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Internações por inflamações intestinais cresceram 61% em dez anos

Sociedade de Coloproctologia faz campanha para alertar sobre doenças

As doenças inflamatórias intestinais são enfermidades que afetam o trato gastrointestinal e que resultaram, nos últimos dez anos, em 170 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS). 

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Comecei a amamentar. E agora, como me alimentar?

Muitas dúvidas, mitos e dicas rondam a amamentação. Alimentação equilibrada é essencial para mãe e bebê. Para tirar outras dúvidas sobre o tema, o Blog da Saúde fará uma série especial.

Durante a gestação e após o nascimento do filho, toda nova mãe, seja de primeira viagem ou não, escuta vários conselhos sobre o que pode ou não comer, quais alimentos aumentam a produção de leite, que comidas dão cólicas no bebê, entre outras dicas. Com a Thays Martins, ortodontista e mãe de primeira viagem, não foi diferente. “Sempre tive bastante medo porque eu ouvia muito falar sobre as cólicas do bebê. Então, eu procurei ler e me orientar com uma nutricionista e saber o que eu poderia evitar para que meu filho não sofresse”, comenta.

Antes de sair cortando tudo da alimentação por conta dos conselhos que ouvia, Thays procurou ajuda profissional. “Fui orientanda a continuar com a minha dieta de sempre, mas que era apenas para evitar alguns alimentos que fossem pesados para o meu bebê. Apenas evito grande quantidade, não deixo de comer”, comenta a Thays, que pretende amamentar Heitor, de dois meses, o máximo que puder.

O Ministério da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivamente até os seis meses e, de forma complementar até os dois anos ou mais de vida da criança. Uma boa alimentação da mãe é muito importante durante este período. Afinal, o leite materno é o alimento mais completo e indicado para o crescimento e desenvolvimento do bebê.

Alimentação equilibrada

A mulher deve ter uma dieta equilibrada, com a quantidade adequada de calorias, incluindo em sua refeição diária o feijão, arroz, verduras, frutas, leite, carnes, além do consumo de pelo menos 2 litros de água por dia, orienta a coordenadora das Ações de Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Fernanda Monteiro. “A mãe não deve tirar os alimentos que está habituada a comer porque está amamentando. O que ela deve fazer é observar se a criança apresenta cólica ou incomodo após mamar. Se isso acontecer, ela deve e se recordar quais foram os alimentos que consumiu na última refeição e reduzir a quantidade do alimento suspeito na próxima vez que tiver acesso”, ressalta.

As cólicas são comuns nos primeiros meses de vida por causa da imaturidade do trato gastrointestinal do bebê. Por isso, não é necessário restringir nenhum alimento da rotina alimentar da mãe. “Esse é um processo de adaptação, é natural a criança ter cólicas, pois o trato gastrointestinal ainda está em formação. A criança precisa passar por esse processo de adaptação, claro que se o bebê sente desconforto quando a mãe ingere um determinado alimento, é preciso reduzir e, em alguns casos retirar da dieta. Só o dia a dia na relação mãe e filho é que vai apontar os alimentos que ela deverá reduzir o consumo ou até mesmo retirar por um período”, explica.

A orientação do Ministério da Saúde é que a mãe tenha uma alimentação saudável, com muitas frutas, verduras, proteína, cálcio e sempre tentar ter uma alimentação equilibrada, pois é fundamental para a recuperação da mãe e o sucesso da amamentação.

Dicas para uma boa alimentação durante a amamentação:

• Coma alimentos naturais e evite industrializados

• Procure um nutricionista

• Não se preocupe em perder peso

• Beba bastante líquido

• Durma bem

• Não fique muito tempo sem comer

Mitos e verdades: alimentação da mãe

Aumento da produção e perda de peso

“Toma cerveja preta, come canjica, come isso”, ouviu frequentemente a estudante Fernanda Martins, mãe de dois filhos. Na prática, no entanto, ela notou que nada funcionou. Para Fernanda, a alimentação in natura foi o melhor caminho para ter mais disposição e alimentar seus filhos. “Comi muito vegetal, tomei muito suco natural, comia muita verdura e evitava alimentos pesados. Acho que isso faz muita diferença”, opina. Para ela, a melhor orientação é procurar um nutricionista para não se sentir fraca e não perder peso sem saúde – uma das recomendações para pessoas que querem alimentar seus filhos sem medo.

A coordenadora explica como aumentar a produção de leite. “Quanto mais o bebê suga, mais aumenta a produção do hormônio responsável pela produção de leite materno. Por isso, recomendamos a amamentação por livre demanda, sem hora para mamar. A criança é que estabelece a frequência das mamadas. Além do consumo adequado de calorias na dieta pela mãe”, destaca.

