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Fiocruz treina profissionais de sete países para diagnóstico laboratorial de monkeypox

Os técnicos latino-americanos participam de intensa imersão em todo os detalhes do protocolo que precisa ser adotado nos laboratórios de referência designados para o diagnóstico do vírus Monkeypox (Foto: Gutemberg Btito – IOC/Fiocruz)

A necessidade de detectar e promover uma resposta rápida ao possível surgimento de casos de monkeypox levou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), o Ministério da Saúde e a Fiocruz a promoverem, nesta quinta e sexta-feira (9 e 10/6), a primeira capacitação para diagnóstico laboratorial do vírus. A iniciativa, ministrada pelo Laboratório de Enterovírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), conta com a participação de técnicos de institutos nacionais de saúde da Bolívia, Equador, Colômbia, Peru, Paraguai, Uruguai e Venezuela. A Opas/OMS e a Fiocruz, por meio do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), já tinham unido esforços em mais uma iniciativa pioneira: a entrega de insumos para diagnóstico de monkeypox. Esses reagentes ou controles positivos entregues para serem distribuídos em ao menos 20 países também foram utilizados como base para o treinamento promovido na Fiocruz, a fim de garantir o diagnóstico seguro da doença.

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Inscrições abertas para a capacitação de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa

Profissionais de saúde e demais interessados no atendimento a idosos terão uma nova oportunidade para se qualificar. A Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) lançou nesta quinta-feira, 20, nova turma para os módulos I e II do curso online Atenção Integral à Saúde da Pessoa Idosa. A capacitação é uma ação do Ministério da Saúde, por meio da Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa (Cosapi/Dapes/SAS/MS), em parceria com a Secretaria Executiva da UNA-SUS (SE/UNA-SUS/Fiocruz).

As inscrições podem ser realizadas até o dia 8 de novembro, pelo link, e o início é imediato.

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Casos aumentam, mas profissionais ainda não sabem lidar com suicídio

No primeiro contato do paciente com esta tendência, em geral os enfermeiros não são treinados para lidar com o tema

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

A prevenção ao suicídio é pouco debatida e, por falta de informação, muitas vezes as pessoas com ideação suicida não procuram um psicólogo para tratar os fatores que as levam a considerar o ato. Assim, já que na maioria dos casos o paciente não passa pela etapa de prevenção, o primeiro contato clínico que tem é com os enfermeiros de atendimento de urgência e de emergência, logo após já ter feito uma tentativa de tirar a própria vida.

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Manequim tecnológico simula emoções para treinar enfermeiros

O hospital universitário de Sheffield Hallam, na Grã-Bretanha, está testando um novo método para treinar estudantes de Medicina e Enfermagem.

Objetivo é que médicos e enfermeiros aprendam a ‘ler’ expressões faciais e ter compaixão por pacientes

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Hospital Regional Público do Araguaia, em Redenção (PA), terá Estação BVS

Os gestores e profissionais de saúde de Redenção terão mais um instrumento de auxílio à tomada de decisão com a instalação da Estação Biblioteca Virtual em Saúde (Estação BVS) no Hospital Regional Público do Araguaia, no município de Redenção,no estado do Pará.

Esta Estação é a 100ª (centésima) a ser contemplada pelo Projeto BVS Brasil e a 5ª a ser inaugurada no estado do Pará.

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Tese intitulada “Política pública, educação, tecnologia e saúde articuladas: como a telessaúde pode contribuir para fortalecer o SUS” relaciona telessaúde e melhoria da rede de atenção

 

