Tag Archives: Acesso aos Serviços de Saúde

Entenda a diferença dos sintomas de dengue e de covid-19. País atravessa período de aumento de casos das duas doenças

Em meio a uma explosão de casos de dengue e o aumento de infecções por covid-19 no Brasil, sintomas como febre, dor de cabeça e mal-estar passaram a assustar e gerar muitas dúvidas. No atual cenário epidemiológico, é importante saber diferenciar os sinais de cada enfermidade.

Em entrevista à Agência Brasil, o infectologista do Serviço de Controle de Infecção do Hospital Albert Einstein, Moacyr Silva Junior, lembrou que, embora igualmente causadas por vírus, dengue e covid-19 são transmitidas de maneiras completamente diferentes. Enquanto a infecção por dengue acontece pela picada do mosquito Aedes aegypti, a infecção por covid-19 se dá por via aérea, por contato próximo a uma pessoa doente, como tosse ou espirro.

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Expedição promove acesso à saúde em comunidades ribeirinhas da Amazônia

As comunidades ribeirinhas de Tabuleta, Carará, Crioulo, Carapanatuba e Malvinas, localizadas a 200 km de Humaitá (AM) e a 400 km de Porto Velho (RO), às margens do rio Madeira, receberam a expedição Saúde Infinita, coordenada pelo Instituto Nacional de Epidemiologia da Amazônia Ocidental (INCT-EpiAmO), sediado na Fiocruz Rondônia. O projeto piloto conta com implantação de infraestrutura básica para realização de telessaúde em comunidade ribeirinha. A proposta é oferecer ao Ministério da Saúde (MS) um modelo de atendimento à saúde em localidades da Amazônia e áreas remotas do Brasil, que sofrem com longas distâncias e dificuldades de comunicação e acesso.

De 10 a 16 de fevereiro, a equipe composta de 22 pessoas realizou visitas a mais de 60 residências nas cinco localidades. Foram realizadas 58 consultas médicas, distribuição de 125 kits odontológicos, aplicação de 56 vacinas contra Covid-19, influenza e outras doenças preconizadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) do MS, além de exames ginecológicos, inserção de DIU, consultas odontológicas, extração e atendimentos de urgência e emergência com encaminhamento de pacientes à equipe médica do Hospital Regional de Humaitá.

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Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz lança livro ‘Saúde é desenvolvimento’

A Fiocruz, por meio de seu Centro de Estudos Estratégicos (CEE), lança na próxima quarta-feira (7/12) o livro digital Saúde é desenvolvimento: o Complexo Econômico-Industrial da Saúde como opção estratégica nacional. A obra propõe políticas públicas para o desenvolvimento de um Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Ceis), um modelo estruturado ao longo das últimas duas décadas que vincula a saúde ao padrão nacional de desenvolvimento, integrando suas dimensões sociais e ambientais à econômica. O modelo é um dos temas em destaque no grupo Saúde’da transição de governo, e o evento ocorre no Auditório Napa, em Bio-Manguinhos, no campus sede da Fundação, às 14h.

A obra conta com o prefácio da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima. Traz ainda 15 artigos elaborados em parceria com Unicamp, UFRJ, UFF e mais de dez instituições, que apontam a importância de uma base econômica e produtiva para o Estado de Bem-Estar, o acesso universal à saúde e a redução da vulnerabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Preza pela proximidade de diálogo com a sociedade, apresentando linguagem acessível e demonstrando que a base produtiva e tecnológica em saúde no Brasil não tem acompanhado as crescentes necessidades de saúde da população. A consequência é a desigualdade e a segmentação no acesso aos bens e serviços em saúde, gerando obstáculos à expansão do SUS, cuja missão principal é garantir o direito à saúde para toda a população.

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Estudo analisa o acesso de populações mais vulneráveis aos serviços de saúde

Estudo do Projeto de Avaliação do Desempenho do Sistema de Saúde (Proadess) da Fiocruz mostra que, em municípios com população acima de 80 mil habitantes e situação de alta vulnerabilidade socioeconômica, a maioria das internações hospitalares (60% do total) ocorre em unidades do próprio local de residência do paciente. Porém, quanto maior a complexidade dos procedimentos necessários, maior é a necessidade de busca de tratamento em outros municípios. Por exemplo, quase 80% dos pacientes que precisaram de atendimento hospitalar para câncer tiveram que se internar fora de seu local de residência. Também é significativo o percentual de internações cirúrgicas fora do município de domicílio, chegando a mais de 60% na Região Centro-Oeste.

