Tag Archives: Câncer

Brócolis é eficaz como alimento auxiliar no combate ao câncer

Na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, estudos mostram que o brócolis (Brassica oleracea L. var. itálica) está entre os alimentos funcionais que mais tem se destacado quando o assunto é a prevenção do câncer. Segundo a farmacêutica Patricia Bachiega, o consumo de alimentos funcionais é uma medida promissora e vantajosa para o combate à doença. “Eles possuem compostos bioativos, responsáveis por modulações fisiológicas que irão resultar em benefícios ao nosso organismo”, afirma a pesquisadora.

Pesquisa avaliou o efeito da suplementação com selênio durante o cultivo do brócolis

Mestranda pelo programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, da Esalq, a pesquisadora observou que os excelentes resultados do brócolis na prevenção do câncer podem aliar-se ao selênio. “Para manter a saúde humana, pequenas quantidades de selênio [55 microgramas-μg- por dia] necessitam ser consumidas. Sua importância deve-se ao fato deste mineral ser responsável pelo aumento na síntese de enzimas, que apresentam elevada atividade antioxidante, minimizando assim os danos oxidativos”, comenta.

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SUS incorpora exame PET–CT para pacientes com câncer

O Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou o exame PET-CT (tomografia por emissão de pósitrons) para pacientes com câncer de pulmão, câncer colorretal e de linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodgkin. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União de quarta-feira (23) e o procedimento deve ser disponibilizado em até 180 dias, como prevê a legislação. A incorporação do exame ao SUS permite avaliar o grau de avanço do tumor e a extensão da doença no corpo do paciente. Para garantir o acesso da população a esse serviço, considerado de alto custo, o Ministério da Saúde irá investir mais R$ 31 milhões por ano, beneficiando diretamente 20 mil pessoas portadoras dessas doenças e que se enquadram nas condições indicadas.

“A incorporação desse exame ao SUS significa mais acesso da população a uma tecnologia avançada que vem contribuir para o diagnóstico e tratamento do câncer. A assistência em câncer, desde a prevenção ao tratamento e acompanhamento dos pacientes, é prioridade do governo federal”, destaca o secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães. “Os três tipos de câncer para os quais o exame está sendo indicado são aqueles em que o PET-CT agrega mais benefícios para a qualidade do tratamento, avaliando com mais precisão a extensão da doença e a necessidade de se fazer cirurgia”, explica o secretário.

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Tireoide: Saiba mais sobre a glândula que é essencial para o bom funcionamento do organismo

A tireoide é uma glândula em forma de borboleta localizada no pescoço, logo abaixo da região conhecida popularmente como gogó. A tireóide produz hormônios para que órgãos importantes como coração, cérebro, fígado e rins, funcionem bem. No entanto, eventualmente, podem aparecer nódulos na tireoide. Às vezes, esses nódulos são cancerosos. Nesses casos, há necessidade de retirar a glândula. Mas, após a retirada, o paciente não fica prejudicado se fizer reposição desses hormônios.

É o que faz a gerente de tecnologia, Cássia França. Ela retirou a tireoide há quatro anos e tem uma vida normal. “Estou só na fase de monitoramento e tenho que tomar o hormônio sintético para o resto da vida. Você fazendo a reposição correta, é normal, é um remédio que você vai tomar pra vida toda, mas não influencia absolutamente em nada na sua vida”, conta França.

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Dia Mundial do Câncer – Desvendando os mitos do câncer

Todo mês de fevereiro, o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) lançam campanha de conscientização contra o câncer, aproveitando o Dia Mundial do Câncer (4 de fevereiro). Durante todo o mês, a mobilização tem o objetivo de aumentar a consciência e educação sobre a doença, além de diminuir o estigma em torno da doença e esclarecer alguns mitos e verdades sobre o câncer.

A campanha deste ano irá difundir conhecimento sobre o câncer e informações contra as falsas ideias em relação à doença. Ela gira em torno de quatro temas principais, que são: ‘Temos que falar sobre o Câncer’; ‘Câncer pode ser diagnosticado com antecedência’; ‘Câncer, é possível prevenir’; e ‘Câncer, todos têm direito ao tratamento’. O Blog da Saúde conversou com o Diretor-Geral do INCA, Luiz Antônio Santini, que nos explicou a importância da informação no combate à doença:

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Ministério da Saúde reforça a importância da vacina contra o HPV para prevenir o câncer de colo do útero

A quase um mês do início da vacinação gratuita contra o HPV, o Ministério da Saúde reforça a importância da imunização contra o vírus que pode provocar o câncer de colo de útero. A eficácia da vacina é de 98,8% contra a doença. A partir de março, a dose contra o HPV vai estar disponível para meninas de todo o Brasil com idades de 11 a 13 anos.

A coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, Carla Domingues, explica que o calendário da vacina contra o vírus HPV foi dividido em três etapas por apresentar melhor resultado. “O Ministério da Saúde vai utilizar o esquema estendido que é a aplicação da primeira dose em março, a segunda dose seis meses depois e uma terceira dose cinco anos após a primeira dose. À medida que nós expandimos esse espaço entre as doses, nós aumentamos a eficácia da vacina e assim há uma segurança de que nós estaremos cobrindo a população alvo devidamente protegida contra o câncer do colo do útero”, comenta Carla.

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Ministério da Saúde garante acesso ao diagnóstico do câncer de mama

Nesta quarta-feira (05), é comemorado o Dia Nacional da Mamografia. O exame é primordial na detecção precoce do câncer de mama e priorizado pelo Ministério da Saúde no Plano de Fortalecimento da Rede de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer, lançado em 2011, pela presidenta da república Dilma Rousseff. A estratégia de prevenção por meio de financiamento, campanhas de conscientização e da qualificação dos serviços de diagnóstico já apresenta crescimento de 30% na realização de mamografias na faixa prioritária – de 50 a 69 anos – na comparação de 2012 com 2010. Esses procedimentos somaram 2,3 milhões, contra 1,7 milhão neste período. No total, o número de exames realizados em todas as faixas etárias em 2012 atingiu a marca de 4,4 milhões, representando um crescimento de 25,4% em relação a 2010, quando foram feitos 3,5 milhões.

Em novembro de 2013, o Ministério da Saúde publicou a portaria 1.253, que traz novas regras de financiamento do procedimento. O texto define nova forma de financiamento do exame, estabelecendo o pagamento da mamografia de diagnóstico por Teto de Financiamento de Média Alta Complexidade, encaminhado aos estados mensalmente para o custeio de procedimentos. As mamografias de rastreamento na faixa prioritária seguem sendo pagas pelo Fundo de Ações Estratégicas e Compensações (FAEC).

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Crianças com câncer ainda percebem algo positivo na doença

Pesquisa desenvolvida na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP pela psicóloga Hilze Benigno de Oliveira Moura Siqueira analisou como crianças e adolescentes com câncer (5 a 18 anos), atendidos no ambulatório e na enfermaria de oncopediatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP, avaliavam, compreendiam e expressavam sua dor.

Os resultados mostraram que algumas crianças só se referem aos efeitos negativos da dor. Outras conseguem perceber sua ausência / presença, considerando-as como efeitos positivos ou negativos, o que revela que a experiência dolorosa de câncer é, em alguns momentos, percebida também como algo positivo, revelando existir esperança.

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Tratamento precoce pode curar 70% das crianças com câncer infantil

De acordo com o INCA – Instituto Nacional de Câncer, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de um a 19 anos. Os tumores mais frequentes são as leucemias, os do sistema nervoso central e linfomas. A boa notícia é que cerca de 70% das crianças e adolescentes acometidos de câncer podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados.

A chefe da pediatria do INCA, Sima Ferman, alerta para que os pais fiquem atentos às queixas das crianças. “O câncer em criança, na maioria das vezes, você não identifica um fator causal. O que a gente pode fazer em criança é exatamente o diagnóstico precoce. Então a gente sempre fala para os pais que não desvalorizem a queixa da criança. A criança não inventa sintoma, se a criança diz que não está bem, ela tem que realmente ir ao pediatra. O tratamento hoje é feito não só para a cura da criança, mas também a qualidade de vida e a criança ser reintegrada à sociedade, ser um adulto finalmente produtivo”, explica a pediatra.