A preocupação para retornar ao peso pré-gestacional e manter uma boa alimentação para o filho também é comum. “A mulher precisa se alimentar bem e não se preocupar com peso. Com a amamentação naturalmente a mãe vai perder peso e nutrir seu filho, não sendo indicada qualquer dieta restritiva”, alerta Monteiro. Durante o período de lactação as necessidades enérgicas da mãe aumentam e são necessários em média 500 kcal a mais por dia nos primeiros 6 meses para cobrir o gasto calórico para a produção do leite materno.

Agosto Azul no Paraná incentiva a paternidade responsável

Agosto Azul no Paraná incentiva a paternidade responsável. O incentivo ao cuidado com a saúde do homem é lei no Paraná. Em 2012, o Agosto Azul foi instituído no Estado pela Lei nº 17.099. Desde então, a Secretaria estadual da Saúde organiza ações de promoção à saúde voltadas ao público masculino. Para 2017, a campanha incentiva a paternidade responsável com o mote ‘Pai, seja presente!’. O lançamento ocorreu na terça-feira (1º) no Palácio das Araucárias, em Curitiba.

“A expectativa de vida dos homens no Paraná já é de sete anos a menos do que a das mulheres. Queremos que eles também tenham um cuidado com sua saúde, que tenham bons hábitos e um estilo de vida saudável. E agosto é o mês para reforçar isso e mobilizar a população masculina paranaense”, ressalta o secretário de Estado da Saúde em exercício, Sezifredo Paz.

A secretária estadual da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, também participou do evento. “Queremos homens presentes na formação da família, no atendimento aos filhos e com respeito à saúde. Também é necessário acabar com comportamentos de risco e situações de intolerância. São em ações educativas, como esta, que contamos com o apoio de todos para reduzir estatísticas ruins e nos tornarmos uma sociedade mais serena, mais tranquila. Isso não é utopia”, afirma.

De acordo com o representante da Coordenação Nacional de Saúde do Homem, Juliano Mattos Rodrigues, o Paraná é único estado do país a desenvolver uma política estadual para a área. “É um diferencial e fundamental para o Ministério da Saúde que os estados incentivem e consigam garantir cada vez mais a presença dos homens nos serviços de saúde”, reforça.

Agosto Azul no Paraná incentiva a paternidade responsávelCAMPANHA – A campanha lembra aos homens sobre as mudanças que a paternidade traz e sugere atitudes que devem fazer parte da rotina de um pai responsável. “A paternidade é um momento que carrega várias novas responsabilidades para a vida de um homem e exige uma nova organização na vida”, aconselha o superintendente de Atenção à Saúde, Juliano Gevaerd.

O homem precisa envolver-se durante a gravidez, participando das consultas de pré-natal e auxiliando a mulher na tomada de decisões. Também deve e preparar para o nascimento, conhecendo os sinais de alerta de parto e os procedimentos para o dia. A presença do pai na sala de parto transmite segurança à gestante e é garantida por meio da Lei do Acompanhante (Lei Federal nº 11.108/2005).

Após o parto, as orientações são incentivar o aleitamento materno, que auxilia no crescimento e desenvolvimento da criança, e, principalmente, participar do desenvolvimento do filho. “A proximidade estimula na formação da criança e no fortalecimento dos vínculos familiares”, complementa o superintendente.

Os homens também devem participar do planejamento reprodutivo da família, se informando sobre métodos contraceptivos. Outra atitude necessária é colaborar de maneira igualitária em casa, dividindo as tarefas domésticas e o cuidado com o filho de maneira justa, de forma que fique mais fácil para todos.

SAÚDE – E para vivenciar por completo a paternidade, é primordial cuidar da própria saúde. “Recomendamos que os homens façam avaliações médicas de rotineiras, mantenham uma alimentação equilibrada e realizem atividades físicas. Também devem evitar o cigarro, álcool e outras drogas. Além de manter a saúde me dia, isso também servirá de exemplo para a família”, orienta o coordenador estadual de Saúde do Homem, Rubens Bendlin.

Agosto Azul no Paraná incentiva a paternidade responsávelDentre as dicas estão subir e descer escadas; ir ao trabalho a pé ou de bicicleta; realizar atividades ao ar livre; e praticar um esporte regularmente. A alimentação deve conter produtos naturais, como legumes, frutas e verduras; reduzir a quantidade de gordura, açúcar e sal; evitar o consumo de alimentos processados; e beber água.

ATIVIDADES – Durante todo o mês, uma agenda extensa de atividades será desenvolvida por todo o Estado. A programação deve ser verificada diretamente nas regionais de saúde. Quem tiver interesse em divulgar a campanha em suas empresas ou outras instituições pode retirar cartazes, fôlderes e filipetas no prédio central da Secretaria de Estado da Saúde, em Curitiba, ou nas 22 Regionais de Saúde do Estado. Mais informações pelo telefone (41) 3330 4528.

