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Em três anos de pandemia de covid-19, ciência e vírus evoluíram. OMS contabiliza 759 milhões de casos e 6,8 milhões de mortes

Desde que a pandemia de covid-19 começou, em 11 de março de 2020, o sucesso de novas estratégias na contenção do coronavírus SARS-CoV-2 e as mutações que deram a ele maior capacidade de transmissão moldaram altos e baixos que criaram ondas, picos e momentos de relaxamento e tranquilidade.

Nestes três anos, o coronavírus descoberto em Wuhan, na China, já causou 759 milhões de casos de covid-19, que provocaram 6,8 milhões de mortes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Cerca de 65% da população mundial está vacinada com duas doses, e 30% receberam doses de reforço. Esses percentuais, porém, escondem desigualdades: enquanto Américas, Europa e Leste da Ásia estão perto dessa média ou acima dela, menos de 30% da população da África recebeu duas doses da vacinas.

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MonitoraCovid-19 avalia quadro de desassistência durante pico da Ômicron

Análises do MonitoraCovid-19, painel da Fiocruz que acompanha os desenvolvimentos da pandemia de Covid-19 no Brasil, mostram que a variante Ômicron do vírus Sars-Cov-2 foi responsável por um forte impacto nos serviços de saúde neste início de ano, gerando um risco de desassistência à população no que se refere a atendimentos de urgência, especialmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Em janeiro, quase todas as unidades da Federação tiveram picos de internação semelhantes aos provocados pelas primeiras cepas do novo coronavírus, em 2020, seguidas pelo pico provocado pelas variantes Delta e Gama, durante o ano de 2021. Os pesquisadores alertam que a falta de dados provocada pelo ataque digital contra as bases de dados do Ministério da Saúde podem interferir nesse cálculo.

Além disso, houve no período um expressivo volume de óbitos ocorridos em hospitais fora das Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Para os autores do estudo, isso denota a ocorrência de um quadro de desassistência à saúde da população. “Nós observamos os casos de pacientes hospitalizados. A maior parte dos leitos de UTI estavam ocupadas durante o mês de janeiro, e, em muitos casos, houve um excedente de óbitos ocorridas fora das UTIs, ou seja, em alas comuns de internação. Isso significa que uma parte da população não teve acesso a essa forma de terapia intensiva”, explica o pesquisador Diego Xavier, do Laboratório de Informação em Saúde do Icict/Fiocruz.

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Covid-19: cenário mais favorável ainda requer cautela e atenção

nova edição do Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgada nesta quinta-feira (2/12), aponta para uma tendência de estabilização dos principais indicadores da transmissão da Covid-19. De acordo com os pesquisadores do Observatório, esses números mostram os bons resultados que o Brasil vem obtendo com a campanha de vacinação, que tem como um dos seus principais objetivos a redução do impacto da doença. Eles salientam ainda que a dose de reforço, que vem sendo aplicada na população maior de 60 anos, também mostra impactos positivos, com a redução das internações e óbitos entre idosos. Apesar, contudo, do cenário favorável, o Boletim insiste na recomendação de que a população deve manter os protocolos de distanciamento físico, higienização das mãos e uso de máscaras, nesse último caso sobretudo em locais fechados.

Na Semana Epidemiológica (SE) 47 (21 a 27 de novembro) verificou-se uma tendência à estabilização dos principais indicadores da transmissão da Covid-19. Foram notificados, ao longo da SE 47, uma média diária de 9,2 mil casos confirmados e 230 óbitos por Covid-19. Esses valores representam um pequeno aumento do número de casos registrados (1,6% ao dia) e de óbitos (2,4% ao dia) em relação à semana anterior (14 a 20 de novembro).

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Pesquisa revela dados inéditos sobre amamentação no Brasil

As taxas de aleitamento materno vêm crescendo no Brasil e uma pesquisa inédita coordenada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostra como a amamentação está presente na vida de crianças de até dois anos e suas mães. O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI-2019), encomendado pelo Ministério da Saúde, mostra que metade das crianças brasileiras são amamentadas por mais de 1 ano e 4 meses. E, também, que no Brasil quase todas as crianças foram amamentadas alguma vez (96,2%), sendo que dois em cada três bebês são amamentados ainda na primeira hora de vida (62,4%). A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam manter o aleitamento materno até os dois anos de idade ou mais, oferecendo só leite do peito até o sexto mês de vida. Os resultados do ENANI-2019 serão apresentados em webinário dia 10 de novembro, às 14h (veja abaixo).

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InfoGripe: casos de SRAG mantêm sinal de estabilidade em todas as regiões do país

Os casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) apresentam indicativo de interrupção de queda e sinal de estabilização na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas) no país, com poucas unidades da Federação com sinal de crescimento, com destaque para o estado e a capital do Rio de Janeiro, que interromperam tendência de crescimento que se observou em julho e da primeira quinzena de agosto. É o que mostra a mais nova edição do Boletim Infogripe da Fiocruz, divulgada nesta quinta-feira (9/9).

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Boletim: tendência de queda de óbitos por Covid-19 se mantém

A nova edição do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz, publicada nesta quarta-feira (27/7), reafirma, por mais uma semana, tendência de queda no número de óbitos e nos indicadores de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS. Por outro lado, foi registrado aumento no número de casos. A positividade dos testes, ainda que em tendência de queda, também permanece alta. A diferença entre a curva de novos casos e a curva de óbitos é mais um indício da nova fase da pandemia no Brasil, em que há intensa circulação do vírus, mas com menor impacto sobre as demandas de internação e sobre o número de mortes. “É importante salientar que os números de casos (média de 46,8 mil casos novos por dia) e de óbitos (1.160 óbitos por dia) estão ainda em patamar muito elevado”, afirmam os pesquisadores do Observatório Covid-19.

A análise da disponibilidade de leitos sustenta que apenas Goiás e o Distrito Federal permanecem na zona de alerta. Porém, no segundo caso, os dados refletem a recente retirada de leitos para os casos de Covid-19 frente à redução da demanda. Dezesseis estados estão fora da zona de alerta e nove se encontram na zona de alerta intermediária, com a maioria das taxas entre 60% e 65%. Foi registrada ainda uma pequena redução da taxa de letalidade — ou seja, a proporção dos casos que resultaram em óbitos. Agora, o indicador está em torno de 2,5%.

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