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Cerca de 30% dos jovens consomem doces em excesso

Pesquisa do Ministério da Saúde aponta que o consumo de alimentos ricos em açúcar é alto entre os brasileiros. Diabetes avança no País, mas expansão da assistência reduz complicações

Pesquisa do Ministério da Saúde, divulgada nesta quinta-feira (7), Dia Mundial da Saúde, aponta que um em cada cinco brasileiros consome doces em excesso, cinco vezes ou mais na semana. O índice é ainda maior entre os jovens: 28,5% da população de 18 a 24 anos possui alimentação com excesso de açúcar. Nessa faixa etária, 30% também costuma beber refrigerantes diariamente.

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Comportamento antissocial é mais precoce entre brasileiros

Apesar dos achados revelarem que a maioria dos adolescentes (77%) já cometeram algum ato delituoso, o que indica normalidade desse comportamento na adolescência, informação também encontrada em estudos de outros países, a amostra brasileira verificou que apenas uma pequena parcela deles (17%) é responsável pela maior quantidade dos delitos. E, ainda, que a idade do primeiro delito ocorreu entre o final da infância e início da adolescência, enquanto dados internacionais mostram esse início na segunda metade da adolescência (por volta dos 15 anos).

O estudo foi realizado pelo psicólogo André Vilela Komatsu, pesquisador do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, com jovens, recrutados em escolas públicas (133) e em instituição judicial (60) da cidade de Ribeirão Preto.

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Adolescentes negros têm mais chance de ser vítimas de homicídio

O risco relativo de um adolescente negro ser vítima de homicídio, em 2012, era quase três vezes maior que o de um branco. A conclusão é dos responsáveis por uma pesquisa feita pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Observatório de Favelas e o Laboratório de Análise de Violência da Universidade do Estado do Rio.

De acordo com a pesquisa, os jovens negros de 12 a 18 anos correm 2,96 vezes mais risco de ser vítimas de homicídio. A taxa de risco é obtida da relação entre a taxa de homicídios em adolescentes brancos e negros. Em 2011, o número ficou em 3,08.

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Revista MIT Technology Review lançou versão brasileira de prêmio internacional para jovens inovadores

Um recorte pouco conhecido da inovação e do empreendedorismo no Brasil foi apresentado no mês passado pela revista MIT Technology Review, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

A publicação lançou pela primeira vez uma versão brasileira de seu tradicional prêmio internacional que reconhece iniciativas de inovadores com menos de 35 anos de idade.

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Violência em relação afetiva pode se iniciar na juventude

A violência está presente no namoro de jovens, seja ela psicológica, sexual ou física. Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), realizada com estudantes do ensino superior do estado de São Paulo, concluiu que 75% deles já sofreram pelo menos um episódio de violência por um parceiro e 76% já foram agressores. As formas de violência psicológica foram as mais comuns, estando a coerção sexual e a agressão física em segundo lugar como mais prevalentes. A psicóloga Tânia Aldrighi Flake, autora do estudo, constatou que, nesta faixa etária, não houve diferenças entre os homens e as mulheres como agentes e vítimas da violência.

Os dados indicaram que ambos os gêneros foram agressores e sofreram violência na mesma proporção. Consultando outras pesquisas, Tânia comprovou que esta mutualidade se altera no casamento, situação em que o homem se torna o principal agressor, apesar de a violência conjugal diminuir de frequência. Segundo ela, é um desafio entender o motivo dessa inversão de uma etapa da vida amorosa para a outra. “Há alguma coisa no processo entre namoro e conjugalidade que traz essa mulher para uma forma mais passiva e dá mais poder a esse homem”, afirma ela, que completa afirmando que, também é na etapa da conjugalidade que os danos decorrentes da violência são maiores.

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Número de vítimas jovens negras aumenta 24%

Na tarde do terceiro dia (5/9) da Semana Sergio Arouca, que comemora os 59 anos da ENSP, foi realizada a roda de conversas Violência e racismo, promovida pela Articulação do Fórum da ENSP com os Movimentos Sociais. Carla Moura Lima, doutoranda da Fiocruz, abriu a conversa com dados sobre a violência contra a população de jovens negros, divulgados pelo livro Mapa da violência 2013 – Homicídios e juventude no Brasil, de Julio Jacobo Waiselfisz. De acordo com a publicação, as vítimas negras entre jovens cresceram de 11.321 (2002) para 13.405 (2011), isto é, um aumento de 24,1%. A atividade contou com a participação do historiador Fransérgio Goulart de Oliveira Silva, que trabalha há mais de dez anos em projetos voltados para jovens moradores de favelas do Rio de Janeiro, além de pesquisadores da ENSP e representantes de movimentos e entidades civis organizadaO Mapa da violência esclarece que o Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde iniciou a divulgação de seus dados em 1979, mas só em 1996 começou a oferecer informações referentes à raça/cor das vítimas, apesar dos elevados níveis de subnotificação. Até 2002, conforme informa a publicação, a cobertura dos dados de raça/cor foi deficitária. Por isso, a análise das informações ocorre a partir desse ano, quando a cobertura alcançou um patamar considerado razoável: acima de 90% dos registros de homicídio com identificação da raça/cor da vítima.

