Tag Archives: Assistência à Saúde

Estudo avalia programa voltado a apoio domiciliar a idosos

Identificar iniciativas com potencial para evitar internações desnecessárias de idosos e propor, para outras localidades, a implementação das que se mostrarem eficazes. Esse é um dos objetivos de uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento (Nespe) da Fiocruz Minas, em parceria com o Medical Research Center (MCR) do Reino Unido. O estudo foi concluído recentemente e compreendeu a análise da estrutura e funcionamento do Programa Maior Cuidado (PMC), desenvolvido em Belo Horizonte. Os resultados levaram à indicação da iniciativa para outros municípios e ainda possibilitaram melhorias para o próprio programa na capital mineira.

Criado em 2011, o PMC visa oferecer apoio ao cuidado domiciliar a idosos que vivem em situação de vulnerabilidade clínica e social. Para isso, o município custeia o trabalho de cuidadores que são supervisionados conjuntamente por equipes locais dos centros de saúde (CS) e centros de Referência em Assistência Social (Cras). O programa é desenvolvido por meio de parceria entre as secretarias municipais de saúde e de assistência social, sendo uma das poucas iniciativas dessa natureza, em toda a América Latina, com abordagem intersetorial.

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Arte sobre foto Pxhere

Como tratar os casos de covid-19 durante a gestação ou pós-parto? Novo manual traz orientações

Publicação do Ministério da Saúde contou com a colaboração de professores da USP e inclui procedimentos com as melhores evidências científicas obtidas até o momento.

A pandemia causada pelo novo coronavírus trouxe diversas dificuldades e desafios para os profissionais da saúde. Um exemplo significativo desses desafios é a dificuldade no atendimento e acompanhamento das gestantes e mulheres que acabaram de dar à luz durante esse período conturbado e perigoso.

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Hospital das Clínicas controla Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde

Um vídeo que concorre ao Prêmio Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) foi criado pelo Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina (FM) da USP, para tratar do controle das infecções hospitalares. Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (Iras) são definidas como infecções adquiridas durante o processo de cuidado em um hospital ou outra unidade prestadora de assistência à saúde, que não estavam presentes ou em incubação na admissão do paciente. Com um protocolo de medidas de higiene hospitalar foi possível uma redução significativa dessas infecções. O Jornal da USP no Ar conversou com a doutora Silvia Figueiredo Costa, do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do HC, sobre o processo contínuo que o hospital vem tomando para reduzir as Iras.

Há uma diretriz da Anvisa, assim como da Organização Mundia da Saúde (OMS), de tolerância zero às Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde, aponta a doutora Silvia. No entanto, ela ressalva que é impossível não haver infecção, sobretudo no caso de pacientes altamente debilitados, como os que realizaram transplante de medula óssea. O problema de infecção é maior em hospitais com estrutura de área física inapropriada e clínicas de tratamento externo, como as de hemodiálise ou quimioterapia. Essa problemática afeta o mundo inteiro, expõe a doutora Silvia.

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Projeto Paciente Seguro reforça importância das boas práticas em saúde

Para garantir que os pacientes não sofram eventos indesejados, o Ministério da Saúde publicou, em 1º de Abril de 2013, a Portaria GM/MS nº 529/2013 que é responsável pelo lançamento do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). A coordenadora do PNSP, Ana Maria Costa Cândido Lacerda, reforça a importância do Programa para aumentar a segurança da prestação dos cuidados de saúde.  “Segurança do paciente são ações promovidas pelas instituições de saúde, profissionais e pacientes com objetivo de evitar que os riscos e perigos inerentes à complexidade dos serviços de saúde atinjam o paciente, cause algum dano ou agrave seu estado de saúde ou doença. Segurança do Paciente relaciona-se com o bem estar do paciente. Além de evitar que o paciente sofra algum dano, essas ações tem o potencial de reduzir desperdícios e retrabalho, e acima de tudo, proteger pacientes e trabalhadores”, explica Ana Maria.

Como uma das estratégias de implantação do Programa Nacional de Segurança do Paciente, o Ministério da Saúde em parceria com hospitais de excelência, por meio do PROADI-SUS desenvolve projetos de melhoria, qualificação e capacitação nos hospitais públicos com objetivo de qualificar a assistência à saúde, com promoção de boas práticas em saúde. O projeto Paciente Seguro, desenvolvido com Hospital Moinhos de Vento propõe processos de trabalhos fundamentados em boas práticas em saúde para a promoção da cultura de segurança do paciente.

