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São Paulo vacina contra HPV e Hepatite A pessoas que usam PrEP

Profilaxia reduz risco de contrair ISTs e Aids

A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo promove hoje (14) e amanhã (15), na estação República (Linha 3-Vermelha do Metrô), vacinação gratuita contra HPV e a hepatite A para pessoas em uso da profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP).

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Fiocruz vai começar a distribuição de antirretroviral combinado para o SUS

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) inicia, neste mês de  outubro, o fornecimento de uma combinação inédita com dois medicamentos eficazes para pacientes com HIV/Aids. O regime de dosagem simplificada com os antirretrovirais Dolutegravir 50mg + Lamivudina 300mg representa um avanço para o Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo mais facilidade e praticidade para o tratamento.

Tradicionalmente, o tratamento do HIV envolvia combinações de vários medicamentos de diferentes classes para suprimir efetivamente o vírus e retardar a progressão da doença. Uma única dose diária de um comprimido deste medicamento garantirá a eficácia e auxiliará na continuidade do tratamento, com menor potencial de toxicidade e de efeitos adversos graves, não havendo histórico nenhum de resistência.

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Delegação americana visita projetos da Fiocruz financiados pelos Estados Unidos

Uma delegação de congressistas americanos e representantes do governo dos EUA em Brasília visitou a Fiocruz para conhecer e acompanhar o andamento de projetos que receberam financiamento daquele país. Entre eles estudos sobre tuberculose, HIV/Aids e Covid-19. Ao longo da visita, nos dias 3 e 4 de abril, o grupo percorreu unidades, fábrica e laboratórios da Fundação, participou de reuniões e levantou informações sobre o que foi feito e o que ainda pode ser construído com o financiamento vindo do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e do National Institute of Health (NIH). Alguns projetos, por exemplo, seguem em fase de renovação de financiamento. A vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde, Patricia Canto, fez uma apresentação institucional da Fiocruz.

A delegação americana foi composta por funcionários do Congresso, representantes do Departamento de Saúde e Serviços Humanos e do CDC. O grupo tinha como objetivo destacar as parcerias na colaboração em saúde com instituições brasileiras e as conquistas que melhoraram os resultados de saúde no país e na região.

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Fiocruz coordena projeto de prevenção ao HIV

A Fiocruz coordenará o projeto de Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (ImPrEP) na América Latina, iniciativa que visa oferecer medicamentos antirretrovirais a cerca de 7.500 pessoas não infectadas pelo vírus do HIV. O objetivo do programa, que será lançado nesta quarta-feira (12/7) na Fiocruz, é reduzir o risco de aquisição da doença por via sexual. O foco são homens que fazem sexo com homens, mulheres transexuais e travestis. No Brasil, o Ministério da Saúde, através do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das [Infecções Sexualmente Transmissíveis] IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, apoiará o projeto fornecendo todos os insumos, testes e medicamentos. O evento acontecerá às 9h, na Biblioteca de Obras Raras, no terceiro andar do Castelo Mourisco, na Fundação Oswaldo Cruz (Av. Brasil 4365, Manguinhos).

Inicialmente, o projeto contará com a participação de cidades em oito estados e, ao longo do primeiro ano, se expandirá para, pelo menos, um serviço em cada estado brasileiro. Além da profilaxia pré-exposição ao HIV, a iniciativa possibilitará a ampliação do diagnóstico das hepatites B e C, sífilis, HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis.

Financiado pelo Conselho Executivo do Fundo Internacional para a compra de Medicamentos (UNITAID, na sigla em inglês) e apoiado pela Fundação para Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec) da Fiocruz, o ImPrEP terá a duração de três anos e será realizado por um consórcio de instituições de ensino e pesquisa de Brasil, México e Peru, contando com o apoio dos ministérios da Saúde dos respectivos países.

Institutos

Na Fiocruz, o projeto será coordenado pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI). O Centro de Prevenção e Atenção Integral do HIV/Aids da Clínica Especializada Condesa será o responsável pela coordenação no México e no Peru a Universidade Cayetano Heredia será a coordenadora.

