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Pesquisadora fala sobre a importância da regulação sanitária no contexto global

O Simpósio Brasileiro de Vigilância Sanitária – VI Simpósio Brasileiro e Vigilância Sanitária/ II Simpósio Pan-Americano de Vigilância Sanitária –  chegou à sua sexta edição, e este ano foi realizado na cidade de Porto Alegre – Rio Grande do Sul, entre os dias 26 e 30 de outubro. Durante cinco dias de atividades, o evento reuniu dezenas de pesquisadores da área que debateram a respeito de desenvolvimento, regulação, inclusão, proteção à saúde e os rumos da vigilância sanitária no país, além de outros grandes temas que giram em torno da Visa no Brasil e na América Latina.

Em entrevista ao Informe ENSP, Vera Pepe, que divide a coordenação do Centro Colaborador em Vigilância Sanitária (Cecovisa/ENSP) com as pesquisadoras, Ana Célia Pessoa, Lenice Reis e Marismary De Seta, falou sobre a importância da realização do evento, o debate em torno da vigilância sanitária na Escola e como as discussões promovidas no Simbravisa podem contribuir para a melhoria da vigilância sanitária brasileira. Confira, abaixo, a entrevista na íntegra.
Informe ENSP: Qual a importância da realização do VI Simpósio Brasileiro e Vigilância Sanitária/ II Simpósio Pan-Americano de Vigilância Sanitária?
Vera Pepe: O Simpósio Brasileiro de Vigilância Sanitária é organizado pelo Grupo Temático de Vigilância Sanitária da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Desde o primeiro evento, em 2002, constitui-se de uma importante estratégia não apenas para legitimar a vigilância sanitária como um campo de saber específico e estruturante do SUS, frente à Saúde Coletiva, mas também para congregar as instituições de Ensino e Pesquisa dos serviços de vigilância sanitária.
A presença maciça de diferentes profissionais que se interessam pelo tema, permite a troca de informações sobre experiências e práticas, promove o intercâmbio de conhecimentos e estimula a produção científica, arejada pela ampla e distinta realidade e atuação dos serviços de vigilância sanitária federal, estaduais e municipais no Brasil. Neste VI Simbravisa, a troca foi ainda maior pois agregaram-se os pesquisadores, gestores e profissionais da América Latina e de outros campos.
Tem sido crescente o número de participantes e visível a diversidade dos trabalhos apresentados ao longo destes dez anos de realização do Simbravisa – foram realizadas seis edições do Simpósio ao longo de dez anos. Este ano foram mais de 1.300 participantes presentes, de todas as regiões do país. Foram apresentados e discutidos 882 trabalhos científicos, em nove Comunicações Coordenadas e 37 Discussões Temáticas, vindos das universidades e Instituições de Pesquisa, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), dos Laboratórios de Saúde Pública, das vigilâncias sanitárias estaduais e dos serviços de vigilância sanitária de diferentes regiões e tamanhos.
O Simbravisa é o evento científico nacional da vigilância sanitária. É o momento do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária olhar para si mesmo e desenhar estratégias para sua futura atuação. É hora de analisar a conjuntura e seus desafios, identificar suas fragilidades, fortalezas, dificuldades e avanços.  Somar a força de todos que pensam e atuam no campo da Saúde Coletiva e da Vigilância Sanitária é outra grande riqueza.
Informe ENSP: O tema central do Simpósio é vigilância sanitária, desenvolvimento e inclusão: dilemas da regulação e da proteção da saúde. De que maneira você avalia essa relação e sua importância?
Vera Pepe: O tema central do Simbravisa foi debatido em quatro conferências, três grandes encontros, quatro Roda Visa e 33 painéis. Cada um deles abordando aspectos de interesse das instituições científicas e dos serviços de vigilância sanitária relacionados aos quatro aspectos principais: desenvolvimento, inclusão, proteção da saúde e regulação.  Estes quatro aspectos estão intimamente relacionados e são muitos os dilemas existentes na sua combinação. Não é possível pensar o desenvolvimento apenas sob o ângulo econômico. No âmbito da saúde, interessa também o desenvolvimento social e a inclusão, a proteção da sociedade e do ambiente. A regulação sanitária tem importante papel frente ao contexto globalizado.
A Vigilância Sanitária é o fiel da balança, é o que pode fazer com que os interesses econômicos não comprometam os interesses sanitários e as futuras gerações. Temos visto inúmeros recentes exemplos de enfrentamento destes interesses, quando contraditórios, expressos nos episódios dos emagrecedores, da propaganda de alimentos e medicamentos, da proibição de substâncias químicas no tabaco, na questão da regulação dos agrotóxicos e do amianto.
