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Embalagem de autoteste de HIV fica mais discreta para incentivar uso

Ele é de fluido oral e seu resultado é obtido em 20 minutos

Nos próximos meses, os serviços públicos de saúde de todo o país e organizações da sociedade civil parceiras do Ministério da Saúde receberão o autoteste de HIV em nova embalagem, menor e discreta. A atualização visa ampliar o diagnóstico da infecção, garantindo o tratamento no tempo certo, e consequentemente eliminando a transmissão.

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CARNAVAL 2017 Ministério da Saúde convoca nova geração a usar camisinha

Casos de HIV/aids em jovens de 15 a 24 anos cresceram 85% nos últimos 10 anos. Para sensibilizar esse público, a campanha deste ano terá personagem distribuindo camisinha em blocos de rua

Incentivar o uso de preservativos, principalmente entre os jovens, é o foco da campanha de prevenção para o Carnaval deste ano, lançada nesta terça-feira (21/2), pelo Ministério da Saúde. Com o slogan “No Carnaval, use camisinha e viva essa grande festa!”, as peças publicitárias trazem o panorama de 260 mil pessoas vivendo com HIV e que ainda não estão em tratamento, e também de 112 mil brasileiros que têm o vírus e não sabem disso. Além de prevenir contra as infecções sexualmente transmissíveis, como a aids, o uso contínuo da camisinha também evita a gravidez indesejada.

Os jovens são o foco da campanha, já que essa é a faixa etária que menos usa camisinha. Pesquisa de Conhecimento, Atitudes e Práticas indica queda no uso regular do preservativo entre os que têm de 15 a 24 anos, tanto com parceiros eventuais – de 58,4% em 2004 para 56,6%, em 2013 – como com parceiros fixos – queda de 38,8% em 2004 para 34,2% em 2013.

Veja a apresentação que traz os dados sobre a campanha de prevenção para o Carnaval deste ano

Confira o vídeo da campanha.

“Intensificamos no Carnaval a campanha de prevenção ao HIV/aids, mas distribuímos camisinhas o ano todo. Este ano, estamos apelando especialmente aos jovens que usem camisinha, façam a testagem e, se infectados, busquem tratamento, que é gratuito e o melhor do mundo. E que no carnaval só tenhamos boas lembranças”, alertou o ministro da saúde, Ricardo Barros, no lançamento da campanha de carnaval deste ano em Salvador.

O prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto, ressaltou no evento o potencial do Carnaval para falar ao jovem. “Salvador sente-se honrada em ter o lançamento nacional da campanha de Carnaval e o alerta para o uso de camisinha. Nesse momento, conseguimos tocar no coração do jovem, que está na festa, sobre a importância do uso de camisinha e da preservação da vida”, enfatizou o prefeito. Também presente no lançamento, o vice-governador do estado, João Leão, apelou para o uso do preservativo no carnaval. “O espírito do baiano é carnavalesco, festeiro, quero pedir a juventude da Bahia que participe dessa festa, mas use camisinha, isso é bom para a saúde”, finalizou.

Com relação aos ainda mais novos, os dados preocupam ainda mais. Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), realizada nas escolas de todo o país com adolescentes de 13 a 17 anos, reforça esse cenário: 35,6% dos alunos não usaram preservativos em sua primeira relação sexual. O percentual das meninas que tiveram relação sem camisinha é de 31,3%, e dos meninos, é ainda maior: 43,02%. O mesmo estudo aponta que, quanto mais jovem, menor é o uso da camisinha. Enquanto 31,8% dos jovens de 16 e 17 anos não usaram preservativos em sua primeira relação sexual, esse índice sobe para mais de 40% entre os jovens de 13 a 15 anos.

Uma das justificativas sobre o jovem não ter o hábito de usar camisinha é o fato deles não terem vivido o risco de morte da doença. “Os mais velhos viram ídolos morrendo de aids, como Cazuza. Mas, hoje o tratamento é gratuito e está disponível no SUS. O fato é que as pessoas não estão mais morrendo, embora percam qualidade de vida. Então, é preciso que a população entenda o risco que envolve a transmissão da aids e se proteja. Queremos evitar que novos casos, todos os anos, se somem aos 800 mil brasileiros que já tem o vírus”, completou Ricardo Barros.

Presente no lançamento da ação, o músico Carlinhos Browns enfatizou a importância dessa campanha inserida em eventos de grande apelo popular, como o Carnaval. “É quando o Ministério vem na rua e faz a sua comunicação, porque não adianta ser uma ação de escritório, tem que vir in loco. Não é possível que esse índice de portadores de 40 mil novos casos por ano continue existindo. É no carnaval que falamos sobre a utilização de preservativos, que deve seguir o ano inteiro. Viva essa alegria porque nossa saúde não pode entrar em crise, e use camisinha Brasil!”

O hábito de não usar camisinha tem impactado diretamente o aumento de casos de HIV e aids entre os jovens. No Brasil, a epidemia avança na faixa etária de 20 a 24 anos, na qual a taxa de detecção subiu de 15,6 casos por 100 mil habitantes, em 2006, para 21,8 casos em 2015. Entre os mais jovens, de 15 a 19 anos, o índice mais que dobrou, passando de 2,8 em 2006 para 5,8 em 2015.