Fonte: SES/PR

Indústria de alimentação reduz 17 mil toneladas de sódio nos alimentos

Um acordo entre o governo federal e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) foi responsável pela retirada de 17 mil toneladas de sódio dos alimentos fabricados entre 2011 e 2016. A parceria, renovada até 2022, tem objetivo de retirar, no total, 28,5 mil toneladas de sódio dos produtos.

O acordo foi renovado nesta terça-feira (13) pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros. Na ocasião de assinatura da parceria, foi lançado também o Portal Saúde Brasil, ferramenta digital com orientações sobre os benefícios da adoção de hábitos saudáveis.

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Fiocruz Mata Atlântica leva Terrapia para comunidade local

Promover hábitos de alimentação saudável com compromisso ambiental é a proposta do projeto Terrapia, que existe há 18 anos no campus da Fiocruz em Manguinhos. Com o objetivo de expandir o conhecimento e a prática da culinária viva para as demais unidades Fiocruz, o projeto chega ao Campus Fiocruz Mata Atlântica para um ciclo de oficinas que atenderá também a comunidade local.

A alimentação viva é baseada na vitalidade dos alimentos. Aqueles que possuem maior energia vital são os mais utilizados. Neste critério estão os recém colhidos – de preferência orgânicos – que não são levados ao fogo, ou no máximo a 42 graus, e as sementes germinadas, base da alimentação viva. “Germinamos a semente para ela ‘voltar’ a ter vida, sair do estado de dormência para que tenha mais vitalidade. Ela é consumida junto aos vegetais e as frutas in natura, uma alimentação que resgata o contato com a natureza como ela é”, explica Cynthia Brant, coordenadora do Terrapia e educadora em alimentação viva.

No Campus Fiocruz Mata Atlântica, participam da atividade 30 pessoas, entre trabalhadores da Fiocruz e moradores do entorno. O primeiro contato com o tema foi em abril, em uma oficina de introdução à alimentação viva com o preparo de um suco de clorofila.  O segundo encontro aconteceu em maio. No cardápio, um sanduíche-panqueca de couve que pode ser servido para almoço, ou lanche. A próxima oficina está marcada para o dia 14 junho, quando a turma aprenderá a preparar como tortas com ingredientes ‘vivos’ como sobremesa.

De acordo com Cynthia Brant, a reação do público ao primeiro contato com o alimento é de surpresa. “As pessoas se surpreendem com o sabor, a textura, a cor e apresentação dos alimentos”, destaca a coordenadora. Além de apresentar “novos” sabores, o Terrapia incentiva a prática da culinária nos lares, pois considera a praticidade do preparo, o uso de alimentos crus e de fácil acesso: “Aqui, nesta região do Campus Mata Atlântica, sabemos que há muitos agricultores que às vezes não aproveitam da melhor forma a sua colheita, pois durante o preparo cozinham demais, assam, fritam…. Utilizam formas de preparo que não são tão saudáveis”, completa Brant.

Todos os vegetais que podem ser comidos crus fazem parte da alimentação viva. Para higienizar tais alimentos, basta água, uma escova e limão. Não é necessário ferver ou utilizar produtos químicos. Também os temperos minimamente processados, que não passam por altas temperaturas – como o azeite de oliva extra virgem – integram a culinária viva. O óleo prensado da azeitona, que não é passado por cozimento, conserva sua energia vital e seus nutrientes. De igual forma, o missô – fermentado natural de soja ou de arroz -, shoyo, sal de boa procedência (marinho, ou grosso moído que não seja processado, refinado), todas as ervas verdes, as especiarias, canelas, cravos, anis e cardamomo são exemplos de sabores oriundos da natureza que podem ser aproveitados no preparo dos alimentos vivos. No site do Terrapia, é possível baixar gratuitamente o “livro vivo”, que contém receitas e uma parte teórica da culinária viva.

Soberania alimentar

Aldacir Amaro dos Santos é moradora da Colônia Juliano Moreira, localizada próximo ao Campus Fiocruz Mata Atlântica.  Além de participar das oficinas do Terrapia, Aldacir integra outro importante projeto desenvolvido pelo Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz Mata Atlântica (PDCFMA): Agricultura Urbana Agroecológica na Colônia Juliano Moreira.

Trata-se de um trabalho de promoção da saúde elaborado em parceria com os produtores agroecológicos locais. Atualmente, sete quintais produtivos participam da proposta de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, ação que integra o eixo “Educação não formal para a cidadania e tecnologias sociais para a melhoria das condições de vida da população local”, realizado pelo PDCFMA.

A partir da valorização das experiências espontâneas e do conhecimento dos moradores, a atuação da equipe multidisciplinar da Fiocruz acontece, primordialmente, na articulação estratégica entre os moradores/produtores e sua participação em redes e organizações que possibilitem a sustentabilidade de seus quintais.

