Tag Archives: Adolescente

Sem gotinha: entenda como fica novo esquema vacinal contra a pólio

Reforço vacinal aos 15 meses passa a ser injetável

Em 2025, crianças de 2 meses, 4 meses e 6 meses recebem exclusivamente a vacina injetável para prevenir casos de poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. Há também uma dose injetável de reforço, a ser aplicada aos 15 meses de vida. As populares gotinhas foram oficialmente aposentadas e deixaram de fazer parte do calendário de vacinação infantil brasileiro em novembro do ano passado.

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Atendimento oftalmológico de crianças no SUS retoma nível pré-pandemia. Cuidados tinham sido “severamente” afetados no período, diz conselho

Após cinco anos, o atendimento oftalmológico de crianças e adolescentes na rede pública retomou os níveis registrados antes pandemia de covid-19.

Dados analisados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) indicam que, de janeiro a junho de 2024, o número de consultas oftalmológicas no Sistema Único de Saúde (SUS) para esse público superou os patamares observados no mesmo período de 2019.

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Saúde amplia vacinação contra o HPV para quem usa PrEP. Profilaxia é indicada para pessoas a partir de 15 anos

Usuários da chamada profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV, com idades entre 15 e 45 anos, passaram a integrar o público-alvo para vacinação contra o HPV no Brasil. A orientação consta em nota técnica publicada nesta quarta-feira (3) pelo Ministério da Saúde.

Segundo o documento, o grupo deve receber a vacina quadrivalente (HPV4), que protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do vírus. Nesse caso, o esquema indicado é de três doses, com intervalos de dois meses após a primeira e de quatro meses após a segunda.

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Pesquisa da Fiocruz aponta os impactos da pandemia na rotina dos adolescentes brasileiros

Durante a pandemia, 48,7% dos adolescentes do país têm sentido preocupação, nervosismo ou mau humor, na maioria das vezes ou sempre. Houve aumento no consumo de doces e congelados, bem como no sedentarismo: o percentual de jovens que não faziam 60 minutos de atividade física em nenhum dia da semana antes da pandemia era de 20,9%, e passou a ser de 43,4%. Setenta por cento dos brasileiros de 16 a 17 anos passaram a ficar mais de 4 horas por dia em frente ao computador, tablet ou celular, além do tempo das aulas online. Além disso, 23,9% daqueles entre 12 e 17 anos começaram a ter problemas no sono, e 59% sentiram dificuldades para se concentrar nas aulas a distância. Estes são alguns dos resultados da ConVid Adolescentes – Pesquisa de Comportamentos, realizada com jovens do Brasil todo, de junho a setembro de 2020.

O trabalho investigou as mudanças na rotina, nos estilos de vida, nas relações com familiares e amigos, nas atividades escolares, nos cuidados à saúde e no estado de ânimo dos adolescentes entre 12 a 17 anos. Foi coordenado pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e realizado de forma online: 9.470 adolescentes responderam a um questionário virtual, entre os dias 27 de junho e 17 de setembro. Esta é a segunda etapa da ConVid, que em abril e maio abordou os estilos de vida dos adultos durante a pandemia.

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Arte sobre imagens Pixabay/Wikipedia

Estudo relaciona vírus da covid-19 no coração a síndrome rara que afeta crianças

A microscopia eletrônica evidenciou partículas virais em células do coração, determinando uma relação direta entre a lesão cardíaca causada pelo vírus SARS-CoV-2 e o quadro de miocardite e disfunção cardíaca.

Descoberta de partículas do vírus em células musculares cardíacas é relacionada à síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica, que atinge crianças e adolescentes.

