A exposição Dengue, que será aberta no próximo dia 17, no Museu da Vida da Fiocruz, reúne informações básicas sobre a doença em universo multimídia, interativo, divertido e ilustrado, incluindo observação com uso de microscópio, oficina com mediadores, informações sobre a virose em tempo real e até um aspirador de mosquito, usado pela Vigilância Epidemiológica da Fundação. Outra atração é um mosquito fossilizado em âmbar de cerca de 30 milhões de anos. Miguel de Oliveira, biólogo e curador da mostra, lembra que a dengue é uma “doença que acomete muitas pessoas e que pode matar se não for tratada”. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que 40% dos habitantes do planeta, ou 2,8 bilhões de pessoas, estão ameaçados pela dengue. Ásia, Oceania, Américas e também a África são continentes que sofrem com epidemias de dengue. Para o biólogo do Museu da Vida, é importante a “conscientização do público de que a doença mata, mas pode ser evitada com o controle do mosquito”. Miguel de Oliveira chama atenção para o ineditismo da mostra: “atualmente, não há uma exposição sobre a dengue no mundo”. Dirigida às famílias (e para crianças a partir de 7 anos), a exposição será aberta no dia 17, às 10h, com visitação gratuita.
A exposição – produzida pela Folguedo – começa com um enorme mosquito (Aedes aegypti), de mais de 2 metros esculpido por Ricardo Fernandes, que recepciona o visitante na entrada da sala de exposição. O primeiro módulo apresenta a biologia dos vetores, o que é e quais os outros mosquitos que podem transmitir a doença, caso do Aedes albopictus, de acordo com o biólogo, mais comum na Ásia. No segundo, o público conhece o vírus, como se multiplica no inseto e no ser humano. O próximo módulo é dedicado à doença, seus principais sintomas e suas complicações. As pesquisas aparecem no quarto módulo, destacando-se as experiências com uso de mosquitos transgênicos e também com a bactéria Wolbachia (presente em várias espécies de insetos) para conter o vetor. Na parte final, a mostra enfatiza o controle do mosquito. São abordadas, entre outras, as medidas para evitar sua proliferação como a campanha estadual 10 Minutos Contra a Dengue – resultado da parceria entre Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e a Sesdec/RJ (Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil).
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