Foi desta forma que Fátima Maria Leandro da Silva tornou-se a primeira produtora em quintal (horta urbana) no Brasil a ser certificada pelo Sistema Participativo de Garantia da Associação de Agricultores Biológicos do Estado do Rio de janeiro (SPG- ABIO*). O reconhecimento assegura coletivamente a qualidade da produção e processamento de produtos oriundos da agricultura ecológica (produção orgânica, sem agrotóxicos e adubos químicos solúveis, entre outras práticas de uso consciente do solo), passando a comercializar em uma feira agroecológica da região de Jacarepaguá, Rio de Janeiro.

A certificação dos quintais produtivos de Fátima e Aldacir é resultado de uma parceria da Fiocruz, com AS-PTA e Rede Carioca de Agricultura Urbana. Dos sete quintais produtivos, três já possuem o certificado e um está em processo. Neste propósito de engajamento em políticas públicas, o PDCFMA conquistou assento no Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Município do Rio de Janeiro (Consea-Rio).

Robson Patrocínio, coordenador do projeto, explica a importância da participação no órgão. “Nós estamos discutindo a adequação da chamada pública do município para que os agricultores, sejam de quintal ou não, possam vender para as escolas públicas municipais para alimentação dos alunos. Tudo isso para a gente, da Fiocruz, é pensar a promoção da saúde, pensar a soberania alimentar”, esclarece.

O projeto do PDCFMA se baseia nos conceitos e dados existentes no âmbito da Economia Solidária, articulando a noção de saúde como um direito inalienável aos princípios da autonomia, autogestão e solidariedade nas relações produtivas. Como metodologia de trabalho, são considerados o conhecimento e as práticas já existentes no território, somadas à aquisição de novos conteúdos em ricos processos de vivências cotidianas em grupo e os saberes acumulados por meio delas. Como resultado, as tecnologias sociais desenvolvidas – geração de trabalho e renda e articulação em rede; ambientes saudáveis; segurança alimentar e nutricional –  oportunizam a maior autonomia dos produtores/indivíduos e o monitoramento participativo do projeto.

“Quando a ONU coloca a importância da agricultura urbana como a saída para as grandes metrópoles, é nesta perspectiva que a gente está. Pensar a agroecologia é uma questão importante para os quintais, mas é uma questão política também. Então a gente pensa para o território: promoção da saúde, agroecologia, Agenda 2030 e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, precisam estar conectados”, pondera Robson.

Coleta seletiva

Para estimular a educação, saúde ambiental e a economia doméstica, o Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz Mata Atlântica (PDCFMA) realiza há três anos um projeto de coleta de óleo de cozinha que beneficia moradores da Colônia Juliano Moreira.

O resíduo pode ser permutado por produtos de limpeza. Dois litros de óleo de fritura equivalem a um detergente ou sabão em barra. Com quatro litros, pode-se optar por um desinfetante ou multiuso e a partir de seis litros de óleo, sabão em pó ou em pasta. O projeto coleta de 80 a 220 litros por semana e a ação acontece em parceria com a Grande Rio Reciclagem Ambiental.

Durante a ação, a equipe Fiocruz oferece aos moradores uma oportunidade de ampliar o conhecimento a partir do incentivo à leitura. O ponto de leitura, como é conhecido, disponibiliza livros para doação e/ou empréstimos. O posto de troca é montado pela equipe do PDCFMA todas as quartas-feiras em uma área adjacente ao Hospital Municipal Jurandyr Manfredini, eventualmente utilizada como estacionamento.

Produção em hortas domésticas é alternativa contra a má alimentação

O Ministério da Saúde alerta que os brasileiros têm sofrido com doenças crônicas – que são aquelas adquiridas muitas vezes por maus hábitos. Muitas dessas complicações, como hipertensão, doenças do coração e alguns tipos de câncer são decorrentes dá má alimentação. Essas patologias, que antes eram mais comuns em pessoas idosas, agora acometem também os jovens e até as crianças. O Brasil está obeso – 23% da população – porque os brasileiros têm trocado a alimentação com base em alimentos in natura por comida processada, industrial. A Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2013, mostra que esse hábito tem começado cedo. Ao todo, 60,8% das crianças menores de dois anos comem bolachas recheadas com frequência. No Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo Ministério da Saúde, a população encontra  diretrizes e orientações sobre a importância da nutrição: como e o que devemos consumir.

A Coordenação de Alimentação de Nutrição do Ministério da Saúde entende que, no cotidiano cada vez mais corrido, é mais fácil se alimentar de produtos prontos, industrializados, ultraprocessados. Entretanto, esse caminho mais fácil pode ter resultados irreversíveis para a saúde. “Isso é o nosso grande desafio: convencer a população a preferir os alimentos naturais e a buscá-los no seu dia-a-dia.”, destacou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Uma das opções para comer bem, consumir alimentos frescos e saudáveis é produzir o próprio alimento em hortas, que podem ser feitas em casa ou em apartamentos, no espaço que tiver. É o que fez a técnica em Meio Ambiente, Cláudia Lins. Ela morava com a mãe que tem um quintal grande e repleto de frutas, verduras e  ervas.  Quando se mudou para um apartamento sentiu falta de ter alguns desses alimentos na hora das refeições. Foi quando Claudia decidiu cultivar na varanda do apartamento algumas hortaliças. “A gente nunca vai conseguir suprir a nossa alimentação com o que a gente planta. Mas pelo menos a gente privilegia o orgânico. A proposta é você saber de onde vem a comida, saber dos benefícios dela”. Em pequenos vasos, a técnica cultiva plantas como lavanda, manjericão, alecrim e hortelã. Tudo vira tempero, chá ou incenso para perfumar a casa.

