Tag Archives: Alimentação

Internações por inflamações intestinais cresceram 61% em dez anos

Sociedade de Coloproctologia faz campanha para alertar sobre doenças

As doenças inflamatórias intestinais são enfermidades que afetam o trato gastrointestinal e que resultaram, nos últimos dez anos, em 170 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS). 

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Alimentos fermentados, como kombucha, realmente fazem bem à saúde?

O alimento fermentado mais pesquisado é o iogurte

Kefir, kimchi, chucrute e kombucha são alimentos muito diferentes, mas com algo crucial em comum: são fermentados.

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Covid-19 traz impactos para primeira infância nas 16 favelas da Maré. Crianças de 0 a 6 anos correspondem a 12,4% dos moradores

A pandemia da covid-19 trouxe grandes impactos para as crianças do complexo das 16 favelas da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, em especial da primeira infância, que abrange menores de 0 a 6 anos de idade, em questões de saúde, alimentação, educação, segurança. É o que revela o Diagnóstico Primeira Infância nas Favelas da Maré, divulgado nesta quarta-feira (27) pela organização não governamental (ONG) Redes da Maré. A população de 0 a 6 anos corresponde a 12,4% dos moradores da Maré, ou o equivalente a quase 15 mil crianças. A primeira infância é considerada uma fase crucial para o desenvolvimento das crianças.

Durante a pandemia, foram aplicados diretamente 2.144 questionários às famílias, nas residências, além de realizadas entrevistas com profissionais de redes de proteção e apoio à primeira infância, como professores, assistentes sociais e profissionais de saúde. O objetivo foi traçar o panorama da situação da realidade de 2.796 crianças nessa faixa etária. Muitas famílias possuíam mais de uma criança nessa idade, informou à Agência Brasil a assistente social Gisele Martins, uma das coordenadoras do estudo. De acordo com o Censo feito em 2013 pela Redes da Maré, o complexo possui 140 mil moradores no total.

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Pandemia acentua insegurança alimentar para pessoas trans. Um quinto dos entrevistados enfrentou fome, revela pesquisa

Sete em cada dez pessoas transgênero enfrentaram insegurança alimentar durante a pandemia de covid-19. Para um quinto do grupo minoritário, o quadro foi severo, já que não tinha condições de fazer todas as refeições do dia, nem como comprar alimentos, passando fome.

É o que comprova estudo de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Universidade Federal do Paraná, Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Universidade Federal da Paraíba (UFPB), publicado hoje (10), no periódico científico Plos One.

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Pesquisa analisa identificação de aditivos em rótulo de alimentos. Um quarto dos produtos pesquisados continha seis ou mais aditivos

Estudo do Instituto de Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) em parceria com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) examinou o uso e a rotulagem de aditivos alimentares em diversos produtos disponíveis nos supermercados brasileiros. A pesquisa identificou falhas e inconformidades nas informações presentes nas listas de ingredientes.

No trabalho, foram analisados rótulos de 9.856 alimentos e bebidas, constatando que um quinto dos itens não continha qualquer aditivo alimentar, enquanto um quarto apresentava seis ou mais em sua formulação. Além disso, verificou-se a existência de agrupamentos de aditivos que se repetiam em diferentes grupos de alimentos, especialmente nos ultraprocessados. Mesmo em situação de regularidade, foi possível comprovar a insuficiência de informações sobre os ingredientes na embalagem.

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Cobalto em excesso causa câncer, confirma estudo

Estudo publicado na revista Lancet Oncology confirma algo que muitos especialistas já suspeitavam: a exposição excessiva ao cobalto pode causar câncer.

A investigação foi encomendada pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) da Organização Mundial da Saúde (OMS) e conduzida por 31 cientistas de 13 países, entre eles Thomas Prates Ong, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP) e membro do Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC), financiado pela FAPESP.

