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Rio: ampliação do teste do Pezinho rastreia 54 doenças raras

Dia Nacional do Teste é comemorado nesta sexta-feira (6)

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Febre maculosa: a estratégia inusitada de cientistas para criar vacina contra ‘doença do carrapato’

Tradicionalmente, as vacinas são pensadas para prevenir infecções causadas por vírus, bactérias e protozoários. Mas pesquisadores brasileiros testam uma estratégia diferente contra a febre maculosa: um grupo do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) está desenvolvendo um imunizante para animais capaz de eliminar os carrapatos transmissores dessa doença.

Recapitulando: a febre maculosa é uma infecção grave e potencialmente fatal relacionada a algumas bactérias do gênero Rickettsia. Elas invadem o corpo humano e afetam as paredes dos vasos sanguíneos, provocando hemorragias e gangrena.

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Foto destacada: Sabine van Erp/Pixabay

Idosos com anemia e fraqueza muscular têm risco maior de morrer

Combinação é perigosa principalmente para mulheres, concluíram pesquisadores da UFSCar e da University College London. Grupo analisou dados de 5.310 idosos britânicos acompanhados ao longo de dez anos

Estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da University College London (Reino Unido) aponta que a combinação de anemia e fraqueza muscular em idosos eleva o risco de morrer ao longo de dez anos em 64% no caso dos homens e em 117% entre as mulheres.

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Estudo aponta que consumo de carne de caça pode reduzir anemia infantil

Pesquisa indicou que cerca de dois terços das crianças de domicílios rurais mais vulneráveis à pobreza foram consideradas anêmicas, devido a fatores como insegurança alimentar e doenças (foto: Jesem Orellana, Fiocruz Amazônia)

Um estudo demonstrou que o consumo de carne de caça – de animais como roedores, antas, porcos selvagens, veados e aves –, muito comum entre os ribeirinhos da Amazônia, pode reduzir as taxas de anemia infantil por ser uma fonte alimentar rica em ferro. A pesquisa foi realizada em uma parceria entre o Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Amazonia), a Lancaster University, do Reino Unido, a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal do Pará (UFPA).

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Exercício trata sintoma de doença reumatológica em crianças

Atividade física pode tratar sintomas como a dor, a fadiga e a fraqueza, sem aumentar a atividade da doença

Atualmente, prevalece a crença de muitos profissionais da saúde de que o repouso é obrigatório durante o período de atividade da doença reumatológica. Mas esse tipo de tratamento pode até piorar o quadro do paciente – Foto: Marcos Santos / USP Imagens

A prática de exercício físico por crianças com doenças reumatológicas como lúpus juvenil, dermatomiosite juvenil e artrite idiopática juvenil, pode auxiliar no tratamento dos sintomas dessas enfermidades, entre eles a dor, a fadiga e a fraqueza, além de, muitas vezes, amenizar os processos inflamatórios, sem aumentar a atividade da doença.

Esses resultados foram publicados no artigo Physical activity for paediatric rheumatic diseases: standing up against old paradigms, de autoria do professor Bruno Gualano, da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP.

O trabalho, publicado na edição de 23 de maio da revista Nature Reviews Rheumatology, traz uma revisão de estudos realizados pelo docente e outros pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), além de cobrir outros estudos de grupos independentes.

“Nós trazemos evidências contundentes de que programas de atividade física melhoram a saúde desses pacientes, a qualidade de vida, a sociabilidade e parâmetros mais globais associados à saúde geral da criança”, destaca o professor.

Os programas de atividade física melhoram a saúde dos pacientes, a qualidade de vida, a sociabilidade e parâmetros mais globais associados à saúde geral da criança – Foto: Marcos Santos / USP Imagens

O artigo tem co-autoria dos pesquisadores da FMUSP, Eloisa Bonfa, Rosa M. R. Pereira e Clovis Artur Silva. Os estudos originais do grupo do professor Gualano compilados nesta revisão foram realizados no Laboratório de Avaliação e Condicionamento em Reumatologia do Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP, onde são prescritos diversos tipos de atividade física para essas crianças trabalharem equilíbrio, flexibilidade, força, capacidade aeróbia e anaeróbia. Esses exercícios são prescritos de acordo com as possibilidades de cada criança, levando em consideração também suas preferências e procurando adequar um aspecto lúdico às atividades, com o uso de bolas, por exemplo.

O professor comenta que isso é uma quebra de paradigma, pois há pouco tempo o exercício era proscrito para o paciente reumático. Isso porque se acreditava que alguns fatores como inflamação, dor, dislipidemia e resistência à insulina poderiam impor restrição ao treinamento. Porém, segundo Bruno Gualano, esses fatores não contraindicam o movimento, na verdade, apresentam melhoras com o exercício físico. O texto completo pode ser acessado por meio do site da Nature Reviews Rheumatology.