Hortas, uma alternativa para comer melhor

Produzir o próprio alimento é adequado?
De acordo com o Guia Alimentar, a iniciativa da Claudia Lins, por mais que ela produza apenas algumas hortaliças, é bastante positiva, porque “a alimentação adequada e saudável deriva de sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável”. A coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Michele Lessa, reforça: “quando escolhemos frutas, verduras, arroz, feijão, coisas tradicionais da alimentação brasileira, nós estamos valorizando a cultura alimentar, valorizando a agricultura diversificada, a familiar, e com isso produzindo sistemas alimentares mais saudáveis”. Consumir esse tipo de alimento produzido em casa ou por pequenos produtores é garantia de estar longe dos agrotóxicos, pesticidas e outros insumos que fazem mal à saúde. Fora a contribuição positiva para o meio ambiente.

A nutricionista e consultora na promoção de hortas urbanas e domésticas, Paula Gabriela Chianca, já trabalhou com hortas construídas em escolas, onde todas as disciplinas eram envolvidas: o professor de matemática ensinando sobre como calcular a área, o de geografia explicando sobre os tipos de alimentos de cada região. “Era gratificante ver as crianças comendo os alimentos que elas mesmas produziram. É um trabalho de formiguinha, mas que dá bons frutos. Eu brinco que é o verdadeiro fast-food. Colheu, comeu”, destaca.

Comer bem pra viver melhor
Comer alimentos in natura ou minimamente processados combate a desnutrição, a deficiência de micronutrientes e evita o sobrepeso e a obesidade – problemas a serem enfrentados pelo Brasil. Os alimentos in natura são aqueles obtidos diretamente de plantas ou de animais e não sofrem qualquer alteração depois de deixar a natureza. É por isso que comer aquilo que se planta em casa é garantia de saúde. Tanto a Cláudia Lins quanto a consultora Patrícia Gabriela comprovam a ideia de que a alimentação saudável é mais fácil do que se imagina e que cultivar legumes, verduras e frutas em pequenos espaços é uma opção até para quem mora na cidade grande. Basta ter a terra e a semente. E gente que come bem fica longe de doenças, esbanjando saúde.

Aprenda a fazer uma horta em pequenos espaços

Alimentação Saudável

Obesidade cresce 60% em dez anos no Brasil

Entre 2006 e 2016, índice de brasileiros com a doença passou de 11,8% para 18,9%. Diabetes e hipertensão também cresceram.

O Ministério da Saúde divulgou, nesta segunda-feira (17), dados que revelam o aumento da obesidade no Brasil. Segundo o levantamento, uma em cada cinco pessoas no País está acima do peso. A prevalência da doença passou de 11,8%, em 2006, para 18,9%, em 2016.

Os números fazem parte da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada em todas as capitais brasileiras. O resultado reflete respostas de entrevistas realizadas de fevereiro a dezembro de 2016 com 53,2 mil pessoas maiores de 18 anos.

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Alimentação saudável se aprende na escola

Comer saudável nunca esteve tão na moda quanto nos dias atuais. São diversos os blogs, sites, colunas e programas de televisão que abordam o tema. Mas como convencer crianças e jovens de 10 a 18 anos a abrirem mão dos atraentes fast-food em troca de mais saúde? Foi pensando em promover a boa alimentação, sem uma rejeição radical àquilo que esse público gosta, que a engenheira de alimentos e pesquisadora da Unidade Agroindústria de Alimentos, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Renata Torrezan tem trabalhado em um projeto que leva este tipo de informação para dentro das salas de aula.

Engenheira de Alimentos, Renata Torrezan é
pesquisadora da Embrapa 
(Fotos: Divulgação)

Entre os ingredientes dessa deliciosa receita de popularização da ciência estão o suco de uva, a batata palito e o pão francês. Dentro deles, altas doses de açúcares, sódio e gordura que, se reduzidos, podem garantir o casamento perfeito entre prazer e saúde. O projeto, iniciado em 2014 com o suporte da FAPERJ através do programa Apoio à Difusão e Popularização da Ciência e Tecnologia no Estado do Rio de Janeiro, ainda está em desenvolvimento e tem mexido com o comportamento e mente dos alunos de duas escolas técnicas agrícolas – Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ, campus Pinheiral) e Colégio Técnico da Universidade Federal Rural (CTUR) – e a instituição de formação profissional, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RJ).

