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Vacina contra dengue: entenda por que idosos precisam de receita. Geriatra explica que não há estudos de eficácia nessa faixa etária

A população idosa concentra, atualmente, as maiores taxas de hospitalização por dengue no Brasil. O grupo, entretanto, ficou de fora da faixa etária considerada prioritária para receber a vacina contra a dengue por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Isso porque a própria bula da Qdenga estipula que o imunizante é indicado somente para pessoas com idade entre 4 e 60 anos. Ainda assim, em laboratórios particulares, o imunizante é aplicado em idosos, desde que seja apresentado pedido médico.

A pergunta é: há risco para o idoso que recebe a vacina? Em entrevista à Agência Brasil, o geriatra Paulo Villas Boas explicou que a bula da Qdenga não inclui pessoas acima de 60 anos porque não foram feitos estudos de eficácia nessa faixa etária. O membro do Comitê de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia destacou, entretanto, que a dose foi liberada para toda a população acima de 4 anos pela Agência Europeia de Medicamentos e a Agência Argentina de Medicamentos.

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Estudo investiga potencial de planta da Amazônia na luta contra a dengue

A dengue acomete milhares de pessoas todos os anos. Apenas em 2012, foram cerca de 600 mil casos da doença no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Apesar deste importante impacto epidemiológico, não existe um medicamento para tratamento específico para a dengue: estão disponíveis apenas ferramentas para tratamento dos sintomas, como a febre e a desidratação. Somando-se às diversas pesquisas em andamento no mundo na busca de um medicamento antiviral para a dengue, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) vem investigando o potencial terapêutico da Uncaria tomentosa, uma planta medicinal da Amazônia conhecida popularmente como unha-de-gato.

Os resultados mais recentes destes estudos, conduzidos pelo Laboratório de Imunologia Viral do IOC, foram apresentados na tese do biólogo Raimundo Sousa Lima Júnior, defendida no Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Parasitária do Instituto. Os dados obtidos por estudos in vitro corroboram resultados anteriores de pesquisadores do Laboratório de Imunologia Viral sobre o potencial da Uncaria tomentosa contra a dengue, que desde 2008 têm demonstrado sua ação na redução da carga viral e na melhoria da resposta imunológica. A principal novidade nos estudos realizados por Raimundo sob orientação da pesquisadora Claire Kubelka, chefe do Laboratório e líder das pesquisas sobre o tema, está no nível celular: foi observado que a Uncaria tomentosa atenua a permeabilidade de células infectadas com o vírus dengue, o que pode ser um efeito fundamental para evitar o agravamento da doença.

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Lixo é o principal criadouro do mosquito da dengue nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul

Qualquer recipiente que possa acumular água, mesmo que em pequena quantidade, pode virar um criadouro do mosquito transmissor da dengue. E nas regiões Norte, Sul e Centro-Oeste do país, o lixo é o principal criadouro do Aedes aegypti. O número de casos da doença teve queda de 80% na comparação dos primeiros três meses de 2014 com o mesmo período do ano passado. Apesar da redução expressiva, o Ministério da Saúde ressalta a importância de manter-se o alerta e a necessidade de dar continuidade das ações preventivas.

Segundo dados do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), o Centro-Oeste do país concentra no lixo 43,8% dos criadouros do mosquito transmissor da dengue. Já na Região Norte, esse número chega a 52,4% dos criadouros. E o Sul concentra no lixo 50,1% dos criadouros. No Sudeste, os depósitos domiciliares, como calhas e pratos de vasos de planta, representam 55,7% dos criadouros do mosquito transmissor da dengue. O Nordeste concentra na água armazenada 75,3% dos criadouros. Por isso, remover o lixo e manter os depósitos de água tampados são medidas que evitam a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

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Casos de dengue caem 80% no primeiro bimestre de 2014

O número de casos por dengue teve queda de 80% na comparação do primeiro bimestre deste ano com o mesmo período do ano passado. O Ministério da Saúde registrou 87 mil notificações entre janeiro e fevereiro de 2014, contra 427 mil no mesmo período de 2013. A queda também foi observada em relação às ocorrências graves (84%) e óbitos (95%) – confira tabela. Apesar da redução expressiva, o Ministério da Saúderessalta a importância de manter-se o alerta e a necessidade de dar continuidade das ações preventivas.

Confira apresentação do ministro

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Período chuvoso aumenta risco de proliferação do mosquito transmissor da dengue

Com a chegada do período chuvoso, as pessoas devem redobrar os cuidados com a limpeza de caixas d’água, calhas de telhados, pratos de vasos de plantas e com os quintais das casas para não amontoar lixo com sacos plásticos, garrafas, pneus ou qualquer outro objeto que possa acumular água da chuva. Isso porque qualquer recipiente com água, mesmo que em pequena quantidade, pode virar um criadouro do mosquito transmissor da dengue.

“O ovo do mosquito da dengue sobrevive no seco durante trezentos dias, ou seja, o mosquito da dengue que botou um ovo no começo do ano e esse ovo ficou num copo seco e agora chove, ele pode eclodir, pode virar larva e pode transmitir a dengue. E todo mundo pode ajudar no enfrentamento da dengue. Em quinze minutos, ao longo do dia, você pode fazer aquela checagem geral na sua casa. Esse é o momento para que os prefeitos, secretarias municipais de saúde mobilizem a sua cidade para virarmos o jogo e reduzirmos ainda mais os óbitos da dengue no próximo ano”, explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alertando para que toda a sociedade se mobilize no combate ao mosquito Aedes aegypti.

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