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Cozinhar com azeite extravirgem ajuda a preservar os nutrientes dos alimentos

Além de ser rico em gorduras monoinsaturadas, compostos bioativos, vitaminas, entre outros, o azeite extravirgem é capaz de diminuir a perda de nutrientes dos alimentos durante o cozimento. É isso o que mostra uma revisão de mais de 90 trabalhos científicos feita pelo pesquisador José Fernando Rinaldi de Alvarengabolsista da FAPESP e pós-doutorando do Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP).

A pesquisa foi feita em parceria com colegas da Universidade de Barcelona, na Espanha, e publicada em artigo na revista científica Trends in Food Science & Technology.

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O que os alimentos ultraprocessados fazem com nosso corpo?

Desde que a humanidade descobriu o fogo e as especiarias, não olhamos mais para trás: continuamos inventando novas maneiras de desconstruir os alimentos para depois reformulá-los.

O que fazemos com a comida para criar novos sabores e experiências é incrivelmente criativo.

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Agosto Azul no Paraná incentiva a paternidade responsável

Agosto Azul no Paraná incentiva a paternidade responsável. O incentivo ao cuidado com a saúde do homem é lei no Paraná. Em 2012, o Agosto Azul foi instituído no Estado pela Lei nº 17.099. Desde então, a Secretaria estadual da Saúde organiza ações de promoção à saúde voltadas ao público masculino. Para 2017, a campanha incentiva a paternidade responsável com o mote ‘Pai, seja presente!’. O lançamento ocorreu na terça-feira (1º) no Palácio das Araucárias, em Curitiba.

“A expectativa de vida dos homens no Paraná já é de sete anos a menos do que a das mulheres. Queremos que eles também tenham um cuidado com sua saúde, que tenham bons hábitos e um estilo de vida saudável. E agosto é o mês para reforçar isso e mobilizar a população masculina paranaense”, ressalta o secretário de Estado da Saúde em exercício, Sezifredo Paz.

A secretária estadual da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, também participou do evento. “Queremos homens presentes na formação da família, no atendimento aos filhos e com respeito à saúde. Também é necessário acabar com comportamentos de risco e situações de intolerância. São em ações educativas, como esta, que contamos com o apoio de todos para reduzir estatísticas ruins e nos tornarmos uma sociedade mais serena, mais tranquila. Isso não é utopia”, afirma.

De acordo com o representante da Coordenação Nacional de Saúde do Homem, Juliano Mattos Rodrigues, o Paraná é único estado do país a desenvolver uma política estadual para a área. “É um diferencial e fundamental para o Ministério da Saúde que os estados incentivem e consigam garantir cada vez mais a presença dos homens nos serviços de saúde”, reforça.

Agosto Azul no Paraná incentiva a paternidade responsávelCAMPANHA – A campanha lembra aos homens sobre as mudanças que a paternidade traz e sugere atitudes que devem fazer parte da rotina de um pai responsável. “A paternidade é um momento que carrega várias novas responsabilidades para a vida de um homem e exige uma nova organização na vida”, aconselha o superintendente de Atenção à Saúde, Juliano Gevaerd.

O homem precisa envolver-se durante a gravidez, participando das consultas de pré-natal e auxiliando a mulher na tomada de decisões. Também deve e preparar para o nascimento, conhecendo os sinais de alerta de parto e os procedimentos para o dia. A presença do pai na sala de parto transmite segurança à gestante e é garantida por meio da Lei do Acompanhante (Lei Federal nº 11.108/2005).

Após o parto, as orientações são incentivar o aleitamento materno, que auxilia no crescimento e desenvolvimento da criança, e, principalmente, participar do desenvolvimento do filho. “A proximidade estimula na formação da criança e no fortalecimento dos vínculos familiares”, complementa o superintendente.

Os homens também devem participar do planejamento reprodutivo da família, se informando sobre métodos contraceptivos. Outra atitude necessária é colaborar de maneira igualitária em casa, dividindo as tarefas domésticas e o cuidado com o filho de maneira justa, de forma que fique mais fácil para todos.