No país, inicialmente o projeto contará com a participação de cidades em oito estados brasileiros e, ao longo do primeiro ano, a participação dos serviços será expandida a, pelo menos, um serviço em cada estado. No México, participarão cinco cidades (Cidade do México, Guadalajara, Puerto Vallarta, Oaxaca e Juchitan) e, no Peru, serão seis (Lima/Callao – províncias que concentram 71% dos casos de Aids do país -, Iquitos, Pucallpa, Tarapoto, Chiclayo e Trujillo).

Serviço:
Lançamento do estudo Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) na América Latina
Data: 12 de julho
Local: Castelo Mourisco – Campus da Fiocruz – Av. Brasil, 4365 – Manguinhos / RJ
Horário: 9h

Nomes confirmados para o lançamento:
– Nísia Trindade Lima – presidente da Fiocruz (Brasil);
– Valdiléa G. Veloso – diretora do INI/Fiocruz (Brasil);
– Adele Benzaken – diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais do Ministério da Saúde (Brasil);
– Representantes do Ministério da Saúde do Brasil;
– Carlos F. Cáceres – diretor do Centro de Investigación Interdisciplinaria en  Sexualidad, Sida y Sociedad/CIISSS (Universidad Peruana Cayetano Heredia) (Peru);
– Edgardo Hamid V. Ramírez – pesquisador da Clínica Especializada Condesa (México);
– Heather Ingold – Unitaid;
– Giovanni Ravasi – Opas;
– Yoannis Mameletzis – OMS;
– Parceiros da sociedade civil.

UNAIDS elogia decisão de SUS oferecer pílula anti-HIV

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) elogiou a decisão do Ministério da Saúde de oferecer a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) através do Sistema Único de Saúde (SUS). A divulgação da informação foi feita pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, na quarta-feira (24), durante participação na Assembleia Mundial de Saúde em Genebra, na Suíça.

“A incorporação da PrEP ao leque de opções de prevenção é muito bem-vinda”, afirmou a diretora do UNAIDS no Brasil, Georgiana Braga Orillard. “Esse esforço é essencial para acelerar a resposta brasileira rumo ao fim da epidemia.”

A PrEP consiste em uma combinação de medicamentos antirretrovirais que reduzem o risco da infecção pelo HIV antes da exposição ao vírus e é o mais novo insumo entre os esforços de expansão das opções da chamada prevenção combinada para pessoas sob alto risco de infecção pelo HIV.

O documento “Profilaxia Pré-exposição Oral: contextualizando uma nova opção de escolha”, produzido por uma colaboração entre UNAIDS, Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Não Governamental Global Advocacy for HIV Prevention (AVAC), destaca as recomendações gerais para a utilização de PrEP e complementa as recomendações da OMS, oferecendo subsídios à utilização da PrEP oral na proteção de indivíduos e na contribuição para o fim da epidemia de AIDS.

A incorporação da profilaxia foi recomendada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC), após consulta pública que contou com parecer técnico do UNAIDS, entre outros membros de academia, pesquisadores e sociedade civil.

Os números de utilização e acesso à PrEP estão aumentando globalmente, mas com escala e cobertura ainda limitadas fora dos Estados Unidos. Em outubro de 2016, cerca de 100 mil pessoas estavam tomando PrEP, a maioria nos EUA. Um número significativo, mas não quantificável, de pessoas têm acesso à PrEP através de meios menos regulados, como o de compras pela internet.

Segundo o UNAIDS, a implementação rápida de programas de PrEP regulamentados por governos irá melhorar o monitoramento e a avaliação do uso da profilaxia e seu impacto na epidemia. É necessário um esforço adicional considerável para atingir o novo objetivo global de alcançar e ofertar a PrEP a 3 milhões de pessoas com risco substancial de infecção pelo HIV até 2020.

Quatro princípios essenciais para a PrEP oral:

  • PrEP tem efetividade

A PrEP tem efetividade na prevenção da transmissão do HIV, e não foram encontradas diferenças significativas em termos de sexo, idade ou meio de transmissão sexual. A PrEP oral foi avaliada entre gays e outros homens que fazem sexo com homens, mulheres trans, homens e mulheres heterossexuais e pessoas que usam drogas injetáveis. Em cada um desses contextos, os dados são claros: a PrEP funciona quando tomada corretamente e de forma constante.

  • PrEP deve fazer parte da resposta geral ao HIV

Para pôr fim à epidemia do HIV, é necessária sinergia em torno dos três zeros: zero nova infecção por HIV, zero discriminação e zero morte relacionada à AIDS.