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Jovens saudáveis também podem ter a forma mais grave da covid-19

Ainda não se sabe porque isso acontece, mas Maria Auxiliadora Martins alerta para que os jovens se conscientizem do perigo, protegendo a si mesmos e ao restante da população

A pandemia do novo coronavírus ainda tem muitas perguntas sem respostas. No começo, muitos acreditavam que só pessoas idosas ou com doenças crônicas poderiam ter a forma mais grave da doença. Hoje, a realidade se mostra diferente. Pessoas jovens e sem nenhuma comorbidade, ou seja, fora do chamado grupo de risco, também tiveram a covid-19 mais severa e até mesmo faleceram.

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Estudo mostra que obesidade atinge quase 9% dos adolescentes

Dado foi levantado pelo Estudo de Risco Cardiovascular em Adolescentes, apresentado na Faculdade de Medicina

A obesidade atinge cerca de 8,6% dos jovens entre 12 e 17 anos, sendo maior entre os meninos (9,2%) do que entre as meninas (7,8%). A hipertensão atinge 9,6% dos jovens – a maior parte deles é menino. Já o excesso de peso (soma do sobrepeso com a obesidade) chega a 25,4% dos jovens, dos quais 25,2% são meninas e 25,8% são meninos. A conclusão é do Estudo de Risco Cardiovascular em Adolescentes (Erica) apresentado no último dia 6 de dezembro no segundo Simpósio Internacional em Epidemiologia Cardiovascular, na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).

Segundo uma das coordenadoras do estudo, Katia Vergetti Bloch, o estudo foi feito com alunos da rede pública e privada em municípios com mais de 100 mil habitantes para traçar um perfil do risco cardiovascular desses adolescentes. Alguns dados do estudo que começou a ser feito em 2013 já foram publicados em revistas especializadas.

“A literatura mostra cada vez mais a necessidade de prevenir o desenvolvimento da doença cardiovascular em estágios bem precoces, que tem muito mais impacto do que prevenir mais tarde, porque todos sabemos que é difícil mudar os hábitos já estabelecidos na vida adulta, que perder peso é difícil, que parar de fumar é difícil. Então queremos mostrar que o adolescente não é esse ser saudável em fase de conturbações emocionais. Tem muita coisa que está se construindo e que precisa ser vista com atenção do ponto de vista de saúde pública”.

Adoçantes

A coordenadora do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa) no Rio Grande do Sul, Maria Inês Schmidt, alertou ainda para uma novidade no campo das pesquisas que indica que o uso de adoçantes artificias para pessoas com peso normal pode não ser saudável para a prevenção de ganho de peso. “O uso desses adoçantes está associado a aumento de diabetes e de obesidade. Há uma grande reflexão no momento sobre o que fazer. Se a pessoa já tem diabetes ou já é obesa, talvez tenha fundamento usar o adoçante, mas para pessoas saudáveis ainda não seria justificado”.

A pesquisa mostrou também que o consumo do café está associado a menores chances de desenvolver diabetes. “Isso já é bem conhecido e os dados do Elsa apoiam essa posição . Se é o café que faz bem ou alguma coisa associada ao café, nós ainda não sabemos, Ainda não sabemos porque, mas é um dado bem concreto e bem consistente em termos de prevenção”, disse Maria Inês.

Flávia Albuquerque / Agência Brasil

Depressão pós-parto influencia no abandono precoce do aleitamento, mostra estudo

Mães adolescentes consideram amamentação apenas como uma forma de alimentação, e a depressão pós-parto é agravante para o abandono precoce do aleitamento materno

Pesquisa realizada na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP aponta que a depressão pós-parto é mais comum em mães adolescentes e influencia diretamente no abandono precoce do aleitamento materno exclusivo e, consequentemente, na não construção do vínculo entre mãe e bebê que a amamentação proporciona.

Segundo a pesquisadora Juliana Regina Cafer, da EERP, o estudo também revelou que as mães adolescentes com sintomas de depressão pós-parto consideram a amamentação apenas como uma forma de alimentação, não associando essa prática com os benefícios do vínculo entre mãe e bebê.