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Pesquisa revela epidemiologia do câncer em jovens

Caracterizar a distribuição epidemiológica do câncer em adultos jovens no Brasil, com ênfase no câncer de mama feminino, e determinar a magnitude de associação entre polimorfismos genéticos nos genes CYP17, CYP19 e NQO1 e a ocorrência de câncer de mama. Esse é o objetivo da tese de doutorado em Saúde Pública e Meio Ambiente, defendida por Sabrina da Silva Santos na ENSP, em 10 de junho. Os resultados da pesquisa revelam que, entre 2002 e 2004, para os jovens de 20-24 anos no Brasil, o câncer de testículo foi a localização anatômica de câncer com a maior incidência entre os homens, sendo as neoplasias da glândula tireoide, do colo de útero e a doença de Hodgkin as mais incidentes entre as mulheres, e o câncer de encéfalo a principal causa de morte por câncer, em ambos os sexos.

A análise exploratória do estudo de Sabrina sobre a distribuição da incidência e da mortalidade por câncer de mama no Brasil indicou um padrão de magnitude das taxas de incidência e mortalidade por câncer de mama em mulheres com menos de 50 anos, similar àquelas descritas como elevadas ou intermediárias em outros países.
Adicionalmente, a pesquisa apontou para um cenário resultante de um processo de mudança na distribuição epidemiológica dessa neoplasia, com aparente aumento das taxas de incidência de câncer de mama nesse grupo etário, na maior parte das capitais analisadas. Segundo Sabrina, o possível aumento da incidência do câncer de mama em mulheres na pré-menopausa, no Brasil, corrobora para a necessidade de mais estudos nesse grupo.
Buscando analisar possíveis fatores de risco associados ao câncer de mama em mulheres jovens, a pesquisadora realizou um estudo caso-controle de base hospitalar com mulheres com menos de 36 anos, na cidade do Rio de Janeiro, quando foram obtidas informações epidemiológicas e amostras biológicas de sangue das participantes. “Nesse projeto, procuramos determinar a magnitude de associação entre polimorfismos genéticos dos genes CYP17, CYP19 e NQO1 e a ocorrência de câncer de mama”, informou.
Sabrina explicou que a exposição aos estrógenos representa um dos fatores de risco mais importantes para o câncer de mama. “A biossíntese e a metabolização dos estrógenos envolvem uma série de passos enzimáticos regulados por diferentes genes, para os quais sua pesquisa descreveu alguns polimorfismos que podem estar associados ao aumento do risco para o câncer de mama.” Entre esses genes, disse ela, encontram-se a CYP17 e a CYP19, que estão envolvidas na síntese de estrogênio, e a NQO1 envolvida na metabolização de quinonas exógenas ou geradas a partir da metabolização do estrogênio e em outros mecanismos de proteção à formação de neoplasias.
No entanto, elucidou a pesquisadora, os resultados não revelaram uma associação entre o polimorfismo MspA1 do gene CYP17 e Arg 264 Cys do gene CYP19 e a ocorrência de câncer de mama em mulheres jovens (OR = 1,02; IC  95% 0,72 – 1,44 para os genótipos TC/CC do gene CYP17; OR = 0,85; IC 95% 0,48 – 1,49 para os genótipos CT/TT do gene CYP19).
Um aumento estatisticamente significativo do risco estimado de câncer de mama, porém, foi identificado em mulheres que possuíam pelo menos um alelo polimórfico do gene NQO1 (T), OR = 1,96 (IC 95% 1,13 – 3,40), quando ajustado por variáveis de confundimento selecionadas. “Os achados sugerem que o polimorfismo 609T da NQO1 pode ser um fator de risco para o câncer de mama em mulheres jovens no Brasil, mas outros estudos são necessários visando corroborar para os resultados do trabalho”, acrescentou.
A pesquisadora interessou-se pelo tema porque a literatura em relação à distribuição epidemiológica, às diferenças biológicas e aos fatores de risco associados ao câncer em adultos jovens em geral, incluindo o câncer de mama, ainda é extremamente restrita, não só no Brasil, mas no restante do mundo. “Nosso interesse é contribuir para a minimização dessa carência”, finalizou.
Sabrina da Silva Santos possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2003), aperfeiçoamento em Formação de Recursos Humanos em Pesquisa Oncológica pelo Instituto Nacional de Câncer, e mestrado em Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz (2006). Sua tese de doutorado, intitulada Câncer de mama em mulheres jovens: incidência, mortalidade e associação com os polimorfismos dos genes NQ01, CYP17 e CYP19, foi orientada pelo pesquisador da ENSP Sergio Koifman.

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