A implementação da PrEP deve aprimorar os programas de HIV, inclusive testagem e ampliação do tratamento, e sua disponibilização deve sempre fazer parte de uma abordagem baseada em prevenção combinada.

A PrEP complementa outras abordagens de prevenção informadas por evidências, incluindo programas de distribuição de preservativos e fortalecimento de capacidades para profissionais do sexo, redução de danos para pessoas que usam drogas injetáveis e esforços para mudar o contexto jurídico e social que aumenta, para muitas pessoas, o risco de contrair o HIV.

  • PrEP é uma escolha de prevenção

A decisão de utilizar a PrEP é do indivíduo. Quando apresentada junto com outras opções de prevenção do HIV em um ambiente livre de estigma, os indivíduos podem escolher a estratégia de prevenção mais apropriada para eles.

  • PrEP não é para todo mundo: é para pessoas com risco substancial de contrair o HIV

A oferta da PrEP é uma decisão que deve levar em consideração as necessidades e os benefícios (prevenção do HIV) por um lado e, por outro, danos (possíveis efeitos adversos), custos e viabilidade. As pessoas com risco substancial de contrair o HIV seriam as mais beneficiadas ao poder ter acesso à PrEP enquanto escolha adicional no leque de opções de prevenção.

Faça o download do pdf do comunicado de imprensa aqui.

Boletim da Unaids traz especial sobre medicamentos para HIV/Aids

Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) lançou novo boletim sobre as Metas de tratamento 90-90-90 para todos. O objetivo é de que, até 2020, 90% das pessoas vivendo com HIV estejam diagnosticadas; que destas, 90% estejam em tratamento; e que 90% das pessoas neste grupo tenham carga viral indetectável. Esta edição traz como tema O poder dos medicamentos antirretrovirais.

O Brasil é hoje uma referência mundial de assistência ao paciente que vive com HIV/Aids. O país tem uma política sólida de distribuição de antirretrovirais, com o objetivo de dar acesso universal aos pacientes. Neste sentido, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) é um parceiro estratégico do Ministério da Saúde, produzindo sete dos 23 medicamentos que compõem o coquetel antiAids: atazanavir, efavirenz, lamivudina, nevirapina, zidovudina, lamivudina+zidovudina e tenofovir+lamivudina.

Para ampliar sua lista desta categoria de medicamentos, a unidade participa ainda de Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP). Uma delas é o triplivir, que reúne três fármacos em um único comprimido (tenofovir, lamivudina e efavirenz). Os acordos envolvem a produção do medicamento e a do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), principal substância, responsável pelo efeito terapêutico.

Além de ofertar produtos de primeira linha no Sistema Único de Saúde (SUS), outro objetivo da PDP é nacionalizar novas tecnologias e, com isso, fortalecer também a indústria farmoquímica nacional. No momento, a unidade aguarda o registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar a fabricação.

Pós Carnaval: Quando devo fazer o exame para detectar o HIV?

O carnaval acabou, mas  o alerta do Ministério da Saúde para a prevenção contra as infecções sexualmente transmissíveis continua.  Se você fez sexo sem camisinha ou compartilhou seringas nesse período deve saber que pode ter sido contaminado pela sífilis, gonorreia, hepatite B e pelo HIV – vírus causador da aids. Por essa razão, é importante fazer um check up para verificar como está a sua saúde.

No caso do HIV, por exemplo, os principais testes disponibilizados só conseguem detectar a infecção 30 dias após a exposição ao vírus. Isso porque o organismo precisa de um tempo para produzir a quantidade de anticorpos necessária para acusar no exame. Por isso,  o teste de HIV deve ser feito depois desse prazo. Neste período, que chamamos de janela imunológica, não se exponha novamente ao vírus, tomando as medidas de proteção.

Entenda a Janela Imunológica

Janela imunológica é o intervalo de tempo entre a infecção pelo vírus da aids e a produção de anticorpos anti-HIV no sangue. Esses anticorpos são produzidos pelo sistema de defesa do organismo em resposta ao HIV e os exames irão detectar a presença dos anticorpos, o que confirmará a infecção, caso ela tenha ocorrido.