Por meio de testes sensoriais, que avaliam a percepção dos consumidores quanto à ingestão de alimentos, realizados na unidade da Embrapa Agroindústria de Alimentos, localizada no bairro de Guaratiba, na Zona Oeste, Renata e sua equipe encontraram a formulação adequada para preparar suco de uva, batata palito e pães com doses reduzidas de açúcares, gorduras e sódio, respectivamente. A pesquisadora explica que demonstrações práticas de processamento de alimentos e uso dos ingredientes em linguagem adequada foram apresentadas aos alunos e o resultado foi surpreendente, para os jovens.

“No teste sensorial os alunos descobriram que o mesmo suco de uva pode ser tão saboroso quanto àquele que ele bebe fora de casa, porém com menos açúcar. Já a batata inglesa, em vez de frita, pode ser assada ou cozida sob ar quente. Todo o processo garante um consumo com mais de 70% de redução de gordura, comparado ao mesmo alimento frito vendido em redes de fast-food“, conta Renata.

No caso do suco de uva, a equipe de pesquisadores coordenada pela engenheira de alimentos obteve uma redução de mais de 50% na quantidade de açúcar adicionado. Para obter esse resultado, foi utilizada apenas a diluição em água e açúcar até a medida adequada para que a bebida não gerasse rejeição.

Com a batata palito houve uma mudança apenas no processo de preparo. No lugar de fritadeira e óleo, uma assadeira ou forno com circulação de ar quente. Foram selecionadas as marcas de batatas pré-prontas congeladas com teor conhecido de gordura em sua composição. Em seguida, colocaram-nas no forno. “O trabalho foi realizado desde a seleção do produto ao modo de preparo. Foram analisadas quatro marcas de batatas comerciais para definirmos os teores de gordura já presentes e comparadas com outras quatro amostras de batatas fritas de redes de fast-food da cidade”, diz Renata.

Estudantes com idades entre 10 a 18 anos provaram
aprovaram a aparência e o sabor dos alimentos

Com o pão francês, os testes foram realizados dentro da sala do curso de formação de padeiros e confeiteiros do Senai. A engenheira de alimentos da Embrapa explica que foi preciso um trabalho mais minucioso para dosar o sódio de acordo com cada tipo de farinha. “Fizemos uma análise própria da qualidade de farinhas comerciais e conseguimos reduzir a adição de sódio sem afetar muito a qualidade do adorado pãozinho”, afirma a pesquisadora.

Além das demonstrações práticas de avaliação sensorial dos produtos em linguagem adequada para os alunos, os pais dos estudantes também tiveram a oportunidade de participar de cursos e palestras sobre como ter e manter uma alimentação saudável. Cartilhas sobre a temática serão distribuídas nas unidades escolares e um curta-metragem de animação, ainda em desenvolvimento, levará todo o conhecimento produzido para além das salas de aula.

“Os mesmos personagens que nos acompanharam em projetos anteriores, Chiquinho e Ana, serão os protagonistas de uma nova animação que vai falar sobre redução do uso de sódio na alimentação, açúcares e gordura de forma lúdica. Nossa intenção é contribuir com os esforços do Ministério da Saúde para a promoção de uma alimentação saudável e para a redução dos casos de obesidade, bem como dos riscos de doenças cardíacas”, completa Renata.

Na lista abaixo é possível conferir alguns vídeos da série com os personagens Chiquinho e Ana:

Boas práticas de fabricação de alimentos (BPF): www.youtube.com/watch?v=6Ss6hP7M038&feature=youtu.be

Produção de queijos: www.youtube.com/watch?v=SrEex6cvVuI

Polpa de frutas: www.youtube.com/watch?v=ReTfgMwgqEY

Processamento mínimo de vegetais: www.youtube.com/watch?v=HdsdiQGmeSg

Doces e geleias de frutas: www.youtube.com/watch?v=LP5z5XtBCw0

Desidratação de frutas: www.youtube.com/watch?v=H5He16jmN7w

Processamento de pescado: www.youtube.com/watch?v=mXLID0bCzGw

Produção de pães: www.youtube.com/watch?v=7wYBlVtxWDs

Amendoim: Alimento in natura é uma excelente opção para pequenas refeições

O amendoim é um alimento que se tornou bastante popular nas refeições de alguns frequentadores assíduos das academias. É um alimento que já tinha seu espaço garantido no coração e no paladar da população brasileira e é encontrado com facilidade no  território nacional.  Como parte de uma alimentação equilibrada, para o ganho de uma vida mais saudável, o amendoim deve ser consumido sim, como vários outros alimentos in natura e minimamente processados.

Entender o nível de processamento dos alimentos, mais do que a qualidade de um alimento isolado, pode ser mais efetivo para chegar ao objetivo maior, que é ter saúde para toda a vida.

