está passando pelos últimos estágios de estudos em animais, que são os estudos que a gente chama de pré-clínicos. E, se tudo der certo, ela deve entrar em ensaios clínicos, que são os ensaios em voluntários humanos, até o final desse ano”.

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Medicamentos para tratar doenças reumáticas autoimunes diminuem a resposta de vacina contra a COVID-19

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) constataram que alguns tipos de medicamentos usados no tratamento de pacientes com doenças reumáticas autoimunes, como artrite reumatoide, são capazes de diminuir a resposta imunológica de vacinas contra a COVID-19.

No estudo, cujos resultados foram divulgados na revista Nature Medicine, foram avaliados pacientes imunizados com a CoronaVac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantan. Ainda é preciso testar se o mesmo efeito ocorre com vacinas de outros laboratórios.

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Butantan entrega 1,2 milhão de doses da CoronaVac ao governo federal. Doses foram entregues ao Ministério da Saúde

O Instituto Butantan entregou hoje (30) mais 1,2 milhão de doses da vacina CoronaVac ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Com esta nova remessa, o instituto totaliza 62,849 milhões de doses fornecidas ao Ministério da Saúde desde 17 de janeiro deste ano, quando o uso emergencial do imunizante contra a covid-19 foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo dados do governo estadual de São Paulo, desde o dia 14 de julho até hoje, foram entregues 9,7 milhões de doses da vacina, que são referentes à produção de um lote de doses processadas pelo instituto a partir dos 6 mil litros de ingrediente farmacêutico ativo (IFA), recebidos no dia 26 de junho.

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Boletim: tendência de queda de óbitos por Covid-19 se mantém

A nova edição do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz, publicada nesta quarta-feira (27/7), reafirma, por mais uma semana, tendência de queda no número de óbitos e nos indicadores de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS. Por outro lado, foi registrado aumento no número de casos. A positividade dos testes, ainda que em tendência de queda, também permanece alta. A diferença entre a curva de novos casos e a curva de óbitos é mais um indício da nova fase da pandemia no Brasil, em que há intensa circulação do vírus, mas com menor impacto sobre as demandas de internação e sobre o número de mortes. “É importante salientar que os números de casos (média de 46,8 mil casos novos por dia) e de óbitos (1.160 óbitos por dia) estão ainda em patamar muito elevado”, afirmam os pesquisadores do Observatório Covid-19.

A análise da disponibilidade de leitos sustenta que apenas Goiás e o Distrito Federal permanecem na zona de alerta. Porém, no segundo caso, os dados refletem a recente retirada de leitos para os casos de Covid-19 frente à redução da demanda. Dezesseis estados estão fora da zona de alerta e nove se encontram na zona de alerta intermediária, com a maioria das taxas entre 60% e 65%. Foi registrada ainda uma pequena redução da taxa de letalidade — ou seja, a proporção dos casos que resultaram em óbitos. Agora, o indicador está em torno de 2,5%.

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Programa Unidos Contra a Covid-19 apoia a região amazônica

O programa Unidos Contra a Covid-19, que faz parte das ações de enfrentamento à pandemia idealizadas pela Fiocruz e mobilizado pelo Escritório de Captação de Recursos (EC/Fiocruz), reuniu empresas, organizações sociais e indivíduos, que juntos viabilizaram a ampliação do atendimento à região amazônica, incluindo as populações indígenas, localizadas no norte do país. Ao todo, nesta frente de atuação, foi possível investir R$ 9.134.791,71.

O recurso viabilizou a disponibilização de um barco-laboratório, com capacidade para até 30 pessoas, e estrutura para alojamento e prestação de serviços de assistência médica, tornando possível a ampliação do número de atendimentos e de testagem. Soma-se a esta iniciativa a distribuição de usinas de oxigênio para hospitais do Amazonas.

