O Brasil vive uma certa calmaria quando o assunto é sarampo.
Segundo o Ministério da Saúde, não foram registrados novos casos da doença desde 2022, e a cobertura vacinal subiu mais de 10% nos últimos dois anos.
Leia MaisVacinação de grupos de risco é principal desafio no combate à covid-19. Vacina contra a doença foi aplicada pela 1ª vez no Brasil há três anos
Há três anos, no dia 17 de janeiro de 2021, foi vacinada a primeira brasileira contra a covid-19. A enfermeira Mônica Calazans recebeu a dose da Coronavac, imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Atualmente, o desafio é aumentar a cobertura vacinal do público considerado de risco para a doença, conforme avaliam especialistas ouvidos pela Agência Brasil.
O médico infectologista Gonzalo Vecina Neto, ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ressaltou que, embora a pandemia de covid-19 tenha sido “debelada”, o vírus continua circulando e ainda há mortes pela doença. “Continuam acontecendo mortes pela covid-19. Então uma questão importante é atualizar o calendário vacinal”, alertou.
Leia MaisLevantamento indica aumento de coberturas vacinais em 2022. Quatro imunizantes tiveram aumento: BCG, Pólio, DTP e tetraviral
Levantamento feito pelo Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância Fiocruz/Unifase) indica aumento da cobertura de quatro vacinas do Programa Nacional de Imunizações em 2022: BCG, Pólio, DTP e tetraviral. O estudo foi publicado no periódico científico National Library of Medicine, com dados até 2021, e teve atualização divulgada nesta segunda-feira (4) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A sucessiva queda das coberturas vacinais desde 2015 tem sido motivo de preocupação de autoridades sanitárias e pesquisadores, que apontam risco de retorno e descontrole de doenças eliminadas, como a poliomielite. O caso mais emblemático é o do sarampo, que chegou a ser eliminado do país em 2016, mas retornou dois anos depois em meio à queda da vacinação.
Leia MaisObserva Infância aponta retomada do crescimento na cobertura vacinal infantil
Novo levantamento conduzido pelo Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância – Fiocruz/ Unifase) revelou uma importante retomada na cobertura vacinal para crianças com menos de dois anos no Brasil. O estudo teve como foco a análise de quatro vacinas essenciais: BCG, Pólio, DTP e MMRV. Após anos de declínio, os resultados indicaram que houve um crescimento na cobertura vacinal infantil entre 2021 e 2022.
Publicado em artigo na National Library of Medicine, o conjunto geral de dados abrangeu 1.344.480.329 de doses de 28 vacinas para proteção contra 15 doenças. Além disso, incluiu as contagens de estimativas das populações-alvo e os indicadores de cobertura vacinal, homogeneidade e taxa de abandono. As informações sobre as regiões do Brasil também tiveram como base dados oficiais e públicos do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Ministério da Saúde (MS). A pesquisa contempla ainda informações utilizadas no VAX*SIM, estudo que cruza grandes bases de dados para investigar o papel das mídias sociais, do Programa Bolsa Família e do acesso à Atenção Primária em Saúde na cobertura vacinal em crianças menores de cinco anos.
Leia MaisCovid-19: Rio inicia reforço da vacina em crianças de 5 a 11 anos. Nessa faixa etária, 16% ainda não tomaram a primeira dose
As crianças de 5 a 11 anos, moradoras da cidade do Rio de Janeiro, já podem receber a dose de reforço da vacina contra a covid-19. A aplicação começou a ser feita hoje (9) pela Secretaria Municipal de Saúde.
Até o momento, a cobertura vacinal contra a covid-19 na cidade atingiu 90,2% da população total com as duas doses do esquema básico, subindo para 99,8% dos adultos, a partir dos 18 anos.
Leia MaisCovid-19: quase 69 milhões estão com a dose de reforço atrasada
Cerca de 69 milhões de brasileiros ainda não receberam a dose de reforço da vacina contra a covid-19. A Rede Nacional de Dados em Saúde mostra ainda que mais de 30 milhões de pessoas não receberam a segunda dose do reforço, enquanto 19 milhões de pessoas não buscaram sequer a segunda dose do esquema vacinal primário.