A depressão pós-parto, de acordo com descrição na décima edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), ocorre até seis semanas após o nascimento do bebê. Os sintomas mais comuns são instabilidade de humor, preocupação excessiva com o bebê, ansiedade grave, ataques de pânico, desinteresse e medo de ficar só com a criança.

Dados da literatura científica na área evidenciam que uma a cada duas gestações que ocorrem na adolescência apresenta depressão pós-parto e que quanto mais precoce é a gestação, maior a chance de a mãe desenvolver sintomas depressivos. “Isso acontece devido à tendência das mães adolescentes serem mais socialmente isoladas, presenciar níveis mais elevados de estresse familiar e terem baixa autoestima e confiança”, afirma Juliana.

O estudo mostra ainda que a maior parte dessas mães usa a internet para tirar dúvidas sobre amamentação e maternidade – Foto: Ken Hammond via Wikimedia Commons

Quanto às alterações emocionais causadas pela depressão, diz Juliana, elas influenciam no fácil abandono do aleitamento materno diante das dificuldades iniciais da amamentação. “As mães que apresentam sintomas de depressão pós-parto tendem a ter a disponibilidade prejudicada para amamentar em livre demanda, e sentem-se aliviadas com a introdução da mamadeira.”

Juliana entrevistou 14 mulheres, com idade entre 12 e 19 anos, e pôde constatar que a maioria delas possui autoestima baixa e acredita que não é capaz de amamentar devido aos medos, angústias e receios, chegando até a duvidar da eficácia do seu leite, considerando-o fraco e insuficiente para sustentar o bebê. “Com isso, as mães introduzem fórmulas lácteas, leite de vaca e alimentos sólidos antes dos seis meses de vida do bebê.”

A pesquisa também mostra que a maior parte dessas mães usa a internet para tirar dúvidas relacionadas à amamentação e maternidade e que, muitas vezes, não se sente à vontade para perguntar a um profissional de saúde ou familiar. Juliana notou que as mulheres entrevistadas “têm certa necessidade de mostrarem-se suficientemente ‘boas’ para cuidar dos seus filhos”, o que ajuda a impulsionar a busca de informações nos meios digitais.

No entanto, lembra Juliana, a internet não substitui o acompanhamento de um profissional de saúde no pós-parto. “O acompanhamento se faz essencial neste período, ainda mais se for uma gravidez em meio a aspectos de vulnerabilidade como gravidez indesejada na adolescência, pobreza, violência doméstica e ausência do parceiro, por exemplo.” A pesquisadora lembra, também, que o profissional de saúde tem o papel de acompanhar a mãe e a família, oferecendo um cuidado mais próximo, humanizado e integral à mulher, com atenção especial às questões emocionais, para que ela vivencie a maternidade de forma mais saudável e plena.

A dissertação Representações sociais sobre amamentação na perspectiva de mães adolescentes com sintomas de depressão pós-parto foi defendida em junho deste ano, e orientada pela professora Juliana Stefanello, da EERP.

Stella Arengheri / Serviço de Comunicação da PUSP-RP

Mais informações: juliana.cafer@usp.br

Estudo ressalta importância da discussão sobre sexualidade com adolescentes

Terapeutas ocupacionais no Recife analisam resultado de uma interação com jovens do 8º e 9º do Ensino Fundamental

Em artigo publicado na última edição da Revista Saúde e Sociedade, da Faculdade de Saúde Pública da USP, as pesquisadoras Anna Sena, Rosana Monteiro, Vera Facundes, Maria de Fátima Trajano e Daniela Gontijo apresentam a avaliação de uma pesquisa feita com jovens pernambucanos matriculados no 8º e 9º ano de uma escola pública do Recife.

O estudo sediado pelo Departamento de Terapia Ocupacional da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) teve como objetivo identificar os padrões de gênero e as concepções acerca do sexo entre o adolescente comum brasileiro e, por fim, analisar criticamente estas, para ajudar na adoção de novos hábitos mais saudáveis no âmbito sexual e também social.

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