Grau de Processamento, segundo o Guia Alimentar

Alimentos in natura são obtidos diretamente da natureza, de plantas ou de animais, e não sofrem qualquer alteração após deixarem a natureza – nesse caso, seria o amendoim ainda com a casca marrom, sem adição de sal ou açúcar, que você mesmo pode descascar. Minimamente processado seria o amendoim já limpo, sem a casa, envolto naquela camada vermelha ou sem ela, mas sem adição de qualquer substância, seja sal, açúcar, óleos, ou outras gorduras. Com casca ou descascado, você pode encontrar o alimento em feiras ou supermercados com facilidade.

Propriedades

O amendoim faz parte do grupo de alimentos que inclui vários tipos de castanhas (de caju, de baru, do-brasil ou do-pará) e nozes, além das amêndoas. Castanhas, nozes, amêndoas e amendoins têm vários usos culinários. Podem ser usados como ingredientes de saladas, de molhos e de várias preparações culinárias salgadas e doces (farofas, paçocas, pé de moleque) e também ser adicionados a saladas de frutas. Por exigirem pouco ou nenhum preparo, são excelentes opções para pequenas refeições.

Todos os alimentos que integram este grupo são ricos em minerais, vitaminas, fibras e gorduras saudáveis (gorduras insaturadas) e, como frutas e legumes e verduras, contêm compostos antioxidantes que previnem várias doenças.

Porém, é preciso cautela quando algumas das características do alimento forem modificadas. Castanhas, nozes, amêndoas e amendoins adicionados de sal ou açúcar são alimentos processados e, sendo assim, o Ministério da Saúde indica que o consumo deve ser limitado.  Na base da alimentação devem estar sempre os alimentos in natura e minimamente processados, como você pode conferir nas orientações do Guia Alimentar para a População Brasileira.

Preparações caseiras

O Ministério da Saúde recomenda que a população evite o consumo de alimentos ultraprocessados para obter uma vida mais saudável. Devido a seus ingredientes, alimentos ultraprocessados – como biscoitos recheados, “salgadinhos de pacote”, refrigerantes e “macarrão instantâneo”, – são nutricionalmente desbalanceados. Por conta de sua formulação e apresentação, costumam ser consumidos em excesso e substituir alimentos in natura ou minimamente processados.

Para que tenham longa duração e não se tornem rançosos precocemente, os alimentos ultraprocessados são frequentemente fabricados com gorduras que resistem à oxidação, mas que tendem a obstruir as artérias que conduzem o sangue dentro do nosso corpo. São particularmente comuns em alimentos ultraprocessados os óleos vegetais naturalmente ricos em gorduras saturadas e gorduras hidrogenadas, que, além de ricas em gorduras saturadas, contêm também gorduras trans.

Alimentos ultraprocessados tendem a ser muito pobres em fibras, que são essenciais para a prevenção de doenças do coração, diabetes e vários tipos de câncer. A falta de fibras decorre da ausência ou da presença limitada de alimentos in natura ou minimamente processados nesses produtos.  Esse mesmo motivo faz com que os alimentos ultraprocessados também sejam pobres em vitaminas, minerais e outras substâncias com atividade biológica, que estão naturalmente presentes em alimentos in natura ou minimamente processados.

Por essas razões, na hora de comer o amendoim, prefira sempre as preparações caseiras ou ainda o alimento in natura. Abaixo, listamos uma receita caseira de uma paçoca tipicamente brasileira.

Receita Caseira de Paçoca

Paçoca soltinha

Ingredientes
•    1/4 xícara de farinha de mandioca torrada
•    1 1/2 xícara de amendoim torrado
•    1/2 xícara de açúcar mascavo

Para fazer a paçoca soltinha
•    Coloque a farinha de mandioca para torrar em uma frigideira até ficar douradinha.
•    Enquanto isso, torre o amendoim no forno médio por 15 minutos. Descasque-o.
•    Leve o amendoim ao processador junto com o açúcar mascavo e bata.
•    Adicione a farinha de mandioca torrada para dar crocância à mistura e processe mais.

Confira o preparo no canal da apresentadora Bela Gil: http://gnt.globo.com/receitas/receitas/bela-gil-mostra-como-fazer-duas-versoes-de-pacoca-caseira.htm

A melhor opção é escolher não exagerar no sal

São tantas as opções atualmente e tantas informações sobre benefícios e malefícios do sal que fica até difícil saber o que levar para casa. Tem gente que usa o sal rosa do Himalaia. Há ainda quem diga que prefere o sal light e sal rosa juntos, afirmando que o light tem menor teor de sódio e o rosa, mais minerais.

Para a costureira Kaline Burlamaque, de 32 anos, o sal refinado é a melhor opção já que, segundo ela, cabe no orçamento da família. Já a nutricionista Leiliane Xavier, de 32 anos, usa a mesma opção de compra, mas escolheu uma alternativa para deixar as preparações em casa mais saborosas e saudáveis. “Eu uso sal de ervas caseiro! Mais saudável já que reduz o teor de cloreto de sódio para temperar e dar sabor aos alimentos”,  defende.