Informe ENSP? Como os debates promovidos durante os quatro dias de atividades pretendem auxiliar na regulação sanitária desenvolvida atualmente no Brasil?
Vera Pepe: Os debates ocorridos durante o Simbravisa iluminaram questões muito caras ao processo de regulação sanitária no Brasil e na América Latina. Foram discutidos temas mais macros como os desafios de gestão e financiamento frente à universalização das reformas do setor saúde na América Latina, a grande dependência externa do Brasil na área de tecnologia da saúde, com a falta de desenho institucional de regulação da incorporação tecnológica e a necessidade de ter uma preocupação mais totalizante acerca do indivíduo e da sociedade.
Foi discutida a Reforma Sanitária do Brasil e a dificuldade em ser assumida como projeto de governo, com uma aposta na privatização do SUS, mesmo entre os que antes encontravam-se na trincheira da defesa de um Sistema Único de Saúde público e universal, com seus princípios de integralidade, participação da sociedade e equidade. Foi discutido o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária à luz do Sistema Único de Saúde, como atividade do Estado e submetido aos mesmos desafios do SUS e a desafios adicionais, oriundos de sua atuação de regulação sanitária num contexto de baixo controle público.
Algumas sugestões foram muito claras como a necessidade de se pensar a saúde como democracia e busca da igualdade, de se comprometer com a Agenda de Desenvolvimento pós-2015, de fortalecimento do setor saúde como um todo e da proteção da saúde em particular, de cuidar para a construção de um desenho da regulação tecnológica que não seja uma relação Estado-indústria, evitando a captura do primeiro.
Nos debates específicos do campo da regulação sanitária realizada pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), alguns desafios foram destacados: o fortalecimento do SNVS com valorização dos profissionais que nela atuam, tanto no que diz respeito ao estabelecimento de uma carreira profissional como à qualificação de sua força de trabalho, de sua capacidade de gestão e de sistema de informação compatível com sua atividade.
Além disso, a defesa da regulação sanitária tendo como baliza a proteção da saúde do cidadão e não dos interesses do setor produtivo foi reiterada em diversos painéis sobre os temas específicos, seja no controle dos agrotóxicos, banimento do amianto, regulação a propaganda de alimentos e cuidado no registro e incorporação de tecnologias, dentre elas os medicamentos.  Também foi discutido alguns desafios como a articulação intrasetorial, com os demais órgãos de saúde, como a intersetorial, especialmente Agricultura, Ministério Público, e Ciência e Tecnologia.
Informe ENSP: Como o tema da vigilância sanitária vem sendo debatido na ENSP?
Vera Pepe: A ENSP tem papel importante, e de longa data, na difusão da vigilância sanitária, na formação de recursos humanos, na produção de conhecimento e na cooperação com o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária em suas diferentes esferas de governo.
Foi a primeira instituição a incluir o tema da vigilância sanitária nos cursos de Especialização em Saúde Pública, no Brasil, em fins da década de 80, quando a Suely Rozenfeld (pesquisadora do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos da ENSP) veio para cá, saída da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária. Difundiu esta proposta, pelo território brasileiro, por meio da então Coordenação de Cursos Descentralizados (CONCURD) e até hoje colabora em cursos realizados fora da ENSP.
O Centro Colaborador em Vigilância Sanitária da Escola Nacional de Saúde Pública (Cecovisa/ENSP) mantém um curso de Especialização em Vigilância Sanitária regular, com recursos próprios, visando formar novos profissionais para o SNVS e qualificar os que dele já fazem parte. Desde a década de 80 já cooperou e coopera com a Anvisa e com a Vigilância Sanitária de alguns estados e municípios brasileiros. Possui um Curso na modalidade à distância que tem formado profissionais pelo País, por meio da Universidade Aberta do Brasil. Oferece Disciplinas na Pós Graduação e oferece módulos de Vigilância Sanitária em Mestrados realizados em outros Países, como em Angola e no Peru.
A Vigilância Sanitária tem sido debatida em Ciclo de Debates, Oficinas e Centros de Estudos ao longo destas décadas. Mais recentemente foram temas de nossos Centro de Estudos da ENSP as patentes, a efetividade e segurança dos anorexígenos e a atuação da Vigilância Sanitária nos eventos de massa.