Esta semana, a recém-empossada ministra da Saúde, Nísia Trindade, lembrou que a pandemia não acabou e reforçou a importância de se completar o esquema vacinal contra a doença.
Leia MaisCobertura vacinal e redução de filas na saúde são desafios do governo. Atual presidente da Fiocruz, Nísia Trindade será ministra da Saúde
Recuperar o orçamento e estabelecer medidas de resgate da autoridade sanitária e da capacidade técnica do Ministério da Saúde para a coordenação do Sistema Único de Saúde (SUS) estão entre os principais desafios do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que toma posse no próximo domingo (1º).
Ambas as estratégias são consideradas essenciais para que as demais prioridades da área, como o retorno de altos índices de coberturas vacinais e o enfrentamento de filas na atenção especializada, possam ser efetivadas. A pasta será comandada pela atual presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade.
Leia MaisCovid-19: Nota Técnica avalia volta às aulas diante da baixa cobertura vacinal em crianças
Mesmo com evidências científicas favoráveis à vacinação contra Covid-19 entre crianças no Brasil, a difusão de notícias falsas tem provocado resistência das famílias sobre a eficácia e segurança da imunização para a faixa etária entre 5 e 11 anos. Em nova Nota Técnica, divulgada nesta quarta-feira (16/2), o Observatório Covid-19 Fiocruz alerta que este processo resulta em lentidão na cobertura vacinal de primeira dose das crianças, em contexto preocupante, de retorno das atividades escolares.
O documento apresenta um panorama atual da vacinação contra Covid-19 entre as crianças, aponta a grande heterogeneidade no nível subnacional e reforça a necessidade de articulação de todas as esferas de gestão para a expansão da cobertura vacinal no país. Em um cenário em que apenas este grupo não está imunizado, ele se torna particularmente vulnerável à infecção e à disseminação do vírus, inclusive entre outros grupos etários.
Leia MaisMonitoraCovid-19 avalia desigualdades no processo de vacinação
A campanha de vacinação contra a Covid-19 vem sendo marcada por desigualdades sociais no processo que atingem o território brasileiro, aponta um levantamento feito por pesquisadores do painel MonitoraCovid-19, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). Dentre os fatores sociais avaliados estão o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), além de aspectos ligados à renda e localização geográfica. Nos municípios com menor IDH, são mais baixas as taxas de vacinação.
Os dados estão publicados na Nota Técnica 23 do MonitoraCovid-19, divulgada essa semana na plataforma. Segunda a nota, o IDH ajuda a qualificar a desigualdade da vacinação no país. Locais com baixo índice de desenvolvimento têm taxas de cobertura mais baixas, informa o estudo.
Leia MaisCovid-19: Mais de 14 milhões podem estar com a segunda dose da vacina atrasada
A segunda edição do Boletim VigiVac da Fiocruz Bahia, divulgada nesta quinta-feira (4/11), indica que, até o dia 25 de outubro, 14.097.777 indivíduos estavam com mais de 15 dias de atraso para a segunda dose da vacina contra Covid-19 no Brasil. O número é o dobro do observado em 15 de setembro, quando foram registrados cerca de 7 milhões. As análises foram realizadas com dados individuais anônimos fornecidos pela Campanha Nacional de Vacinação contra Covid-19, do Ministério da Saúde (MS).
Os pesquisadores observam que esse resultado pode ser justificado por alguns fatores: como atrasos da segunda dose, demora para registro e envio dos dados para a base do MS, esgotamento e sobrecarga das equipes de gestão, vigilância e atenção à saúde, disseminação de notícias falsas sobre a imunização, falta de estoque de reserva de imunizantes e mortalidade, dentre outros. “É necessária uma análise cuidadosa, por parte dos gestores locais de saúde, para identificar localmente as mais prováveis causas do atraso. Este diagnóstico será útil para orientar as ações de estímulo à população para completar o esquema vacinal”, alertam os cientistas.
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