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Estudo apresenta dados sobre impactos da pandemia no semiárido

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) apresentam, na próxima quinta-feira (23/9), os resultados de uma pesquisa que investigou os impactos da pandemia de Covid-19 na agricultura familiar. Os resultados podem contribuir para a formulação de políticas e para o fortalecimento das organizações de agricultores familiares. Para dar visibilidade ao relatório da pesquisa e promover o diálogo sobre suas conclusões, a FAO, a ASA e a Fiocruz Brasília realizam o webinário Um olhar sobre os desafios enfrentados pela agricultura familiar do Semiárido Brasileiro no contexto da Covid-19, com transmissão ao vivo pelo canal da ASA no YouTube e pelo Twitter da FAO Brasil, às 10h.

Os dados da pesquisa serão debatidos com diferentes atores estratégicos e parceiros, com vistas a promover iniciativas de enfrentamento à pandemia no meio rural, a exemplo de uma ação de vigilância popular em saúde realizada pela Asa e a Fiocruz Brasília. Essa iniciativa consistiu em processos formativos com movimentos sociais e governos para a promoção de territórios saudáveis e sustentáveis na região do semiárido brasileiro, discutindo os desafios do retorno a campo de forma segura e a construção de estratégias de enfrentamento da crise, incluindo o fortalecimento das relações comunitárias com o Sistema Único de Saúde (SUS). Pela Fiocruz Brasília, participam do webinário a vice-diretora, Denise Oliveira e Silva; o coordenador do Programa de Promoção da Saúde, Ambiente e Trabalho (PSAT), Jorge Machado; e o coordenador de Integração Estratégica, Wagner Martins.

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Estado nutricional de crianças quilombolas reflete falta de acesso a saneamento

Os quilombolas constituem parte das minorias étnico-raciais do país. Um artigo com a participação do pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) James R. Welch, ao avaliar o estado nutricional e déficit estatural de crianças quilombolas do Nordeste, constatou que essa população apresenta condições de saúde desfavoráveis, reflexo de um processo histórico de grandes desvantagens socioeconômicas, como falta de acesso à atenção básica e precárias condições de saneamento.

No entanto, uma acelerada transição alimentar e nutricional ocorreu nas últimas décadas no Brasil, resultando em um aumento das frequências de sobrepeso e obesidade e na redução da prevalência de desnutrição, especialmente na população infantil. Mas, as mudanças no perfil de saúde que acompanharam a transição nutricional não atingiram a população brasileira uniformemente. Minorias étnico-raciais continuam a apresentar desvantagens socioeconômicas que se refletem em perfis de morbidade menos satisfatórios, principalmente em relação a agravos nutricionais, a exemplo dos quilombolas, que vivem em situações particularmente pronunciadas de exclusão social.

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