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Pesquisadoras falam da cooperação Brasil-Venezuela

Com base na experiência desenvolvida entre a ENSP e o Instituto de Altos Estudos em Saúde Doutor Arnaldo Gabaldón da Venezuela (IAE), Érica Kastrup e Luisa Regina Pessôa, pesquisadoras da ENSP, apresentaram o artigo de sua autoria “Desafios da Cooperação Internacional Sul-Sul: Brasil e Venezuela, um processo horizontal, sustentável e estruturante” na revista Saúde em Debate, do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes). O texto teve como foco a estruturação de uma Escola de Governo e de uma Rede Colaborativa de instituições formadoras no âmbito da saúde, visando à formação de trabalhadores venezuelanos.
Segundo o artigo, nos últimos cinco anos, a presença do Brasil tem se mostrado cada vez mais forte na cooperação internacional do eixo Sul-Sul, e é importante a avaliação dessas iniciativas, cujas categorias principais de análise são a relevância, a horizontalidade e o caráter sustentável e estruturante da cooperação, na qual ambos os países ganham com o processo.
No início dos anos 1990, uma série de conferências das Organizações das Nações Unidas (ONU) sobre temas relacionados a questões sociais e de direitos humanos motivou a entrada de questões sociais na agenda das relações internacionais. De acordo com a publicação, mais recentemente, com o fim da bipolaridade e as mudanças ocorridas no regime internacional de desenvolvimento, assim como o foco colocado sobre o desenvolvimento humano e sobre a erradicação da pobreza, verificou-se o fortalecimento da cooperação Sul-Sul também no âmbito social.
Conforme explicado no artigo, uma cooperação internacional estruturante estimula o país receptor a assumir o protagonismo da mudança, formulando uma agenda sustentável e de longo prazo para seu próprio desenvolvimento. Essa ideia se traduz no forte envolvimento dos Ministérios da Saúde nos processos de negociação, com clara definição de corresponsabilidades, e no direcionamento de instituições estruturantes dos sistemas de saúde, tais como Ministério da Saúde, Escolas de Saúde Pública, Escolas de Governos em Saúde, Institutos de Saúde e a organização de Redes Colaborativas. Dentro dessa perspectiva, as autoras apontam que a Fiocruz firma sua posição de instituição estratégica do estado brasileiro ao se colocar como lócus da aproximação entre saúde e política externa, assumindo a liderança de iniciativas históricas de cooperação Sul-Sul.
O artigo destaca a implantação do projeto Desenvolvimento Institucional de Altos Estudos de Saúde Dr. Arnaldo Gabaldon, em dezembro de 2007. A primeira atividade desse projeto foi a realização da oficina Taller de Gestión de Proyectos de Inversión em áreas Sociales y Salud, na ENSP, com o objetivo de motivar a participação do corpo docente, do corpo técnico e administrativo do IAE a identificar projetos considerados estratégicos para alcançar o objetivo geral de desenvolvimento institucional. Na opinião das autoras, essa atividade foi importante, pois permitiu ao IAE planejar ações de maneiras estratégicas, as quais não necessariamente seriam tratadas no âmbito do projeto de cooperação, mas com certeza contribuiriam para seu desenvolvimento institucional.
De acordo com a publicação, em setembro de 2011, um grupo de três técnicos do IAE esteve na ENSP para outra atividade do projeto que previa a apresentação de tecnologias de gestão acadêmica pela Escola. Mais uma vez, aponta o artigo, o acordo entre as partes possibilitou ampliar a dimensão da atividade, uma vez que o IAE estava trabalhando no desenvolvimento do primeiro curso de mestrado a ser oferecido pelo instituto.
Por fim, conforme exposto por Luisa Regina Pessôa e Érica Kastrup, em outubro de 2011, o vice-diretor da Escola de Governo e a coordenadora de Cooperação Internacional da ENSP estiveram na Venezuela para impulsionar o projeto de criação de uma Escola de Governo em Saúde no IAE e apoiar o processo de criação da Rede Venezuelana de Saúde Coletiva.
Na conclusão das autoras, as missões de intercâmbio de experiência inspiraram os técnicos do IAE a promoverem mudanças efetivas tanto na gestão da instituição como em sua capacidade técnica na área da saúde pública e sua articulação política com o Ministério da Saúde e o Sistema Público de Saúde da Venezuela. Do ponto de vista dos resultados positivos para a ENSP, advindos da experiência, o artigo destacou o aprimoramento no próprio processo de gestão no âmbito da cooperação internacional.
A cooperação entre Brasil e Venezuela foi considerada pelas pesquisadoras como uma experiência exitosa, em que ambas as instituições conseguiram desenhar um formato horizontal e colaborativo com a elaboração de subprojetos relevantes para o desenvolvimento institucional do IAE, em que a horizontalidade dos processos foi respeitada e pactuada.
Confira a íntegra do artigo clicando aqui.