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ANS divulga relatório sobre ouvidorias das operadoras

Planos de saúde

Quase 90% das unidades respondem em até sete dias úteis as demandas dos consumidores. Empresas que não cumprirem norma da ANS estão sujeitas a multa de R$ 25 mil

Relatório inédito divulgado nesta quinta-feira (23/07) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostra que das 1.425 operadoras de planos de saúde ativas no País (dados de dezembro de 2014), 1.320, o equivalente a 93%, possuem ouvidorias cadastradas em cumprimento à Resolução Normativa n° 323/2013. Em termos de cobertura, a presença dessas unidades atinge mais de 99,8% do total de beneficiários em planos de assistência médica e exclusivamente odontológica. Mais de 89% das ouvidorias respondem conclusivamente suas demandas dentro do prazo de sete dias úteis estipulado pela legislação. Esses dados fazem parte do primeiro levantamento feito pela ANS junto às ouvidorias depois que a normativa entrou em vigor.

As operadoras que ainda não cadastraram suas respectivas unidades de ouvidoria e/ou não enviaram os relatórios à ANS nos prazos normatizados estão sujeitas a multa no valor de R$ 25 mil. As informações recebidas pela ANS serão compiladas, analisadas e divulgadas anualmente.

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Premature Baby in Incubator

Mãe e pai poderão acompanhar seus bebês por 24h no hospital

Portaria assinada pelo ministro Arthur Chioro nesta quinta-feira (22) garante acesso livre dentro dos hospitais aos pais de recém-nascidos, inclusive à UTI Neonatal

Mães e pais poderão permanecer perto de seus bebês 24h por dia durante todo o período que a criança estiver na maternidade. Portaria assinada pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, nesta quinta-feira (22), no Rio de Janeiro, garante que todos os recém-nascidos possam ter acompanhantes em qualquer área do hospital, inclusive na UTI Neonatal.

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Brasil também tem adeptos do movimento antivacina

Se nos Estados Unidos, pais que são contra vacinas fazem até festa para as crianças pegarem catapora, aqui no Brasil esse movimento é mais tímido, e o debate se dá muitas vezes em grupos de discussão online.

Excesso de vacinas, desconfiança com suas possíveis reações colaterais e pressão da indústria farmacêutica são alguns dos motivos que levam muitos pais e mães no país a decidirem não vacinar o filho.

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Terceiro ciclo do Mais Médicos tem 2.891 profissionais

O terceiro ciclo do Programa Mais Médicos contará com a atuação de 2.891 profissionais. O grupo é formado por 891 médicos selecionados por meio de inscrições individuais e dois mil médicos cubanos provenientes da cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), chamados para preencher as vagas não ocupadas por candidatos brasileiros e demais estrangeiros.

Os dois mil médicos cubanos desembarcam no Brasil a partir de terça-feira (28) nas três capitais (Brasília, Fortaleza e São Paulo) onde vão cursar o módulo de acolhimento e avaliação do programa. A previsão é que esses profissionais comecem a atuar nos municípios em março, junto com os demais estrangeiros participantes do terceiro ciclo. A aprovação no módulo é obrigatória para receber o registro que autoriza a atuação no Brasil durante o programa.

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Outubro Rosa: Acesso do público prioritário à mamografia cresce 37% em dois anos

O ano de 2012 registrou crescimento de 37% na realização de mamografias na faixa prioritária – de 50 a 69 anos – em comparação com 2010, no Sistema Único de Saúde (SUS). Os procedimentos somaram 2,1 milhões no ano passado, contra 1,5 milhões em 2010. No total, o número de exames realizados no último ano atingiu a marca de 4,4 milhões, representando um crescimento de 26% em relação a 2010. Para estimular a detecção precoce do câncer de mama, o Ministério da Saúde inicia campanha para conscientização das mulheres sobre o tema (disponível no site), reforçando as ações do movimento Outubro Rosa.

O movimento popular Outubro Rosa é internacional. Em qualquer lugar do mundo, a iluminação rosa é compreendida como a união dos povos pela saúde feminina. Em Brasília, às 18h40 desta terça-feira (01), o prédio Central do Ministério da Saúde e o Congresso Nacional serão iluminados com luzes cor-de-rosa. O câncer de mama é a segunda causa de morte entre mulheres. Somente no ano de 2011, a doença fez 13.225 vítimas no Brasil. O rosa simboliza alerta às mulheres para que façam o autoexame e, a partir dos 50 anos, a mamografia, diminuindo os riscos que aparecem nesta faixa etária. Para que mais mulheres possam fazer o exame, o Ministério da Saúde investiu, em 2012, R$ 92,3 milhões – um aumento de 17% em relação a 2011.

