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© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Prevenção de dengue deve ir além de mensagens sobre hábitos e cuidados: Estudo da Unicef explica aspectos que dificultam a adoção de práticas

Embora grande parte da população saiba que é preciso “evitar água parada” para evitar a disseminação de doenças como dengue, zika e chikungunya, investir apenas em estratégias de comunicação focadas nessa mensagem não é suficiente para provocar mudanças significativas no combate às arboviroses. É o que revela estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), lançado nesta quinta-feira (24), com apoio da biofarmacêutica Takeda.

“O senso comum diz que quando alguém tem uma informação sobre o que é bom para si próprio e sua família, adota um comportamento ou hábito. Mas há uma diferença entre o que as pessoas falam que fazem e os hábitos que efetivamente incorporam em suas rotinas diárias. Fazer ou não fazer algo depende de uma enorme confluência de fatores, comportamentos, normas sociais, infraestrutura e acesso a políticas públicas. São esses aspectos que revelamos nesse estudo”, diz Luciana Phebo, chefe de saúde do Unicef no Brasil.

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Entenda a diferença dos sintomas de dengue e de covid-19. País atravessa período de aumento de casos das duas doenças

Em meio a uma explosão de casos de dengue e o aumento de infecções por covid-19 no Brasil, sintomas como febre, dor de cabeça e mal-estar passaram a assustar e gerar muitas dúvidas. No atual cenário epidemiológico, é importante saber diferenciar os sinais de cada enfermidade.

Em entrevista à Agência Brasil, o infectologista do Serviço de Controle de Infecção do Hospital Albert Einstein, Moacyr Silva Junior, lembrou que, embora igualmente causadas por vírus, dengue e covid-19 são transmitidas de maneiras completamente diferentes. Enquanto a infecção por dengue acontece pela picada do mosquito Aedes aegypti, a infecção por covid-19 se dá por via aérea, por contato próximo a uma pessoa doente, como tosse ou espirro.

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Foto destacada: John Stocker/Freepik

Cientistas desvendam por que algumas pessoas atraem mais mosquitos do que outras

Em experimento, pesquisadores da Universidade Rockefeller descobriram que pessoas com níveis mais altos de ácidos carboxílicos na pele são 100 vezes mais atraentes para o Aedes aegypti; descoberta pode ajudar no desenvolvimento de futuros repelentes

Para certas pessoas, atrair mosquitos, infelizmente, é um fenômeno corriqueiro. Entretanto, o mistério sobre por que alguns de nós atraímos mais a atenção desse tipo de artrópode do que outros está mais perto de ser solucionado.

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Projeto avalia impactos de mudanças climáticas na propagação de doenças

Um projeto envolvendo cientistas do Brasil e de outros países vai pesquisar como as mudanças climáticas podem alterar a incidência de doenças transmitidas por mosquitos, como o Aedes aegypti. Com o nome Harmonize, a pesquisa foi lançada na quarta-feira (1º/6) e tem dentre seus participantes o Observatório de Clima e Saúde, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). Juntas, as diferentes instituições envolvidas vão poder integrar melhor os dados e as tecnologias de que dispõem, permitindo que os cientistas analisem os impactos das intensas mudanças climáticas na propagação de doenças. 

Pesquisador do Icict/Fiocruz, Christovam Barcellos é um dos coordenadores no Brasil e conta que a expectativa do projeto é, inicialmente, compreender os novos padrões de transmissão da dengue. “Além dos dados que já temos sobre saúde, com a parceria de outros institutos e centros de pesquisa, poderemos contar com dados de satélites internacionais e  informações ambientais, o que nos mostrará um cenário mais próximo à realidade atual e permitirá identificar tendências dessas doenças. O comportamento da dengue atualmente no país está muito fora do padrão. A doença saiu das áreas litorâneas e úmidas e agora vem atingindo principalmente o Cerrado, que já é uma região muito afetada pelo desmatamento e as mudanças climáticas”, aponta.