 

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Brasil e Reino Unido avançam em pesquisas conjuntas sobre clima

Pesquisadores brasileiros e britânicos têm sobrevoado a Amazônia desde setembro de 2012, usando equipamentos avançados para investigar como as queimadas na região alteram o clima local e de todo o planeta.

Eles participam do projeto South American Biomass Burning Analysis (Sambba), uma das iniciativas da Rede Brasil-Reino Unido de Investigação da Composição da Atmosfera da Amazônia apresentadas pelos professores Paulo Artaxo, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), e Gordon McFiggans, da University of Manchester, no painel sobre mudanças climáticas da FAPESP Week London 2013.

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Maior pesquisa sobre crack já feita no mundo mostra o perfil do consumo no Brasil

Os usuários regulares de crack e/ou de formas similares de cocaína fumada (pasta-base, merla e oxi) somam 370 mil pessoas nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. Considerada uma população oculta e de difícil acesso, ela representa 35% do total de consumidores de drogas ilícitas, com exceção da maconha, nesses municípios, estimado em 1 milhão de brasileiros. A constatação está no estudo Estimativa do número de usuários de crack e/ou similares nas capitais do país, divulgado nesta quinta (19/9) pelos ministérios da Justiça e da Saúde. A pesquisa foi encomendada pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad) à Fiocruz. A metodologia usada na pesquisa é inédita no Brasil, pois foi a única até o momento capaz de estimar de forma mais precisa essa populações de difícil acesso. Para ler as pesquisas na íntegra clique aqui para o Livreto Domiciliar e aqui para o Livreto Epidemiológico.

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Mortalidade na infância: Brasil registra maior queda entre os países da América Latina

Na divulgação do seu relatório, o Unicef destacou o Brasil e as ações do governo brasileiro para reduzir a taxa de mortalidade na infância

Nos últimos 10 anos, o Brasil reduziu 40% a taxa de mortalidade na infância (menores de cinco anos). O número caiu de 28,4 mortes por mil crianças nascidas vivas, em 2002, para 16,9 óbitos por mil nascidos vivos em 2012. Em relação aos últimos 22 anos, a queda ainda mais expressiva: 68,5%, passando de 54 mortes por mil nascidos vivos em 1990 para 16,9 para 2012 (dados preliminares). Na divulgação do Relatório de Progresso 2013 sobre o Compromisso com a Sobrevivência Infantil: Uma Promessa Renovada, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) destacou o Brasil e suas ações para o combate aos fatores que contribuem para a mortalidade na infância. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou nesta sexta-feira (13), em Brasília, do evento de lançamento da Unicef e da Organização Panamericana de Saúde (Opas), que lembra a conquista brasileira, além de apresentar dados inéditos de mortalidade na infância em todo o mundo.