Outra característica preocupante é que, dentre todas as faixas etárias, a adesão ao tratamento nesse grupo é a mais baixa. Apenas 29,2% dos 44 mil jovens identificados no Sistema Único de Saúde (SUS) com a doença estão em tratamento. Os dados mostram que a cobertura cresce à medida que aumenta a idade das pessoas vivendo com HIV e aids. Na faixa de 25 a 34 anos, esse percentual é de 77,5%, mantendo-se superior a 80% em todas as outras faixas etárias até chegar a 84,3% entre os indivíduos acima de 50 anos.

De acordo com o Boletim Epidemiológico de HIV e Aids divulgado no final do ano passado, 827 mil pessoas vivem com o HIV. A epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 19,1 casos a cada 100 mil habitantes. Isso representa 40,9 mil casos novos, em média, no período de 2010 a 2015.

Assista a matéria da TV Saúde e saiba o que os jovens pensam sobre o uso da camisinha 

Confira a Radionovela que traz adolescentes com alerta sobre a importância do uso da camisinha no carnaval.

HOMEM CAMISINHA – Além de TV, rádio e outdoor, que serão veiculados entre os dias 21 e 28 de fevereiro, o Ministério aposta na presença do Homem Camisinha para sensibilizar os jovens. O personagem, criado pela Pasta, vai interagir com o público, informar e distribuir preservativos nos blocos de rua em Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Brasília, Olinda, Ouro Preto, Diamantina e Florianópolis.

Todos os estados e o Distrito Federal estão abastecidos com preservativos para as ações do Carnaval. Até o começo da festa, estarão disponíveis nos pontos de distribuição, 74 milhões de preservativos masculinos e 3,1 milhões de preservativos femininos.

SIMULAÇÃO – Ainda em Salvador, o ministro Ricardo Barros assistiu a uma simulação de Atendimento de Múltiplas Vítimas no pátio do estacionamento do Hospital Geral do Estado (HGE). Inaugurado em fevereiro de 2016, o centro está preparado para receber e tratar mais de 25 vítimas simultaneamente. Esse tipo de atendimento é essencial para um Estado, como a Bahia, que recebe centenas de milhares de turistas, sendo que, durante o Carnaval, milhões de pessoas se aglomeram nas ruas da capital baiana.

O HGE é o maior complexo hospitalar do estado da Bahia. É um hospital geral com enfoque em trauma, atendendo casos de cirurgia geral, traumato-ortopedia, queimaduras, cirurgia oftalmológica (proveniente de trauma), cirurgia plástica reparadora, cirurgia torácica, cirurgia buco-maxilo facial e cirurgia de coluna.

UNIDADES DE SAÚDE – O Ministro da Saúde também visitou o Módulo de Saúde do Farol da Barra, em Salvador (BA), que fará o atendimento de situações de Urgência e Emergência ocorridas no período do Carnaval. A população também contará com clínico geral, testes rápidos para sífilis e hepatites B e C, além de distribuição de preservativos. A previsão é que, durante o Carnaval, sejam distribuídas 7,2 mil camisinhas por dia.

O Ministro também visitou o Multicentro Carlos Gomes, em Salvador. Durante o Carnaval, a policlínica fará testes rápidos para detecção dos vírus da aids, da sífilis e das hepatites B e C. Em 2016, o Multicentro registrou 70.093 procedimentos ambulatoriais. A instituição oferece diversas especialidades, entre elas: Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Angiologia, Cardiologia Adulto e Pediátrica, Clínica Geral, Dermatologia. A unidade possui, ainda, um Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), que funciona no local e foi totalmente requalificado.

O Multicentro recebeu do Ministério da Saúde um total de R$ 2,47 milhões, valor proveniente do programa Requalifica UBS, para aquisição de equipamento e material permanente. No passado, o multicentro foi uma unidade básica de saúde.

 

Fiocruz promove ações de prevenção ao HIV no Carnaval

Entre os dias 24 e 28 de fevereiro, os educadores comunitários do Laboratório de Pesquisa Clínica em DST e Aids (LaPClin-Aids) do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) estarão pelas ruas do Carnaval do Rio de Janeiro conscientizando o público sobre a importância do sexo seguro para a prevenção do HIV e das doenças sexualmente transmissíveis (DST), como sífilis ou hepatite B. Além de esclarecer dúvidas, a equipe apresentará as pesquisas realizadas pelo laboratório Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas PrEParadas e A.M.P. – e distribuirá preservativos, géis, brindes e materiais informativos.