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Tecnologia desenvolvida na Fiocruz será usada pelo MS contra o ‘Aedes aegypti’

Além de ser uma metodologia de fácil operacionalização e principalmente de custo baixíssimo, as Estações Disseminadoras de Larvicida se adaptam bem à realidade dos programas de controle das cidades e não alteram muito a dinâmica laboral dos órgãos municipais de saúde (Foto: Fiocruz Amazônia)

O Ministério da Saúde adotará as Estações Disseminadoras de Larvicida (EDLs), fruto de pesquisa desenvolvida pelo Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), como diretriz da Coordenação-Geral de Vigilância de Arboviroses (CGARB/SVS/MS). O objetivo é replicar em nível nacional a tecnologia desenvolvida pela Fiocruz Amazônia, que basicamente utiliza água em um pote plástico de dois litros recoberto por um tecido sintético impregnado de larvicida. O instrumento atrai as fêmeas do Aedes aegypti para colocar ovos e ao pousar elas se impregnam com o larvicida presente nas estações. As fêmeas, impregnadas com larvicida, ao visitarem criadouros acabam contaminando outros recipientes com o inseticida que impede o desenvolvimento das larvas e pupas, reduzindo a infestação e, por conseguinte, o avanço da doença.

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Infecção por dengue cai 77% em teste com bactéria em mosquito Aedes Aegypti

Um método que usa bactérias em mosquitos conseguiu reduzir em 77% os casos de dengue, segundo um estudo publicado na prestigiosa revista científica The New England Journal of Medicine.

O estudo, realizado na cidade de Yogyakarta (Indonésia), comprovou a eficácia da estratégia Wolbachia em reduzir a capacidade do mosquito de espalhar a dengue e ampliou as esperanças para conter a doença que infectou mais de 1 milhão de pessoas no Brasil em 2020.

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Estudo confirma eficácia do Método Wolbachia para dengue

Publicados na revista científica The New England Journal of Medicine, os resultados de um ensaio clínico randomizado (RCT, sigla em inglês) apontaram uma redução de 77% dos casos de dengue nas áreas que receberam o mosquito Aedes aegypti com Wolbachia, em Yogyakarta, na Indonésia. Trata-se da mesma técnica utilizada no Brasil pelo Método Wolbachia, iniciativa conduzida no país pela Fiocruz.

O estudo também revela redução de 86% das hospitalizações nas áreas tratadas com Wolbachia e a comprovação de que a eficácia do método é equivalente para todos os quatro sorotipos de dengue. “Este resultado demonstra como a Wolbachia pode ser um novo método para o controle da dengue que é seguro, sustentável e eficaz, exatamente o que a comunidade global precisa”, destaca Cameron Simmons, pesquisador da Universidade de Monash, na Austrália, e um dos coordenadores do estudo.

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Casos de dengue caíram 77% com o uso do Método Wolbachia

O estudo utilizou o método de teste negativo para analisar e medir a eficácia da Wolbachia (cepa WMel) em reduzir a incidência de casos confirmados de dengue em um período de 27 meses (foto: World Mosquito Program)

Um estudo realizado pelo World Mosquito Program (WMP), da Universidade de Monash, na Austrália, em parceria com a Tahija Foundation e Universidade Gadjah Mada, na Indonésia, apontou redução de 77% na incidência de casos de dengue, virologicamente confirmados, nas áreas onde houve liberação de Aedes aegypti com Wolbachia, em Yogyakarta, na Indonésia, quando comparado com áreas que não receberam o método. Este é o primeiro teste padrão-ouro que mostra a capacidade de redução de casos de dengue através da metodologia do Aedes aegypti com a Wolbachia. No Brasil, a iniciativa é conduzida pela Fiocruz e já apresenta dados preliminares que apontam redução de chikungunya.

O estudo clínico randomizado controlado (Randomized Controlled Trial – RCT) “Applying Wolbachia to Eliminate Dengue (AWED)”, teve duração de três anos e foi conduzido em uma área que abrange cerca de 321 mil habitantes. Doze de 24 áreas de tamanhos semelhantes da cidade de Yogyakarta foram escolhidas aleatoriamente para receber os mosquitos com Wolbachia do WMP em conjunto com as medidas de rotina de controle da dengue realizadas no município. As 12 áreas restantes continuaram recebendo apenas as ações de rotina de controle da dengue.