Esses são alguns dos primeiros resultados parciais da pesquisa Análise dos Fluxos para Internações da População Residente em Municípios Vulneráveis: padrões e consequências da pandemia. Agora, a equipe do Proadess estuda os mesmos dados para o ano de 2020, de forma a avaliar o impacto da pandemia no fluxo de internações hospitalares entre municípios. E, paralelamente, analisa outro agrupamento, com um universo maior: os 1.314 municípios com 20% ou mais da população em situação de extrema pobreza, a partir do Censo Demográfico de 2010.

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Pesquisadores defendem prática Ubuntu no controle da pandemia

Uma palavra africana, Ubuntu, deveria guiar os líderes mundiais como um princípio para enfrentar a pandemia de Covid-19. A afirmação está no artigo Covid-19 pandemic, R&D, vaccines, and the urgent need of UBUNTU practice, publicada pela revista The Lancet Regional Health – Americas, em sua primeira edição. Esta palavra africana derivada da língua Bantu reflete a humanidade e a interconexão entre os seres humanos. Como exemplo, o texto destaca a urgência em estabelecer modelos alternativos para pesquisa, desenvolvimento (R&D) e produção de vacinas, garantindo seu acesso equitativo. Embora tenha ocorrido um rápido desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19, o acesso a elas no mundo continua desigual em termos de distribuição econômica e geográfica.

O artigo aborda outras recomendações para o enfrentamento da Covid-19, como programas de cooperação internacional na região com o objetivo de expandir sua capacidade científica e tecnológica em saúde, incluindo a produção de medicamentos, ingredientes farmacêuticos ativos, materiais essenciais para a saúde, kits de diagnóstico, equipamentos, juntamente com tecnologias sofisticadas de comunicação e informação; a incorporação de tecnologias para a produção de novas vacinas em acordos regionais, assim como integrar ciência básica, tecnologia e inovação para apoiar capacidades tecnológicas independentes. Isso tudo simultaneamente ao investimento em um Complexo Econômico-Industrial de Saúde regional.

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SUS incorpora remédio para comportamento agressivo em adultos com autismo

Portaria do Ministério da Saúde publicada hoje (18) no Diário Oficial da União incorpora o uso da risperidona no tratamento de comportamento agressivo em adultos com transtorno do espectro do autismo no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Em 2014, a pasta já havia anunciado a incorporação do remédio para tratar sintomas de autismo em crianças. A distribuição da droga, nesse caso, começou no ano passado. O medicamento também já é utilizado na rede pública para outros fins, como no tratamento de transtorno bipolar.

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Acesso ao tratamento de HIV/Aids cresce 30% no Brasil

Um novo Protocolo Clínico de Tratamento de Adultos com HIV e Aids tem mudado a forma de tratamento dos pacientes do Brasil. Desde 2013, todas as pessoas com HIV positivo podem iniciar o tratamento da doença logo após o diagnóstico.

Em um ano, foi registrado aumento de 30% no número de pessoas que iniciaram o tratamento com antirretrovirais. Neste período, o número de novos pacientes passou de 57 mil para 74 mil. Atualmente, cerca de 404 mil pessoas usam estes medicamentos, ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Até dezembro de 2013, apenas quem tinha uma carga alta podia iniciar o tratamento.

