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Surto de Marburg na Tanzânia coloca OMS em alerta; entenda doença

Das seis pessoas infectadas, cinco morreram

No início da semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou a seus Estados-membros sobre um possível surto de infecção pelo vírus Marburg na região de Kagera, na Tanzânia. No dia 10 de janeiro, os primeiros casos suspeitos da doença no país foram reportados à entidade – seis pessoas infectadas, sendo que cinco delas morreram.

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Congo tem mais de 18 mil casos e 615 mortes por mpox. Doença atingiu também a Suécia e a Tailândia

A República Democrática do Congo (RDC) já contabiliza, este ano, mais de 18 mil casos de mpox, além de 615 mortes provocadas pela doença. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (26), em Brazzaville, pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante abertura da reunião do comitê africano da entidade.

“Há uma preocupação particular com a rápida transmissão da nova variante do vírus que causa a mpox, a variante 1b. No mês passado [em julho], mais de 220 casos da variante 1b foram reportados em quatro países vizinhos ao Congo e [eles] não haviam registrado casos da doença até então: Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda”, disse.

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Saúde Malária: gestantes, crianças e pessoas vulneráveis são mais afetadas. 94% dos casos da doença foram registrados na África

Ao longo dos últimos anos, o progresso na redução da malária estagnou – a doença não apenas continua colocando em risco a saúde e a vida das pessoas, mas também perpetua um ciclo vicioso de desigualdade. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS) em razão do Dia Mundial da Malária, lembrado nesta quinta-feira (25).

“Pessoas que vivem em situações mais vulneráveis, incluindo gestantes, bebês, crianças menores de cinco anos, refugiados, migrantes, pessoas deslocadas internamente e povos indígenas continuam a ser desproporcionalmente afetadas”, analisa a entidade. Dados da OMS indicam que, em 2022, foram contabilizados 249 milhões de novos casos de malária, além de 608 mortes em todo o planeta.

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Fiocruz integra projeto internacional com foco em saúde e sustentabilidade em fronteiras

Com parceiros internacionais, a Fiocruz deu a largada em um projeto de pesquisa que visa contribuir para a saúde das populações e dos ecossistemas na Amazônia e no Leste da África diante das mudanças climáticas e da degradação ambiental. O objetivo é estabelecer sistemas de informação para apoiar comunidades locais em áreas de fronteira na avaliação dos impactos das transformações ambientais sobre o seu bem-estar e no desenvolvimento de ações de prevenção, adaptação e mitigação destes problemas.

Na Amazônia, a pesquisa será desenvolvida em duas áreas: a fronteira binacional entre Brasil e Guiana Francesa e a tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. Na África, o projeto terá foco na fronteira do Quênia com a Tanzânia, abrangendo o território onde vive o povo Maasai. Intitulada Aplicação multilocal da ciência aberta na criação de ambientes saudáveis envolvendo comunidades locais (Mosaic, na sigla em inglês), a iniciativa une cerca de 90 pesquisadores, de 15 instituições científicas, de sete países.

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Delegação africana e Agência Brasileira de Cooperação visitam Fiocruz para discutir parcerias

A experiência da Fiocruz na utilização de dados e informações para a formulação de políticas de saúde motivou uma visita de dois dias da delegação da Nova Parceria para o Desenvolvimento da África (Nepad) na segunda e terça-feiras (28 e 29/2). Acompanhado por integrantes da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério de Relações Exteriores, o grupo conheceu um pouco mais sobre a Fundação, da pesquisa de fármacos à produção de vacinas, passando pela educação. Houve ainda espaço para aproximações bilaterais, com o surgimento de novas propostas.

A visita faz parte de um acordo tripartite entre Brasil, o Foreign, Commonwealth & Development Office (FCDO) do Reino Unido e a Agência de Desenvolvimento da União Africana (Auda) para um projeto-piloto de produção e uso de dados demográficos. Na primeira fase, o pesquisador Rômulo Paes, do Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas), e o assessor do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) para a África, Augusto Paulo Silva, participaram a convite da ABC como consultores, apresentando um pouco do Brasil e da experiência da Fundação, como o Observatório Covid-19.

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Ômicron “mostra como situação é perigosa e precária”, diz chefe da OMS

Começou nesta segunda-feira, em Genebra, uma sessão especial da Assembleia Mundial da Saúde sobre a pandemia do novo coronavírus. Na abertura do encontro, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, declarou que o surgimento da variante Ômicron mostra como a situação ainda é “perigosa e precária”.