Segundo tais dados, de 2001 a 2011, morreram, vítimas de assassinatos, 203.225 jovens. Nos anos extremos, os números são muito semelhantes: pouco mais de 18 mil assassinatos. A população jovem está entre os 15 e 24 anos de idade. Nos estados e regiões que apresentam fortes quedas, como as de São Paulo e Rio de Janeiro, os números diminuem 76,2% e 44,0%, respectivamente. No Rio Grande do Norte, por exemplo, mais que quadruplica o número de vítimas juvenis. No período analisado, as estatísticas chegam a duplicar no Pará, Bahia e Maranhão.

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Pesquisa revela epidemiologia do câncer em jovens

Caracterizar a distribuição epidemiológica do câncer em adultos jovens no Brasil, com ênfase no câncer de mama feminino, e determinar a magnitude de associação entre polimorfismos genéticos nos genes CYP17, CYP19 e NQO1 e a ocorrência de câncer de mama. Esse é o objetivo da tese de doutorado em Saúde Pública e Meio Ambiente, defendida por Sabrina da Silva Santos na ENSP, em 10 de junho. Os resultados da pesquisa revelam que, entre 2002 e 2004, para os jovens de 20-24 anos no Brasil, o câncer de testículo foi a localização anatômica de câncer com a maior incidência entre os homens, sendo as neoplasias da glândula tireoide, do colo de útero e a doença de Hodgkin as mais incidentes entre as mulheres, e o câncer de encéfalo a principal causa de morte por câncer, em ambos os sexos.

A análise exploratória do estudo de Sabrina sobre a distribuição da incidência e da mortalidade por câncer de mama no Brasil indicou um padrão de magnitude das taxas de incidência e mortalidade por câncer de mama em mulheres com menos de 50 anos, similar àquelas descritas como elevadas ou intermediárias em outros países.
Adicionalmente, a pesquisa apontou para um cenário resultante de um processo de mudança na distribuição epidemiológica dessa neoplasia, com aparente aumento das taxas de incidência de câncer de mama nesse grupo etário, na maior parte das capitais analisadas. Segundo Sabrina, o possível aumento da incidência do câncer de mama em mulheres na pré-menopausa, no Brasil, corrobora para a necessidade de mais estudos nesse grupo.
Buscando analisar possíveis fatores de risco associados ao câncer de mama em mulheres jovens, a pesquisadora realizou um estudo caso-controle de base hospitalar com mulheres com menos de 36 anos, na cidade do Rio de Janeiro, quando foram obtidas informações epidemiológicas e amostras biológicas de sangue das participantes. “Nesse projeto, procuramos determinar a magnitude de associação entre polimorfismos genéticos dos genes CYP17, CYP19 e NQO1 e a ocorrência de câncer de mama”, informou.
Sabrina explicou que a exposição aos estrógenos representa um dos fatores de risco mais importantes para o câncer de mama. “A biossíntese e a metabolização dos estrógenos envolvem uma série de passos enzimáticos regulados por diferentes genes, para os quais sua pesquisa descreveu alguns polimorfismos que podem estar associados ao aumento do risco para o câncer de mama.” Entre esses genes, disse ela, encontram-se a CYP17 e a CYP19, que estão envolvidas na síntese de estrogênio, e a NQO1 envolvida na metabolização de quinonas exógenas ou geradas a partir da metabolização do estrogênio e em outros mecanismos de proteção à formação de neoplasias.
No entanto, elucidou a pesquisadora, os resultados não revelaram uma associação entre o polimorfismo MspA1 do gene CYP17 e Arg 264 Cys do gene CYP19 e a ocorrência de câncer de mama em mulheres jovens (OR = 1,02; IC  95% 0,72 – 1,44 para os genótipos TC/CC do gene CYP17; OR = 0,85; IC 95% 0,48 – 1,49 para os genótipos CT/TT do gene CYP19).
Um aumento estatisticamente significativo do risco estimado de câncer de mama, porém, foi identificado em mulheres que possuíam pelo menos um alelo polimórfico do gene NQO1 (T), OR = 1,96 (IC 95% 1,13 – 3,40), quando ajustado por variáveis de confundimento selecionadas. “Os achados sugerem que o polimorfismo 609T da NQO1 pode ser um fator de risco para o câncer de mama em mulheres jovens no Brasil, mas outros estudos são necessários visando corroborar para os resultados do trabalho”, acrescentou.
A pesquisadora interessou-se pelo tema porque a literatura em relação à distribuição epidemiológica, às diferenças biológicas e aos fatores de risco associados ao câncer em adultos jovens em geral, incluindo o câncer de mama, ainda é extremamente restrita, não só no Brasil, mas no restante do mundo. “Nosso interesse é contribuir para a minimização dessa carência”, finalizou.
Sabrina da Silva Santos possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2003), aperfeiçoamento em Formação de Recursos Humanos em Pesquisa Oncológica pelo Instituto Nacional de Câncer, e mestrado em Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz (2006). Sua tese de doutorado, intitulada Câncer de mama em mulheres jovens: incidência, mortalidade e associação com os polimorfismos dos genes NQ01, CYP17 e CYP19, foi orientada pelo pesquisador da ENSP Sergio Koifman.

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