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Chikungunya tem alto potencial de transmissão silvestre no Brasil

Chikungunya tem alto potencial de transmissão silvestre no Brasil

Uma pesquisa do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e do Instituto Pasteur, na França, avaliou a possibilidade de estabelecimento do ciclo silvestre do chikungunya no Brasil, o que poderia dificultar o controle do vírus e inviabilizar sua erradicação do território. Atualmente, a doença ocorre em áreas urbanas no país, tendo o Aedes aegypti como vetor. Divulgado na revista científica Plos Neglected Tropical Diseases, o trabalho mostra que, durante testes em laboratório, mosquitos silvestres Haemagogus leucocelaenusAedes terrens coletados no estado do Rio de Janeiro – espécies encontradas em grande parte das florestas do continente americano – são capazes de transmitir o vírus. Ainda é necessário verificar se os macacos brasileiros são capazes de atuar como reservatórios do chikungunya, a exemplo do que ocorre no ciclo de transmissão silvestre da febre amarela, vírus que também é originário da África.

Na continente africano, onde o chikungunya foi identificado pela primeira vez, em 1952, os ciclos silvestre e urbano da doença podem ocorrer simultaneamente. Nas áreas urbanas, os insetos A. aegypti se infectam ao sugar o sangue de pessoas doentes e transmitem a infecção para outros indivíduos. Já nas florestas africanas, diferentes espécies de mosquitos silvestres contraem o vírus ao picar macacos doentes e espalham a infecção para outros animais. Nesse caso, a infecção humana pode ocorrer de forma acidental, quando pessoas entram na mata e são picadas por vetores infectados.

“Hoje, o ciclo de transmissão do chikungunya no Brasil ocorre em espaços urbanos, envolvendo o mosquito A. aegypti. Os nossos resultados indicam que os mosquitos silvestres estudados apresentam as condições para que o vírus possa estabelecer um ciclo de transmissão silvestre nas Américas. Esse cenário apresentaria um grave problema de saúde pública, uma vez que a infecção se tornaria mais difícil de controlar”, afirma o entomologista Ricardo Lourenço de Oliveira, chefe do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do IOC e líder do estudo. “É fundamental incorporar o chikungunya em uma rotina de vigilância envolvendo o ambiente silvestre”, destaca o pesquisador.

Ricardo ressalta que não existem dados científicos publicados sobre a suscetibilidade dos macacos das Américas ao vírus chikungunya. “Sabemos que os macacos, na África, integram o ciclo silvestre do vírus. Porém, há diferenças importantes entre as espécies de primatas que habitam os dois continentes. Por isso, são necessárias investigações complementares, que testem a susceptibilidade de infecção dos primatas do nosso continente e seu potencial como amplificadores do vírus para infectar mosquitos”, sintetiza. O pesquisador ressalta que não está descartada a possibilidade de que outros grupos de vertebrados também possam integrar o ciclo de transmissão silvestre da doença.

Resultados comprovam potencial de transmissão

Para avaliar a possibilidade de transmissão silvestre, os pesquisadores realizaram testes com mosquitos H. leucocelaenus e A. terrens coletados no estado do Rio de Janeiro. Os insetos foram alimentados com amostras de sangue contendo as duas linhagens do vírus chikungunya que circulam no Brasil, chamadas de leste-centro-sul africana e asiática.

Os ensaios revelaram alto potencial dos mosquitos para disseminar o agravo: sete dias após ingerir o sangue infectado com a linhagem africana, mais de 60% dos insetos apresentaram partículas virais infectivas – capazes de provocar a infecção – na saliva. Para alguns mosquitos H. leucocelaenus, a presença do vírus infectivo na saliva se deu de forma ainda mais acelerada: apenas três dias após a ingestão do sangue infectado. No caso da linhagem asiática, os pesquisadores ofereceram sangue com uma dose menor do vírus aos insetos. Mesmo assim, aproximadamente 40% dos H. leucocelaenus e 5% dos A. terrens apresentaram partículas virais infectivas na saliva após sete dias.