Blocos carnavalescos reúnem milhares de cariocas e turistas nas ruas do Rio de Janeiro (Foto: Isabela Vieira/Agência Brasil)

A Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP), tratamento para quem manteve relações sexuais sem a proteção de preservativos, também faz parte da campanha de divulgação. A PEP consiste no uso de um medicamento contra o HIV por 28 dias com o objetivo de evitar a infecção da doença e está disponível gratuitamente no ambulatório do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (Av. Brasil 4365- Manguinhos/RJ). O tratamento também é encontrado nos serviços de saúde ou emergências públicas de todo o país e a recomendação é que o tratamento seja iniciado até 72h depois da exposição ao risco. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 9090 (21) 2260-6700 (ligação gratuita).

Confira as datas e locais de atuação dos educadores:

Lembre-se! A PEP não previne as demais DST e quanto mais rápido iniciar o tratamento, melhor será seu resultado. A camisinha ainda é a forma mais eficaz de prevenir o HIV e outras DST. Aproveite o Carnaval sem descuidar da sua saúde!

 

Saúde lança Proteja O Gol para prevenção ao HIV e aids no mundial

Os torcedores brasileiros e estrangeiros da Copa do Mundo no Brasil terão acesso a camisinhas e testagem de HIV durante o período de jogos do mundial nas cidades sedes brasileiras. As ações de prevenção ao HIV e aids integram o Projeto Proteja o Gol, parceria do Ministério da Saúde com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV e Aids (UNAIDS). O ministro da Saúde, Arthur Chioro, participou nesta segunda-feira (09), em Salvador, do lançamento da campanha. Também estiveram presentes ao evento os netos de Nelson Mandela, que são embaixadores da campanha, além do Diretor Executivo do UNAIDS e Secretário Geral Adjunto das Nações Unidas, Michel Sidibé.

Durante o mundial, serão distribuídas cerca de 2 milhões de camisinhas, acompanhados de panfletos com mensagens de prevenção. Para o ministro Arthur Chioro, o projeto representa o esforço do Ministério da Saúde e da UNAIDS em implantar estratégias inovadoras de prevenção voltadas aos jovens, que normalmente não buscam os serviços de saúde de forma voluntária. O diagnóstico será realizado em unidades móveis (trailers) disponibilizados pelo Ministério da Saúde e serão utilizados testes rápidos, com resultado em até 30 minutos. Inicialmente, serão oferecidos cerca de 40 mil testes para as cidades sedes.

“Quando focamos nosso trabalho em eventos de grande porte – como o Carnaval, feiras, shows e agora nos jogos da Copa do Mundo estamos tentando levar informação e conscientização a um público que, muitas vezes, não pensa em fazer o teste de HIV, por falta de oportunidade, coragem ou dificuldade de acesso”, afirmou o ministro.

O ministro disse ainda que a campanha Proteja o Gol contribui para abordar com os jovens a questão da prevenção ao HIV e aids. “É importante fazer chegar aos jovens e adolescentes mensagens como as da campanha, para que nossa juventude, meninos e meninas, possam lidar com o sexo, de forma responsável, de maneira segura, usando o preservativo e tomando todos os cuidados”, disse, acrescentando que “assim conseguiremos atingir zero de infecção de HIV, zero de óbitos por aids, e principalmente, zero de discriminação, porque ninguém pode ser estigmatizado por ser portador de um vírus. É preciso tratar todos com dignidade e é isso que o Brasil vem fazendo e fará durante a Copa”, completou.

O Diretor Executivo do UNAIDS e Secretário Geral Adjunto das Nações Unidas, Michel Sidibé afirmou que a escolha da capital baiana se deu pela relevância histórica. “Salvador é marcada por sua tradição e importância como elo de ligação entre as Américas e a África. É preciso ressaltar que o Proteja o Gol não é apenas uma campanha, mas uma ação global de solidariedade e um movimento de vários países em prol da igualdade social e contra todas as formas de estigma e discriminação”, concluiu.

Campanha – Iniciada na África do Sul, durante a Copa de 2010, o Projeto tem como meta zerar tanto infecções, como mortes e discriminação. A campanha prevê ainda a divulgação de mensagens de prevenção do HIV voltadas aos jovens, por meios de comunicação e redes sociais, nos telões da Fan Fest e no site exclusivo da campanha. Nesses materiais estão engajados estrelas de futebol e celebridades, como o alemão Michael Ballack e o brasileiro David Luiz.

Cenário da infecção – A epidemia de aids no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20 casos de aids a cada 100 mil habitantes, o que representa cerca de 39 mil casos novos da doença ao ano. Estimativas indicam que, atualmente, cerca de 718 mil pessoas vivam com HIV, sendo que 150 mil desconhecem sua situação. O não conhecimento da sorologia é hoje um dos desafios a serem enfrentados no combate à doença no país. Atualmente, estão em tratamento com medicamentos antirretrovirais, ofertados pelo SUS, cerca de 340 mil pessoas.

O coeficiente de mortalidade por aids vem caindo no Brasil nos últimos 10 anos. Em 2003, era de 6,4 casos por cada 100 mil habitantes, caindo para 5,5 por 100 mil habitantes em 2012. Do total de óbitos por aids no Brasil, até o ano passado, 190.215 (71,6%) ocorreram entre homens e 75.371 (28,4%) entre mulheres.

Quantitativo de Camisinhas

UF

QUANTIDADE

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