A telessaúde tem ajudado a estruturar a rede de atenção e as ferramentas de monitoramento e avaliação do Sistema Único de Saúde (SUS). A regulamentação dos serviços de telessaúde, teleconsultoria, segunda opinião formativa, tele-educação e telediagnóstico, tem sido o grande impulso de informatização do setor saúde no território brasileiro”. A opinião é de Angélica Baptista Silva, que apresentou sua tese de doutorado no Programa de Saúde Pública da ENSP em 22 de março. Intitulada Política pública, educação, tecnologia e saúde articuladas: como a telessaúde pode contribuir para fortalecer o SUS?, a tese de Angélica aborda a necessidade de inclusão digital e de aproximação da rede de atenção com a pesquisa em saúde. De acordo com o histórico, o Programa Telessaúde Brasil Redes surgiu em 2007 com o projeto piloto em apoio à Atenção Básica. Ele envolvia nove núcleos localizados em universidades nos estados do Amazonas, Ceará, Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, tendo por meta qualificar aproximadamente 2.700 equipes da Estratégia de Saúde da Família em todo o território nacional. Para Angélica, porém, a literatura mostra o uso do termo telessaúde desde os anos de 1980. A definição clássica, adotada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), registra telessaúde como uso de tecnologias de informação e comunicação para oferecer serviços e cuidados em saúde a distância. “É nessa década que aparecem iniciativas pontuais no Brasil de telessaúde, executadas por universidades públicas e com envolvimento de setores diversos da administração pública, como, por exemplo, a Agência Nacional de Telecomunicações no fim dos anos de 1990.  No entanto, de acordo com o experimento apresentado, há várias definições de telessaúde: pode ser sinônimo de videoconferência, de sistema de informação, de organização de serviço, entre outros”, esclareceu a pesquisadora. Em sua concepção, telessaúde é toda atividade em rede, que promove a translação do conhecimento entre a pesquisa e o serviço de saúde. Para justificar essa ressignificação da telessaúde, Angélica utilizou um modelo conceitual da pesquisa translacional. “A pesquisa translacional pode ser definida também como um processo que parte da prática baseada em evidências em direção a soluções sustentáveis para problemas de saúde da comunidade”, ressaltou. Quanto aos entraves para articular política pública, educação, tecnologia e saúde, Angélica identifica, no caso brasileiro, “3 is” que podem comprometer a qualidade dos serviços de telessaúde: inclusão digital do setor saúde, interoperabilidade dos sistemas de informação em saúde e integração entre inovação e assistência à saúde. Para validar os 3is, ela fez uma pesquisa de campo e consultou vários especialistas, os quais, ao mesmo tempo, foram coordenadores dos primeiros projetos da Rute. Também participaram do projeto piloto do atual Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes, e suas instituições fizeram parte da Rede Nacional de Pesquisa Clínica. Angélica demonstrou interesse pelo tema em 2004, quando apresentou sua dissertação de mestrado profissional na ENSP. Ela foi convidada pela Presidência da Fiocruz a escrever um projeto de telemedicina, representando a instituição num novo projeto da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa à época: a Rede Universitária de Telemedicina (Rute). O grupo que fundou a Rute era composto de hospitais universitários, e suas discussões eram eminentemente clínicas. Naquela época, como coordenadora de Tecnologia da Informação do Canal Saúde, ela começou a pesquisar sobre telessaúde. A pesquisadora não aponta perspectivas para o Programa Telessaúde Brasil Redes, mas para toda atividade de telessaúde no SUS. “Há várias iniciativas de avaliação e monitoramento de telessaúde, inclusive propostas por pesquisadores brasileiros. No âmbito do Telessaúde Brasil Redes, destaco a liderada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e desenvolvida pelos coordenadores dos nove estados, que compuseram o projeto piloto do Ministério da Saúde.” Sua pesquisa é voltada justamente para as lacunas na perspectiva da Saúde Coletiva, que é mais ampla que a da Clínica. A Telessaúde está regulamentada por uma série de portarias do Ministério da Saúde. A primeira delas de n° 561, de 16/3/6, institui, no âmbito do Ministério da Saúde, a Comissão Permanente de Telessaúde. A última publicada, de 14/9/12, institui um grupo de trabalho, no âmbito do Ministério da Saúde, com a finalidade de avaliar, discutir e propor critérios e ações para expansão do Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes (Telessaúde Brasil Redes). Angélica Baptista Silva teve como orientadora principal da sua tese a pesquisadora da ENSP Ilara Hämmerli Sozzi de Moraes e como segundo orientador Carlos Medicis Morel, coordenador do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz).

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