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Tese intitulada “Política pública, educação, tecnologia e saúde articuladas: como a telessaúde pode contribuir para fortalecer o SUS” relaciona telessaúde e melhoria da rede de atenção

 

A telessaúde tem ajudado a estruturar a rede de atenção e as ferramentas de monitoramento e avaliação do Sistema Único de Saúde (SUS). A regulamentação dos serviços de telessaúde, teleconsultoria, segunda opinião formativa, tele-educação e telediagnóstico, tem sido o grande impulso de informatização do setor saúde no território brasileiro”. A opinião é de Angélica Baptista Silva, que apresentou sua tese de doutorado no Programa de Saúde Pública da ENSP em 22 de março. Intitulada Política pública, educação, tecnologia e saúde articuladas: como a telessaúde pode contribuir para fortalecer o SUS?, a tese de Angélica aborda a necessidade de inclusão digital e de aproximação da rede de atenção com a pesquisa em saúde. De acordo com o histórico, o Programa Telessaúde Brasil Redes surgiu em 2007 com o projeto piloto em apoio à Atenção Básica. Ele envolvia nove núcleos localizados em universidades nos estados do Amazonas, Ceará, Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, tendo por meta qualificar aproximadamente 2.700 equipes da Estratégia de Saúde da Família em todo o território nacional. Para Angélica, porém, a literatura mostra o uso do termo telessaúde desde os anos de 1980. A definição clássica, adotada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), registra telessaúde como uso de tecnologias de informação e comunicação para oferecer serviços e cuidados em saúde a distância. “É nessa década que aparecem iniciativas pontuais no Brasil de telessaúde, executadas por universidades públicas e com envolvimento de setores diversos da administração pública, como, por exemplo, a Agência Nacional de Telecomunicações no fim dos anos de 1990.  No entanto, de acordo com o experimento apresentado, há várias definições de telessaúde: pode ser sinônimo de videoconferência, de sistema de informação, de organização de serviço, entre outros”, esclareceu a pesquisadora. Em sua concepção, telessaúde é toda atividade em rede, que promove a translação do conhecimento entre a pesquisa e o serviço de saúde. Para justificar essa ressignificação da telessaúde, Angélica utilizou um modelo conceitual da pesquisa translacional. “A pesquisa translacional pode ser definida também como um processo que parte da prática baseada em evidências em direção a soluções sustentáveis para problemas de saúde da comunidade”, ressaltou. Quanto aos entraves para articular política pública, educação, tecnologia e saúde, Angélica identifica, no caso brasileiro, “3 is” que podem comprometer a qualidade dos serviços de telessaúde: inclusão digital do setor saúde, interoperabilidade dos sistemas de informação em saúde e integração entre inovação e assistência à saúde. Para validar os 3is, ela fez uma pesquisa de campo e consultou vários especialistas, os quais, ao mesmo tempo, foram coordenadores dos primeiros projetos da Rute. Também participaram do projeto piloto do atual Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes, e suas instituições fizeram parte da Rede Nacional de Pesquisa Clínica. Angélica demonstrou interesse pelo tema em 2004, quando apresentou sua dissertação de mestrado profissional na ENSP. Ela foi convidada pela Presidência da Fiocruz a escrever um projeto de telemedicina, representando a instituição num novo projeto da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa à época: a Rede Universitária de Telemedicina (Rute). O grupo que fundou a Rute era composto de hospitais universitários, e suas discussões eram eminentemente clínicas. Naquela época, como coordenadora de Tecnologia da Informação do Canal Saúde, ela começou a pesquisar sobre telessaúde. A pesquisadora não aponta perspectivas para o Programa Telessaúde Brasil Redes, mas para toda atividade de telessaúde no SUS. “Há várias iniciativas de avaliação e monitoramento de telessaúde, inclusive propostas por pesquisadores brasileiros. No âmbito do Telessaúde Brasil Redes, destaco a liderada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e desenvolvida pelos coordenadores dos nove estados, que compuseram o projeto piloto do Ministério da Saúde.” Sua pesquisa é voltada justamente para as lacunas na perspectiva da Saúde Coletiva, que é mais ampla que a da Clínica. A Telessaúde está regulamentada por uma série de portarias do Ministério da Saúde. A primeira delas de n° 561, de 16/3/6, institui, no âmbito do Ministério da Saúde, a Comissão Permanente de Telessaúde. A última publicada, de 14/9/12, institui um grupo de trabalho, no âmbito do Ministério da Saúde, com a finalidade de avaliar, discutir e propor critérios e ações para expansão do Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes (Telessaúde Brasil Redes). Angélica Baptista Silva teve como orientadora principal da sua tese a pesquisadora da ENSP Ilara Hämmerli Sozzi de Moraes e como segundo orientador Carlos Medicis Morel, coordenador do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz).

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