A Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde (MS) e a Fiocruz promoveram, na última quarta-feira (21/2), em Manaus, a 1º Oficina para Discussão das Ações de Vigilância, Assistência e Pesquisa em Febre do Oropouche. O evento, que teve o apoio da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, contou com a participação de pesquisadores e gestores de instituições dos estados da Amazônia, e dos laboratórios de Referência para arboviroses da Fiocruz e Instituto Evandro Chagas (IEC). A diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis da SVSA, a médica Alda Maria da Cruz, afirmou que o objetivo do encontro foi, além de trocar conhecimentos, desenhar uma estratégia de investigação da doença e estabelecer critérios e métodos que possam ser usados pela comunidade científica, nos aspectos clínicos, entomológicos e apoio diagnóstico. O boletim que informa o cenário de arboviroses do Amazonas mostra que foram confirmados 1.258 casos para oropouche até 15 de fevereiro.
Pesquisadora da Fiocruz e antiga chefe do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Alda Maria destacou o trabalho de vigilância em saúde do Amazonas, que conseguiu identificar, de forma oportuna, que muitos dos casos notificados para dengue eram, na verdade, de oropouche. Nesta caracterização, contou com o apoio do Núcleo de Vigilância de Vírus Emergentes, Reemergentes e Negligenciados da Fiocruz Amazônia. Para ela, a oficina marca o início de uma caminhada que juntou profissionais da clínica, de laboratórios, gestores, equipes da vigilância e pesquisadores, em um encontro de saberes diferenciados. “Tivemos uma riqueza e densidade de discussões muito grande e agora vamos ter que pensar em como levar adiante os desdobramentos de tudo que foi debatido e sugerido por cada um dos grupos da oficina”, afirmou. Alda Maria agradeceu a parceria da Fiocruz na realização do evento e o apoio da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas.
Leia MaisDesafios das pessoas que vivem com HIV/Aids
Desde 1988, em 1º de dezembro é comemorado o Dia Mundial de Luta contra a Aids, sendo o primeiro dia dedicado à saúde em todo o mundo. Desde então, agências internacionais de saúde, governos e sociedade civil se reúnem todos os anos para apoiar as pessoas que vivem com a doença, lembrar aqueles que morreram com doenças relacionadas à Aids, conscientizar através de ações e comemorar as vitórias – como acesso a serviços de prevenção e tratamentos antirretrovirais.
Na busca contínua da redução de casos e óbitos, na terça-feira (1/12), o Ministério da Saúde (MS) lançou a Campanha de Prevenção ao HIV/Aids 2020. Com o slogan, “HIV/Aids. Faça o teste. Se der positivo, inicie o tratamento”, a campanha visa conscientizar sobre a importância da testagem para caso a doença seja detectada, o tratamento inicie de imediato.
Leia MaisNovas formulações para o controle do Aedes Aegypti
O Ministério da Saúde lançou, em 24 de novembro, a campanha de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, doenças que podem gerar outras como a microcefalia e a síndrome de Guillain-Barré. O tema da campanha que será veiculada até 31 dezembro é Combater o mosquito é com você, comigo, com todo mundo. Faça a sua parte. O objetivo é conscientizar sobre os perigos do inseto, e motivar os brasileiros para o combate aos criadouros. Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, entre as medidas tomadas pelo órgão para combater a proliferação do mosquito, estão a compra de inseticidas e as atualizações dos manuais de manejo clínico.
Um método de controle promissor é o uso de mosquitos como veículo para disseminar minúsculas partículas de inseticidas, como o piriproxifeno (PPF) em criadouros. É o que mostra um artigo publicado, recentemente, na revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz (vol. 115, out/2020). Pesquisadores do Rio de Janeiro investigaram duas novas formulações de PPF contra o Aedes aegypti em dois locais da cidade do Rio de Janeiro para avaliar a eficácia desses produtos.
Leia Mais