“O fato de que esses mosquitos são competentes para transmissão do chikungunya nos diz que eles poderiam transmitir o vírus de pessoas infectadas para animais nas florestas, possibilitando o início de um ciclo silvestre da doença”, afirma a pesquisadora Anna-Bella Failloux, chefe da Unidade de Arboviroses e Mosquitos Vetores do Instituto Pasteur e coautora do estudo. Ela ressalta que, apesar de envolver uma série de desafios, a realização de pesquisas sobre a transmissão silvestre de vírus é uma peça-chave para o enfrentamento das doenças emergentes. “É necessário estimular a investigação sobre esses ciclos. No entanto, os mosquitos silvestres não se desenvolvem bem em colônias em laboratório. Outra dificuldade frequente é que muitos vírus silvestres crescem mal em culturas in vitro. Por isso, pouco se sabe sobre esse assunto”, comenta.

Febre amarela, exemplo da passagem urbano-silvestre

De acordo com os cientistas, a passagem de um vírus do ciclo urbano para o silvestre foi um fenômeno observado com o vírus da febre amarela no passado. Trazida da África para as Américas, a doença circulou inicialmente nas cidades, provocando grandes epidemias. No começo do século 20, com o sucesso das campanhas de erradicação do A. aegypti, o agravo deixou de ser transmitido nas áreas urbanas do continente. No entanto, uma vez que a circulação viral já tinha se estabelecido nas florestas – com a disseminação entre mosquitos silvestres, incluindo o H. leucocelaenus, e macacos –, epidemias periódicas continuaram ocorrendo nas áreas próximas de matas.

“Nas regiões onde ocorre o ciclo silvestre, a vacinação se tornou a única ferramenta eficaz para prevenir os casos de febre amarela. Mas esse não é ainda um instrumento disponível contra a chikungunya”, alerta Ricardo, lembrando que as medidas usadas para controle do A. aegypti não são aplicáveis aos vetores das florestas. “Os mosquitos silvestres, como H. leucocelaenus e A. terrens, colocam seus ovos nos ocos de árvores, que acumulam água em períodos de chuva. Esse tipo de criadouro não pode ser eliminado ou vedado como fazemos com pneus, pratos de planta, caixas d’água e outros criadouros do A. aegypti em ambiente urbano. Se iniciar um ciclo silvestre, a chikungunya pode se tornar uma doença de muito difícil controle no nosso país”, completa.

Rotina de vigilância é a principal recomendação

Os autores do estudo defendem que sejam organizados programas de vigilância para a chikungunya que incluam uma rotina de avaliação de macacos e mosquitos, de modo similar ao que é preconizado para a febre amarela. Assim, seria possível determinar se a transmissão do vírus em ambientes silvestres já está ocorrendo e monitorar essa possibilidade no futuro. Em locais próximos de matas, os pesquisadores recomendam redobrar a atenção em relação a casos humanos de chikungunya, uma vez que, como o estudo apontou, os mosquitos silvestres estão aptos a transmitir o vírus. “É fundamental combater a doença, intensificando as medidas de controle do A. aegypti, especialmente nas áreas próximas às florestas, para prevenir o estabelecimento do vírus nas regiões de matas”, enfatiza Ricardo.

De acordo com os cientistas, as ações de vigilância devem incluir a coleta de amostras de macacos e mosquitos para avaliar a ocorrência de infecção natural. Além disso, a pesquisa de anticorpos – moléculas produzidas pelo organismo em resposta à infecção e que demonstram ter havido contato prévio com o vírus – deve ser realizada nos primatas e em outros animais vertebrados. “No caso da febre amarela, algumas espécies de macacos, como os bugios, são mais suscetíveis à infecção, e o seu adoecimento é um alerta para a circulação da doença – por isso são conhecidos como ‘sentinelas’. Em relação à chikungunya, ainda é preciso identificar quais os animais mais importantes para o monitoramento”, pondera o pesquisador.