Segundo Tedros Ghebreyesus, a nova variante “demonstra que o mundo precisa de um novo acordo sobre pandemias”. O chefe da OMS disse que é preciso agradecer África do Sul e Botsuana por detectarem e reportarem a nova variante, ao invés de penalizar esses países.

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Covid-19: o que se sabe até agora da variante Ômicron

O surgimento de uma variante no novo coronavírus confirmado em regiões da África preocupa especialistas internacionais de saúde. Batizada de Ômicron – letra grega correspondente à letra “o” do alfabeto -, a cepa B.1.1.529 foi identificada em Botsuana, país vizinho à África do Sul, em meados de novembro. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante pode se tornar responsável pela maior parte de novos registros de infecção pelo novo coronavírus em províncias sul-africanas.

Onde a variante foi identificada?

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Surto de ebola assusta brasileiros que vivem na Guiné

O surto de ebola registrado na Guiné, país na costa oeste da África, está assustando a pequena comunidade de 70 brasileiros que mora no país.

Até esta quarta-feira, ao menos 63 pessoas já haviam morrido no país supostamente em decorrência da doença. Segundo a agência de notícias Reuters, 13 dos casos foram confirmados como sendo de ebola.

A doença, uma espécie de febre hemorrágica, não tem cura e mata uma pessoa em questão de dias, dependendo da variação do vírus.

Causa febre forte, dores de cabeça e musculares, conjuntivite e debilidade; na fase mais aguda, provoca vômitos, diarreia e hemorragias. A transmissão ocorre por vias respiratórias ou por contato com fluidos corporais das pessoas infectadas.

Ouvidos pela reportagem da BBC Brasil, brasileiros relataram estar seguindo as recomendações das autoridades guineanas para evitar infecções, mas admitiram o temor em relação à doença.

Precauções

As autoridades guineanas disseram nesta quarta-feira que o surto, que foi registrado numa região de florestas do sul do país, já está controlado. Porém, casos suspeitos de ebola foram registrados em países vizinhos, como Libéria e Serra Leoa.

A missão diplomática brasileira na Guiné informou que a comunidade brasileira pode ser retirada por um avião da Força Aérea Brasileira caso seja necessário.

O empresário Joab Andrade diz que está tomando diversas precauções para evitar o contágio, como desinfetar as mãos regularmente, evitar aglomerações e o contato com as pessoas e fazendo as refeições em casa até passar o perigo.

Segundo ele, os guineanos estão menos assustados do que os brasileiros, porque já conviveram com ciclos de outras epidemias ou por falta de conhecimento. Ele acha que houve um descaso das autoridades, que só agora atentaram para a dimensão do problema que começou em fevereiro.

Há três anos em Conacri, o administrador de empresas Juraci Pimentel, 30, reconheceu que a situação gera estresse em sua equipe de 15 brasileiros.

“Na capital, todos estão trabalhando normalmente, nas escolas, no mercado, nas obras. Consultamos um médico especialista para orientar nosso pessoal de cozinha. Estamos preferindo consumir produtos importados, peixe e frango, em vez de carne vermelha”, acrescentou.

“Minha filha voltou da escola ontem dizendo que as coleguinhas estavam usando máscaras. Então comprei uma pra ela”, conta o diplomata Alírio Ramos de Oliveira, que mora com a filha de seis anos numa zona nobre da capital. Há dois anos na Guiné, ele diz ter visto todo tipo de epidemia, como malária, hepatite e até lepra.

Quarentena

Essa é a primeira vez que o vírus ebola é registrado na Guiné.

Ainda assim, segundo os brasileiros, pouco mudou no dia a dia da capital guineana. Frutas e legumes da região de mata nativa onde foi registrado foco da doença foram colocados em quarentena.

As pessoas tentam evitar o transporte coletivo para pequenas distâncias. “A população é muito pobre, e as condições sanitárias do país são péssimas. A água é tratada na capital Conacri, mas quem pode pagar só bebe água mineral”, afirma Oliveira.

No interior do país, as pessoas também estão acostumadas a comer carne de caça, como roedores, macacos e morcegos. O governo recomendou não consumir carne de animais selvagens. Também vetou funerais públicos para as vítimas do ebola, para tentar evitar o contágio.

A Libéria, que faz fronteira com o sudeste da Guiné, relatou nesta semana cinco mortes que podem ter sido causadas pelo vírus. Na Serra Leoa, duas mortes registradas na cidade fronteiriça de Boidu também estão sob suspeita.

O fato de a doença ter sintomas parecidos com os da malária e da cólera – que são endêmicas na África ocidental – torna ainda mais difícil sua detecção, informa a Reuters.