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China busca maior parceria em pesquisa com Brasil

O embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang, visitou a FAPESP na sexta-feira (06/09), acompanhado da conselheira política da embaixada em Brasília, Tian Min, e do adido civil da representação chinesa no Brasil, Deng Huan.

A crescente e estratégica aproximação entre os dois países nas áreas de ciência e tecnologia esteve na pauta de discussões.

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Mais da metade da população brasileira tem excesso de peso

Dados inéditos do Ministério da Saúde revelam que, pela primeira vez, o percentual de pessoas com excesso de peso supera mais da metade da população brasileira. A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2012) mostra que 51% da população acima de 18 anos está acima do peso ideal. Em 2006, o índice era de 43%. Entre os homens, o excesso de peso atinge 54% e entre as mulheres, 48%.

O estudo inédito também indica que a obesidade cresceu no país, atingindo o percentual de 17% da população. Em 2006, quando os dados começaram a ser coletados pelo Ministério, o índice era de 11%. O aumento atinge tanto a população masculina como a feminina. Na primeira edição da pesquisa, 11% dos homens e 11% das mulheres estavam obesos. Atualmente, 18% das mulheres estão obesas. Entre os homens, a obesidade contabiliza 16%.

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‘Produtos terapêuticos não são avaliados cientificamente’

“Os produtos terapêuticos derivados de plantas medicinais e oficializados para uso no Brasil são remédios, mas ainda não são medicamentos e não devem ser regulamentados como tal. Eles serão disponibilizados ao consumidor sem a garantia da sua eficácia e da sua segurança, perpetuando a ausência de controle sanitário da área e contrariando os princípios básicos de toda política de medicamentos: o acesso seguro, a qualidade e o uso racional.” O alerta é da aluna do doutorado em Saúde Pública Sabrina Schaaf Teixeira Costa Pereira, que defendeu sua tese na ENSP no dia 22/7, com a orientação do pesquisador Francisco José Roma Paumgartten. Segundo ela, esses produtos não são avaliados cientificamente de forma adequada por meio de pesquisas pré-clínicas e clínicas, e existe um processo de regulamentação facilitador da sua entrada no mercado e, consequentemente, da sua incorporação no sistema de saúde.

Sabrina fez uma análise crítica do embasamento técnico-científico para registro de produtos terapêuticos industrializados derivados de plantas medicinais, incluindo os medicamentos fitoterápicos e as drogas vegetais industrializados com uso oficializado pelo Ministério da Saúde. A ênfase foi para os requisitos relacionados à comprovação científica da eficácia e da segurança que constam da regulamentação sanitária; a abrangência e a pertinência dos estudos não clínicos e clínicos referidos em monografias de plantas medicinais (Coleção de monografias de plantas medicinais da Organização Mundial da Saúde, v. 1, 2, 3 e 4), monografias da Comissão E da Alemanha e a expansão das monografias dessa comissão que dão suporte à regulamentação sanitária na área (pertencem à lista de referências bibliográficas utilizadas como umas das opções para comprovação da eficácia e segurança para fins de registro); e a qualidade do relato de metodologia dos ensaios clínicos publicados realizados com esses produtos.

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Livro sobre realidade dos médicos no Brasil disponível em acesso aberto

Os médicos no Brasil: um retrato da realidade, coordenado pela pesquisadora da ENSP Maria Helena Machado, é um dos 85 títulos da Editora Fiocruz disponíveis em acesso aberto no SciELO Livros. Faça download do livro em formato ePub ou PDF.  Acesse a publicação.

Os médicos no Brasil: um retrato da realidade

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Pós-Graduação 2014 em Saúde Pública da USP

A Faculdade de Saúde Pública da USP está com inscrições abertas para os Programas de Pós-Graduação 2014 em Saúde Pública, Nutrição em Saúde Pública – Mestrado, Doutorado e Mestrado Profissional em Ambiente, Saúde e Sustentabilidade.

As inscrições para o exame de ingresso na Pós-Graduação podem ser feitas até 30 de agosto de 2013, exclusivamente pela internet, no site www.fuvest.br

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