Estudos anteriores

Em estudos anteriores, publicados em abril de 2014, o mesmo grupo de cientistas apontou, de forma pioneira, a possibilidade de transmissão do chikungunya nas áreas urbanas do Brasil e de outros países das Américas. O estudo que confirmou a alta competência vetorial dos mosquitos A. aegyptiA. albopictus de dez países do continente americano foi publicado no Journal of Virology. Os primeiros casos de infecção por chikungunya no território brasileiro foram confirmados pelo Ministério da Saúde poucos meses após a publicação do estudo, em setembro de 2014.

Segundo o Ministério da Saúde, do início do ano até 16 de março, foram registrados quase 13 mil casos de chikungunya no Brasil. O número é 44% menor do que o observado no mesmo período do ano passado, quando ocorreram mais de 23 mil notificações. A queda na média nacional não significa que a doença retrocedeu em todo o país. No Rio de Janeiro, houve 6,7 mil ocorrências de chikungunya em 2019 contra 5,8 mil em 2018, o que representa alta de 14%. Com maior número do país, o estado notificou duas vezes mais casos de chikungunya do que dengue este ano. Altos índices da infecção também foram observados em Tocantins, Pará e Acre.

Os sintomas da chikungunya são semelhantes aos da dengue, com febre e manchas vermelhas na pele, além de forte dor nas articulações, muitas vezes acompanhada de inchaço, entre outras manifestações. Além da possibilidade de formas graves, a chikungunya preocupa pelo risco de desenvolvimento de quadros crônicos: em alguns pacientes, a dor articular permanece por meses ou anos, causando limitações de movimentos.

Casos de dengue caem 98% no Paraná

O período epidemiológico da dengue foi encerrado com 870 casos e nenhum óbito no Paraná entre agosto de 2016 e julho de 2017. O informe técnico divulgado nesta segunda-feira (31) apontou uma redução de 98% de casos, comparado ao período anterior – de agosto de 2015 a julho de 2016 – que foi finalizado com 56.351 casos de dengue e 63 óbitos.

“Finalizamos este período com uma situação muito mais favorável. Isso mostra que as estratégias adotadas pelo Governo no combate à dengue estão sendo efetivas. Além de recursos para as prefeituras, também organizamos comitês, visitas domiciliares, fumacês, mutirões de limpeza, campanhas publicitárias, entre outras ações para reduzir esses números cada vez mais”, detalha o secretário de Saúde em exercício, Sezifredo Paz.

Entretanto, o cuidado com o Aedes aegypti deve continuar. “Mesmo com a significativa redução de casos que tivemos do período anterior para este, os cuidados não podem parar”, diz a chefe do Centro estadual de Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte. Ela explica que a dengue é uma doença cíclica, ou seja, pode reaparecer periodicamente.

OUTRAS DOENÇAS – Ivana também destaca que, além da dengue, o mosquito transmite a chikungunya e a zika. “Alguns estados do Brasil estão apresentando alta nos casos de chikungunya. No Paraná, o município de Paranaguá, por exemplo, confirmou nove casos da doença em maio. Portanto, a orientação de eliminar todos os focos de água parada que podem se tornar possíveis criadouros do Aedes continua”, diz.

Os casos de zika também reduziram comparados ao período epidemiológico anterior, passando de 263 para apenas cinco casos em todo o Paraná. Ao contrário da dengue e da zika, os casos de chikungunya foram os únicos a aumentarem no Estado, com um total de 73 confirmações. São 17 a mais do que no período de 2015/2016, quando foram confirmados 56 casos.

Para evitar novas epidemias, a recomendação é de reservar ao menos um dia na semana para realizar uma limpeza em casa e no ambiente de trabalho. O mosquito leva de três a sete dias para se desenvolver do ovo até sua forma adulta, dependendo das temperaturas e da quantidade de chuvas, portanto uma semana é o período de intervalo máximo para realizar as vistorias.

BOLETIM – Mais informações podem ser acessadas no site . O último informe técnico foi publicado nesta segunda-feira (31). Entretanto, pode sofrer alterações, pois municípios têm até o mês de setembro para revisar e atualizar os dados.