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Bio-Manguinhos abre simpósio sobre futuro da produção de vacinas. Novas terapias e uso da inteligência artificial estão entre os temas

Profissionais, pesquisadores e instituições de desenvolvimento e produção de imunobiológicos de todo o mundo reúnem-se a partir desta terça-feira (7), no Rio, na 8ª edição do International Symposium on Immunobiologicals (ISI) para discutir o futuro da produção de vacinas, novas terapias promissoras e o uso da inteligência artificial a favor do diagnóstico preciso de doenças. Promovido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz), no campus da instituição e na Fundação Getúlio Vargas (FGV), o simpósio vai debater também o que há de mais atual no mercado de imunobiológicos.

O encontro vai até sexta-feira (11) e tem como principal objetivo integrar pessoas, melhorar o conhecimento destas e, com isso, gerar um ambiente melhor para a inovação, disse o diretor de BioManguinhos, Mauricio Zuma, em entrevista à Agência Brasil.

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Melhorias na vacina de febre amarela dobram capacidade produtiva

O Projeto de Melhorias da Vacina de Febre Amarela do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), iniciado em 2008, alcançou um grande marco em fevereiro deste ano. A Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) autorizou a retirada dos antibióticos e a otimização do processo produtivo do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina febre amarela (atenuada).

A retirada dos antibióticos constitui uma significativa melhoria, efetuada a pedido da Organização Mundial da Saúde (OMS). “Há décadas, a gente usava o antibiótico para garantir que os frascos não iriam contaminar e isso acabou ficando no processo. Hoje em dia, as áreas são estéreis e o uso do antibiótico não é mais necessário. Isso não afeta na segurança nem na eficácia do produto”, afirmou a gerente do Programa de Vacinas Virais (PVIR) de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Elena Caride. Gerente do projeto, Ana Claudia Machado Duarte destacou que há um grande esforço da OMS em diminuir o uso em ampla escala dos antibióticos em todo o mundo, por conta dos altos níveis de resistência das bactérias. “Bio-Manguinhos está alinhado a isso”, destacou.

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Vacina Pentavalente passa a ser produzida e adquirida no Brasil

Parceria do Ministério da Saúde com o Butantan garante investimento no complexo industrial da saúde e fortalece a oferta da Pentavalente para o Programa Nacional de Imunização

A vacina pentavalente, oferecida no Programa Nacional de Imunização (PNI), deixará de ser importada para o Brasil. Isso porque a parceria entre o Ministério, Bio-manguinhos/Fiocruz e o instituto Butantan tornou possível a produção da vacina em território nacional. Esse é um importante passo para assegurar, cada vez mais, a autonomia na saúde do  país. A vacina garante a proteção contra a difteria, tétano, coqueluche, a bactéria haemophilus influenza tipo b ( responsável por infecções no nariz e na garganta, entre outros) e ainda contra a hepatite B.

A coordenadora do PNI, Carla Domingues, afirma que a mudança no acesso a vacina pentavalente fortalece o Sistema Único de Saúde, garantindo, entre outros benefícios,  a continuidade da imunização pelo PNI para as crianças que vivem no país. “A produção no Brasil  visa garantir autossuficiência da produção nacional, para a manutenção da sustentabilidade da demanda do país, diminuindo a possibilidade de ocorrência de  desabastecimento de produtos e não ficando condicionada à lei de mercado”, afirma Carla Domingues.

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