Tag Archives: Comportamento

Síndrome de Asperger: entenda por que o termo não é mais usado

Diagnóstico é enquadrado como transtorno do espectro autista (TEA)

Autismo leve ou autismo de alta funcionalidade são algumas expressões populares associadas à síndrome de Asperger. O que poucos sabem é que essa nomenclatura deixou de ser utilizada desde 2013, quando a maioria das pessoas com o diagnóstico foi enquadrada no transtorno do espectro autista (TEA) como autista nível 1 de suporte.

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Como animais de estimação estimulam cérebro das crianças

Pegue um livro qualquer na estante de uma criança pequena. Provavelmente, o protagonista será um animal e não um ser humano.

Desde uma lagarta faminta até grandes baleias-jubarte, as crianças parecem universalmente fascinadas pelos animais. Mas, embora os personagens de um livro ilustrado muitas vezes estejam longe da realidade, os animais de estimação que muitos de nós temos em casa oferecem às crianças uma visão mais realista do mundo animal — e um relacionamento significativo que as influencia em inúmeras outras formas.

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Terapia com cavalos auxilia na socialização de crianças autistas

Equoterapia é indicada na integração emocional e educacional de portadores de vários tipos de transtornos

Foto: Clube do Xis/Flickr-CC

Em 1988, Dustin Hoffman popularizou o personagem Raymond no filme Rain Man, tornando conhecido, mundialmente, o transtorno do autismo e apresentando os problemas enfrentados por quem sofre de uma doença cujas causas são ignoradas, afetando 2 milhões de brasileiros e 70 milhões de pessoas no mundo. Para tratar essa complexa questão, conta-se, atualmente, com um tratamento inovador – a terapia com cavalos, ou equoterapia, indicada na socialização e integração emocional e educacional dos portadores de vários tipos de transtornos ligados ao contato pessoal com o meio em que se vive e com o outro.

O objetivo dessa técnica e método terapêutico é motivar a inclusão social de quem vivencia essas dificuldades. Bender e Guarany, em artigo recém-publicado na Revista de Terapia Ocupacional da USP, buscam estudar o efeito da equoterapia no desempenho social de crianças e adolescentes com autismo, doença que acomete mais os meninos, e comparar com aqueles que não passaram por essa terapia. O diagnóstico para o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) só é concluído quando da constatação de deficiências sociais e de comunicação e quando se observa a presença de comportamentos repetitivos e restritivos nos indivíduos.

Foto: Visualhunt

Estudos atuais têm demonstrado que o autismo é causado por vários fatores e depende de componentes genéticos eambientais, interferindo na vida diária como “lazer, sono e descanso, no brincar, na escola, na participação social e no trabalho”. O artigo mostra a pesquisa das autoras no Rio Grande do Sul, com cuidadores que utilizam e os que não utilizam, em crianças e adolescentes autistas, a técnica da equoterapia, a qual, embora tenha se consolidado nos últimos anos, “ainda não é acessível à população como um todo, devido ao custo elevado da prática e a escassez do serviço em algumas regiões do país”. A equoterapia apresenta resultados positivos em relação ao autocuidado, tais como as práticas alimentares e as de higiene pessoal, estimuladas pelos terapeutas ocupacionais e, claro, pelos cavalos, pois os pacientes alimentam, escovam e participam do banho desses animais.

As autoras também salientam a importância da estimulação de habilidades motoras, como caminhar, correr e pular, por exemplo, nos indivíduos autistas, visando à qualidade de vida destes últimos, que pode ser proporcionada pelo cavalo, “como um agente facilitador durante as atividades, mas utilizando-se das potencialidades do cavalo como estimulador dos componentes motores”. Apesar de não serem constatadas diferenças significativas entre os autistas praticantes e os não praticantes da terapia em relação à interação social, os estudos atuais apontam respostas otimistas como melhoras no humor, no contato visual, na expressão verbal e no comportamento em grupo.

Fita da conscientização sobre o autismo – Wikimedia Commons

A grande dificuldade do autista é a sociabilidade, sendo esta uma necessidade fundamental na vida de todo ser humano.

Nesse âmbito, de acordo com Bender e Guarany, por serem animais extremamente sociáveis, “que irão responder a estímulos humanos muito sutis”, os cavalos passam a ser uma alternativa produtiva de auxílio terapêutico para crianças e adolescentes portadores do transtorno, visto que “é no contexto das relações sociais que emergem a linguagem, o desenvolvimento cognitivo, o autoconhecimento e o conhecimento do outro”.

Daniele Dornelles Bender é graduada em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal de Pelotas e terapeuta ocupacional no Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas, RS.

Nicole Ruas Guarany é doutora em Ciências Médicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e docente no curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Pelotas, RS.

“BENDER, Daniele Dornelles; GUARANY, Nicole Ruas. Efeito da equoterapia no desempenho funcional de crianças e adolescentes com autismo. Revista de Terapia Ocupacional da USP, Brasil, v. 27, n. 3, p. 271-277, dez. 2016. ISSN: 2238-6149. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/rto/article/view/114667. Acesso em: 15 fev. 2017.”

Margareth Artur / Portal de Revistas da USP

Por dentro da mente de um ladrão

No início, tudo parece fácil até demais. Eu entro pelo portão de trás, cruzo o jardim e abro a porta da casa. Tudo isso sem ser notado.

A primeira coisa que agarro é a TV de tela plana – mas acabo derrubando-a no chão. Coloco em uma sacola um laptop e um celular. Minha cúmplice, Claire Nee, faz uma cara impaciente. Ela aponta para um casaco pendurado em uma cadeira. No bolso estão uma carteira com cartões de crédito e chaves. Ela também me indica um tablet deixado sobre a poltrona e os passaportes em uma gaveta.

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Crença em ‘jeitinho’ para driblar lei é maior entre mais ricos e escolarizados

O Índice de Confiança na Justiça Brasileira (ICJBrasil), divulgado como parte da 8ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, mostrou que 81% dos entrevistados acreditam ser fácil desobedecer às leis brasileiras e ‘dar um jeitinho’ para escapar das punições.

Segundo a pesquisa, “a grande maioria dos brasileiros entende que a lei pode ser facilmente ignorada e que esse comportamento é generalizado”. O levantamento não verificou se essas mesmas pessoas usam o ‘jeitinho’ ou desrespeitam as leis: mediu apenas a crença predominante na sociedade a respeito do tema.

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