Entenda a composição de cada um

O sal de cozinha, comum no Brasil, passa por um processo de refinamento a partir da água do mar. Seu principal componente é o cloreto de sódio, formado por sódio (40%) e cloreto (60%). O sódio tem a importante função de manter o equilíbrio osmótico das células e regula o volume de fluidos corporais como o sangue, além de atuar no funcionamento normal de músculos e nervos. O sal no Brasil ainda é enriquecido com iodo para que se previnam doenças ligadas à tireoide e se promova o desenvolvimento neurológico adequado das crianças na gestação.

Apesar da proliferação de produtos que procuram se diferenciar ou trazer atributos de mais naturais ao utilizar a denominação “sal marinho”, para a legislação brasileira,  todo sal produzido a partir da água do mar pode ser denominado “sal marinho”, independentemente do grau de refinamento. Além disso, não há evidências científicas que comprovem benefícios ou malefícios associados com seu maior ou menor refino.

Sais de rocha são extraídos em minas e não do mar e por isso possuem uma mistura de cloreto de sódio e outros minerais presentes nas rochas. Um exemplo bastante conhecido é o sal rosa do Himalaia, que, devido à presença de outros minerais em sua composição, possui a coloração característica. Contudo, não há evidências científicas de benefícios que os sais minerais promovam à saúde e estes produtos não são indicados como substitutos mais saudáveis para o sal de cozinha.

O sal light, por sua vez, é obtido a partir da mistura de cloreto de sódio e de cloreto de potássio, em graus que podem variar de meio a meio a até um terço/dois terços, respectivamente, o que lhe confere menor teor de sódio do que o sal de cozinha. Este sal constitui uma alternativa com benefícios comprovados para a redução da ingestão de sódio e aumento da ingestão de potássio, porém indivíduos com restrição ao consumo de potássio, como aqueles com doenças renais, devem ficar evitar seu consumo.

Opções e consumo

Todas as opções de sal citadas possuem sódio. Por isso, mais importante do que escolher a melhor opção é preciso ficar atento à quantidade de sal consumida DIARIAMENTE. O excesso de sal, consequentemente de sódio, atua como importante fator de risco para o desenvolvimento de diversas doenças crônicas, como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doenças renais e câncer gástrico, entre outras doenças.

O consumo de sal pela população brasileira é de quase 12g/dia, de acordo a Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2008/09 realizada pelo IBGE, o que ultrapassa em mais de duas vezes a recomendação da Organização Mundial da Saúde (inferior a 5g/dia de sal ou 2000mg/dia de sódio).

Diante dessa realidade, estudos mostram que mesmo uma modesta diminuição no consumo de sódio pode proporcionar benefícios para a saúde e reduções graduais até alcançar os níveis recomendados de ingestão podem proporcionar benefícios ainda maiores.

Mas reduzir o consumo de sódio da alimentação não é simples. O mineral não está presente apenas no sal que adicionamos no preparo dos alimentos, ele também é utilizado em conservas, salmouras e está presente em grande quantidade dos alimentos industrializados prontos para consumo, inclusive em alimentos doces, como biscoitos recheados e bebidas.

No entanto, algumas estratégias para reduzir o consumo na sua casa podem ser adotadas, como por exemplo, a utilização de substitutos do sal, como citou a Leiliane Xavier.Sal de Ervas

Um dos substitutos do sal de cozinha para reduzir o exagero à mesa e na cozinha é conhecido como “sal de ervas”.

Este consiste em uma mistura de partes iguais de sal, orégano, manjericão, alecrim ou qualquer outra erva aromática. A mistura do sal com as ervas auxilia na diminuição da quantidade de sal utilizada nas preparações, podendo ser utilizado em substituição ao sal de adição (na mesma quantidade) em pratos quentes e saladas. Outra boa opção para reduzir o consumo de sal é o preparo caseiro de temperos como o de alho e sal.

Os temperos “instantâneos”, frequentemente utilizados como substitutos do sal, tais como temperos em cubo, em pó e em pasta e os temperos industrializados para saladas e outros alimentos não são recomendados porque têm grandes quantidades de sódio e muitas vezes de gorduras, além de outros aditivos.

Resumindo, já que é para escolher uma opção para temperar os alimentos em casa, a dica é escolher não exagerar no sal. Seja qual for o substituto escolhido, deve ser consumido em pequenas quantidades para temperar alimentos in natura e minimamente processados, como a carne, o arroz e feijão, e as preparações culinárias feitas com eles.

Lembre-se que os alimentos processados e ultraprocessados, aqueles dos pacotes e que geralmente têm muitos aditivos na lista de ingredientes, devem ser evitados, segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, pois possuem, muitas vezes, grandes quantidades de sódio que não percebemos.