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Tese intitulada “Política pública, educação, tecnologia e saúde articuladas: como a telessaúde pode contribuir para fortalecer o SUS” relaciona telessaúde e melhoria da rede de atenção

 

A telessaúde tem ajudado a estruturar a rede de atenção e as ferramentas de monitoramento e avaliação do Sistema Único de Saúde (SUS). A regulamentação dos serviços de telessaúde, teleconsultoria, segunda opinião formativa, tele-educação e telediagnóstico, tem sido o grande impulso de informatização do setor saúde no território brasileiro”. A opinião é de Angélica Baptista Silva, que apresentou sua tese de doutorado no Programa de Saúde Pública da ENSP em 22 de março. Intitulada Política pública, educação, tecnologia e saúde articuladas: como a telessaúde pode contribuir para fortalecer o SUS?, a tese de Angélica aborda a necessidade de inclusão digital e de aproximação da rede de atenção com a pesquisa em saúde. De acordo com o histórico, o Programa Telessaúde Brasil Redes surgiu em 2007 com o projeto piloto em apoio à Atenção Básica. Ele envolvia nove núcleos localizados em universidades nos estados do Amazonas, Ceará, Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, tendo por meta qualificar aproximadamente 2.700 equipes da Estratégia de Saúde da Família em todo o território nacional. Para Angélica, porém, a literatura mostra o uso do termo telessaúde desde os anos de 1980. A definição clássica, adotada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), registra telessaúde como uso de tecnologias de informação e comunicação para oferecer serviços e cuidados em saúde a distância. “É nessa década que aparecem iniciativas pontuais no Brasil de telessaúde, executadas por universidades públicas e com envolvimento de setores diversos da administração pública, como, por exemplo, a Agência Nacional de Telecomunicações no fim dos anos de 1990.  No entanto, de acordo com o experimento apresentado, há várias definições de telessaúde: pode ser sinônimo de videoconferência, de sistema de informação, de organização de serviço, entre outros”, esclareceu a pesquisadora. Em sua concepção, telessaúde é toda atividade em rede, que promove a translação do conhecimento entre a pesquisa e o serviço de saúde. Para justificar essa ressignificação da telessaúde, Angélica utilizou um modelo conceitual da pesquisa translacional. “A pesquisa translacional pode ser definida também como um processo que parte da prática baseada em evidências em direção a soluções sustentáveis para problemas de saúde da comunidade”, ressaltou. Quanto aos entraves para articular política pública, educação, tecnologia e saúde, Angélica identifica, no caso brasileiro, “3 is” que podem comprometer a qualidade dos serviços de telessaúde: inclusão digital do setor saúde, interoperabilidade dos sistemas de informação em saúde e integração entre inovação e assistência à saúde. Para validar os 3is, ela fez uma pesquisa de campo e consultou vários especialistas, os quais, ao mesmo tempo, foram coordenadores dos primeiros projetos da Rute. Também participaram do projeto piloto do atual Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes, e suas instituições fizeram parte da Rede Nacional de Pesquisa Clínica. Angélica demonstrou interesse pelo tema em 2004, quando apresentou sua dissertação de mestrado profissional na ENSP. Ela foi convidada pela Presidência da Fiocruz a escrever um projeto de telemedicina, representando a instituição num novo projeto da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa à época: a Rede Universitária de Telemedicina (Rute). O grupo que fundou a Rute era composto de hospitais universitários, e suas discussões eram eminentemente clínicas. Naquela época, como coordenadora de Tecnologia da Informação do Canal Saúde, ela começou a pesquisar sobre telessaúde. A pesquisadora não aponta perspectivas para o Programa Telessaúde Brasil Redes, mas para toda atividade de telessaúde no SUS. “Há várias iniciativas de avaliação e monitoramento de telessaúde, inclusive propostas por pesquisadores brasileiros. No âmbito do Telessaúde Brasil Redes, destaco a liderada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e desenvolvida pelos coordenadores dos nove estados, que compuseram o projeto piloto do Ministério da Saúde.” Sua pesquisa é voltada justamente para as lacunas na perspectiva da Saúde Coletiva, que é mais ampla que a da Clínica. A Telessaúde está regulamentada por uma série de portarias do Ministério da Saúde. A primeira delas de n° 561, de 16/3/6, institui, no âmbito do Ministério da Saúde, a Comissão Permanente de Telessaúde. A última publicada, de 14/9/12, institui um grupo de trabalho, no âmbito do Ministério da Saúde, com a finalidade de avaliar, discutir e propor critérios e ações para expansão do Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes (Telessaúde Brasil Redes). Angélica Baptista Silva teve como orientadora principal da sua tese a pesquisadora da ENSP Ilara Hämmerli Sozzi de Moraes e como segundo orientador Carlos Medicis Morel, coordenador do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz).

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