SAÚDE – E para vivenciar por completo a paternidade, é primordial cuidar da própria saúde. “Recomendamos que os homens façam avaliações médicas de rotineiras, mantenham uma alimentação equilibrada e realizem atividades físicas. Também devem evitar o cigarro, álcool e outras drogas. Além de manter a saúde me dia, isso também servirá de exemplo para a família”, orienta o coordenador estadual de Saúde do Homem, Rubens Bendlin.

Agosto Azul no Paraná incentiva a paternidade responsávelDentre as dicas estão subir e descer escadas; ir ao trabalho a pé ou de bicicleta; realizar atividades ao ar livre; e praticar um esporte regularmente. A alimentação deve conter produtos naturais, como legumes, frutas e verduras; reduzir a quantidade de gordura, açúcar e sal; evitar o consumo de alimentos processados; e beber água.

ATIVIDADES – Durante todo o mês, uma agenda extensa de atividades será desenvolvida por todo o Estado. A programação deve ser verificada diretamente nas regionais de saúde. Quem tiver interesse em divulgar a campanha em suas empresas ou outras instituições pode retirar cartazes, fôlderes e filipetas no prédio central da Secretaria de Estado da Saúde, em Curitiba, ou nas 22 Regionais de Saúde do Estado. Mais informações pelo telefone (41) 3330 4528.

Fonte: SES/PR

Pesquisadora analisa o início da regulação de alimentos no Brasil

“A gente aponta como uma raridade esquisita toda espécie de alimento e de bebida que traz o seu rótulo legítimo”, dizia o médico Antônio Leão Velloso em 1919, em meio à grande crise alimentar que o Brasil passava após a Primeira Guerra Mundial. E com a escassez de mercadorias alimentícias, uma das consequências foi o aumento significativo nas falsificações e fraudes nos produtos que chegavam ao país, que de acordo com a imprensa ultrapassava tudo já visto e que continuaria até muito tem depois do término da guerra.

No artigo Guerra aos envenenadores do povo, os inícios da regulação de alimentos em São Paulo e no Rio de Janeiro, 1889-1930, veiculado na mais recente edição da revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos (vol. 24, nº. 2, abr/jun 2017), publicada pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Sören Brinkmann mostra os fatores históricos que deram início e mantiveram a crise alimentar no período da Primeira Guerra Mundial, como falta de laboratórios para análise e normas de serviço de difícil cumprimento.

Pertinente a todas as classes sociais, a crise também atingiu cervejarias, que na falta de cevada passaram a utilizar arroz para a elaboração das bebidas, e confeitarias, fazendo com que usassem conservantes e colorantes descontroladamente. Dessa forma, as instituições sanitárias foram acusadas pelo público de estarem em conformidade com essas práticas, devido à inatividade em conter essas ações.

A questão da higiene alimentar, entretanto, já fazia parte do planejamento das políticas sanitárias desde a fundação da República, mas sua implementação era frequentemente prorrogada pela falta de recursos financeiros e pela existência de outras prioridades nas políticas de saúde. A mudança dessas prioridades ocorreu apenas com a reforma sanitária de 1920, empreendida por Carlos Chagas, que contava com 176 artigos dedicados exclusivamente ao comércio de alimentos. A implementação de um serviço de controle alimentar, ainda assim, só teve lugar com a reforma da saúde pública de 1925.

O autor afirma que essa grande crise alimentar durante a Primeira Guerra Mundial foi, num panorama geral, essencial para a regulação sanitária dos alimentos. Em São Paulo, por exemplo, os números tiveram um aumento significativo. A cidade tinha, em 1926, 44 mil inspeções ambulantes em casas de atacadistas, varejistas, fábricas e restaurantes, enquanto o número de análises laboratoriais deu um salto de 1,2 mil em 1924 para 3,6 mil dois anos depois.