Se um teste de HIV é feito durante o período da janela imunológica, há a possibilidade de apresentar um falso resultado negativo. Portanto, é recomendado esperar mais 30 dias e fazer o teste novamente.

O HIV pode ser transmitido durante a janela imunológica. É importante que, nessa fase, a pessoa sempre faça sexo com camisinha e não compartilhe instrumentos perfuro cortantes – como alicates e seringas.

Por que fazer o teste de HIV

Quanto mais cedo você descobrir o vírus , mais cedo pode iniciar o tratamento antirretroviral e  assim evitar que a infecção evolua para a aids  , mantendo a qualidade de vida. Além disso, quem toma os medicamentos tem menos chances de transmitir o HIV para outras pessoas. Portanto, o tratamento é também uma forma de prevenção para quem já tem o vírus e também para os parceiros desta pessoa.

O diagnóstico da infecção pelo HIV pode ser feito de várias maneiras. No Brasil, temos os exames laboratoriais (como o Elisa e o Western Blot) que utilizam amostras de sangue ou  testes rápidos (sangue e fluido oral), capazes de detectar os anticorpos contra o HIV em até 30 minutos, colhendo uma gota de sangue da ponta do dedo ou amostra de saliva.

Os testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento – CTA (ver localização pelo país). Os exames podem ser feitos inclusive de forma anônima. Nesses centros, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento, antes e depois do  exame, para facilitar a correta interpretação do resultado pelo paciente. Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque Saúde (136).

Saiba quais são os tipos de exames disponíveis no SUS para detectar o HIV

e ainda:

#FAQMS | 12 dúvidas básicas e importantes sobre HIV/aids #USECAMISINHA

Fiocruz promove ações de prevenção ao HIV no Carnaval

Entre os dias 24 e 28 de fevereiro, os educadores comunitários do Laboratório de Pesquisa Clínica em DST e Aids (LaPClin-Aids) do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) estarão pelas ruas do Carnaval do Rio de Janeiro conscientizando o público sobre a importância do sexo seguro para a prevenção do HIV e das doenças sexualmente transmissíveis (DST), como sífilis ou hepatite B. Além de esclarecer dúvidas, a equipe apresentará as pesquisas realizadas pelo laboratório Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas PrEParadas e A.M.P. – e distribuirá preservativos, géis, brindes e materiais informativos.

Blocos carnavalescos reúnem milhares de cariocas e turistas nas ruas do Rio de Janeiro (Foto: Isabela Vieira/Agência Brasil)

A Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP), tratamento para quem manteve relações sexuais sem a proteção de preservativos, também faz parte da campanha de divulgação. A PEP consiste no uso de um medicamento contra o HIV por 28 dias com o objetivo de evitar a infecção da doença e está disponível gratuitamente no ambulatório do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (Av. Brasil 4365- Manguinhos/RJ). O tratamento também é encontrado nos serviços de saúde ou emergências públicas de todo o país e a recomendação é que o tratamento seja iniciado até 72h depois da exposição ao risco. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 9090 (21) 2260-6700 (ligação gratuita).

Confira as datas e locais de atuação dos educadores:

Lembre-se! A PEP não previne as demais DST e quanto mais rápido iniciar o tratamento, melhor será seu resultado. A camisinha ainda é a forma mais eficaz de prevenir o HIV e outras DST. Aproveite o Carnaval sem descuidar da sua saúde!

 

Especialista explica como HIV causou a pandemia de Aids

Agência FAPESP – A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a Fundação de Pesquisa Alemã (DFG) realizam em 17 de agosto, às 15h, na sede da FAPESP, a palestra “Por que o HIV-1 foi capaz de causar a pandemia de Aids? ”, pelo professor Frank Kirchhoff, diretor do Instituto de Virologia Molecular da Universidade de Ulm, na Alemanha, e ganhador do Prêmio Leibniz em 2009.

O virologista Kirchhoff é um dos principais pesquisadores no mundo sobre a Aids. Nos últimos 20 anos ele contribuiu para a melhoria da compreensão sobre o desenvolvimento da doença e sobre a evolução do HIV. Sua pesquisa tem se concentrado em proteínas responsáveis pela patogenicidade do vírus em seres humanos, apontando novos caminhos para prevenir a transmissão da doença.