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Webinar divulga dados sobre práticas integrativas e complementares em saúde

Mais da metade da população brasileira (61,7%) recorreu à meditação, fitoterapia, reiki, aromaterapia, homeopatia e  outras Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICs) em 2020, o primeiro ano da pandemia de Covid-19. A conclusão é da pesquisa PICCovid – Uso de Práticas Integrativas e Complementares no Contexto da Covid-19, desenvolvida pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Icict/Fiocruz) em parceria com o Observatório Nacional de Saberes e Práticas Tradicionais, Integrativas e Complementares em Saúde (ObservaPICS), também da Fiocruz, e a Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Unifase), no Rio de Janeiro. Os primeiros achados da pesquisa serão publicados no Boletim Evidências Nº 7 do ObservaPICS e apresentados no webinar Práticas integrativas em saúde na pandemia de Covid-19: resultados e reflexões da pesquisa PICCovid, dia 29 de julho, às 10h, com transmissão da VideoSaúde no Youtube.

“Os dados mostram as estratégias adotadas para promover o autocuidado no primeiro ano da pandemia, um contexto de muitas incertezas, inseguranças e estresse, marcado pelo isolamento social e o luto”, adianta o coordenador da PICCovid, Cristiano Boccolini, pesquisador do Laboratório de Informação em Saúde do Icict/Fiocruz. De acordo com a pesquisa, as práticas integrativas e complementares em saúde mais utilizadas em 2020 foram plantas medicinais e fitoterapia (28%), meditação (28%), reiki (21,6%); aromaterapia (16,4%); homeopatia (14,5%); terapia de florais (14%); yoga (13%), apiterapia (11%), imposição de mãos (10%) e Medicina Tradicional Chinesa / acupuntura (7,8%). Foi registrada maior adesão da população a essas terapias nas regiões Centro-Oeste (71%) e Sul (70,8%), seguidas de Sudeste (63,4%), Norte (52,3%) e Nordeste (45,6%).

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Saúde recomenda Pfizer a gestantes que tomaram 1ª dose da AstraZeneca. Não é permitida a intercambialidade nos casos normais, diz ministério

O Ministério da Saúde anunciou hoje (26) uma nova recomendação para a vacinação de gestantes e puérperas contra a covid-19. Aquelas que receberam a primeira dose da AstraZeneca poderão tomar a segunda dose de outro tipo de imunizante para completar o ciclo vacinal. A preferência é que essa nova aplicação seja da vacina da Pfizer/BioNTech.

A recomendação, até agora, era que mulheres nesse grupo esperassem o fim do puerpério para a tomar a segunda dose. Essa orientação foi dada após a morte de uma gestante no Rio de Janeiro, cujo falecimento teria relação com o fato de ter sido tomada a primeira dose da vacina AstraZeneca.

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Boletim aponta nova transição no perfil demográfico da pandemia

A nova edição do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz, publicada nesta quinta-feira (22/7), aponta para uma nova fase da pandemia no país. A proporção de internações entre idosos, que esteve em 27,2% na semana epidemiológica (SE) 23 (6 a 12 de junho), atualmente (SE 27, de 3 a 10 de julho) é de 31,8%. Ainda na SE 23 foi registrada a menor porcentagem de idosos no número de óbitos (44,8%). Hoje, esse percentual alcança 58,2%. A maior parte dos óbitos por Covid-19 se concentra na faixa etária acima de 60 anos desde a SE 26 compreendida entre 27 de junho e 3 de julho. Os dados mostram também redução de internações em leitos de terapia intensiva na faixa etária de 50 a 59 anos e uma interrupção no aumento na faixa de 40 a 49 anos.

A análise demográfica do Boletim desta quinzena traz comparações entre a SE 1 (3 a 9 de janeiro) e a 27 (3 a 10 de julho) de 2021. Essa nova transição da idade na pandemia no Brasil é percebida por meio dos novos dados obtidos a partir do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SivepGripe). A SE 27 apresenta idade média dos casos internados de 53 anos, versus idade média de 62,5 anos na SE 1. A mediana de internações, ou seja, a idade que delimita a concentração de 50% dos casos, foi de 66 anos na SE 1 e 51 anos na SE 27. Para óbitos, os valores médios foram 71,4 anos (SE 1) e 64,3 anos (SE 27). Valores de mediana de óbitos foram, respectivamente, 73 e 65 anos.

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