Publicado em janeiro 25, 2022 por tatianelopes
A hanseníase, conhecida no passado como lepra, é uma doença incapacitante e que pode trazer danos ao paciente mesmo após a alta médica depois de curado. Uma parceria viabilizada pelo Ministério da Saúde, por meio do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD – Fiocruz Amazônia) e a Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham), unidade de referência no tratamento da doença, permitirá, pela primeira vez no país, a realização de um inquérito de incapacidades físicas ocasionadas pela hanseníase em mais de 200 municípios brasileiros mapeados pelo Projeto Inquérito da Hanseníase no Brasil (Inqhans). O trabalho de campo tem início previsto para março com atividades realizadas por equipes multidisciplinares formadas por profissionais de todo o Brasil e ao final permitirá a criação de um banco de dados nacional sobre as incapacidades físicas pós-cura da hanseníase.
“Hoje, esse é um número desconhecido no Brasil. O paciente sai de alta e sai dos registros. Com o tempo, a incapacidade motivada pela doença pode aumentar no pós-cura e é preciso termos políticas públicas para combater esse problema e ajudar as pessoas incapacitadas”, afirma a diretora de Ensino e Pesquisa da Fuham, Valderiza Lourenço Pedrosa, coordenadora nacional do trabalho. Segundo ela, o objetivo do projeto é estimar a magnitude das incapacidades físicas da hanseníase pós-alta por cura no Brasil, visando a implementação de políticas de cuidados voltados para prevenção, reabilitação e cirurgias, evitando piora e melhorando a qualidade de vida desses pacientes.
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