Em sua palestra, o pesquisador irá descrever a origem e a evolução do HIV-1 grupo M, responsável pela maior parte dos casos de Aids, e discutir propriedades específicas desse vírus que contribuem para a sua alta virulência e expressiva propagação.

Concedido desde 1986 pelo Programa Gottfried Wilhelm Leibniz, da DFG, o Prêmio Leibniz é o mais importante da Alemanha na área científica, reconhecendo importantes descobertas de cientistas e pesquisadores no país. A palestra faz parte da Leibniz Lectures (Palestras Leibniz), uma iniciativa da DFG para estimular o diálogo entre os premiados e a comunidade científica internacional.

Frank Kirchhoff estudou biologia na Universidade de Göttingen, na Alemanha, e obteve o doutorado no Centro Alemão de Primatas com uma tese sobre o novo vírus HIV-2 clone. Como pós-doutorando na Harvard Medical School, em Boston, Estados Unidos, ele tratou pela primeira vez da proteína Nef, do HIV, que favorece a replicação do vírus –, na qual focou seu trabalho quando retornou em 1994 à Alemanha. No país ele trabalhou como assistente, professor associado e professor na Universidade Erlangen-Nürnberg, antes de ser chamado para trabalhar na Universidade de Ulm, em 2001, onde assumiu o cargo de diretor do Instituto de Virologia Molecular, em 2009.

As inscrições podem ser feitas no site www.fapesp.br/eventos/leibniz2015/inscricoes.

Acesso ao tratamento de HIV/Aids cresce 30% no Brasil

Um novo Protocolo Clínico de Tratamento de Adultos com HIV e Aids tem mudado a forma de tratamento dos pacientes do Brasil. Desde 2013, todas as pessoas com HIV positivo podem iniciar o tratamento da doença logo após o diagnóstico.

Em um ano, foi registrado aumento de 30% no número de pessoas que iniciaram o tratamento com antirretrovirais. Neste período, o número de novos pacientes passou de 57 mil para 74 mil. Atualmente, cerca de 404 mil pessoas usam estes medicamentos, ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Até dezembro de 2013, apenas quem tinha uma carga alta podia iniciar o tratamento.

O acesso precoce ao tratamento melhora a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV. O consultor de Relações Internacionais Diego Callisto, 26 anos, foi diagnosticado aos 18 anos e reitera a importância. “O tratamento precoce é diretamente ligado à qualidade de vida de quem é diagnosticado. Quanto mais precocemente se inicia o tratamento, melhor. Quando começamos o tratamento precocemente, a chance de adesão, de aceitarmos o diagnóstico, é muito maior. Além disso, a autoestima da pessoa também é beneficiada”, disse.

O tratamento com antirretrovirais também diminui a chance de transmissão do HIV para outras pessoas. Diego, que vive diariamente a realidade dos pacientes, ressalta que isso ajuda para quem ainda tem comportamentos de risco. “Sabemos que quando a pessoa está em tratamento ela reduz a transmissibilidade em até 96%. Isso é importante para que consigamos evitar novos casos de infecção de HIV. Principalmente quando as pessoas têm comportamentos de riscos com os parceiros sexuais”.

O incentivo ao diagnóstico e o inicio imediato dos tratamentos também refletiram na redução da mortalidade e da morbidade do HIV. Desde 2003 houve uma queda de 15,6% na mortalidade dos pacientes com Aids no país. A taxa caiu de 6,4 óbitos por 100 mil habitantes em 2003 para 5,4 óbitos por 100 mil habitantes em 2014. Diego é o exemplo de que com o tratamento seguido a risca é possível ter uma vida saudável, mesmo convivendo com o HIV. “Comecei o tratamento dez dias depois do diagnóstico e depois de um mês a carga já estava indetectável. Tenho muito orgulho disso, pois é um parâmetro que mostra a eficácia do tratamento e o benefício disso em nossa qualidade de vida. Eu nunca desenvolvi nenhuma doença desde que adotei o tratamento”.

Todas essas medidas demonstram também a disposição do país de alcançar o cumprimento da meta 90-90-90 (90% de pessoas testadas, 90% tratadas e 90% com carga viral indetectável) até 2020. Ela foi estabelecida pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS). Atualmente o país já se encontra em estágio avançado para o alcance dessas metas.

Fonte: Gabriela Rocha/ Blog da Saúde