Os sintomas que de fato contraindicam atividade física geralmente são muito pontuais – anemia, leucopenia, febre. Corrigidos esses fatores, o paciente está apto novamente – Foto: Marcos Santos / USP Imagens

Mudança de conduta

“Os sintomas que de fato contraindicam atividade física geralmente são muito pontuais – anemia, leucopenia, febre. Corrigidos esses fatores, o paciente está apto novamente”, diz o pesquisador. “Tem que haver uma mudança de conduta que inclua atividade física para esses pacientes, mesmo quando aparentemente eles estejam impossibilitados de se movimentar. Sempre há uma forma de fazer atividade física, ainda que seja algo muito leve como, por exemplo, ficar um tempo em pé”, afirma.

Atualmente, prevalece a crença de muitos profissionais da saúde de que o repouso é obrigatório durante o período de atividade da doença. De acordo com o professor, esse tipo de tratamento pode até piorar o quadro do paciente, que entra em um círculo vicioso em que o sedentarismo leva a disfunção sistêmica e a distúrbios motores e metabólicos, reconduzindo à inatividade e, consequentemente, à piora da qualidade de vida, da autoestima, dos sintomas da doença e a distúrbios metabólicos.

Gualano acredita que essa conduta é causada por desinformação por parte dos profissionais da saúde, que não conhecem os estudos comprobatórios dos benefícios da atividade física aos pacientes com doenças reumatológicas. Em suas próximas pesquisas, o docente irá aplicar questionários a profissionais da área de Reumatologia para avaliar seu conhecimento sobre atividade física. Para ele, esse conhecimento precisaria ser construído desde a graduação: “deveria haver uma disciplina formal sobre os benefícios gerais da atividade à saúde física e o papel da inatividade para o agravamento da doença. Assim, o médico aprenderia adequadamente a avaliar, a rastrear e a recomendar a atividade física. Isso faria toda a diferença no tratamento”. No artigo, o docente propõe sete passos para promover uma vida ativa a esses pacientes (ver quadro abaixo).

Anemia no Brasil – a importância da prevenção e controle

O ferro é um nutriente essencial para a vida e atua principalmente na formação de células vermelhas do sangue, no transporte do oxigênio no organismo e também está envolvido na função imunológica e no desenvolvimento cognitivo das crianças. Você sabia que a anemia por deficiência de ferro no organismo é a carência nutricional de maior magnitude no mundo? Este é um problema que atinge países desenvolvidos e em desenvolvimento. Os principais afetados pela deficiência de ferro são crianças, mulheres em idade fértil e gestantes.

Por isso, o Ministério da Saúde recomenda uma série de ações voltadas para a prevenção e controle da anemia, tais como: o incentivo à amamentação exclusiva durante os primeiros seis meses de vida da criança; a promoção da alimentação complementar saudável; a suplementação profilática com ferro para crianças de seis a 24 meses de idade, gestantes e mulheres no pós-parto. Na atenção básica, os suplementos de ferro são distribuídos para crianças e gestantes desde 2005, por meio do Programa Nacional de Suplementação de Ferro.

No Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde – PNDS, realizada em 2006, a prevalência de anemia observada entre crianças menores de cinco anos era de 20,9%, sendo de 24,1% em crianças menores de dois anos. Em mulheres em idade fértil a prevalência de anemia observada foi de 29,4%. Em termos globais, de acordo com estimativa realizada em 2008 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a carência de ferro afetava 1,62 bilhões de pessoas.

Um estudo de 2010 publicado na Revista de Nutrição de Campinas juntou as informações de diversos estudos para chegar a um número médio de casos de anemia. Os resultados apontam que 60,2% das crianças menores de cinco anos atendidas nas Unidades Básicas de Saúde apresentavam anemia. As principais consequências da deficiência são distúrbios psicológicos e comportamentais, diminuição da capacidade de aprendizagem, constantes infecções devido à debilitação da defesa imunológica e, em casos mais extremos, até a morte.

A Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição – CGAN orienta que o tratamento da anemia ferropriva já diagnosticada deve ser prescrito de acordo com a conduta clínica definida pelo profissional de saúde responsável, seguindo as diretrizes específicas propostas para cada faixa etária.

Fortificação de alimentos – A educação alimentar e nutricional tem papel fundamental na prevenção da anemia ferropriva. Como forma de prevenção, a CGAN estimula o consumo de ferro na alimentação com a ingestão de alimentos habituais com densidade de ferro adequada.

O ferro se apresenta em alguns alimentos de origem vegetal e animal, como carnes e vísceras, que são bem absorvidos pelo organismo humano. O ferro contido em ovos, cereais, leguminosas, como feijão, e em hortaliças, como a beterraba, também são aproveitados pelo organismo.